CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 30 de abril de 2019

6a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


COMUNICAÇÃO ANÍMICA – XENOGLOSSIA

O termo animismo tem como raiz etimológica a palavra anima, do latim, que significa alma. Conforme o conceito adotado na Codificação, alma é um Espírito encarnado. Este termo animismo foi proposto por Aksakof; que diz: “Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo todos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou a distância do organismo humano e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados pela ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo”.

Os fenômenos espíritas podem ser classificados em 3 categorias:

1° - Anímicos > as manifestações que decorrem da alma do médium.

2° - Mediúnicos > as manifestações que decorrem da ação de um Espírito desencarnado através de um médium.

3°- Mistos > Anímicos e Mediúnicos > derivados dos dois primeiros.

No livro “Nos Domínios da Mediunidade” de Francisco Candido Xavier, pelo Espírito de André Luiz, no Cap. 22, Emersão do Passado, afirma que muitos espíritas vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem, não cabendo adotar a palavra “mistificação” inconsciente ou subconsciente no lugar da palavra animismo. Muitos companheiros se mostram incapazes de remover os obstáculos criados pelo animismo, destruindo, assim, magnifica oportunidade de ajudarem elementos que, buscando as casas espíritas nessas condições, poderiam, posteriormente, contribuir em favor dos necessitados.

De fato que, os fenômenos anímicos são aqueles em que o médium, sem nenhuma ideia preconcebida de mistificação, recolhe impressões do pretérito e as transmite, como se por ele mesmo um Espírito estivesse comunicando. Os fatos mediúnicos, propriamente ditos, são aqueles em que o médium é, apenas, um veículo a receber e transmitir as ideias dos Espíritos desencarnados ou encarnados (Manifestação Mediúnica entre encarnados). Uma pessoa encarnada também pode determinar uma comunicação mediúnica, isto é, fazer com que o sensitivo lhe assimile as ondas mentais e as reproduza pela escrita ou pela palavra. Pela lei de sintonia, pessoas adormecidas igualmente podem provocar comunicações mediúnicas, uma vez que, enquanto dormimos, nosso Espírito se afasta do corpo e age sobre terceiros, segundo os nossos sentimentos, desejos e preferências.

Na Codificação, não encontramos o termo animismo. Nem os Espíritos nem Allan Kardec dele se serviram, porquanto ele só surgiu mais tarde, proposto por Alexandre Aksakof como vimos acima. Mas, nem por isso, os fenômenos anímicos deixaram de ser ali mencionados e estudados, tendo sido objeto de todo o capítulo VIII, da 2ª parte, do Livro dos Espíritos, onde podemos citar o sumário das seguintes matérias:

1- O sono e os sonhos.

2- Visitas espíritas entre pessoas vivas.

3- Transmissão oculta do pensamento.

4- Letargia, catalepsia. Mortes Aparentes.

5- Sonambulismo.

6- êxtase.

7- Dupla vista.

8- Resumo teórico do sonambulismo.

No Livro dos Médiuns, também são estudados fenômenos anímicos, a saber:

A- No capítulo VI – 2ª parte, Kardec trata da bicorporeidade, da transfiguração e invisibilidade, das aparições entre pessoas vivas, dos homens duplos (citando e analisando fatos da vida de Santo Afonso de Liguori, Santo Antônio de Pádua e Vespasiano).

B- Nos capítulos XIX e XX, ainda na 2ª parte, ele estuda o papel dos médiuns nas Comunicações Espíritas, perquirindo sobre a influência do Espírito do médium nessas comunicações e ainda cogita das evocações de pessoas vivas e da telegrafia humana, que como sabemos, são fatos anímicos.

O Espírito é uma individualidade imortal, o seu psiquismo global é uno, porém a sua memória inconsciente armazena os registros de cada encarnação, em faixas próprias e distintas, embora formando um todo no seu conjunto. Esses registros constituem a bagagem psíquica do indivíduo. Em cada encarnação, o Espírito vive determinada personalidade com seus caracteres próprios, quer os antropológicos, quer os psicológicos e morais. Na reencarnação do Espírito, a personalidade da encarnação anterior fica registrada na memória do pretérito do inconsciente, não mais aflorando ao plano da consciência, a não ser acidentalmente, sob um influxo detonador psíquico, cuja natureza é variável. Quando isso acontece e a personalidade anterior se manifesta, ocorre um fato anímico, como o relatado por André Luiz no livro citado.

Nos casos de reuniões mediúnicas, onde apresentem médiuns com manifestações anímicas, com a emersão no passado, os dirigentes e colaboradores, devem tratar o caso com a mesma atenção e carinho que se ministra aos Espíritos sofredores que se comunicam. Em tais casos a manifestação anímica constitui uma verdadeira catarse (em psicologia é a liberação de um trauma, de uma lembrança desagradável), e o esclarecimento munido de recursos evangélicos com um sentido edificante e construtivo é primordial, pois, o médium também é um Espírito imortal, solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabeleça a harmonia. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, diante do seu padecimento moral, porque a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vítima na sua própria defesa. Um vaso defeituoso pode ser consertado e restituído ao serviço.

Ademais, quantos mendigos arrastam na terra o esburacado manto da fidalguia efêmera que envergaram outrora! ... Quantos escravos da necessidade e da dor trazem consigo a vaidade e o orgulho dos poderosos senhores que já foram em outras épocas. Quantas almas conduzidas à ligação consanguínea caminham do berço ao túmulo, transportando quistos invisíveis de aversão e ódio aos próprios parentes, que lhes foram duros adversários em existências pregressas! ... Todos podemos cair em semelhantes estados se não aprendemos a cultivar o esquecimento do mal, em marcha incessante do bem! ... Sendo assim, o dirigente ou o colaborador usarão sempre do carinho fraterno, fazendo que as suas palavras, dirigidas ao Espírito do próprio médium, porque a consolação e a prece, seguidas do esclarecimento edificante, são os recursos aplicáveis ao caso.

XENOGLOSSIA (ou Glossolalia) > O termo “Xenoglossia” foi o professor Richet quem o propôs, com o intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas em que eles ignoram totalmente na presente encarnação e, as vezes, ignoradas de todos os presentes.

Ernesto Bozzano, em sua monografia sobre o assunto esclarece que a mediunidade poliglota pode ser classificada da seguinte maneira:

A- Falante (Psicofonia)

B- Audiente

C- Escrevente (Psicografia ou tipitologia)

D- Voz direta

E- Escrita direta

O médium fala em qualquer idioma, seja em inglês ou francês, latim ou hebraico, sem conhecer essas línguas na atual encarnação. Porém não são apenas os tratados e monografia que registram tais fenômenos. O Antigo e o Novo Testamento são ricos em comunicações xenoglóssicas. Como por exemplo, a explosão de Pentecostes.

A mediunidade poliglota tem a sua causa no recolhimento de valores intelectuais do passado, os quais repousam na subconsciência do sensitivo, ou médium. Ela decorre, primordialmente, de um simples fenômeno de sintonia no tempo que é o processo pelo qual a mente humana, ligando-se ao pretérito distante, provoca a emersão, das profundezas subconsciente, de expressões variadas e formas diversas que ali estão adormecidas.

A subconsciência é o “porão da individualidade”. Lá se encontram arquivados todos os valores intelectuais e conquistas morais acumulados em várias encarnações, como fruto natural de sucessivas experiências evolutivas. Só pode ser médium poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expresse durante o transe.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Seara dos Médiuns; Lição 44

BOZZANO, Ernesto. Xenoglossia

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Cap. XXIII

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 2ª parte – Caps. VI, XIX e XX

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: Caps. XXXVI e XXXVIII

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quinta-feira, 25 de abril de 2019

5a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


O HOMEM NO MUNDO

Constitui clamoroso erro o homem viver no mundo enclausurado julgando, assim, evitar as contaminações nele prevalecentes. Quem assim procede desconhece que o verdadeiro mérito consiste em viver em contato com todas as situações que o mundo oferece sem, entretanto, deixar-se atingir por aquelas que são negativas para o seu aprimoramento moral e espiritual.

Jesus Cristo representa um modelo para toda a Humanidade. Ele desempenhou o seu sublime Messiado, defrontando-se com pecadores de todos os matizes, tendo, então, a oportunidade de lhes ensinar o caminho mais curto para atingirem a reforma interior, através de preceitos altamente consoladores e misericordiosos.

O homem deve purificar seus sentimentos, não permitindo jamais que em sua mente permaneçam pensamentos mundanos ou fúteis, ficando, assim, a salvo das imoralidades e dos desregramentos, que geralmente conduzem ao descalabro espiritual.

A perfeição do Espírito é conseguida principalmente tendo por esteio “a prática da caridade sem limitações, cabendo aqui salientar que os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde as mais íntimas até as mais elevadas”.

Isolando-se do mundo, o homem perde todas as oportunidades de exercer a caridade, pois somente num contato mais estreito com seus semelhantes, no decurso dos duros embates da vida terrena, ele encontra meios, encontra modos de praticá-la. Aquele que se enclausura repele, voluntariamente, o mais eficiente e poderoso meio de conquistar a perfeição, pois, pensando unicamente em si, o egoísmo avassala o seu coração” e ele se toma inapto para conquistas mais relevantes, capazes de apressar a sua caminhada evolutiva rumo ao Criador de todas as coisas. A prática das virtudes santificantes enobrece e eleva os Espíritos, preparando-os para o acesso aos Planos Superiores da Espiritualidade. A prática sadia da virtude não consiste em tornar-se lúgubre, contristado, repelindo os gozos nobres que as condições humanas oferecem, sem que sejam um incentivo a prática do mal.

No mundo, muitas pessoas religiosas costumam isolar-se do mundo exterior, vivendo em mosteiros, mortificando-se e produzindo dores e sofrimentos voluntários, acreditando que, com essa prática, se aproximam mais rapidamente de Deus. Puro engano, porque assim procedendo, estarão perdendo belas oportunidades de praticar o bem. Se Jesus, quando veio desempenhar o seu fulgurante Messiado, tivesse se fechado num retiro, não teria proporcionado à Humanidade a oportunidade ímpar de tomar conhecimento dos seus atos, e da maravilhosa Doutrina contida nas páginas do seu Evangelho.

De forma idêntica, “não se deve jamais imaginar que para viver em constante contato com o Mundo Maior, sob as vistas de Deus, seja necessário entregar-se ao cilício, as adorações exteriores ou mesmo cobrir de cinzas o corpo”, como se fazia em remoto passado. Isso de nada aproveita ao Espírito que desfruta de um processo evolutivo. Aquele que pratica um ato mau, e arrepende-se sinceramente, sempre tem a oportunidade de novos começos, na pauta da lei da reencarnação, pois o Pai não quer que nenhum de seus filhos se perca.

O homem no mundo deve procurar pautar seus atos seguindo as normas trazidas por Jesus, lembrando sempre que a Lei Maior é: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XVII, item 10

Questões para reflexão:

1) Relacione os meios que devem ser usados para que o trabalhador espírita não seja enganado.

2) Explique as consequências desagradáveis das mistificações.

3) Analise a frase: “o homem no mundo deve procurar pautar seus atos seguindo as normas trazidas por Jesus.”

4) Comente sucintamente sobre o pensamento do homem que prefere viver no isolamento.

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terça-feira, 23 de abril de 2019

5a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


FRAUDES ESPÍRITAS E MISTIFICAÇÕES

FRAUDES ESPÍRITAS

As pessoas que não conhecem o Espiritismo se deixam mais facilmente se iludir pelas aparências, ao passo que um prévio e atento estudo, não só das causas e dos efeitos dos fenômenos, mas também das condições normais em que elas podem ser produzidas e das leis que os regem, as inicia no assunto e lhes fornece os meios de reconhecer a fraude, se por ventura existir.

Quando falamos de fraudes, estamos falando de efeitos, partindo desse princípio, teremos que imaginar uma infinidade de efeitos para orientar o médium, Como não há efeito sem causa, o melhor é oferecermos ao médium as leis que regem os fenômenos, esclarecendo o porquê dos mesmos, para que o médium possa fazer juízo de valor se os efeitos são verdadeiros ou não à luz do conhecimento espírita. Diz Kardec em O Livro dos Médiuns 1ª Parte - Noções preliminares – Cap. III - Método, itens 29 a 34, que o melhor método para uma compreensão dos fenômenos ou uma identificação de fraude, é o conhecimento da Doutrina Espírita e afirma que chegou a essa conclusão por experiência.

Nos trabalhos fraudulentos, onde existem fenômenos que se dizem espíritas, médiuns despreparados burlam a boa-fé de alguns crentes, usando falsidade.

Porque isso ocorre? Como evitar ser explorado ou enganado? Kardec em O livro dos Médiuns 2ª Parte - cap. XXVIII, item 314, comenta; “Os que não admitem a realidade das manifestações físicas atribuem à fraude os efeitos produzidos”.

A conexão entre Espiritismo e Mediunidade leva algumas pessoas a considerá-los a mesma coisa.

A palavra mediunismo, criada por Emmanuel, designa a mediunidade em sua expressão natural, isto é, as práticas empíricas da mediunidade, que fundamentam as crenças e religiões primitivas. Mediunidade positiva surge com o Espiritismo, somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser tratada de maneira racional e científica. Fatos Espíritas, assim chamados os fenômenos ou manifestações mediúnicas, são de todos os tempos, as práticas mágicas ou religiosas, constituem o mediunismo, que são práticas mediúnicas. A Doutrina Espirita é uma interpretação racional das manifestações mediúnicas no seu tríplice aspecto: Científico, Filosófico e Religioso e mostra as leis que regem esses fenômenos e manifestações. Os fatos mediúnicos são fatos espíritas, assim chamados por Kardec, mas não é Espiritismo, porque o Espiritismo se serve dos fatos mediúnicos como de uma matéria prima para a elaboração de seus princípios, ou como de uma força natural, que se aproveita das quedas d’agua ou dos rios para a produção de energia. Livro O Espírito e o Tempo - cap. I de Herculano Pires.

Há uma conexão entre Espiritismo e Mediunidade e que leva a muitas pessoas a considerá-los a mesma coisa, confundindo-os erroneamente.

O Espiritismo, nas suas linhas doutrinárias, estabeleceu normas seguras para o exercício da Mediunidade, classificando-a convenientemente. Livro Estudando a Mediunidade. cap. XL. Martins Peralva.

Todos somos médiuns, sendo espírita ou não.

As práticas do sincretismo religioso Afro-Brasileiro, não são espíritas, é um fenômeno sociológico natural.

Espiritismo é um corpo de Doutrina de elevado teor espiritual consubstanciando normas e diretrizes superiores que visam, primordialmente, a elevação do ser humano.

Quem é o Espírita? O que estuda aceita e pratica com fidelidade os salutares princípios doutrinários, com vistas a renovação do espírito humano.

Mediunidade, é um dom que possibilita a criatura humana, de qualquer religião, veicular o pensamento e as ideias dos espíritos.

Mediunidade faz parte de um dos princípios do Espiritismo, portanto, Espiritismo não é mediunidade nem mediunidade quer dizer espiritismo. Livro Estudando a Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.

Podemos distinguir a mediunidade da seguinte forma:

a) Mediunidade exercida com objetivos superiores – Méd. com Jesus

b) Mediunidade exercida com interesses inferiores – Méd. S/Jesus.

A mediunidade que se orienta pelo espiritismo é simples, sem ritual de qualquer espécie, sua finalidade: O bem e a elevação espiritual do homem.

Mediunidade exercida em nome do espiritismo cristão será sempre um instrumento de edificação para o seu possuidor, uma vez que por ela: Os aflitos serão consolados. Os enfermos curados. Os ignorantes esclarecidos. Livro Estudando a Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.

DAS MISTIFICAÇÕES

Se Enganar-se é desagradável, pior ainda é ser mistificado. Aliás, é esse o inconveniente de que mais facilmente podemos nos preservar.

Os meios de desmanchar as armadilhas dos Espíritos mistificadores foram expostos nas instruções precedentes e por isso diremos pouco a respeito. Eis as respostas dadas pelos Espíritos sobre o assunto:

1. As mistificações são um dos escolhos mais desagradáveis da prática espírita. Haverá um meio de evitá-las?

- Parece-me que podeis encontrar a resposta revendo o que já vos foi ensinado. Sim é claro, há para isso um meio muito simples, que é o de não pedir ao Espiritismo nada mais do que ele pode e deve dar-vos: seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da Humanidade. Desde que não vos afasteis disso, jamais serei mistificado, pois não há duas maneiras de se compreender a verdade moral, mas somente aquela que todo homem de bom senso pode admitir.

Os Espíritos vêm instruir-vos e guiar-vos na rota do bem e não na das honrarias e da fortuna ou para atender as vossas pequeninas paixões. Se jamais lhe pedissem futilidades ou o que seja além de suas atribuições, ninguém daria acesso aos Espíritos mistificadores. Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece.

Os Espíritos não estão incumbidos de vos instruir nas coisas deste mundo, mas de vos guiar com segurança naquilo que vos possa ser útil para o outro. Quando vos falam das coisas daqui é por considerarem isso necessário, mas não porque o pedis. Se quiserdes ver nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então sereis mistificados.

Se bastasse aos homens dirigir-se aos Espíritos para tudo saberem, perderiam o livre arbítrio e sairiam dos desígnios traçados por Deus para a Humanidade. O homem deve agir por si mesmo. Deus não envia os Espíritos para lhe aplainarem a rota da vida material, mas para lhe prepararem a do futuro.

- Mas há pessoas que nada pedem e são indignamente logrados por Espíritos que se manifestam espontaneamente, sem que os evoquem.

- Se nada pedem, aceitam o que dizem, o que dá na mesma. Se recebessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não as enganariam tão facilmente.

2. Porque Deus permite Que as pessoas sinceras, que aceitam de boa-fé o Espiritismo, sejam mistificadas. Isso não poderia acarretar o inconveniente de lhes abalar a crença?

- Se isso lhes abalasse a crença, seria por não terem a fé bastante sólida. As pessoas que abandonassem o Espiritismo por um simples desapontamento provariam não o haver compreendido, não se terem apegado ao seu aspecto sério. Deus permite as mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo um simples meio de divertimento.” O ESPÍRITO DA VERDADE (LM n° 303)

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 1ª parte - Cap. III e 2ª parte – Cap. XXVII - n° 303 e Cap. XXVIII item 314

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). O Consolador: Perg. 401

LEX, Ary. Do Sistema Nervoso à Mediunidade

PIRES, Herculano. O Espírito e o Tempo: 1ª parte - Horizonte Tribal

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XL

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 27 - Mediunidade Transviada.

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quinta-feira, 18 de abril de 2019

4a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


OS SÃOS NÃO PRECISAM DE MÉDICO

“E aconteceu que, estando Jesus assentado à mesa numa casa, eis que vindo muitos publicanos e pecadores, se assentaram a comer com Ele e com os seus discípulos. E vendo isto os fariseus, diziam aos seus discípulos: Por que come o Vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas, ouvindo-os, Jesus disse: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos.” (Mateus, IX: 10-12).

Jesus dirigia-se, sobretudo aos pobres e aos deserdados, porque são eles os que mais necessitam de consolação; e aos cegos humildes de boa-fé porque eles pedem que lhes abram os olhos; e não os orgulhosos, que creem possuir toda a luz e de nada precisar.

É evidente que se trata de um ensinamento de relevante alcance, pois tem várias facetas. Aplica-se também, aos adeptos do Espiritismo, que, muitas vezes admiram-se de que pessoas indignas sejam portadoras de mediunidade, e por isso mesmo capazes de a empregarem mal. Eles participam da opinião de que essa faculdade tão preciosa deveria ser privilégio exclusivamente de pessoas de mérito. Se assim fosse, a rigor a mediunidade jamais se manifestaria na face da Terra.

A mediunidade decorre de uma condição orgânica e é inerente a todo ser humano, como todas as demais faculdades, ver, ouvir, falar, etc.

Os homens podem fazer mal uso de todas elas em consequência de seu livre-arbítrio. Deus outorgou todas essas faculdades ao homem, dando-lhe a liberdade de utilizá-las como quiser; entretanto, aquele que delas abusa adquire a responsabilidade sobre seus atos. “A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos virtuosos, para fortalecê-los na prática do bem; aos viciosos, para corrigi-los.”

Jesus, como o grande médico das almas, durante a sua curta estada na Terra, preocupou-se muito pouco com os orgulhosos, com aqueles que se julgavam os eleitos de Deus, mas procurou, antes, os pobres, os desajustados, os humildes de coração.

Simboliza assim que o Espírito equilibrado caminha por si mesmo, no pleno uso de seu livre-arbítrio, independentemente de atenções especiais. Os que estão desequilibrados, qualquer que seja a forma em que se apresentam as doenças físicas ou morais, devem, entretanto, ser socorridos, aliviados e reconduzidos ao caminho do bem, com a mesma alegria do pai que recebeu o retorno do filho pródigo ao lar, ou do pastor que reencontrou a ovelha perdida.

A mediunidade não implica necessariamente as relações habituais com os Espíritos superiores. É simplesmente uma aptidão, para servir de instrumento, mais ou menos dócil, aos Espíritos em geral. O bom médium não é, portanto, aquele que tem facilidade de comunicação, mas o que é simpático aos Bons Espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido, unicamente, que a excelência das qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XXIV itens 11 e 12

XAVIER Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Livro da Esperança: Lição 79

RIGONATTI, Eliseu. O Evangelho dos Humildes: Cap. IX

Questões para reflexão:

1) Comente as consequências do exercício da mediunidade, quando não há disciplina, orientação e conhecimento.

2) Explique sucintamente quando e porque a mediunidade de efeitos físicos pode levar o médium à fadiga.

3) Analise o ensinamento de Jesus: “Os sãos não precisam de médico”.

4) Comente a finalidade da mediunidade no atual estágio em que se encontra o homem terráqueo.

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terça-feira, 16 de abril de 2019

4a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE

Perante as leis soberanas que nos regem, a possibilidade de entrar em contato conscientemente com os desencarnados deve servir ao nosso progresso, evidenciando a realidade do mundo espiritual que nos envolve, do qual todos retornaremos, com as consequências morais daí decorrentes. Tudo o que dispomos, desde que bem empregados, podem contribuir para a nossa saúde integral, assim também com a mediunidade, cuja utilização criteriosa é fator de equilíbrio, ou pode criar dificuldades quando utilizada sem critérios.

Encontramos no “O Livro dos Médiuns” (2ª Parte, cap. XVIII, itens 221 e 222), importantes esclarecimentos: “a faculdade mediúnica é por vezes um estado anômalo, mas não patológico. Ha médiuns de saúde vigorosa; os doentes o são por outros motivos”. O exercício da faculdade mediúnica, como outro qualquer, quando não disciplinado ou bem orientado pode ocasionar perigos e inconvenientes; sendo que em certos casos é prudente, e necessário mesmo, a abstenção, ou, pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium”.

O desconhecimento da Doutrina Espirita leva algumas pessoas a julgar que a prática da mediunidade pode conduzir o médium a loucura. No entanto, isto não acontecerá se não houver uma predisposição para isso.

Quando este fato acontece o que facilmente se identifica pelas condições psíquicas e mentais da pessoa, deve-se procurar ter os cuidados necessários, para evitar qualquer abalo que seria prejudicial. Muitas vezes, essa predisposição existente tem como causa a fraqueza moral, que torna a criatura sem forças para suportar o desespero, a mágoa, o medo, etc.

Como toda criatura possui mediunidade, as crianças também estão nestas condições. Porém os Espíritos orientam (LM 2ª Parte cap. XVIII, perg. 221, §6o) “que é muito perigoso” o desenvolvimento da mediunidade na infância, porque esses organismos frágeis e delicados seriam muito abalados e sua imaginação infantil ficaria superexcitada”.

Existem casos em que a vidência, os fenômenos de efeitos físicos, e mesmo a escrita são espontâneos, são naturais nas crianças; isto não é inconveniente, é natural. Porém elas não devem ser estimuladas. A prudência dos pais deverá afastá-las dessas ideias; no entanto, os pais orientarão quanto à moral trazida pelos ensinamentos dos Espíritos preparando-as para a vida adulta, dentro do conhecimento doutrinário.

Não há idade precisa para a prática da mediunidade, que depende inteiramente do desenvolvimento físico, moral e, particularmente o psíquico. O exercício da mediunidade na criança requer cuidados e conhecimentos, para que não haja influenciação por parte de Espíritos mistificadores. Se os adultos são muitas vezes enganados por esses espíritos, a infância e a juventude, pelas suas inexperiências, estarão mais sujeitas a eles.

O recolhimento e a seriedade são condições essenciais para se tratar com Espíritos. Como uma criança ainda não possuiu esses discernimentos é imperioso que a vigilância seja exercida sobre ela, para que não tome o fenômeno por um brinquedo.

Importante ressaltar que a mediunidade deve ser evitada, por todos os meios possíveis, em criaturas que tiverem dado as menores demonstrações de excentricidade nas ideias ou o enfraquecimento das faculdades mentais, preservando-se, assim, o Espiritismo dessa responsabilidade, como também a saúde mental da criatura.

Em importante obra de Leon Denis, o livro No Invisível, Cap. XXII, encontramos que: “é necessário adotar precauções na prática da mediunidade. As vias de comunicação que o Espiritismo facilita entre o nosso mundo e o mundo oculto, podem servir de veículos de invasão das almas perversas que flutuam em nossa atmosfera, se lhes não soubermos opor resistência vigilante e firme. Muitas almas sensíveis e delicadas, encarnadas na Terra, tem sofrido em consequência de seu comércio com esses Espíritos maléficos, cujos desejos, apetites e remorsos os atraem constantemente para perto de nós”.

Ainda nesse mesmo capítulo vamos encontrar: “as almas elevadas sabem mediante seus conselhos, preservar-nos dos abusos, dos perigos, e nos guiar pelo caminho da sabedoria, mas sua proteção será ineficaz, se por nossa parte não fizermos esforços para nos melhorarmos. É destino do homem, desenvolver suas forças, edificar ele próprio, sua inteligência e sua consciência. É preciso que saibamos atingir um estado moral que nos ponha ao abrigo de toda agressão das individualidades inferiores. Sem isso, a presença de nossos guias será impotente para nos salvaguardar”.

Para que possamos ficar bastante alertas buscamos no livro “Mediunidade”, de Edgard Armond cap. 20, importantes considerações: “Moléstias de toda ordem, que resistem aos mais acurados tratamentos; alterações físicas incompreensíveis de causas impalpáveis que desafiam a competência e a argúcia da Medicina; complicações as mais variadas, com reflexos na vida subjetiva”... E, ainda “angústias, depressões, ou alterações, já do mundo mental, como temores, misantropia, alheamento a vida, manias, amnésias etc.”

Enfim, todas estas perturbações, numa ampla proporção, existe sempre esse fator mediunidade, como causa determinante e, portanto, passível de regularização”. “Muita gente toma, assim, o efeito pela causa”. Não é o exercício da mediunidade que traz inconvenientes ou perigos a saúde das pessoas, mas a sua abstenção é que gera os desequilíbrios. Cabe a cada um descobrir as causas de suas aflições, tornando-se médico de si mesmo, para tornar-se o arquiteto de seu próprio destino, porquanto o estudo constante, o trabalho, o devotamento ao bem e a vigilância auxiliam o homem e o previnem contra os desequilíbrios no exercício da mediunidade.

Diz Emmanuel (no livro “Roteiro”, cap. 36) que “não há bom médium, sem homem bom. Não há manifestação de grandeza do Céu no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra. Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir”.

A gestante poderá participar das Reuniões apenas para receber energias positivas. Todos os fluídos magnéticos serão direcionados ao feto que irá renascer. Os analfabetos: poderão trabalhar na mediunidade normalmente. Não sabem ler, mas o importante é a pureza de coração e sentimentos de amor e fraternidade; e a boa vontade e alegria de servirem aos Mentores espirituais.

No caso de não mais funcionar a faculdade mediúnica, isto jamais se deve ao fato de o médium ter encerrado sua tarefa, como se costuma dizer, porque toda a tarefa encerrada com sucesso é prenúncio de nova tarefa que logo se lhe segue, e assim sucessivamente. O que ocorre nestes casos é a perda por abuso da mediunidade ou por doença grave.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 2ª Parte - Cap. XVIII

ARMOND, Edgard. Mediunidade: Cap. 20

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Roteiro: Cap. 36

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: Introdução: XV A Loucura e suas Causas

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 15

DENIS, Leon. No invisível: Cap. XXII

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quinta-feira, 11 de abril de 2019

3a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


O TEU DOM

“Não desprezes o dom que há em ti.” - Paulo (I Timóteo, cap.4:14.). Essa recomendação foi dada pelo Apóstolo Paulo á Timóteo, em relação a sua mediunidade, incentivando-o no desenvolvimento.

Recomenda ainda, o exemplo na palavra, no trato com as pessoas, no amor, no Espírito, na pureza e na fé, para que o aproveitamento fosse para o bem de todos.

Na visão Espirita, onde se procura vivenciar o Cristianismo, o problema da mediunidade tem sido discutido frequentemente, em relação à parte fenomenológica, levando muitas vezes ao esquecimento da parte essencial do trabalho fraterno. Há pessoas que anseiam um desenvolvimento mais rápido de sua mediunidade, sem, contudo, lembrar que para isso é preciso muito trabalho.

Quando se compreende o dever de servir, o intercâmbio com Jesus se fará em toda parte. “O campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço”, diz Emmanuel.

A mediunidade pode e deve ser trabalhada no sentido do bem, para que possa, assim, haurir condições nobres de serviço e funcionar como instrumento propulsor ao aprimoramento espiritual. As bênçãos conquistadas devem ser repartidas, amorosamente, com todos aqueles que necessitam, e nunca devem ser comercializadas.

Todo o mérito é conquistado pelo trabalho, pelo esforço próprio de cada um. A luta é individual. É necessário que haja vontade sincera de servir ao semelhante. Neste trabalho de amor, diz Emmanuel: “Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade. Não é razoável, porém conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem”.

Os Apóstolos eram portadores desse dom, por isso, no Dia de Pentecostes (Atos, 2:1 a 13) ocorreu uma manifestação coletiva de suas mediunidades, como fenômenos físicos, psicofonia, sinais luminosos, etc. Os ensinamentos de Jesus foram ditados em várias línguas, aos estrangeiros que habitavam em Jerusalém (árabes, romanos, gregos, babilônios, cretenses, judeus e outros). Desde então, os acontecimentos mediúnicos tornaram-se habituais entre eles.

No mesmo dia, o Apostolo Pedro, fazendo uso da palavra, cita o profeta Joel dizendo: “E nos últimos dias acontecera, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos anciões sonharão sonhos.” - (Atos, cap. 2: 17).

“Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorram sobre o mundo incessantemente. Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.” Emmanuel.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Vinha de Luz: Lição 127

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Caminho, Verdade e Vida: Lição 10

BIBLIA SAGRADA. Novo Testamento: I Epistola de Paulo a Timóteo: 4:14

BIBLIA SAGRADA. Novo Testamento: Evangelhos de Marcos e Mateus

BIBLIA SAGRADA. Novo Testamento: Atos dos Apóstolos: 2: 1 a 17

Questões para reflexão:

1) De acordo com a escala espírita questão 100 do Livro dos Espíritos, faça uma análise de si mesmo e identifique a ordem e a classe alcançada pelos terráqueos.

2) Faça a diferença entre uma comunicação séria e uma Comunicação frívola.

3) Descreva o significado do dia de Pentecostes.

4) Explique como deve ser trabalhada a mediunidade e quais os requisitos que ela exige para que seja bem desenvolvida.

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terça-feira, 9 de abril de 2019

3a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES

Sabemos que os Espíritos são seres inteligentes atuam sobre a matéria com efeitos inteligentes comprovando sua causa. Assim um movimento de mesa, um ruído, um deslocamento de objeto que decorram da ação mental do homem ou apresentam um caráter intencional, podem ser considerados como ação inteligente.

Só isso, entretanto, limitaria o interesse por tais estudos, apesar de provar a existência das manifestações espirituais. Mas é bem diferente quando essa inteligência permite uma troca regular e continua de ideias, não mais como simples manifestações inteligentes, mas como verdadeiras comunicações.

“O livro dos Espíritos” na questão n° 100, traz na Escala Espirita, a classificação dos Espíritos, que se fundamenta, no seu grau de desenvolvimento, elevação moral e graus de inteligência. Se atentar para essas condições, as comunicações podem ser analisadas por diferentes ângulos, porquanto elas devem refletir a elevação ou a inferioridade dos Espíritos, suas ideias, seu saber ou sua ignorância, seus vícios e suas virtudes.

Os meios de comunicações são variadíssimos, diz Kardec – LM item 138: “Atuando sobre os nossos órgãos e sobre todos os nossos sentidos, podem os Espíritos manifestar-se à nossa visão, por meio das aparições, ao nosso tato, por impressões tangíveis, visíveis ou ocultas; a audição, pelos ruídos; ao olfato, por meio de odores sem causa conhecida”.

Para facilitar esse estudo, Kardec agrupou as comunicações em quatro categorias: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas.

Comunicações grosseiras são as manifestadas em termos que chocam o decoro. Só podem provir de Espíritos de baixo nível, ainda trazendo muitas impurezas da matéria, e em nada diferem das que provenham de homens viciosos e grosseiros. Não aceitam a delicadeza de sentimentos. Em trabalhos mediúnicos são Espíritos que transmitem comunicações triviais, sem nobreza, obscenas, insolentes, arrogantes e malévolas, e mesmo ímpias.

As comunicações frívolas emanam de Espíritos levianos, zombeteiros, ou maliciosos, antes astuciosos do que maus, que nenhuma importância ligam ao que falam. Como estas manifestações nada têm de malsãs, certas pessoas gostam desse tipo de comunicação e dão acesso a Espíritos que se prestam a revelar o futuro, fazer predições, dando palpites sobre o destino etc. Eles pululam entre os encarnados e aproveitam todas as ocasiões que lhes forem propicias, para se intrometerem em comunicações, conforme a curiosidade existente.

As comunicações sérias são ponderadas quanto ao assunto e elevadas quanto a forma. Têm finalidade útil, mesmo que de interesse particular. Como os Espíritos sérios não são todos igualmente esclarecidos, essas comunicações podem estar sujeitas ao erro de boa-fé, sendo, portanto falsas. Por isso, recomenda-se que todas as comunicações sejam submetidas ao controle da razão e da lógica. Aqui convém lembrar o conselho de Joao Evangelista (I Epistola, cap. 4:1), quando disse: “Amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas que levantaram no mundo”.

As comunicações instrutivas possuem um caráter sério e verdadeiro. Induzem aos ensinamentos nos Campos da Ciência, Filosofia e da Moral. São mais profundas, quanto mais elevado e desmaterializado for o Espírito comunicante. “Somente pela regularidade e frequência dessas comunicações é que se pode avaliar o valor moral e intelectual desses Espíritos, bem como o grau de confiança que mereçam” (LM, 2ª. parte, cap. X, itens 134 a 137).

Com a crescente divulgação dos ensinamentos dos Espíritos, tem surgido cada vez mais nas Casas Espíritas, muitos trabalhadores, médiuns. Muitos ainda, não evangelizados e ignorantes dos princípios filosóficos e morais que norteiam a Doutrina, se tomam instrumentos imaturos de comunicações e, frequentemente são envolvidos por Espíritos pseudo-sábios ou mistificadores, dando origem a comunicações grosseiras, desprovidas de valor moral, contendo erros doutrinários e de linguagem.

Esses médiuns querendo ajudar o Centro em que trabalham, julgam estar fazendo o melhor e promovendo a divulgação das comunicações recebidas, sem uma análise criteriosa sobre cada uma, trazendo para o meio espirita, mais confusão que esclarecimento.

Cabe ao dirigente espirita observar as recomendações de Kardec sobre o assunto consoante, mencionado em seu livro “Viagem Espirita em 1862”, cap.VI. - evitar publicações de mensagens que são simplesmente lamentáveis, uma vez que oferecem da doutrina espírita uma ideia falsa e a expõem ao ridículo. Não se deixar levar, nas psicografias, por nomes respeitáveis, muitas vezes apócrifos. Os médiuns devem ser cuidadosos, para não se lisonjearem com o nome do comunicante ou se melindrarem com observações do dirigente ou de companheiros; - recolher e passar a limpo as comunicações recebidas, recorrendo-se a elas em caso de necessidade. Os Espíritos que veem seus ensinos relegados ao abandono, bem cedo deixam o grupo, fatigados.

- fazer uma seleção e coleção das que tiverem melhor conteúdo doutrinário. Analisar, reler e tirar proveito das comunicações que poderão constituir-se num “guia moral da sociedade”.

“Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a Doutrina Espirita aceita, daquilo que ela repudia”. (Allan Kardec)

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 2ª Parte - Cap. X, no 133 a 138

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: Pergs. 100 a 113

KARDEC, Allan. A Viagem Espirita em 1862

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quinta-feira, 4 de abril de 2019

2a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


BENFEITORES

São considerados benfeitores espirituais os mensageiros de Deus, que executam a sua vontade e ajudam os homens, no decurso de suas provações e expiações terrenas, inspirando-lhes bons sentimentos e orientando-os, quando se deparam com o sofrimento nas estradas da vida. A ação desses benfeitores se faz sentir, quando os homens estão em estado de vigília, como durante o sono, quando os Espíritos recobram uma parte de sua liberdade.

Esses amigos do Mundo Maior acordam a esperança e restauram o bom ânimo nos que veem a braços com assédios de ordem espiritual, sendo licito, no entanto, recordar em nome da Boa Doutrina que a tarefa de sustentação pertence aos próprios homens.

No Antigo, bem como no Novo Testamento, são pródigos na demonstração dos efeitos benéficos da ação desses benfeitores espirituais sobre os encarnados. Um caso típico ocorreu com o Centurião Cornélio, na cidade de Cesárea, o qual, sendo um homem caridoso e dotado de elevados dotes morais e de bons sentimentos, recebeu em sua casa a visita de um Espírito Benfeitor, que lhe recomendou enviar mensageiros a cidade de Jope, a fim de convidar o apóstolo Simão Pedro a ir esclarecê-lo sobre as verdades novas trazidas por Jesus Cristo.

Eles permanecem em constante diálogo mental, sugerindo o melhor caminho. Não esperam que o homem se transforme em anjo, para ajudá-lo, mas atuam de maneira direta em seu favor até que possa abrir os olhos e enxergar os propósitos de Deus, no seu destino.

Então, o homem começará a elevar-se e a identificar-se com os benfeitores que lhe ampararão os passos. Foi por isso que Kardec, na pergunta 464, de o Livro dos Espíritos, ao indagar: “Como distinguir se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito mau?” Responderam os Espíritos: “Estudai o caso. Os Bons Espíritos só para o Bem aconselham. Compete-vos discernir”.

Esta distinção deverá ser feita com a mente e com o coração. A mensagem de um benfeitor será sempre em termos claros e objetivos. Mesmo que o médium seja pouco instruído, a mensagem do Espírito, dita com simplicidade, conterá profundos recursos de moral e trará conhecimentos para os ouvintes.

Sua mensagem é repleta de conceitos amorosos e fraternos. Mesmo que seja de ensinamentos doutrinários, suas colocações são sempre adoçadas pelo sentido fraternal. Não há nos benfeitores aspereza, azedume ou crítica mordaz, nem elogios, enaltecimento da personalidade do médium ou de qualquer interessado. Até quando não concordar com uma postura irascível e dura do médium comunicante, o Espírito Benfeitor não o crítica, mas procura aconselhá-lo com termos sensatos.

A mensagem de Espíritos menos esclarecidos, por outro lado, será fútil, sem nenhum conteúdo moral. E sempre enganosa. Eles são de muita sutileza quando desejam, realmente, enganar. Procuram enaltecer o médium e se colocam na posição de grandes sábios, usando às vezes, nomes veneráveis.

Conhecem os vícios e tendências do médium e sabem como ludibria-lo no dédalo de suas ambições pessoais.

Por isso, disse Kardec cabe ao homem, e, particularmente ao médium, discernir.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: Perg. 464

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Caminho, Verdade e vida; Lição 105

Questões para reflexão:

1) Comente as condições que devem ser observadas para se obter boas comunicações.

2) Cite alguns indicativos de reconhecimento da identidade dos Espíritos.

3) Explique a diferença entre um pensamento nosso e um sugerido.

4) Explique como se caracteriza a mensagem de um bom e de um mau Espírito.

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terça-feira, 2 de abril de 2019

2a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


MÉDIUNS ESPECIAIS E SUAS APTIDÕES

QUADRO SINÓTICO DOS TIPOS DE MEDIUNIDADE

Os médiuns, como intermediários, entre as esferas espiritual e física, evidentemente, transmitem uma mensagem, e, para que estas mensagens se reflitam em boas comunicações, três condições devem ser observadas, disse Kardec:

a) A qualidade do médium: sua natureza, evangelização, conhecimento, estudo da Doutrina, conscientização de que é um instrumento, aplicação do seu trabalho para o Bem, etc..

b) A qualidade do Espírito que transmite a mensagem: seriedade da mensagem, conhecimento ou ignorância, bondade ou interesse. “A natureza das comunicações está sempre relacionada com a natureza do Espírito e traz o cunho da sua elevação, ou da sua inferioridade, do seu saber, ou mesmo da sua ignorância.” (LM - cap. XVI, item 185)

c) A intenção e sentimento, o pensamento íntimo: mais ou menos louváveis de quem interroga o Espírito, quando for o caso. Diz se que todos os homens são médiuns, dada a condição de associação das correntes mentais, mas em alguns, ela se apresenta de forma mais evidente que em outros e manifesta-se de múltiplas maneiras. A mediunidade no dizer, apresenta uma variedade infinita de matizes.

Perguntou-se a Emmanuel, em O Consolador, questão 386: “Qual a mediunidade mais preciosa para o bom serviço da Doutrina? “Ninguém deverá forçar o desenvolvimento dessa ou daquela faculdade, porque, nesse terreno, toda a espontaneidade é necessária; observando-se, contudo, a floração mediúnica espontânea, nas expressões mais simples, deve-se aceitar o evento com as melhores disposições de trabalho e boa vontade, seja essa possibilidade psíquica a mais humilde de todas. Não existe mediunidade mais preciosa uma que a outra”.

Na questão 388, perguntou-se: “Nos trabalhos mediúnicos temos de considerar, igualmente, os imperativos da especialização?” Num trecho de sua resposta disse: “A especialização na tarefa mediúnica é mais do que necessária, e somente de sua compreensão poderá nascer a harmonia na grande obra de divulgação da verdade a realizar”.

No capítulo XVI do Livro dos Médiuns, Kardec apresenta um quadro sinótico dos principais gêneros de mediunidade, as diferentes variedades mediúnicas, pelas semelhanças de causas e efeitos, embora afirme que não se trata de uma classificação absoluta. E, salienta que esta classificação foi trazida pela Espiritualidade Maior.

Dividiram então os Espíritos, os médiuns em duas grandes categorias (LM - Cap. XVI item 187):

a) Médiuns de efeitos físicos: os que têm o poder de provocar efeitos materiais, ou manifestações ostensivas.

b) Médiuns de efeitos intelectuais: os que são mais aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes.

MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS - (LM Cap. XVI, item 189)

1) Tiptólogos; ruídos, pancadas, etc.

2) Motores: movimento de corpos inertes

3) Translações e suspensões levitação: suspensão de corpos, transportes, deslocamentos de objetos

4) Efeitos musicais: execução de música, sem contato com o aparelho ou instrumento musical

5) Aparições: materializações visíveis e tangíveis

6) Noturnos: só obtém certos efeitos físicos na obscuridade

7) Pneumatógrafos: escrita direta

8) Excitadores: são os que mediunizam, magneticamente, outros médiuns, para os levar ao desenvolvimento.

MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS - (LM, Cap. XVI, item 19o)

1) Audientes: os que ouvem os Espíritos

2) Falantes: os que falam sob influência dos Espíritos. O nome mais utilizado hoje é Psicofonia

3) Videntes: são os que veem os Espíritos em estado de vigília

4) Inspirados: recebem os pensamentos sugeridos pelos Espíritos, na maioria das vezes, sem o saberem

5) Pressentimento: têm uma vaga intuição de ocorrências vulgares do futuro

6) Proféticos: recebem revelações de ocorrências futuras, de interesse geral, com fins instrutivos

7) Sonâmbulos: os que, em transe sonambúlico, são assistidos por Espíritos

8) Extáticos: recebem revelações dos Espíritos, em estado de êxtase

9) Pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham. Hoje, denomina-se, mais frequentemente, de Psicopictoriografia, Psico-pictografia, ou Pintura Mediúnica

10) Musicais: executam, compõem ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos

11) Psicógrafos: escrevem sob a influência dos Espíritos

VARIEDADES DE MÉDIUNS ESCREVENTES ou PSICÓGRAFOS:

a) Segundo o modo de execução (LM, Cap. XVI, item 191):

1) Mecânicos inconscientes: recebem impulso involuntário na mão

2) Semi-mecânicos: recebem impulso involuntário na mão, mas tem, instantaneamente, ou seja ao mesmo tempo, consciência das palavras que estão escrevendo.

3) Intuitivos: registram o pensamento que lhes é sugerido, mas escrevem por vontade própria

4) Polígrafos: mudam de caligrafia

5) Poliglotas: falam e escrevem em línguas que não conhecem

6) Iletrados: são os analfabetos, que escrevem sob influência dos Espíritos

b) Segundo o desenvolvimento da faculdade (LM, Cap XVI, item 192):

1) Novatos não-desenvolvidos: não têm experiência necessária

2) Improdutivos: recebem sinais sem importância; limitados

3) Formados: são os desenvolvidos, que transmitem comunicações com facilidade e presteza

4) Lacônicos: comunicações breves

5) Explícitos: comunicações amplas e extensas, como um escritor consumado

6) Experimentados: têm facilidade para escrever; são experientes

7) Flexíveis: prestam-se aos diversos gêneros de comunicações, inclusive com diferentes Espíritos.

8) Exclusivos: manifestações de um único Espírito

9) Evocações: são os que, tendo condições intelectuais mais amplas (nem sempre da encarnação atual), se prestam a intermediar as comunicações dos Espíritos evocados

10) Ditados espontâneos: recebem comunicações espontâneas de Espíritos não chamados

c) Segundo o gênero e a parcialidade das comunicações (LM, Cap. XVI, item 193):

1) Versificadores: comunicações em versos

2) Poéticos: comunicações poéticas, ternas, sentimentais

3) Positivos: comunicações com nitidez e precisão

4) Literários: estilo correto, elegante, eloquente

5) Incorretos: imprecisos na linguagem, por falta de cultura

6) Historiadores: dissertações históricas

7) Científicos: explanação científica, sábia

8) Medicinais: recebem prescrições médicas; são os receitistas

9) Religiosos: comunicações de caráter religioso

10) Filósofos ou Moralistas: questões morais e filosóficas

11) Triviais e obscenos: comunicações fúteis, sem proveitos, imorais

d) Segundo as qualidades físicas do médium (LM, Cap. XVI, item 194):

1) Calmos: escrevem lentamente sem agitação

2) Velozes: escrevem com rapidez inabitual

3) Convulsivos: permanecem em estado de superexcitação quase febril, e, às vezes, dependem da natureza do Espírito

e) Segundo as qualidades morais do médium (LM , Cap. XVI, item 195):

1) Obsedados: Com ligações inoportunas e mistificadoras

2) Fascinados: Os enganados pelos Espíritos mistificadores

3) Subjugados: Dominados moralmente por Espíritos maus

4) Levianos: Não levam a sério suas faculdades

5) Indiferentes: Não tiram proveito das instruções recebidas

6) Presunçosos: Têm a pretensão de estar em relação somente com Espíritos Superiores

7) Orgulhosos: Os que se envaidecem com as comunicações recebidas

8) Suscetíveis: Ofendem-se com as críticas e gostam de ser bajulados

9) Mercenários: Exploram as suas faculdades

10) Ambiciosos: Sem vender suas faculdades, esperam delas tirar proveito

11) Má fé: Simulam faculdades que não possuem, para parecerem mais importantes

12) Egoístas: Guardam para si mesmos as comunicações recebidas

13) Invejosos: Os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns

14) Sérios: Utilizam suas faculdades para o Bem e com finalidade útil

15) Modestos: Não se atribuem nenhum mérito nas comunicações recebidas e não se julgam livres de mistificações

16) Devotados Abnegados: sacrificam-se para o Bem

17) Seguros: Têm facilidade para recepção, merecem maior confiança dos Espíritos. São fluentes, desembaraçados e dignos.

Além destas classificações, podem-se anotar outras comuns a todos os gêneros de mediunidade:

1) Médiuns Sensitivos: São pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma sensação geral ou local, vaga ou material, segundo Kardec (LM, Cap. XVI, item 188)

2) Médiuns Naturais ou Inconsciente: Produzem fenômenos espontaneamente, sem querer, e, na maioria das vezes, à sua revelia.

3) Médiuns Facultativos ou Voluntários: São os que têm o poder de provocar os fenômenos por um ato da própria vontade.

Disse o Espírito Sócrates no Capítulo XVI, item 197, do Livro dos Médiuns, que “este quadro é de grande importância, não só para os médiuns sinceros que procuram de boa-fé, ao lê-lo, preservar-se dos escolhos a que estão expostos, mas também para todos os que se servem dos médiuns, pois lhes darão a medida do que podem racionalmente esperar e as consequências de suas escolhas, dentro da mediunidade”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: Cap. XVI

Fonte da imagem: Internet Google.