O HOMEM NO MUNDO
Constitui
clamoroso erro o homem viver no mundo enclausurado julgando, assim, evitar as
contaminações nele prevalecentes. Quem assim procede desconhece que o
verdadeiro mérito consiste em viver em contato com todas as situações que o
mundo oferece sem, entretanto, deixar-se atingir por aquelas que são negativas para
o seu aprimoramento moral e espiritual.
Jesus Cristo
representa um modelo para toda a Humanidade. Ele desempenhou o seu sublime
Messiado, defrontando-se com pecadores de todos os matizes, tendo, então, a
oportunidade de lhes ensinar o caminho mais curto para atingirem a reforma
interior, através de preceitos altamente consoladores e misericordiosos.
O homem deve
purificar seus sentimentos, não permitindo jamais que em sua mente permaneçam pensamentos
mundanos ou fúteis, ficando, assim, a salvo das imoralidades e dos
desregramentos, que geralmente conduzem ao descalabro espiritual.
A perfeição
do Espírito é conseguida principalmente tendo por esteio “a prática da caridade
sem limitações, cabendo aqui salientar que os deveres da caridade abrangem
todas as posições sociais, desde as mais íntimas até as mais elevadas”.
Isolando-se
do mundo, o homem perde todas as oportunidades de exercer a caridade, pois
somente num contato mais estreito com seus semelhantes, no decurso dos duros
embates da vida terrena, ele encontra meios, encontra modos de praticá-la.
Aquele que se enclausura repele, voluntariamente, o mais eficiente e poderoso
meio de conquistar a perfeição, pois, pensando unicamente em si, o egoísmo
avassala o seu coração” e ele se toma inapto para conquistas mais relevantes,
capazes de apressar a sua caminhada evolutiva rumo ao Criador de todas as
coisas. A prática das virtudes santificantes enobrece e eleva os Espíritos, preparando-os
para o acesso aos Planos Superiores da Espiritualidade. A prática sadia da
virtude não consiste em tornar-se lúgubre, contristado, repelindo os gozos
nobres que as condições humanas oferecem, sem que sejam um incentivo a prática
do mal.
No mundo,
muitas pessoas religiosas costumam isolar-se do mundo exterior, vivendo em
mosteiros, mortificando-se e produzindo dores e sofrimentos voluntários,
acreditando que, com essa prática, se aproximam mais rapidamente de Deus. Puro
engano, porque assim procedendo, estarão perdendo belas oportunidades de
praticar o bem. Se Jesus, quando veio desempenhar o seu fulgurante Messiado,
tivesse se fechado num retiro, não teria proporcionado à Humanidade a oportunidade
ímpar de tomar conhecimento dos seus atos, e da maravilhosa Doutrina contida
nas páginas do seu Evangelho.
De forma
idêntica, “não se deve jamais imaginar que para viver em constante contato com
o Mundo Maior, sob as vistas de Deus, seja necessário entregar-se ao cilício,
as adorações exteriores ou mesmo cobrir de cinzas o corpo”, como se fazia em
remoto passado. Isso de nada aproveita ao Espírito que desfruta de um processo evolutivo.
Aquele que pratica um ato mau, e arrepende-se sinceramente, sempre tem a
oportunidade de novos começos, na pauta da lei da reencarnação, pois o Pai não
quer que nenhum de seus filhos se perca.
O homem no
mundo deve procurar pautar seus atos seguindo as normas trazidas por Jesus,
lembrando sempre que a Lei Maior é: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo”.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XVII, item 10
Questões
para reflexão:
1) Relacione
os meios que devem ser usados para que o trabalhador espírita não seja
enganado.
2) Explique
as consequências desagradáveis das mistificações.
3) Analise a
frase: “o homem no mundo deve procurar pautar seus atos seguindo as normas
trazidas por Jesus.”
4) Comente
sucintamente sobre o pensamento do homem que prefere viver no isolamento.
Fonte da imagem: Internet Google.
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