CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 30 de março de 2023

4ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

LEI DE ADORAÇÃO

FINALIDADE DA ADORAÇÃO - ADORAÇÃO EXTERIOR - VIDA CONTEMPLATIVA – POLITEÍSMO – SACRIFÍCIOS

FINALIDADE DA ADORAÇÃO

Adorar é gostar muito, extremamente. Essa expressão é empregada para definir o culto a divindade. Adorar a Deus é buscar a comunhão com Ele.

O ato de adoração está contido na lei natural que rege a vida no universo e impulsiona o processo evolutivo das criaturas, independente do grau de Cultura, pois em todas as épocas, todos os povos praticaram, a seu modo, atos de adoração a um Ente Supremo, o que demonstra ser a ideia de Deus inata e universal.

Com efeito, jamais houve quem não reconhecesse intimamente sua fraqueza, e a consequente necessidade de recorrer a alguém, todo poderoso, buscando Lhe o arrimo, o conforto e a proteção, nos transes mais difíceis desta tão atribulada existência terrena.

ADORAÇÃO EXTERIOR

Desde os primórdios vemos alguns núcleos religiosos utilizando a idolatria como tradição fundamental para manter viva a chama da fé.

Esse hábito vinculou-se tão profundamente ao espírito popular que, mesmo o Espiritismo trazendo o conhecimento da fé raciocinada, às vezes encontramos quem substitua ídolos inertes por companheiros de carne e osso.

A Adoração não precisa de manifestações exteriores, pois o que importa é a sinceridade de sentimentos e sua intenção. No entanto, existem aqueles que têm necessidade de imagens, roupas especiais, ritos e gestos para concretizar a adoração.

Tempos houve em que cada família, cada tribo, cada cidade e cada raça tinham os seus deuses particulares, em cujo louvor o fogo divino ardia constantemente nos altares dos templos que lhes eram dedicados.

Em sua imensa ignorância, os homens sempre imaginaram que, tal qual os chefes tribais ou os reis e imperadores que os dominavam aqui na Terra, também os deuses fossem sensíveis as manifestações do culto exterior.

O monoteísmo depois de muito tempo impôs se ao politeísmo, e seria de crer-se que, com esse progresso, compreendendo que o Deus adorado por todas as religiões é um só, os homens passassem, pelo menos, a respeitar-se mutuamente, mas, não foi, porém, o que sucedeu. Os próprios cristãos, séculos pós séculos, contrastando com os ensinos de Jesus, empolgados pelo fanatismo, não hesitaram em trucidar milhares de irmãos que cultuavam Deus de forma diferente.

É necessário compreendermos a impropriedade da adoração exterior de qualquer natureza, fugindo, entretanto da violência, no culto do respeito diante das convicções alheias, de modo a servirmos na libertação mental dos outros pelo bom exemplo.

O tempo e a energia desperdiçados, outrora, a frente de ídolos mortos, devem ser aplicados na edificação do bem desinteressado, de maneira a substancializarmos o ideal religioso, no progresso e na educação, antegozando as realidades da vida Gloriosa.

VIDA CONTEMPLATIVA

A vida contemplativa é inoperante e, portanto sem mérito perante Deus.

Muitas vezes tal opção significa fuga ante as situações sociais, tais como desilusão, fanatismo, fraquezas, dificuldades.

A renúncia ao convívio social, familiar ou a união afetiva só tem mérito se for para servir ao próximo, pois é na convivência diária com seu semelhante, no difícil exercício do amor e do perdão, que se evolui e se expressa a verdadeira adoração a Deus.

Jesus, nosso modelo a ser seguido, orava, porém, muito trabalhou para o reerguimento dos necessitados do corpo e da alma. A fé sem obras é morta.

Para fazer o bem, é sempre necessário a ação da vontade, mas para não fazer o mal bastam frequentemente a inércia e a negligência (ESE cap.XV item 10).

A Doutrina Espírita é objetiva: sempre que o “móvel” da atitude for o egoísmo, nada terá valor.

POLITEÍSMO

O politeísmo foi uma das crenças mais antigas espalhadas pelo mundo, em razão do atraso moral e intelectual da humanidade (era atribuído nome de Deus a tudo o que não se podia explicar como sol, chuva, raios, agricultura, etc.)

A palavra Deus tinha entre os antigos uma acepção muito extensa; não era como em nossos dias uma designação do Senhor da Natureza, mas uma qualificação genérica de todos os seres não pertencentes às condições humanas.

A concepção de um Deus único não poderia existir no homem senão como resultado da aquisição gradual de conhecimento. Porém, em todos os tempos houve homens esclarecidos, que compreenderam a existência de um Deus único.

O Cristianismo, vindo aclarar o mundo com a sua luz divina, fez com que a adoração voltasse para Aquele a que realmente pertence.

SACRIFÍCIOS

Estudando a história das religiões, verifica-se que o oferecimento de sacrifícios a Divindade remonta a um passado que perde-se na noite das idades.

As oferendas, que a principio eram de frutos da terra, passaram a constituir-se de animais e mais tarde em sacrifícios humanos.

Devido seu atraso moral, não conseguiam conceber a Divindade com os atributos da perfeição, acreditando que o holocausto era mais valioso quanto mais importante fosse a vitima (Ver III Livro de Reis, cap. 19 v.22 a 40) (Genesis cap. 22 imolação suspensa de Isaac).

O que nos importa é saber que se naquele tempo os povos eram dominados por instintos animais e por isso geralmente cruéis; ele foi desenvolvendo seu senso moral e modificando a maneira de ver esses sacrifícios.

Deus jamais exigiu sacrifícios. Ele não pode ser honrado com a destruição inútil de sua própria criação (LE 669b), nem mesmo aceitar as macerações e as penitências que certos religiosos impõem a si mesmos.

Usando a razão e o bom senso, concluímos que para agradar a Deus melhor seria transformar a homenagem em ajuda aos necessitados, em consolo para os que sofrem, ou ainda em prece proferida com sinceridade e humildade.

O único sacrifício abençoado por Deus é aquele que se faz por amor e em beneficio do próximo, pois Deus abençoa sempre os que praticam o bem (LE 673).

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, Introdução - “O Problema Religioso”. Livro 2°, Cap. IX, questão 537; Livro 3°, cap. II, - questões 647 a 673;

KARDEC, Allan - A Gênese - cap. I, itens 7 a 9; cap. II, itens 5, 7, 17 a 19, 22; C311 XII, itens 43, cap. XIII, item 18;

KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. I, itens 1 a 5 e 9; cap. X, item 7; cap. XV, itens 3, 6; 10 e 13; cap. XIX, itens 11 e 12; cap. XXIII, itens 9 a 14;

KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo - cap. I; cap. II; questões 161 e 162;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 28 de março de 2023

3ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

MÃOS LAVADAS

“Então chegaram a ele uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos? Pois não lavam as mãos quando comem o pão. E ele, respondendo, lhes disse: E vós também, por que transgredis o mandamento de Deus, pela vossa tradição? Porque Deus disse: Honra a teu pai e a tua mãe, e o que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, morra de morte”. 

Vós outros, porém, dizeis: Qualquer que disser a seu pai ou a sua mãe: Toda a oferta que faço a Deus te aproveitará a ti, esta cumprindo a lei. Pois é certo que o tal não honrará a seu pai ou a sua mãe. Assim é que vós tendes feito vão os mandamentos de Deus, pela vossa tradição. Hipócritas, bem profetizou de vós outros, Isaías, quando diz: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração esta longe de mim. Em vão, pois, me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens. E chamando a si as turbas, lhes disse: Ouvi e entendei. Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem. 

Então, chegando-se a ele os discípulos, lhe disseram: Sabes que os fariseus, depois que ouviram o que disseste, fiaram escandalizados?
Mas ele, respondendo, lhes disse: Toda a planta que meu Pai não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os; cegos são, e condutores de cegos. E se um cego guia a outro cego, ambos vêm a cair no barranco. E respondendo Pedro, lhe disse: Explica-nos essa parábola. E respondeu Jesus: Também vós outros estais ainda sem inteligência? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce ao ventre, e se lança depois num lugar escuso? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias. Estas coisas são as que fazem imundo o homem. “O comer; porém, com as mãos por lavar, isso não faz imundo o homem.” (Mateus, XV: 1-20).

“E quando Jesus estava falando, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar com ele, e havendo entrado, sentou-se a mesa. E o fariseu começou a discorrer lá consigo mesmo sobre o motivo por que não se tinha lavado antes de comer: E o Senhor lhe disse: Agora vós outros, os fariseus, limpais o que esta por fora do copo e do prato, mas o vosso interior esta cheio de rapina e de maldade. Néscios, quem fez tudo o que está de fora não fez também o que está de dentro?” (Lucas, XI: 37-40).

Os Judeus haviam negligenciado os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se a prática de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que se reformar moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia:
“É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens”.

Assim também aconteceu com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser deixada em segundo plano, o que faz que muitos cristãos, a semelhança dos antigos judeus, creiam que a sua salvação esta mais assegurada pelas práticas exteriores do que pelas da moral. É a esses acréscimos que os homens fizeram a lei de Deus, que Jesus se refere, quando diz: “Toda a planta que meu Pai não plantou, será arrancada pela raiz”.

A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem não chega a Deus enquanto não se fizer perfeito. Toda religião, portanto, que não melhorar o homem, não atinge a sua finalidade. 

Aquela em que ele pensa poder apoiar-se para fazer o mal é falsa ou foi falseada no seu inicio. Esse é o resultado a que chegam todas aquelas em que a forma supera o fundo. A crença na eficácia dos símbolos exteriores é nula, quando não impede os assassínios, os adultérios, as espoliações, as calúnias e a prática do mal ao próximo, seja qual for. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.

Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.

“Porque a sua boca fala o de que está cheio o coração.” (Lucas: 6-45)

“Ouvi e entendei não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem”. (Mateus, XV: 1-2o)

É muito mais fácil observarem-se preceitos materiais do que preceitos morais. Isso porque os preceitos materiais se apoiam em finalidades exteriores, em ritos, em ostentação, em exibição, em extravasamento de orgulho, de egoísmo e de vaidade. Ao passo que a observância de preceitos morais apoia na regeneração íntima do indivíduo; sem a reforma íntima não é possível praticá-los.

Por isso, muitos são os que negligenciam as Leis de Deus, apegando se a prática de regras estabelecidas pelos homens. É a esses que Jesus se dirige na lição.

Os preceitos materiais constituem doutrina, regras e convenções moldados segundo a conveniência da casta sacerdotal dominante. Sua finalidade é fazer com que o fundo dos Mandamentos de Deus desapareçam sob a complicação da forma, que melhor lhe convém.

As palavras de Jesus proferidas naquela época continuam atualíssimas. Por isso, segundo se lê em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capitulo VIII, item 1o - “Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que reformar-se moralmente”, de “lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinam que Deus não exigia nada mais”. Eis porque o profeta dizia: “É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens” (Isaias 29: 13).

A transgressão de um preceito higiênico físico em nada é comparado com a transgressão de uma lei moral.

Quando os homens se acomodam e aceitam lideranças sem analisar, todo o resultado é falseado e a fé acaba não se aliando a razão.
Quase sempre, quando inquiridos sobre esta ou aquela razão de agir, não sabem responder, mas continuam fanáticos.

“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” Paulo (Romanos, 12:21)

Bibliografia:

1) Kardec, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VIII, itens 8 a 10;
2)Emmanuel (Espírito), “Segue-me - Lições”, item: O Bem que não foi feito, Os Sábios Reais, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 23 de março de 2023

3ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

A LEI DIVINA OU NATURAL

CARACTERES, DIVISÃO E CONHECIMENTO DA LEI DIVINA OU NATURAL - O BEM E O MAL

Caracteres da Lei Natural:

O que se deve entender por lei natural?

- A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer; e ele é infeliz somente quando se afasta dela. (LE, questão 614).

Todos os fenômenos, físicos e espirituais, regem-se por leis soberanamente justas e sabias, seja no nosso mundo, seja fora dele e em todo o Universo. Tais leis formam, em seu conjunto, o que conhecemos como Lei Divina ou Natural, que é eterna e imutável como o próprio Deus.

Embora possamos pensar, em razão de uma análise superficial, que a Lei Divina sofra transformações, ela não é mutável. Só as leis estabelecidas pelo homem é que o são, porque são leis imperfeitas e sujeitas as modificações inerentes ao progresso.

À medida que os seres humanos evoluem, quer moralmente, quer intelectualmente, compreendem melhor a Lei Natural e passam a reformular antigos conceitos. Para isso, no entanto, fazem-se necessárias numerosas existências corporais, até que cheguem à categoria de Espíritos Superiores ou a categoria de Espíritos Puros, quando reunirão os conhecimentos indispensáveis a esse mister.

Divisão da Lei Natural:

A Lei Natural abarca dois tipos principais de leis:

I. As leis físicas, que regulam o movimento e as relações da matéria bruta e cujo estudo pertence ao domínio da Ciência propriamente dita.

II. As leis morais, que dizem respeito ao homem considerado em si mesmo e em suas relações com o Criador e com os seus semelhantes.

Apesar de a Lei Natural compreender tudo o que existe na obra da criação, a maioria dos homens; no estágio evolutivo em que nos encontramos, não a conhece bem. É por isso que em todas as épocas da história humana tem Deus enviado ao planeta Espíritos missionários que, reencarnados nas diferentes áreas do saber, vêm até nós para no-la ensinar.

Desde as épocas mais remotas a Ciência tem-se dedicado exclusivamente ao estudo dos fenômenos do mundo físico, suscetíveis de serem examinados pela observação e pela experimentação, deixando a cargo da Religião o trato das questões metafísicas e espirituais.

Com o progresso intelectual verificado nos últimos tempos ocorreu um distanciamento pronunciado entre a Ciência e a Religião, coisa que não deveria se dar, porque ambas são expressões da Lei Natural, a que todos nós estamos submetidos.

Quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas percepções espirituais, tanto mais ele se vai inteirando de que o mundo físico, esfera de ação da Ciência, e a ordem moral, objeto especulativo da Religião, guardam intimas e profundas relações, concorrendo ambas para a harmonia universal, mercê das leis sábias, eternas e imutáveis que os regem; como sábio, eterno e imutável é o Seu legislador.

É assim que podemos verificar, sobretudo nos últimos anos, que a importância de determinados valores especialmente caros a ideia religiosa - como o afeto, a religiosidade, o amor e a solidariedade - tem sido comprovada por meio de pesquisas realizadas por vultos eminentes da Ciência terrena, fato que concorre para que se concretize um dia, que não esta distante, a aliança entre a Ciência e a Religião, antevista por Allan Kardec na passagem seguinte:

“São chegados os tempos em que os ensinos do Cristo devem ter a sua execução; em que o véu propositadamente lançado sobre alguns pontos desses ensinos deve ser erguido; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual, e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, reconheça que estas duas forças se amparam uma a outra e seguem harmonicamente, prestando-se mútuo auxílio. A Religião, já não sendo mais desmentida pela Ciência, adquirirá então uma força invulnerável, porque estará de acordo com a razão e terá a seu favor a irresistível lógica dos fatos.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 1, item 8).

Conhecimento da Lei Natural:

O Conhecimento da Lei Divina ou Natural faz parte do progresso espiritual do homem. Revelada através dos tempos gradualmente, não se submete as injunções transitórias das paixões humanas, que sempre desejaram padronizá-las à sua própria vontade, submetendo-a a sua desonesta determinação.

Rodolfo Calligaris, no seu livro “As Leis Morais”, no capítulo “As leis morais da vida”, nos ensina que: “Ninguém contesta ser absolutamente indispensável habituar-nos pouco a pouco, com a intensidade da luz para que ela nos deslumbre e nos deixe cegos. A verdade, do mesmo modo, para que seja útil precisa ser revelada de conformidade com o grau de entendimento de cada um de nós; daí não ter sido imposta. Ela sempre está ao alcance de todos, igualmente dosada”.

Por outro lado não basta que apenas nos informemos a respeito da lei divina. E necessário que a compreendamos no seu verdadeiro sentido, para que possamos observá-la. Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue.

Por compreender isso foi que Paulo, em sua primeira epístola aos Coríntios (13:11), se expressou desta forma:

“Quando eu era menino, falava como menino, julgava como menino, discorria como menino; mas depois que cheguei a ser homem feito deixei de lado as coisas que eram de menino”.

Eis aqui, outra contribuição do Espiritismo a humanidade, pois segundo ensinamentos, em todas as épocas e em todos os quadrantes da Terra, sempre houve homens de bem inspirados por Deus para auxiliarem a marcha evolutiva da humanidade. Dentre todos, porém, foi Jesus o modelo da misericórdia divina.

O Bem e o Mal:

Conceito:

Bem - Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.

Mal - Para a moral, é o contrario de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição a perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus.
Na questão 629 de LE, os Espíritos nos apresentam a definição de moral: “A moral é a regra de conduta e, portanto da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus”.

O escuro é ausência da luz. “Faça-se a luz e a luz se fez” (VT, Genesis, cap.1); a infelicidade é a ausência da felicidade; o frio é a ausência do calor, o mal é a ausência do bem, assim como ódio é a ausência do amor; portanto, não existem a escuridão, a infelicidade e o mal e muitos menos o ódio. Podemos ter certeza que nossos inimigos são aquelas pessoas que ainda não descobriram que nos amam.

De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas varias encarnações.

Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo. Baseando-nos nessas imagens, seriamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir à origem do mal.

Mas o mal existe e deve ter uma origem.

O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios).

Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provém do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. 

No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.

No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio.

Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. O livre-arbítrio é uma conquista do Espírito e, consequentemente gera nossas escolhas.

Não podemos esquecer que “fazer o bem não é apenas ser caridoso, mas ser útil na medida do possível, sempre que o auxilio se faça necessário”. (LE questão 643).

Allan Kardec diz acertadamente que toda religião que não melhora o homem não atinge a sua finalidade. A pureza verdadeira é sempre a pureza moral, a única que aprimora o Espírito.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, Livro 3°, cap. I, questões 614 e 647/648;
KARDEC, Allan - A Gênese - cap. III, itens 1 a 10; cap. XI, itens 33e 34; cap. XV item 2;
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XV, itens 4, 5 e 6; cap. XVII, itens 1 a 3 e 7;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 21 de março de 2023

2ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

CONHECE-SE A ÁRVORE PELOS FRUTOS

Porque não é boa árvore a que dá maus frutos, nem má árvore a que dá bons frutos. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu fruto. Porque nem os homens colhem figos dos espinheiros, nem dos abrolhos vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que esta cheio o coração, disso é que fala a boca. (Lucas VI: 43-45).

Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestidos de ovelhas, e por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Por ventura os homens colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda árvore boa dá bons frutos, e a árvore má dá maus frutos. Não pode uma árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não dá bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
Assim, pois, pelos seus frutos as conhecereis. (Mateus, VII: 15-20).

E respondendo Jesus, lhes disse: vede, não vos engane alguém; porque virão muitos em meu nome, dizendo:
Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. - E levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E porquanto multiplicar-se-á a iniquidade, se resfriará a caridade de muitos. Mas o que perseverar até o fim, esse será salvo. - Então, se alguém vos disser: Olhai, aqui está o Cristo; ou, ei-lo acolá, não lhe deis crédito.
Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios, e maravilhas; tais, que, se fora possível, até os escolhidos se enganariam. (Mateus, V:4-5, 11-13, 23-24, e semelhante em Marcos, XIII: 5-6, 21-22.).

Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vem, pelo contrário, dar-lhes o ultimo golpe. O Espiritismo declara formalmente que não produz milagres. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.

Como se vê os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviados de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Alias, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: mas se prova por condições morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que, pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da terra para a erraticidade, e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas ideias, frequentemente as mais bizarras e absurdas.

Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação.

O número dos que, em diversas épocas, mas, sobretudo, nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até mesmo como Deus, é considerável. São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: “Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. 

O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os Bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. E, sobretudo, ao discernimento dos Bons e dos Maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: “Reconhece-se a árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má não pode dar bons frutos.” Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

Mas essas palavras também se aplicam ao verdadeiro cristão, ao verdadeiro espírita.
“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” (Allan Kardec ESE - Cap. XVII- item 4).

O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o espírita de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação moral, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.

O que acontece com frequência, seja no caso do iniciante ou mesmo com os mais antigos na Doutrina é que é mais Cômodo não assumir uma postura mais responsável sem se comprometer com a própria renovação interior permanecendo com um “pé na canoa e outro na terra”.

Assim, conhece-se a árvore pelos seus frutos; vale tanto para os desencarnados quanto para os encarnados.

Com sua lucidez de sempre, Allan Kardec afirma que bem compreendido, mas, sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados de caráter e conduta, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um é o mesmo que o outro.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Evangelho segundo o Espiritismo, - cap. XXI, itens 1 a 3, cap. XV itens 8 a 1o;

Bibliografia Complementar:
O Espírito da verdade - Diversos Espíritos - itens 28 e 86.

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 16 de março de 2023

2ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA

CONTROLE UNIVERSAL DOS ENSINOS DOS ESPÍRITOS

“Se a doutrina espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes daquele que a tivesse concebido.”

Não há quem possa ter neste mundo a pretensão de possuir a verdade absoluta, assim os Espíritos que se manifestaram para a difusão da Doutrina garantiram a sua origem se apresentando a diversos médiuns.

A autoridade da Doutrina decorre da vontade divina que fez com que a nova revelação chegasse aos homens mais rapidamente e de maneira autêntica, porque encarregou os Espíritos de a levarem de norte a sul, manifestando-se por todo orbe, sem dar privilégio a ninguém. Um homem pode enganar-se, mas isso não acontece quando milhões veem e ouvem a mesma coisa: essa é a garantia para cada um e para todos.

São os próprios Espíritos que fazem a propaganda, com a ajuda de inumeráveis médiuns, comunicando-se por todo planeta, a todos os povos, a todas as seitas e a todos os partidos; são aceitos por todos.

“O Espiritismo não tem nacionalidade, independe de todos os cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe social, visto que cada um pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo.” Isso era necessário para que ele pudesse chamar todos os homens à fraternidade, pois se não se colocasse em terreno neutro, teria mantido as divergências, em lugar de apaziguá-las.

A causa de sua tão rápida propagação é esta universalidade do ensino dos Espíritos, é isso que faz sua força, pois enquanto a voz de um só homem, mesmo com o auxilio da imprensa, necessitaria de séculos para chegar aos ouvidos de todos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente, em todos os cantos da Terra, proclamando os mesmos princípios e os transmitindo aos mais ignorantes e aos mais sábios, a fim de que ninguém seja deserdado. 

Esta não é a única vantagem que resulta dessa posição excepcional; o Espiritismo encontra nela uma poderosa garantia contra as suspeitas, seja pela ambição de alguns, seja pelas próprias contradições de certos Espíritos, pois sabemos que os Espíritos, em consequência das suas diferenças evolutivas, estão longe de possuir individualmente toda a verdade.

O primeiro controle é o da razão, ao qual é necessário submeter, sem exceção, tudo o que vem dos Espíritos.

Esse controle é incompleto para muitos casos, em virtude da insuficiência de conhecimentos.

A concordância do ensino dos Espíritos é, portanto o seu melhor controle, mas é ainda necessário que ela se verifique em certas condições. A única garantia segura do ensino dos Espíritos está na concordância das revelações feitas espontaneamente, através de um grande numero de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares, como ocorreu na Codificação. Essas comunicações se referem aos próprios princípios da doutrina.

É esta unanimidade que tem posto abaixo todos os sistemas parciais surgidos na esteira da origem do Espiritismo, porque cada qual explicava os fenômenos do mundo visível com o mundo invisível de forma própria.

Allan Kardec usou isso como a base de apoio para formular os princípios da doutrina, porque não se julgava mais infalível do que os outros, e não é também porque um princípio nos foi ensinado que o consideramos verdadeiro, mas porque ele recebeu a sanção da concordância.

Kardec recebeu as comunicações de centenas médiuns sérios, espalhados pelos mais diversos pontos do globo, a partir das observações recebidas adquiriu condições de ver como o principio sobre essa concordância se estabelecia.

Esse princípio da concordância é uma garantia contra as alterações que em proveito próprio, alguns pretendessem introduzir no Espiritismo, ou contra as seitas que dele quisessem se apoderar. 

Quem quer que tente fazê-lo desviar de seu fim providencial fracassara, pela simples razão de que os Espíritos, através da universalidade dos seus ensinos, farão cair toda modificação que se afaste da verdade. “Esse controle universal é uma garantia para a unidade futura do Espiritismo, e anulará todas as teorias contraditórias.” (Kardec, ESE).

Sabemos que os Espíritos Superiores procedem, nas suas revelações, com extrema prudência, que só abordam as grandes questões da doutrina de maneira gradual, e que a medida que a inteligência se torna apta a compreender as verdades de uma ordem mais elevada, e que as circunstancias são propicias para a emissão de uma ideia nova, eles vão revelando. Todas as pretensões isoladas cairão, pela força mesma das coisas, diante do grande e poderoso critério do controle universal. Não será pela opinião de um homem que se produzira a união, mas pela unanimidade da voz dos Espíritos.

“As grandes ideias não aparecem nunca de súbito. As que têm a verdade por base contam sempre com precursores, que lhes preparam parcialmente o caminho. Depois, quando o tempo é chegado, Deus envia um homem com a missão de resumir, coordenar e completar os elementos esparsos, com eles formando um corpo de doutrina. Dessa maneira, não tendo surgido bruscamente, a doutrina encontra, ao aparecer, Espíritos inteiramente preparados para a aceitar.” (Kardec, ESE, Introdução).

Sócrates, como o Cristo, nada escreveu, ou pelo menos nada deixou escrito. Como ele, morreu a morte dos criminosos, vítima do fanatismo, por haver atacado as crenças tradicionais e colocado a verdadeira virtude acima da hipocrisia e da ilusão dos formalismos, ou seja: por haver combatido os preconceitos religiosos.

Assim como Jesus foi acusado pelos fariseus de corromper o povo com os seus ensinos, ele também foi acusado pelos fariseus do seu tempo, pois os que os tem havido em todas as épocas, de corromper a juventude, ao proclamar o dogma da unicidade de Deus, da imortalidade da alma e da existência da vida futura. Da mesma maneira porque hoje não conhecemos a doutrina de Jesus sendo pelos escritos dos seus discípulos, também não conhecemos a de Sócrates, sendo pelos escritos do seu discípulo Platão. (Kardec, ESE, Introdução).

O desejo muito natural e louvável dos adeptos da Doutrina, o qual não se precisa estimular, é o de fazer seguidores, para facilitar a tarefa é que propomos o meio mais seguro, Segundo Kardec, de atingir esse objetivo poupando esforços inúteis:

• o Espiritismo é toda uma Ciência, toda uma Filosofia, assim como também uma religião e quem desejar conhecê-lo seriamente deve, pois, como primeira condição, submeter-se a um estudo sério e persuadir-se de que, mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando;

• o Espiritismo se relaciona com todos os problemas da Humanidade, seu campo é imenso e devemos encará-lo, sobretudo quanto as suas consequências;

• a crença nos Espíritos constitui a sua base, mas não basta para fazer um espírita esclarecido;

• toda pessoa que procura persuadir outra por meio de explicações ou de experiências, ensina.

Se o que desejamos é que esse esforço dê resultados, não se pode apenas acreditar como geralmente se faz, que para convencer é suficiente apresentar os fatos. Parece o procedimento mais lógico, no entanto, a experiência mostra que nem sempre é o melhor, pois frequentemente encontramos pessoas que os fatos mais evidentes não convencem de maneira alguma.

Na Doutrina Espírita, a questão dos Espíritos esta em segundo lugar, não constituindo o seu ponto de partida, sendo os Espíritos simplesmente as almas dos homens, o verdadeiro ponto de partida é então a existência da alma. “Como pode o materialista admitir a existência de seres que vivem fora do mundo material, quando ele mesmo se considera apenas material? Como pode crer na existência de Espíritos ao seu redor; se não admite seu próprio Espírito?”

Todo ensino metódico deve partir do conhecido para o desconhecido, como para o materialista, o conhecido é a matéria, deve-se partir, pois, da matéria e tratar de demonstrar, antes de tudo, que há nele próprio alguma coisa que escapa as leis materiais. Antes de transformá-lo em espírita procuremos transformá-lo em espiritualista.

BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Introdução, itens II e IV;
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns – Cap. III - O Método;
PIRES, José Herculano - Os Filósofos - Sócrates e Platão;
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos - Cap. Doutrina Espírita;
PIRES, José Herculano - A Pedra e o Joio - O Método de Kardec;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 14 de março de 2023

1ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP



O ESPIRITISMO - O CONSOLADOR

“Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai, e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: o Espírito de verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e não reconhece. Mas quanto a vós, vós o conhecereis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito”. Jesus (João, cap. XIV v. 15 a 17 e 26)

Jesus nestas máximas traz novas esperanças para todos, pois Ele nos promete um novo Consolador que vem lembrar tudo que disse e trazer novos ensinamentos, que na época a humanidade não estava pronta para entender, fortalecendo assim a fé no futuro.

O Espírito de verdade preside o trabalho da Terceira Revelação, O Consolador Prometido, que é o Espiritismo, pois somente com o conhecimento da verdade que podemos ser consolados.

O Espiritismo através da manifestação dos Espíritos vem confirmar, explicar e desvendar os mistérios que estavam ocultos sobre o véu, trazendo consolação e entendimento as almas sequiosas de uma causa justa e um objetivo útil, com respostas concretas a todas as duvidas e aflições.

A Doutrina Espírita é produto de um trabalho coletivo da Espiritualidade Maior, não sendo uma concepção humana e individual, por ser obra dos Espíritos se espalha por todos os cantos dos planetas confirmando sua veracidade de seus ensinamentos.

Quando Jesus disse: “Bem aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”, já nos mostrava a importância de acreditarmos em dias melhores no amanhã. E este amanha pode significar a felicidade das existências futuras.

No trabalho de purificação, ou seja, nas dificuldades que passamos que se dá o aprendizado espiritual, portanto as dificuldades que precisamos vivenciar são resultados do mau uso de nosso livre-arbítrio.

Com o esclarecimento que a Doutrina Espírita nos propicia, através da pluralidade das existências sabemos que Deus é Justo, Bondoso e Misericordioso, portanto, devemos passar pelos percalços da vida com sentimento de resignação e submissão as vontades de Deus, associadas a fé verdadeira e confiança no futuro.

BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. VI, itens 3 a 8.
GODOY, Paulo Alves - Os Padrões Evangélicos - “O Consolador”.
EMMANUEL, O Espírito de Verdade - Espíritos Diversos nº 22

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 9 de março de 2023

1ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

MOMENTO CULTURAL NA EUROPA À ÉPOCA DA CODIFICAÇÃO

Para melhor compreender as raízes da História do Espiritismo, seu desenvolvimento e sua importância no tempo e no espaço, necessitamos verificar o momento sócio-político-econômico, sob a ótica da França do século XIX e sua herança racionalista, amplamente conhecida nas diferentes áreas do conhecimento (filosofia, arte, ciências naturais, sociais, tecnologias etc.), bem como, nos vários domínios da ação social (ética, política, econômica, revolucionaria, histórica, etc.).

Deste legado destaca-se a influência do iluminismo. O “estado nação”, a “imprensa”, o “mercado”, a “ciência moderna”, a “democracia representativa”, a “Cultura secular”, o “expansionismo econômico”, a “indústria”, o “equilíbrio dos três poderes”, o “declínio da religião”, a “razão histórica”, o “progresso”, o “contrato social”, a “superação do pensamento tradicional”, são algumas das invenções culturais do iluminismo.

O século XIX foi caracterizado por grandes transformações e inúmeras conquistas científicas.

A Europa mergulhou em lutas renovadoras no âmbito social e político, notadamente a França, o desejo de liberdade impulsionou as conquistas sociais:

Social: tutela dos princípios democráticos pregados pelos pensadores do século;

Político: sob os efeitos da Revolução Francesa e da Era Napoleônica.

Napoleão I Bonaparte, imperador dos franceses, foi destinado a uma grande tarefa na organização social do século XIX, contudo, não soube compreender as finalidades da sua grandiosa missão. Bastaram-lhe algumas vitórias para que a vaidade e a ambição lhe escurecessem o pensamento.

As ideias liberais, resquício desta revolução, foram assimiladas, tais como: igualdade de todos perante a lei e a liberdade de pensamento e de cultos. O momento político e cultural da Europa propiciou as grandes invenções e descobertas científicas que agitaram todos os ramos do conhecimento.

Ampère, André Marie (1775-1836), cientista francês que estabeleceu a primeira teoria do eletromagnetismo, o estudo dos fenômenos relacionados à eletricidade e ao magnetismo.

Lavoisier, Antoine Laurent de (1743-1794), químico francês, considerado o fundador da química moderna.

Demonstrou que, apesar da mudança de estado da matéria durante uma reação química, a quantidade de matéria permanece constante do começo ao fim do processo. Seus experimentos resultaram em evidências em favor das leis de conservação.

Pasteur, Louis (1822-1895), químico e biólogo francês que fundou a ciência da microbiologia, demonstrou a teoria dos germes como causadores de doenças (agentes patogênicos), inventou o processo que leva seu nome e desenvolveu vacinas contra varias patologias, especialmente conhecido por suas investigações sobre a prevenção da raiva.

Mesmer, Franz Anton (1734- 1815), médico austríaco famoso por afirmar que existia um poder, semelhante ao magnetismo, que exercia extraordinária influência sobre o corpo humano. Hoje se identifica este estado de transe como hipnose.

Realizou pesquisas sobre as propriedades dos imãs, dos fluidos e do magnetismo animal. Segundo a teoria de Mesmer (magnetismo), todo ser vivo possui um fluido magnético que estabelece influências recíprocas entre os indivíduos.

Pestalozzi, Johann Heinrich (1746-1827), reformador da educação, de nacionalidade suíça. Suas teorias criaram os fundamentos do moderno ensino primário. Em 1799 inaugurou uma escola para crianças, na qual pôs em prática seus métodos durante vinte anos.

Neste centro, a criança aprendia por meio da prática e da observação, bem como da utilização natural dos sentidos. Defendia a individualidade da criança e seu desenvolvimento integral.

Foi discípulo de Jean Jacques Rousseau; fundou a escola-lar para crianças em várias cidades da Suíça, entre estas Yverdon, onde Allan Kardec estudou e lecionou pedagogia.

A diferença entre Pestalozzi e Rousseau que indica a superioridade de consciência moral e religiosa em seu sentido mais elevado, é que Rousseau não foi capaz de traduzi-la em atos e Pestalozzi projetou suas ideias em ação de amor e socorreu crianças órfãs, educou pobres e ricos, ajudou a erguer um novo conceito de educação, teorizando e praticando uma pedagogia do amor. Ele precedeu o espiritismo não apenas em ideias, mas foi um fiel representante da máxima “Fora da Caridade não há salvação”.

Os cientistas sustentavam que sua função não era acreditar e sim, investigar; por esta razão, a Ciência estava continuamente em constante progresso, deixando de lado as velhas teorias incapazes de explicar os fatos.

Em função desta postura, todos os campos do saber humano registraram descobertas, invenções e sistemas, estabelecendo ideias fundamentais, acumulando conhecimentos em todas as áreas.

A Filosofia também se rendeu a essa onda renovadora.

Representantes:

Descartes, René (1596-1650), filósofo francês, cientista e matemático. E também muito conhecido pelo nome em latim, Renatus Cartesius. Pode ser considerado o fundador da filosofia moderna por ter rompido com a predominância da escolástica e fundado seu próprio sistema de pensamento. A frase Cogito, ergo sum (Penso, logo existo) é a base de sua filosofia.

O método da dúvida cartesiana apoia-se em quatro princípios: 1) não aceitar como verdade nada que não seja claro e distinto; 2) decompor os problemas em suas partes mínimas; 3) deixar o pensamento ir do simples ao complexo; 4) revisar o processo para ter certeza de que não ocorreu nenhum erro. Com estas premissas, Descartes criou a ciência empírica e influenciou todas as áreas do conhecimento humano. A possibilidade do conhecimento humano é uma prova da existência de Deus, considerado como uma ideia inata.

Afirma assim que pensamento é algo mais certo que a matéria corporal, e descobre a realidade inegável do Espírito. Pode-se dizer que a chamada revolução cartesiana foi precursora da revolução espírita.

Kant, Immanuel (1724-1804), filósofo alemão. É considerado por muitos o pensador mais influente da Idade Moderna. A pedra angular de sua filosofia esta colocada na obra Crítica da razão pura (1781), em que examinou as bases do conhecimento humano e criou uma epistemologia (teoria de conhecimento) individual.

Seu sistema ético, baseado na liberdade fundamental do indivíduo e na ideia de que a razão é a autoridade ultima da moral: “Age de forma que a máxima de tua conduta possa ser sempre um princípio de Lei natural e universal.”

Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (1770-1831), filósofo alemão. Suas primeiras reflexões referem-se ao espírito do Judaísmo e do Cristianismo, e testemunham preocupações religiosas e históricas; o que lhe interessava era descobrir o espírito de uma religião ou de um povo em seu contexto histórico.

É o representante máximo do idealismo e seu trabalho revela a influência do pensamento grego e de autores como Baruch Spinoza, Jean-Jacques Rousseau, Immanuel Kant, Johann Gottlieb Fichte e Schelling.

Seu pensamento exerceu grande influência em autores como Ludwig Feuerbach, Brimo Bauer, Friedrich Engels e Karl Marx. Entre suas obras mais importantes estão: A fenomenologia do espírito (1807), A ciência da lógica (1812, 1813, 1816) e Lições de História da filosofia.

Assim surgiu o Iluminismo, pois suas concepções filosóficas baseadas no uso e exaltação da razão encontravam respaldo nos pensadores da época.

Século das Luzes ou Iluminismo, termos usados para descrever as tendências do pensamento e da literatura na Europa e em toda a América durante o século XVIII, antecedendo a Revolução Francesa. Foram empregados pelos próprios escritores do período, convencidos de que emergiam de séculos de obscurantismo e ignorância para uma nova era, iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade.

As novas descobertas da ciência, a teoria da gravitação universal de Isaac Newton e o espírito de relativismo cultural fomentado pela exploração do mundo ainda não conhecido foram também importantes para a eclosão do Iluminismo.

Entre os precursores do século XVII, destacam-se os grandes racionalistas, como René Descartes e Baruch Spinoza, e os filósofos políticos Thomas Hobbes e John Locke.

A Franca teve destacado desenvolvimento sob o reinado de Luis XV (1715-1774). Desenvolvem-se as ideias do iluminismo através de Voltaire (1694-1778), Diderot (1713-1784) e Rousseau (1712-1778), que combatem a intolerância religiosa e o absolutismo.

Outros expoentes do movimento foram Kant, na Alemanha, David Hume, na Escócia, Cesare Beccaria, na Itália, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, nas colônias britânicas.

O Século das Luzes, ou Iluminismo, terminou com a Revolução Francesa de 1789, que incorporou inúmeras ideias iluministas em suas fases mais violentas, desacreditando-as aos olhos da maioria dos europeus contemporâneos. O Iluminismo marcou um momento decisivo para o declínio da Igreja e o crescimento do secularismo (deixar de pertencer à vida religiosa) atual, assim como serviu de modelo para o liberalismo político e econômico e para a reforma humanista do mundo ocidental no século XIX.

Devido às contribuições valiosas a História da humanidade, o filósofo René Descartes e o cientista Isaac Newton são considerados como os precursores do iluminismo. Para o iluminismo, Deus esta na Natureza e no homem, que pode descobri-lo através da razão, dispensando a função da Igreja.

Os ideais iluministas estão presentes no mundo contemporâneo, sob variadas formas, tais como: democracia, fraternidade, liberdade, igualdade e principalmente nas leis que regulam os direitos e deveres do cidadão em relação ao Estado.

No Espiritismo e no Iluminismo, Deus esta na Natureza e no homem. Para descobri-lo temos a razão para nos guiar de forma segura (Vide pergunta n° 4, LE - Kardec).

Por volta de 1848, toda a Europa é agitada pela Revolução Liberal e Democrática, desencadeando uma serie de tumultos populares, os valores éticos tradicionais perderam a sustentação; não houve novos valores morais que pudessem substituir o vazio que se instalara entre os homens.

O progresso moral da humanidade, estagnado, distanciou-se cada vez mais do progresso cientifico, sendo que a comunidade europeia desiludiu-se ante as grandes conquistas alcançadas no campo da Ciência, que não satisfaziam seus anseios espirituais.

Em meio a esse contexto, exatamente em Paris, em 18 de abril de 1857, Allan Kardec, o Codificador, publica o Livro dos Espíritos, que iria preencher o vazio existencial da Humanidade.

Muito embora toda a Europa já estivesse familiarizada com os fenômenos espíritas, principalmente através do fenômeno das mesas girantes, tais fatos não passavam de meros divertimentos nos salões sociais. A Doutrina vinha, para reabilitar, de acordo com as orientações trazidas pelos Espíritos, o papel do homem frente ao seu destino imortal.

Seus valores, centrados no Evangelho do Cristo, mostravam a humanidade o caminho do progresso espiritual, ao mesmo tempo em que trazia o consolo e a esperança que os homens tanto almejavam.

Allan Kardec deveria organizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização as suas profundas bases religiosas.

Por isso, o Espiritismo, enquanto Consolador Prometido por Jesus, só pode ser revelado aos homens no contexto científico do séc. XIX, em meio a matemáticos, astrônomos, botânicos, filósofos e físicos que fizeram a Ciência de seu tempo.

Allan Kardec, Espírito missionário encarregado de ser o portador desta nova Revelação, fora preparado para ser o elemento unificador do pensamento deste século, pois unia seu rigoroso método científico ao submeter os fenômenos espíritas a luz da razão, a integridade e pureza do seu coração.

No contexto do século das luzes, na Franca, onde o Iluminismo assumiu sua feição intelectual mais vigorosa, o Espiritismo é elaborado pelo iluminista-romântico Allan Kardec. No “Caráter da Revelação Espírita”, verdadeiro tratado de epistemologia (teoria do conhecimento, teoria da ciência) do Espiritismo, Kardec define a natureza deste último:

“É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação”. “As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também as coisas metafísicas”. (Kardec).

Observando o aspecto metodológico do trabalho investigativo de Allan Kardec é possível constatar a significativa influência das principais vertentes do pensamento Iluminista (Racionalismo, Experimentalismo, Evolucionismo) sobre o Espiritismo.

Todavia, não apenas no método de elaboração o Espiritismo é herdeiro do Pensamento Iluminista, mas também em toda a Teoria Espírita. No “Livro dos Espíritos”, obra que contém a formulação da Codificação Kardeciana resumida em capítulos, encontramos a sua parte terceira dedicada exclusivamente as “Leis morais”, todas elas concebidas, estudadas, utilizadas e defendidas pelo Iluminismo.

Ao contrário disso, o Espiritismo assume uma feição naturalista, isto é, concebe a evolução da vida e da humanidade por meio de Leis naturais, entre elas a Reencarnação e a Influência recíproca dos diferentes planos da vida. Enquanto o modelo da ciência positiva instaurou o império da “razão objetiva”, passando a considerar todo o conhecimento religioso um fóssil do passado, Allan Kardec no intercâmbio com os “mortos” descobrira formas de vida e matéria em outras frequências e planos.

Dessa forma, Allan Kardec com sua infidelidade ao paradigma cientificista da sua época, soube constituir uma nova ciência, uma nova linguagem, que em muito superou os condicionamentos da ciência de Newton - cartesiana.

Afinal, descrever formas de matéria cujo grau de eterização rompia com a física corpuscular de Newton, em pleno século XIX, significou avançar na direção de uma Concepção Quântica do Universo.

Sendo assim, o Espiritismo é por um lado Iluminista em seu conhecimento racional das leis que regem a evolução bio-psico-sócio-espiritual do gênero humano e por outro é herdeiro da tradição filosófica do Romantismo, reencantando o mundo com os seus valores, com o Amor e Fraternidade, elos profundos de cada nível evolutivo, em cada reencarnação, em cada ser, em toda individualidade, em diferentes esferas e manifestações da vida, na grande teia do universo que não é outra coisa senão o pensamento de Deus.

BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo - cap. II, questões 161 e 162;
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XV, itens 3 a 13; cap. XXVIII, itens 1 a 8;
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - Introdução - O Problema Religioso; Livro 2°, questão 537;
KARDEC, Allan - Obras Póstumas – 2ª Parte - Cap. “Minha Primeira Iniciação no Espiritismo”.
XAVIER, Francisco Cândido - A Caminho da Luz - Emmanuel - Cap. XXII e XXIII.
WANTUIL, Zéus e Francisco Thiesen - Allan Kardec - vol. III.
SOUZA, Denizará - (Revista Heresis) - Espiritismo e Iluminismo.
KARDEC, Allan - A Gênese, cap. I, cap.II, e, 22, cap. XII, cap. XIII; cap. XVII;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 7 de março de 2023

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º Ano – FEESP

CONTEÚDO

1ª Aula - MOMENTO CULTURAL NA EUROPA À ÉPOCA DA CODIFICAÇÃO

Parte A - SÍNTESE DO MOMENTO CULTURAL NA EUROPA A ÉPOCA DA CODIFICAÇÃO

Parte B - O ESPIRITISMO II - O CONSOLADOR

2ª Aula – AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA

Parte A - CONTROLE UNIVERSAL DOS ENSINOS DOS ESPÍRITOS

Parte B - CONHECE-SE A ÁRVORE PELOS FRUTOS

3ª Aula - A LEI DIVINA OU NATURAL

Parte A - CARACTERES, DIVISÃO E CONHECIMENTO DA LEI DIVINA OU NATURAL - O BEM E O MAL

Parte B - MÃOS LAVADAS

4ª Aula - LEI DE ADORAÇÃO

Parte A - FINALIDADE DA ADORAÇÃO -ADORAÇÃO EXTERIOR - VIDA CONTEMPLATIVA – POLITEÍSMO - SACRIFÍCIOS

Parte B - PEDI E OBTEREIS

5ª Aula - LEI DO TRABALHO

Parte A - NECESSIDADE DO TRABALHO - LIMITE DO TRABALHO – REPOUSO

Parte B - PARÁBOLA DO RICO INSENSATO OU AVARENTO - ESE, Cap. XVI, item 3

6ª Aula - LEI DE REPRODUÇÃO

Parte A - POPULAÇÃO DO GLOBO - SUCESSÃO, APERFEIÇOAMENTO E DIVERSIDADE DAS RAÇAS - POVOAMENTO DA TERRA - OBSTÁCULO A REPRODUÇÃO - CASAMENTO - CELIBATO - POLIGAMIA - UNIÃO ESTÁVEL.

Parte B - LAÇOS DE FAMÍLIA E PIEDADE FILIAL

7ª Aula - LEI DE CONSERVAÇÃO

Parte A - INSTINTO DE CONSERVAÇÃO - MEIOS DE CONSERVAÇÃO - INSTINTO E INTELIGÊNCIA - NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO - PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS – MORTIFICAÇÕES – PROVAS VOLUNTÁRIAS - VERDADEIRO CILÍCIO

Parte B - O EGOÍSMO - ESE, Cap. XI, item 11

8ª Aula - LEI DE DESTRUIÇÃO

Parte A – DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA E ABUSIVA – FLAGELOS DESTRUIDORES - GUERRAS – ASSASSÍNIO - CRUELDADE - PENA DE MORTE

Parte B - “NÃO VIM TRAZER A PAZ”

9ª Aula - LEI DE SOCIEDADE

Parte A - NECESSIDADE DA VIDA SOCIAL - VIDA DE ISOLAMENTO – VOTO DE SILÊNCIO - LAÇOS DE FAMÍLIA - PARENTESCO E FILIAÇÃO - SEMELHANÇAS FÍSICAS E MORAIS

Parte B - “QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?”

10ª Aula - LEI DO PROGRESSO

Parte A - ESTADO NATURAL - MARCHA DO PROGRESSO - POVOS DEGENERADOS - PROGRESSO DA LEGISLAÇÃO HUMANA

Parte B - DAI A CESAR O QUE É DE CESAR

11ª Aula - LEI DE IGUALDADE

Parte A - IGUALDADE NATURAL – DESIGUALDADE DAS APTIDÕES - DESIGUALDADES SOCIAIS - DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS - PROVAS DA RIQUEZA E DA MISÉRIA - IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER - IGUALDADE PERANTE O TÚMULO

Parte B - SERVIR A DEUS E A MAMON

12ª Aula - LEI DE LIBERDADE

Parte A - LIBERDADE NATURAL - ESCRAVIDÃO A LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE CONSCIÊNCIA - LIVRE ARBÍTRIO E FATALIDADE – CONHECIMENTO DO FUTURO

Parte B - MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE

13ª Aula - LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE

Parte A - JUSTIÇA E DIREITO NATURAL - DIREITO DA PROPRIEDADE. ROUBO. - CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO - AMOR MATERNAL E FILIAL

Parte B - QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A MÃO DIREITA

14ª. Aula - PERFEIÇÃO MORAL

Parte A - AS VIRTUDES E OS VÍCIOS - DAS PAIXÕES DO EGOÍSMO - CARACTERES DO HOMEM DE BEM - CONHECIMENTO DE SI MESMO

Parte B - SEDE PERFEITOS

15ª Aula - PENAS E GOZOS TERRENOS

Parte A - FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS - DECEPÇÕES - INGRATIDÃO - QUEBRA DE AFEIÇÕES - UNIÕES ANTIPÁTICAS - PREOCUPAÇÃO COM A MORTE - DESGOSTO PELA VIDA – SUICÍDIO

Parte B - BEM E MAL SOFRER

16ª Aula - PENAS E GOZOS FUTUROS – I

Parte A – O NADA - A VIDA FUTURA

Parte B - PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO

17ª Aula - PENAS E GOZOS FUTUROS II

Parte A - PENAS TEMPORAIS - EXPIAÇÃO E ARREPENDIMENTO - DURAÇÃO DAS PENAS FUTURAS - PARAÍSO, INFERNO, PURGATÓRIO - PARAÍSO PERDIDO

Parte B - MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

18ª Aula - GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO – I

Parte A - O ESPIRITISMO NA EUROPA - SIR WILLIAN CROOKES; CAMILLE FLAMMARION; LEON DENIS; GABRIEL DELANE; ERNESTO BOZZANO; ARTHUR CONAN DOYLE; ALEXANDRE AKSAKOF; CÉSAR LOMBROSO

Parte B - MISSÃO DOS ESPÍRITAS

19ª Aula - GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO II

Parte A – O ESPIRITISMO NO BRASIL

Parte B - O HOMEM DE BEM

20ª Aula - EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Parte A - A INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO E A CIVILIZAÇÃO DO ESPÍRITO

Parte B - AJUDA-TE QUE O CEU TE AJUDARÁ

21ª Aula - O ESPIRITISMO NA EDUCAÇÃO DO HOMEM

Parte A - O EDUCADOR DA HUMANIDADE – JESUS

Parte B - PRECURSORES DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA E EDUCADORES ESPÍRITAS

22ª Aula Única - BREVES HISTÓRIAS DO LIVRO OBRAS PÓSTUMAS E REVISTA ESPÍRITA

23ª Aula Única - VISÃO GERAL DO LIVRO DOS ESPÍRITOS

24ª Aula - HOMENAGEM A ADOLFO BEZERRA DE MENEZES

Parte A - “UMA CARTA DE BEZERRA DE MENEZES”

Parte B - HOMENAGEM A ALLAN KARDEC

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.