CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

9ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

“E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre que farei para herdar a vida eterna?

E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E respondendo ele, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem, faze isto e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou ao largo. E de igual modo também um levita, chegando aquele lugar; e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e pondo sobre sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. Partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que demais gastares eu te pagarei quando voltar”.

“Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: “O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira”. (Lucas, 10:25-37)

Indaga-se pela ortodoxia a fé? Faz-se alguma distinção entre o que crê de uma maneira e o que crê de outra?

Não, pois Jesus coloca o samaritano (considerado herético), que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade. Jesus não faz da caridade uma das condições da salvação, mas a única. Se ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ela encerra implicitamente todas as outras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça, etc., e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

Amor e Sabedoria

Hoje, procuramos entender o que significam vários daqueles personagens citados por Jesus na “Parábola do Bom Samaritano”

Cairbar Schutel diz que “o viajante ferido é a Humanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelos poderosos do mundo; o sacerdote e o levita, em vez de tratarem dos interesses da coletividade, tratam dos interesses dogmáticos; o samaritano que se aproximou e atou as feridas, é Jesus Cristo. O azeite, é o símbolo da fé, o vinho, é o espírito da sua Palavra, os dois denários, são a caridade e a sabedoria.”

Amor e Sabedoria, as duas asas simbólicas que o Espírito, meditando e agindo no bem, pouco a pouco vali tecendo, e com que, mais tarde, desferirá venturosamente os voos sublimes e supremos, na direção da perfeição.

Quase dois mil anos se passaram e aqui retornamos sucessivas vezes para este planeta, que é uma escola, a fim de conquistarmos a sabedoria e o amor (as duas asas), com que nós alçaremos ao Reino de Deus, que é liberdade e felicidade.

A simbologia dessas asas (do Amor e Saber), conseguimos após buscarmos o esclarecimento, aprendendo, interpretando, ouvindo e aplicando; após isso obtemos o Conhecimento verdadeiro, não o puramente intelectual, mas o que, aplicado sob a forma de caridade, é o amor em ação.

Amor é o que buscamos ter hoje, não somente pelos mais próximos, mas aplicando os ensinamentos de Jesus, com a visão de quem o encontra na sua Estrada de Damasco, e percebe a oportunidade de tirar dos olhos as traves do orgulho e das vaidades desmedidas do passado, após séculos de obscurecimento do Espírito.

Muitos cresceram ao praticar o bem, com o uso do livre-arbítrio; outros, ainda hoje, apenas leem as páginas belíssimas em que se afirma que Fora da Caridade não há Salvação; e há os que desejam ser os samaritanos de hoje e que sabem, também, que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão, são uma só pessoa.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que devemos cultivar o amor e o saber?

2) Por que Jesus narrou a Parábola do Bom Samaritano?

3) Qual a principal lição dessa parábola?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Schutel, Cairbar - Parábolas e Ensinos de Jesus – Ed. O Clarim.
- Xavier, Francisco Cândido - Roteiro – Ed. FEB.

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

9ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A CARIDADE SEGUNDO PAULO

“Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que fine. E se eu tiver o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios, e quando se pode saber; e se tiver a fé, até ao ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se, todavia, não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna. A caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

A caridade nunca, jamais há de acabar; ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou será abolida a ciência. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes: porém a maior delas é a caridade.” (Paulo, I Coríntios, 13:1-8 e 13)

Paulo compreendeu tão profundamente essa verdade, que coloca a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular. Ele define a verdadeira caridade, mostrando-a não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

De Paulo é a máxima: Fora da caridade não há salvação. Retornou ao tema em 1860 em Paris, numa comunicação do E.S.E, dizendo: “Pois nela estão contidos os destinos dos homens sobre a terra e no céu porque aqueles que a tiveram praticado encontrarão graça diante do Senhor”.

Encerrando a sua mensagem, traz a exortação: “Meus amigos, agradecei a Deus, que vos permite gozar a luz do Espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo ela vos torna melhores cristãos. Fazei, pois que, aos vos vendo possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam.”

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) Segundo Paulo, quais as características da caridade?

2) Analise a frase: “Fora da caridade da há salvação”.

3) Na sua opinião, o que é caridade?

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

8ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES

“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes. (Mateus, 10:8)

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; porque devorais as casas das viúvas, com pretextos de longas orações; por isso sofrereis um juízo mais rigoroso.” (Mateus, 23:14)

“Dai de graça o que de graça recebestes”, disse Jesus aos discípulos, recomendando-lhes, dessa forma, que não aceitassem pagamentos pela dispensa dos bens, cuja obtenção nada lhes houvesse custado, ou seja, que nada cobrassem dos outros por aquilo que não pagaram. O que eles receberam, gratuitamente, foi à faculdade de curar doentes e expulsar os “demônios”, ou seja, os maus Espíritos. Essa capacidade lhes fora dada de graça, para que aliviassem os que sofriam e ajudassem a propagação da fé e, por isso, lhes prescrevera o Mestre que não a transformassem em artigo de comércio, ou de especulação e muito menos em meio de vida.

Também disse Jesus: “Não façais pagar as vossas preces; não façais como os escribas que, a pretexto de longas orações, devoram as casas das viúvas”. A prece é um ato de caridade, um impulso do coração. Quando fazemos alguém pagar por esse ato de intercessão junto a Deus, transformamo-nos em intermediários assalariados, tomando, assim, a prece uma simples fórmula.

Deus não vende os benefícios que concede. Seria um absurdo pensar que podemos subordinar um ato de clemência, de bondade e de justiça, solicitado a sua misericórdia, a uma quantia em dinheiro.

A razão, o bom censo e a lógica dizem que Deus, a Perfeição Absoluta, não pode delegar a criatura imperfeita o direito de fixar um preço para a sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol: nasce para todos, tanto para os pobres como para os ricos.

Os médiuns, intermediários entre a espiritualidade e o mundo material, verdadeiras pontes de ligação entre os dois planos da vida, são os intérpretes dos Espíritos para a instrução dos homens, mostrando-lhes o caminho do bem e para trazê-los a fé. Não devem nunca vender palavras que não lhes pertencem, de vez que não são produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal.

A mediunidade séria não pode ser, nem será jamais, uma profissão. No seu aspecto de concessão como prova, é uma faculdade essencialmente mutável e variável - não funciona como uma capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, da qual se tem o direito de dispor como se queira.

“Que aquele, pois, que não tem do que viver procure outros recursos que não os da mediunidade; e que não lhe consagre, se necessário, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e os seus sacrifícios, enquanto se afastarão dos que pretendem fazer da mediunidade um meio de subir na vida", orienta-nos Kardec. (E.S.E, Cap. XXVI, Item 10)

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Explique a frase de Jesus: “Dai de graça o que de graça recebeste”.

2) Por que não devemos comercializar a mediunidade?

3) Na sua opinião, o que é um bom médium?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Ed. FEESP
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP
- XAVIER, F.C. - O Consolador 15, Ed., Brasília: FEB, 1991; Questão 387, p.215

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

8ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


MÉDIUNS E MEDIUNIDADE

Mediunidade é a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos denominados médiuns, de servirem de intermediários entre os mundos físico e espiritual.

A mediunidade é inerente ao organismo, como a visão, a audição e a fala, daí, qualquer um pode ser dotado dessa faculdade. Por isso, ela não constitui privilégio.

É uma conquista da alma, quando direcionada para o bem. Daí, a necessidade de oração e vigilância, da reforma intima, isto é, da substituição de defeitos e vícios, por qualidades e virtudes, de uma conduta moral irrepreensível, para que possamos sintonizar com Espíritos de hierarquia mais elevada. A necessidade primordial do médium é evangelizar-se, estudar muito, dando a cota de tempo de que possa dispor e doar-se no auxílio aos necessitados. Na I Epistola de Paulo de Tarso aos Coríntios, temos lições sobre a teoria e pratica mediúnica, assim como Kardec o faz em O Livro dos Médiuns.

As faculdades mediúnicas demonstram as potencialidades e a diversidade de Espíritos que existem na Terra. Não é o bastante estudar ou conhecer o efeito; é indispensável buscar e conhecer a causa desses fenômenos.

Kardec explica-nos em O Livro dos Médiuns que a mediunidade não se revela em todos os médiuns de uma mesma forma. “Os médiuns tem, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações.” (L.M, questão 159)

Paulo de Tarso traz ensinamentos de imenso valor doutrinário, quando nos diz: “Os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.” (I Coríntios, 12:4-5)

Todas as formas de mediunidade são necessárias; nenhuma faculdade é superior a outra e são todas indispensáveis para um bom andamento dos trabalhos, até a mais humilde das tarefas. Não há ninguém mais importante, porque todos são importantes, cada um na sua tarefa.

O Espiritismo, retomando as origens do Cristianismo, reforça a importância do Orai e vigiai que Jesus nos trouxe.

Cada um de nós é o único responsável pela valorização das oportunidades ofertadas por Deus e a mediunidade é uma das maiores que podemos ter.

Os Espíritos esclarecem a Kardec que se há criaturas indignas que possuem mediunidade, é porque dela necessitam para se melhorarem. “Pensas que Deus recusa os meios de salvação aos culpados? Ele os multiplica nos seus passos, colocando-os nas suas próprias mãos. Cabe a eles aproveitá-los.” (L.M, questão 226, item 2)

O exercício da mediunidade sem o amor é frio e inócuo.

O Espírito Emmanuel, complementando a importância da moral do médium, afirma: “A maior necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar as grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão”.

Diz ainda: “O primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Frequentemente é o personalismo, é a ambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres a luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, o conduzem à invigilância, a leviandade e a confusão dos campos improdutivos.”

“Contra esse inimigo é preciso movimentar as energias íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade, pela boa vontade, com o melhor esforço de autoeducação à claridade do Evangelho.”

FIXAÇÃO Do APRENDIZADO:

1) O que caracteriza a mediunidade?

2) Como o médium deve proceder para ser assistido pelos bons Espíritos?

3) Por que a mediunidade deve ser exercida para o bem.

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