CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

14ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS

Em verdade vos digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil (ceitil: moeda portuguesa antiga de ínfimo valor) (Mt, 5:25-26). 

Vários são os motivos para ter indulgência com os inimigos. 

Primeiramente, porque o perdão tem o efeito moral de libertar os seres que permanecem por vezes longo tempo imantados um ao outro pelo sentimento de ódio e vingança. Perdoar consiste em fazer uma concessão, por amor, o que demonstra a verdadeira grandeza de alma, um verdadeiro gesto de caridade moral.

Em seguida, aqueles aos quais se fez algum mal neste mundo podem, segundo sua condição, experimentar dois tipos de sentimentos: se são bons, perdoam; se são maus, podem conservar os ressentimentos e, por vezes perseguir até numa outra existência. 

Os Espíritos bons, quando na espiritualidade, compreendem o quanto as dissensões são desnecessárias e os motivos que conservam uma espécie de animosidade, até que se purifiquem (LE, perg. 293).

A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem com seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto de seu rancor. O Espírito mau espera a quem quer mal que esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar (ESE, cap. X, ítem 6). O algoz pode atingi-lo nos seus interesses mais recônditos, assim como nas suas mais caras afeições. Nisto consiste a causa da maioria dos casos de obsessão. Daí a necessidade de, com vistas à tranquilidade futura, reparar o mais cedo possível os males que se tenha praticado em relação ao próximo.

Além disso, só se pode apaziguar esses Espíritos vingativos com o bem, jamais com o mal.

Nossos sentimentos atuam sobre os outros segundo uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. Assim sendo, os bons sentimentos quebram toda eventual expressão vibratória entre os seres imantados pelo ódio, envolvendo a ambos em eflúvios de harmonia. Além disso, o bom procedimento não dá, pelo menos, nenhum pretexto a represálias, e com ele se pode fazer de um inimigo um amigo antes da morte. Com o mau procedimento ele se irrita e é então que serve de instrumento à justiça de Deus, para punir aquele que não perdoou (ESE, cap. XII, ítem 5).

Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja, até que a justiça divina esteja completamente satisfeita (ESE, cap. X, ítem 6).

QUESTIONÁRIO:

C - RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS

1 - Quais são os motivos para se ter indulgência com os inimigos?

2 - Como se pode apaziguar os Espíritos vingativos?

3 - Qual a causa da maioria dos casos de obsessão?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

14ª AULA PARTE B - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS

No mundo espiritual, da mesma maneira que no plano material, os Espíritos se reúnem em associações, classes, sociedades, conjugando interesses semelhantes entre os indivíduos.

Juntam-se no espaço em aglomerados afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de vida que procuravam quando encarnados.

Porém, nem todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns junto aos outros. Os bons vão por toda a parte e é necessário que assim seja, para que possam exercer a sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos imperfeitos, a fim de que não levem a elas o distúrbio das más paixões (LE, perg. 279).

Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado. Porém, essa autoridade não se refere aos valores terrenos, mas sim a uma ascendência moral irresistível. As posições de destaque ocupadas no mundo material, o poder, a autoridade, não conferem nenhuma supremacia ao homem no mundo dos Espíritos; o maior na Terra pode estar na última classe entre os Espíritos; enquanto que seu servidor estará na primeira. - Jesus não disse: Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será humilhado? (LE, perg.275a). Aquele que foi grande entre os homens, e como Espírito vê-se junto dos Espíritos inferiores, movido pelo seu orgulho e inveja sente-se muito humilhado com esta situação.

Os Espíritos comunicam-se entre si. Eles se veem e se compreendem; a palavra é material: é o reflexo da faculdade espiritual. O fluido universal estabelece entre eles uma comunicação constante; é o veículo de transmissão do pensamento, como o ar é o veículo do som. Uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos, permitindo aos Espíritos corresponderem-se de um mundo a outro (LE, perg. 282).

Não podem dissimular reciprocamente seus pensamentos, nem esconder-se um dos outros, pois para eles tudo permanece descoberto, principalmente quando são perfeitos. A linguagem entre os Espíritos é, portanto a linguagem do pensamento, e não necessariamente a linguagem material articulada. 

Os Espíritos reconhecem-se e constatam sua individualidade pelo perispírito, que os torna seres distintos uns para os outros, como os corpos entre os homens (LE, perg. 284). Desta maneira reconhecem aqueles que foram seus filhos, pais, amigos ou inimigos quando encarnados. Geralmente ao desencarnar a alma vê os parentes e amigos que a precederem no mundo dos Espíritos, os quais felicitam-na como no regresso de uma viagem.

A alma do justo é recebida como um irmão bem-amado e longamente esperado; a do mau é recebida com natural reserva.

Pode continuar a existir no mundo dos Espíritos a afeição que dois seres se consagravam no mundo material, desde que originada da verdadeira simpatia. Se, no entanto, esta afeição nasceu principalmente de causa de ordem física, a afeição desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e duráveis que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio (LE, perg. 297).

A teoria das metades eternas é uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não deve ser tomada ao pé da letra. Não existe união predestinada desde a origem. A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um devesse completar o outro, perderia a sua individualidade (LE, perg. 301).

QUESTIONÁRIO:

B - RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS

1 - Como se constituem os agrupamentos no plano espiritual?

2 - Há livre acesso dos Espíritos a todos os lugares? Explicar

3 - Como os Espíritos se reconhecem na Espiritualidade?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

14ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

A ESCOLHA DAS PROVAS

VIDA ESPÍRITA

No estado errante, antes da nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida. Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio (LE, perg. 258). Possuindo a liberdade de escolha, o Espírito é responsável pelos seus atos, assim como das consequências que lhe advierem.

Nada lhe estorva o futuro e mesmo que venha a sucumbir às provas escolhidas, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus na sua bondade permite sempre recomeçar o que foi mal feito.

O Espírito sabe que, escolhendo determinado caminho, terá de passar por determinado gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, que influem no destino estão previstos (LE, perg. 259).

Nem sempre, porém, o Espírito faz a sua escolha imediatamente após a morte, pois muitos, ainda atrasados, julgam que suas penas têm um caráter eterno. Por outro lado, ele pode ainda fazer sua escolha durante a vida corporal, pois um desejo intenso pode influir no seu futuro.

Tudo depende da sua intenção. Isso é possível, pois que o Espírito, embora encarnado, tem sempre os momentos em que se liberta da matéria.

Geralmente o Espírito escolhe as provas que lhe podem servir de expiação, segundo a natureza de suas faltas, assim como aquelas que podem contribuir para o seu adiantamento.

Uns podem impor-se uma vida de misérias e privações, para tentar suportá-la com coragem; outros, experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e o mau emprego que lhes pode dar e pelas más paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o vício (Le, perg. 264).

Pode acontecer de, por vezes, o Espírito enganar-se quanto à eficácia da prova que escolher.

Pode escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ociosa e inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada ganhou e pede para recuperar o tempo perdido (LE, perg. 269).

Parece evidente o fato de o Espírito geralmente escolher as provas mais fáceis de ser vencidas; no entanto, isso não ocorre, pois na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então que lhe importam alguns sofrimentos passageiros? (LE, perg. 266). É assim que quando desencarnado prefere provas mais rudes e suscetíveis de apressar o seu progresso.

Um Espírito inexperiente e ignorante, não pode escolher uma existência com pleno conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha. Entretanto, à medida que vai evoluindo e que o seu livre-arbítrio se desenvolve, tornando-se senhor de si, passar a tomar decisões por si mesmo; porém, se não aceitar os conselhos dos bons Espíritos, poderá cair em deslizes, comprometendo o seu processo evolutivo.

Algumas provas podem ser impostas, em vez de serem escolhidas espontaneamente; isto, porém, acontece com Espíritos inferiores, que revelam-se refratários às orientações dos bons Espíritos, assim como no caso de expiação de faltas, o que obviamente auxiliará o seu progresso.


QUESTIONÁRIO:

A - A ESCOLHA DAS PROVAS

1 - Pode o Espírito escolher provas muito rudes e uma existência repleta de percalços, a fim de apressar a sua evolução?

2 - O Espírito pode enganar-se quanto à eficácia da prova escolhida?

3 - Todos os Espíritos têm livre-arbítrio na escolha de suas provas?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

13ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE

Muitos pensam que Espíritos errantes são aqueles que cometeram erros, quando na realidade são os Espíritos que estão em diferentes moradas, embora não estejam nem localizadas, nem circunscritas, independentemente de erros que eventualmente tenham ou não cometido. Os Benfeitores espirituais ensinam que A casa do Pai é o Universo; as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, e oferecem aos Espíritos desencarnados moradas apropriadas ao seu adiantamento.

Independentemente da diversidade dos mundos, pode-se também definir a palavra "morada" usada por Jesus, como sendo o estado de felicidade ou infelicidade que o Espírito desfruta na erraticidade. 

Assim, aqueles Espíritos que na existência corpórea tiveram demasiado apego às coisas materiais, não conseguem se desprender totalmente dos valores terrenos. Este apego faz com que não se libertem facilmente dos convencionalismos terrenos, deixando de percorrer o espaço infinito em busca de maior esclarecimento, preferindo pelo contrário, manterem-se jungidos às coisas transitórias do mundo corporal.

Assim, enquanto os Espíritos mais inferiores erram nas trevas, os felizes desfrutam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. Em "O Céu e o Inferno", uma das obras básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec através da manifestação de Espíritos de várias categorias, propicia o seguinte quadro bastante nítido das alegrias ou das penúrias que os Espíritos experimentam quando na Erraticidade, segundo o modo de vida que tiveram quando encarnados.

ESPÍRITOS FELIZES: Pessoas que foram íntegras e bondosas, que jamais cometeram uma ação má, e que sofreram enfermidades ou experimentaram rudes provações, jamais lhes faltando coragem nas adversidades, entram no mundo espiritual desfrutando de indescritível felicidade. A separação do invólucro físico se assemelha a um sonho, sem sentirem qualquer sensação de dor. Alguns Espíritos descrevem que passam a perceber brilhante luz, tendo a impressão de saírem de uma atmosfera constrangedora para sentirem indizível bem-estar.

ESPÍRITOS EM CONDIÇÃO INTERMEDIÁRIA: O mesmo não acontece com aqueles que na vida terrena foram considerados pessoas de boa índole, que não praticaram o mal, mas também não fizeram o bem, incapazes de qualquer sacrifício para minorar um sofrimento alheio, esquivando-se de qualquer ato de caridade. Para estes, o fenômeno da morte se torna mais penoso, prolongado, e a sensação que experimentam ao adentrarem o mundo invisível não é tão alentadora.

ESPÍRITOS SOFREDORES: Um quadro bem diverso apresenta um Espírito que na existência física foi orgulhoso, que jamais se preocupou com o aprimoramento de suas qualidades morais e espirituais, e muito menos se condoeu dos sofrimentos alheios. O estado de alma desse Espírito na erraticidade é assaz doloroso, pois sua consciência acusa-o constantemente, aumentando ainda mais seus sofrimentos morais. Tal Espírito tem a sensação de que seus sofrimentos são eternos, não entrevendo sequer um termo (fim) para suas dores.

Espíritos que adentraram o mundo espiritual pela porta enganosa do suicídio vivem verdadeiros martírios; o seu estado de alma é dos mais deploráveis, pois, muitas vezes, experimentam a sensação de estarem ligados aos seus antigos invólucros físicos. Não menos agudo é o sofrimento dos Espíritos endurecidos que, pelo orgulho, não se arrependem do mal praticado. São Espíritos insubmissos que se revoltam contra a justiça divina, hesitando em se submeterem à vontade soberana do Criador. Por isso vivem num estado trevoso e de revolta interior, refratários ao benefício balsâmico do perdão. Tais Espíritos também têm a sensação de viverem em eterno sofrimento e somente novas e difíceis reencarnações os aproximarão mais do caminho do bem.

QUESTIONÁRIO:

C - DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE

1 - O que são Espíritos errantes?

2 - Como pode ser definida a palavra "morada" empregada por Jesus?

3 - O que determina a condição de feliz ou infeliz quando na erraticidade?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

13ª AULA PARTE B - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS

PERCEPÇÕES E SENSAÇÕES: Percepção é a faculdade que os Espíritos têm de perceber o mundo à sua volta, faculdade essa que nos Espíritos desencarnados é muito mais acurada do que nos encarnados. Isto ocorre em função da matéria compacta que representa verdadeiro entrave para a livre manifestação das suas faculdades. Livres da matéria, a inteligência e demais potencialidades se revelam em toda a sua plenitude. Porém, a maior ou menor expressão de tais atributos está diretamente relacionada ao grau evolutivo de cada um, ou seja: quanto mais se aproximam da perfeição, maior é a percepção que os Espíritos têm da realidade que os cerca.

Assim, Espíritos ainda inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de tudo; isto significa que enquanto os Espíritos superiores conhecem, em grande extensão, o princípio das coisas, os inferiores não sabem mais do que sabem os homens de igual condição evolutiva.

PERCEPÇÃO EXTERIOR: Com relação à percepção Exterior, os Espíritos veem por si mesmos não necessitando de luz externa. 

Aqueles que são bons livraram-se das trevas, que são peculiares apenas aos que passam por grandes expiações. Desfrutam da faculdade de ver, a qual reside em todo seu ser, assim como a luz que se encontra em todas as partes de um corpo luminoso. Trata-se de uma espécie de lucidez que se estende a tudo e para a qual não há trevas; ela abrange o espaço, o tempo, as coisas, e é por isso que a visão do Espírito independe de luz exterior.

Outra particularidade inerente aos Espíritos elevados, é que podem ver em dois lugares simultaneamente, uma vez que transportam-se com a velocidade do pensamento; os que são mais elevados irradiam seus pensamentos em várias direções ao mesmo tempo.

PERCEPÇÃO DO TEMPO: Os Espíritos vivem fora do tempo tal como é concebido no plano físico, pois a medida temporal praticamente deixa de existir para eles; enquanto para os encarnados os séculos são longos, para os desencarnados não passam de instantes que se diluem na eternidade.

CONHECIMENTO DO PASSADO E DO FUTURO: O conhecimento do passado e do futuro é muito relativo para os Espíritos. Quanto mais evoluídos, mais noções têm do passado, e pressentem com maior nitidez o futuro. Quase sempre, nada mais fazem do que entrevê-lo, "mas nem sempre têm a permissão de o revelar"; quando o veem, ele lhes parece presente (LE, perg. 243). Contudo, nenhum Espírito de ordem elevada tem completo conhecimento do futuro, pois este somente pertence a Deus.

PERCEPÇÃO DA MÚSICA E DAS BELEZAS NATURAIS: Os Espíritos desencarnados, por terem as percepções mais afloradas, têm suas qualidades sensitivas mais desenvolvidas; portanto, são mais sensíveis à música principalmente à música celeste, muito mais perfeita do que a do mundo material. A mesma sensibilidade se revela também no que diz respeito às belezas naturais dos diferentes mundos espirituais. Embora tais belezas sejam tão diversas que estamos longe de conhecê-las, os Espíritos são sensíveis a elas, segundo as suas aptidões para apreciá-las e compreender (LE, perg. 252).

INTUIÇÃO DE DEUS: Respondendo a uma pergunta sobre os Espíritos veem a Deus (LE, perg. 244), os benfeitores espirituais afirmaram que somente Espíritos superiores o veem e compreendem, enquanto os menos evoluídos sentem-no intuitivamente. É assim que ele (Espírito inferior) não vê a Deus, mas sente a sua soberania, e quando uma coisa não deve ser feita ou uma palavra não deve ser dita, ele o sente como uma intuição, uma advertência invisível que o inibe de fazê-lo (LE, perg. 244a).

SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS: Os Espíritos conhecem os sofrimentos, porque passaram por eles na existência corpórea, mas quando desencarnados não os experimentam materialmente como sucede nos encarnados. Não sentem a sensação de fadiga, e quando a sentem é tão somente resultado de sua pouca evolução moral. Desde modo, não precisam de descanso corporal, pois não são dotados de órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito repousa no sentido de não estar em constante atividade.

A espécie de fadiga que os Espíritos podem provar está razão da sua inferioridade, pois quanto mais se elevam, de menos repouso necessitam (LE, perg. 254). De modo geral os Espíritos, quando desencarnados, gozam de percepções e sensações diferentes daquelas que tiveram quando encarnados, tudo dependendo da elevação moral que tenham atingido.

QUESTIONÁRIO:

B - PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS

1 - Por que a percepção não é igual para encarnados e desencarnados?

2 - Como é a percepção do tempo para os Espíritos?

3 - Os Espíritos elevados podem ver em dois lugares simultaneamente?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

13ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

ESPÍRITOS ERRANTES - MUNDOS TRANSITÓRIOS

ESPÍRITOS ERRANTES: Espíritos errantes são todos os Espíritos que, estando desencarnados, ainda estão sujeitos à reencarnação. 

Diz-se, então, que eles vivem ou estão, na ERRATICIDADE. Os Espíritos puros que não necessitam mais reencarnar, não são denominados errantes; e, então, eles não estão na erraticidade. 

A reencarnação dos Espíritos errantes não se processa logo em seguida à desencarnação, ocorrendo geralmente após intervalos mais ou menos longos. Em resposta a Allan Kardec, os benfeitores espirituais disseram que o tempo que o Espírito permanece na ERRATICIDADE aguardando novas encarnações, varia de algumas horas a alguns milhares de anos. (LE, perg. 224a).

Nos mundos superiores as reencarnações podem ocorrer quase que imediatamente após a desencarnação; pelo fato de a matéria ser menos grosseira nesses mundos, o Espírito desfruta de maior liberdade, fazendo de modo mais amplo uso de suas faculdades espirituais, possibilitando-lhe uma visão mais nítida da realidade à sua volta. Alguns Espíritos solicitam que a erraticidade se prolongue, a fim de prosseguirem em estudos só suscetíveis de serem realizados quando no mundo espiritual.

Mas, também existem casos em que os próprios Espíritos demoram a reencarnar por temerem as consequências da vida corpórea que levarão; tal o montante de débitos que contraíram perante a justiça divina, sendo necessário então a reencarnação compulsória. Mas, o fato de permanecer na erraticidade não é indício de inferioridade dos Espíritos, uma vez que a condição de errantes abrange toda a escala evolutiva, com exceção dos Espíritos Puros.

Os Espíritos errantes estudam e procuram meios de elevar-se; mas é na existência corpórea que põem em prática aquilo que aprenderam, porque é na vida material que acontecem os grandes embates que levam os Espíritos a superar-se. São felizes ou infelizes, conforme os méritos conquistados; sofrem por efeito das paixões, cuja essência conservaram, e são felizes de conformidade com o grau evolutivo a que tenham chegado. Na erraticidade têm a percepção do que lhes falta para serem felizes, e desde então procuram os meios de se melhorarem.

MUNDOS TRANSITÓRIOS: Existem mundos espirituais chamados "TRANSITÓRIOS" particularmente destinados aos seres errantes e que lhes servem de habitação temporária, onde descansam durante uma longa erraticidade, servindo-lhes de estações de repouso.

Nesses mundos eles progridem, instruem-se e obtêm permissão para passar a outros lugares melhores e chegar mais depressa à perfeição. 

Em tais mundos, a superfície é estéril transitoriamente (LE, perg. 236b) e os seres que os habitam de nada precisam (LE, perg. 236a), em relação à natureza material, mas não conservam permanentemente essa condição.

Assim, nada é inútil na natureza, pois tudo tem um fim, uma destinação. Em parte alguma do Universo há o vazio; nele tudo é habitado, e a vida se manifesta em toda parte. Mesmo no período de formação da Terra, quando seus períodos de transição eram lentos, antes mesmo do aparecimento dos primeiros seres orgânicos, não havia ausência de vida espiritual no planeta.

QUESTIONÁRIO:

A: ESPÍRITOS ERRANTES - MUNDOS TRANSITÓRIOS

1 - O que é erraticidade?

2 - O fato de permanecer na erraticidade é indício de inferioridade do Espírito?

3 - Qual a finalidade dos mundos transitórios?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

12ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

LIMITES DA ENCARNAÇÃO - NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO

Não se pode precisar o número de encarnações para o Espírito que habita a Terra; elas acontecem enquanto ele não tiver atingido o mais elevado índice evolutivo que este planeta comporta, e só então passará a encarnar num mundo imediatamente mais elevado. 

Sendo a Terra um planeta de provas e expiações, o mundo que lhe está em situação evolutiva superior é o mundo de regeneração, onde o Espírito encarnado experimenta menos dores, verte menos lágrimas e enfrenta menos dissabores. Após ter atingido a condição de Espírito puro, não necessita mais inserir-se na materialidade; sua felicidade será plena e estará mais próximo de Deus.

Os Espíritos mais elevados podem descer e até encarnar em missão, nos mundos inferiores; porém, os Espíritos que estão nesses mundos, não poderão encarnar em mundos superiores.

Os que executam com zelo as tarefas que lhes são conferidas galgam rapidamente, e de maneira bem menos atribulada, os degraus da evolução, passando a desfrutar dos benefícios resultantes do seu trabalho. Entretanto, os que retardam a caminhada fazendo mau uso do livre-arbítrio, retardam seu ciclo evolutivo e têm que experimentar, muitas vezes, amargas decepções.

Pela obstinação na prática do mal, podem prolongar sensivelmente a necessidade de reencarnarem em mundos ainda inferiores. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, pode não somente abreviar a duração da encarnação material, mas vencer, de uma só vez, os degraus intermediários que o separam dos mundos superiores.

Assim, à medida que o Espírito se purifica e ascende à escala evolutiva, passa de um mundo mais atrasado para outro imediatamente mais evoluído. Nessa nova morada seu perispírito se torna mais sutil, menos denso, passando a desfrutar de maior sensibilidade e de facilidade de locomoção. Tomando-se como exemplo uma escola: se o aluno empenhar-se com afinco e dedicação, logo terá superado todos os estágios e poderá, pelo seu próprio esforço, atingir seu objetivo final. Mas, se tiver sido displicente, ocioso, o seu ciclo de estudos se dilatará consideravelmente, resultando em inevitáveis repetições do mesmo ano escolar.

Do mesmo modo ocorre com os Espíritos que fazem mau uso de suas encarnações no grande educandário da vida; terão que passar por novas existências corpóreas, tantas vezes quantas forem necessárias para que o seu aprendizado possa ser assimilado de forma integral. 

Por isso, quanto mais o homem se esforçar pelo seu aprimoramento moral e espiritual, menos encarnações terá pela frente.

QUESTIONÁRIO:

C - LIMITES DA ENCARNAÇÃO - NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO

1 - A evolução do Espírito dá-se em um único planeta?

2 - Podem os Espíritos vencer mais rapidamente degraus intermediários que os separam dos mundos superiores?

3 - O que devemos fazer para merecer um mundo melhor?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

12ª AULA PARTE B - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

IDÉIAS INATAS

O Espírito evolui incessantemente e em cada encarnação acumula uma parcela considerável de novos conhecimentos, quando renasce em novo corpo, mantém, de forma inata, muito daquilo que aprendeu em existências precedentes.

- O Espírito encarnado conserva algum traço das percepções que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas existências sucessivas?

- “Resta-lhe uma vaga lembrança, que lhe dá o que chamamos ideias inatas” (LE, perg. 218).

Realmente, o Espírito não pode lembrar-se de tudo o que aprendeu em vidas passadas; seus gostos, propensões, conhecimentos adquiridos, posição social; não obstante, veem-se pessoas nascerem em condições paupérrimas que, apesar disto, pelo próprio esforço e determinação em virtude de vagas reminiscências do passado, tudo fazem para se elevarem na vida, graças às tendências que adquiriram em existências anteriores e que são conservadas de forma inata.

Existem numerosos casos de pessoas que nasceram em condições obscuras e, no entanto, conquistaram destaque na ciência, na política, nas artes, e outros ramos do conhecimento humano. 

É notória também a existência de crianças precoces que, desde a mais tenra idade, manejam instrumentos musicais, tornando-se exímias artistas, matemáticos ou portadores de uma tendência para determinada arte, conhecimentos esses que somente seriam admissíveis quando adultos.

Considerando-se ter o Espírito a necessidade de evoluir moral e intelectualmente, pode acontecer que numa encarnação suas faculdades intelectuais, por exemplo, permaneçam adormecidas, para que ele possa evoluir mais no campo moral, pois nem sempre a evolução é simultânea. Assim, ideias inatas são reminiscências de vidas passadas que afloram no decurso de novas existências corporais. 

Muitas pessoas chegam mesmo a reconhecer lugares onde parece terem estado anteriormente, e mesmo o encontro de pessoas que, logo à primeira vista, lhes parecem familiares ou já conhecidas, o que pode representar uma indicação de que conviveram com elas em encarnações anteriores.

QUESTIONÁRIO:

B - IDÉIAS INATAS

1 - O que são ideias inatas?

2 - Como se explica a precocidade de algumas crianças?

3 - Como a Doutrina Espírita encara os chamados "gênios"?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

12ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

SORTE DAS CRIANÇAS APÓS A MORTE - SEXO NOS ESPÍRITOS

SORTE DAS CRIANÇAS APÓS A MORTE: O fato de uma criança desencarnar em tenra idade não significa que ela irá desfrutar das benesses reservadas aos Espíritos puros, como também não a isentará das provas que tenha que vencer e que são essenciais ao seu aprimoramento espiritual. Seria inadmissível crer que desfrutasse, sem esforço, das bem-aventuranças eternas.

Neste caso, seria uma injustiça divina liberar tais Espíritos das vicissitudes próprias da vida corpórea, normalmente cheia de tribulações e de dores. Em relação a esta questão, Allan Kardec indaga os Espíritos superiores: - O Espírito da criança que morre em tenra idade, não tendo podido fazer o mal, pertence aos graus superiores?

 - "Se não fez o mal, também não fez o bem, e Deus não o afasta das provas que deve sofrer. Se é puro, não é pelo fato de ter sido criança, mas porque já se havia adiantado" (LE, perg. 198).

Segundo o princípio da reencarnação, as oportunidades de crescimento espiritual são iguais para todos, sem exceção e sem privilégios, e quem se retardar somente a si mesmo cabe queixar-se, pois assim como os homens têm o mérito de suas ações, também têm o de suas responsabilidades. 

Existem várias causas para a interrupção da vida de um Espírito em plena infância corpórea; dentre elas, a que pode constituir uma prova ou expiação para seus pais, ou ainda o fato de que o Espírito tenha vivido apenas o suficiente para complementar uma vida anterior, interrompida antes do tempo devido.

O Espírito de uma criança desencarnada em tenra idade poderá ser tão adiantado quanto o de seus pais, sendo-o algumas vezes muito mais, porquanto pode dar-se que muito mais já tenha vivido e adquirido maior soma de experiências, sobretudo se progrediu (LE, perg. 179). 

Não se pode também considerar a infância como um estado de inocência, pois frequentemente surgem crianças portadoras de maus instintos, numa idade em que a educação ainda não pode exercer sua influência. Muitas crianças trazem de forma inata tendências negativas, não obstante o exemplo do meio em que vivem; tais tendências somente podem vir do estado de inferioridade do Espírito.

O Espírito que retorna à espiritualidade ainda na infância corpórea, e não teve por isso tempo suficiente para manifestar suas virtudes adquiridas ou suas imperfeições, terá de retornar ao plano material para completar sua programação evolutiva. Aqueles que são viciosos, é que progrediram menos e têm então de sofrer as consequências, não dos seus atos da infância, mas das suas existências anteriores. É assim que a lei se mostra a mesma para todos e a justiça de Deus a todos abrange (LE, perg. 199a).

SEXO NOS ESPÍRITOS: Em relação a esta questão, Allan Kardec indaga aos Espíritos benfeitores: - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?

 - "Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar (LE, perg. 202). Os Espíritos, enquanto essência inteligente não tem sexo, da forma que se entende, uma vez que o sexo depende da constituição orgânica. Entre eles existe amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos, na afeição que conseguiram amealhar no transcorrer de outras existências".

Os Espíritos, enquanto seres psíquicos guardam em si uma tendência masculina ou feminina.

No entanto, podem por vezes habitar um corpo de um homem ou o corpo de uma mulher, depende das provas que tenha que vencer, ou das expiações pelas quais tenha que passar.

No decurso do seu processo evolutivo, o Espírito necessita realizar o maior número possível de experiências, para enriquecer-se e atingir o estado de angelitude. Ele precisa, pois, encarnar nas mais diversas posições sociais, intelectuais e morais. Necessita por isso passar pela vivência de ambas as polaridades sexuais, sendo levado, portanto, a algumas vezes encarnar como homem e outras como mulher.

QUESTIONÁRIO:

A - SORTE DAS CRIANÇAS APÓS A MORTE - SEXO DOS ESPÍRITOS

1 - Quando o Espírito desencarna em tenra idade, qual será a sua conduta evolutiva?

2 - A inocência da criança significa que o seu Espírito é evoluído?

3 - Os Espíritos têm sexo na forma como entendemos?

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