CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

3ª. AULA PARTE B - CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

Os Espíritos

Os Espíritos não são, como vulgarmente se acredita, uma criação distinta das outras. São as almas das pessoas que viveram na terra ou em outros mundos, despojadas de seu envoltório corporal.

Quem admite a existência da alma, sobrevivendo ao corpo, igualmente admite a dos Espíritos.

Negar estes equivale a negar aquela. Comumente fazemos uma falsa ideia dos Espíritos.

Estes não são, como alguns pensam, seres imprecisos e indefinidos, nem chamas como as dos fogos-fátuos, nem fantasmas como os dos contos fantásticos.

São seres semelhantes a nós mesmos e que, como nós, têm um corpo: mas fluídico e invisível em estado normal.

Durante a vida, quando unida ao corpo, a alma tem um duplo envoltório. Pesado, grosseiro e destrutível: o corpo. 

O outro fluídico, leve e indestrutível: o perispírito.

Três coisas essenciais contam-se, pois, no homem:

1°) A alma ou Espírito, princípio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral.

2°) O corpo, envoltório material que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior.

3°) O perispírito, envoltório leve, imponderável, que serve de laço intermediário entre o Espírito e o corpo.

O envoltório exterior sucumbe quando está gasto e já não pode realizar suas funções: o Espírito dele se liberta como o fruto se despoja da casca, a árvore da cortiça e a serpente da pele. 

Em outras palavras: como nos livramos de uma veste imprestável. 

A isto chamamos morte.

A morte é a simples destruição do envoltório material que a alma abandona, como a mariposa abandona a crisálida. 

A alma conserva, entretanto, seu corpo fluídico ou perispiritual.

A morte do corpo liberta o Espírito do envoltório que o prendia à Terra e lhe trazia sofrimentos.

Uma vez desembaraçado dessa carga, fica-lhe apenas o corpo etéreo, que lhe permite percorrer os espaços e franquear as distâncias com a rapidez do pensamento.

A união da alma, do perispírito e do corpo material, constitui o homem. 

Separados do corpo, a alma e o perispírito constituem o ser denominado Espírito.

Os Espíritos possuem todas as percepções que tinham na Terra, ainda mais requintadas, por isso que essas faculdades não estão embaraçadas pela matéria. 

Experimentam sensações que nos são desconhecidas, veem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir.

Para eles não existem as trevas, salvo para aqueles cujo castigo consiste em viver nas sombras.

Todos os nossos pensamentos repercutem neles que os leem como num livro aberto.

De modo que aquilo que podemos ocultar a alguém, enquanto vivo, não mais poderemos, desde que volte ao estado de Espírito. (L.E., 237).

Encontram-se os Espíritos por toda parte. Estão entre nós, ao nosso lado, observando-nos incessantemente. Sua contínua presença entre nós, torna-os agentes de diversos fenômenos.

Desempenham um papel importante no mundo moral e, até certo ponto, no mundo físico.

Constituem, assim, uma das potências da natureza.

A partir do momento em que se admite a sobrevivência da alma ou do Espírito, é racional admitir a dos afetos, sem os quais as almas de nossos parentes e amigos ser-nos-iam arrebatadas para sempre.

Como os Espíritos podem ir a toda parte, é igualmente racional admitir que os que nos amaram durante a vida terrena nos amem depois da morte; que viviam ao nosso lado, que conosco desejem comunicar-se e que, para conseguir, empreguem os meios à sua disposição. 

Isto é confirmado pela experiência.

Realmente, a experiência prova que os Espíritos conservam os afetos sérios que tinham na Terra, que se alegram de estar ao lado dos que amaram, principalmente quando atraídos pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos que se conservam, ao passo que se mostram
indiferentes para com aqueles que lhes votam indiferença.

Bibliografia: KARDEC, Allan. “Noções elementares de Espiritismo”, “O que é o Espiritismo”. São Paulo, Lake.

Questionário

1) Como deve conduzir-se quem deseja instruir-se seriamente na Doutrina Espírita?

2) Quais os elementos essenciais materiais e espirituais que formam o homem?

3) Qual a diferença entre alma e Espírito?
 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

3ª. AULA PARTE A - CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

Noções Preliminares de Espiritismo

A) Noções práticas de espiritismo

B) Observações preliminares

1. É erro crer que a certos incrédulos basta presenciar um fenômeno extraordinário para se convencerem. Os que não admitem a existência da alma ou do Espírito, no homem, não podem admiti-la fora dele. 

Negando a causa, consequentemente negam o efeito.

Apresentam-se, pois, quase sempre, com ideias preconcebidas, com a deliberação prévia de negar tudo, o que se impede de realizar uma observação séria e imparcial. 

Fazem perguntas e levantam objeções impossíveis de contestação completa no primeiro momento, pois seria preciso dar a cada um deles um curso de Espiritismo, explanando todos os princípios.

O estudo prévio tem a vantagem de responder às objeções, que na maior parte se fundam na ignorância da causa dos fenômenos e das condições em que se produzem.

2. Os que desconhecem o Espiritismo imaginam que os fenômenos espíritas se produzem como as experiências de física e química. Daí a pretensão de submetê-los à sua vontade e a recusa de se colocarem em condições necessárias à observação.

Sem admitir em princípio a intervenção dos Espíritos, desconhecendo sua natureza e sua maneira de agir, procedem como se trabalhassem a matéria bruta. E como não obtêm o que desejam, concluem que os Espíritos não existem.

Colocando-nos sob um outro ponto de vista, compreenderemos que, sendo os Espíritos as almas dos homens, depois da morte também seremos Espíritos. Ora, nós certamente, do mesmo modo, não estaremos dispostos a servir de joguete para satisfazer caprichos de
pessoas curiosas.

3. Mesmo certos fenômenos que podem ser provocados, pela razão mesma de provirem de inteligências livres, jamais estão à inteira disposição de alguém; e quem quer que se orgulhasse de os obter à vontade, estaria apenas dando prova de ignorância ou de má-fé.

É preciso esperá-los, colhê-los de passagem, e muito amiúde acontece que, quando menos esperamos, apresentam-se os fenômenos interessantes e concludentes. 

Quem deseja instruir-se seriamente deve, pois, armar-se, nisto como em tudo, de paciência e de perseverança e sujeitar-se ao que for preciso, pois de outro modo mais vale não tratar do assunto.

4. As reuniões que se ocupam das manifestações espíritas nem sempre realizam as condições favoráveis à obtenção de resultados satisfatórios ou de molde a dar convicção.

Existem algumas de onde os incrédulos saem menos convencidos do que quando entraram.

Então objetam, aos que falam do caráter respeitável do Espiritismo, com o relato dos acontecimentos (frequentemente ridículos), de que foram testemunhas.

Esses não serão mais lógicos do que os que julgam uma arte pelos desenhos de um principiante, uma pessoa por sua caricatura ou uma tragédia por sua paródia. 

O Espiritismo também tem seus aprendizes; e quem deseja instruir-se não bebe ensinamentos de uma só fonte, uma vez que, só pelo exame e pela comparação se pode firmar um juízo.

5. As reuniões frívolas têm um grave inconveniente para os novatos que as assistem: dão-lhes uma ideia falsa do caráter do Espiritismo.

Os que assistem a reuniões desta natureza certamente não podem levar a sério uma coisa que veem ser tratada levianamente por aqueles mesmos que se dizem seus adeptos. 

O estudo antecipado lhes ensinará a julgar a transcendência do que veem e a distinguir entre o mau e o bom.

6. O mesmo raciocínio é aplicável aos que julgam o Espiritismo por certas obras excêntricas que dele dão uma ideia falsa e ridícula. 

O Espiritismo é tão responsável pelas faltas dos que o compreendem mal ou o praticam erradamente quando a poesia é responsável pelos maus poetas. 

Parece deplorável que haja tais obras nocivas à verdadeira ciência.

Sem dúvida, seria preferível que só houvesse boas. 

Mas a maior culpa recai sobre os que não se dão ao trabalho de estudar a questão inteiramente.

Todas as artes e todas as ciências encontram-se no mesmo caso.

Porventura, a respeito das coisas mais sérias, não foram escritos tratados absurdos e cheios de erros?

Por que seria o Espiritismo privilegiado, sobretudo se os que o criticam não o julgassem pelas aparências, ficariam sabendo o que ele repele, e não lhe atribuiriam aquilo que repudia em nome da razão e da experiência.

Bibliografia KARDEC, Allan. O principiante espírita.

Questionário

1) Qual a importância do estudo no Espiritismo?

2) Por que se deve evitar reuniões frívolas?

3) Como procedem os que desconhecem o Espiritismo?
 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

2ª AULA PARTE B - CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

O Espiritismo Em Seu Tríplice Aspecto

O Espiritismo surgiu oficialmente em 18 de abril de 1857, com a primeira edição de O Livro dos Espíritos, que viria a alterar muitos dos conceitos até então vigentes, com relação a Deus, à imortalidade da alma, à reencarnação, à comunicação com os mortos e, principalmente, ao mundo dos Espíritos.

Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular, este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo em novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética e, estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. 

Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação, escreveu o Prof. José Herculano Pires, o mais celebrado dos seus tradutores.

Como síntese de todo o conhecimento humano, a Doutrina dos Espíritos vem muito bem estruturada na sua obra máxima, aparecendo à análise da razão sob a forma de ciência, filosofia e religião. Estes três aspectos vêm convenientemente distribuídos no conjunto de perguntas e respostas do notável livro. Ademais, no encerramento dos "Prolegômenos" de O Livro dos Espíritos pode ver-se o nome de Espíritos Veneráveis, que formaram a plêiade do Espírito da Verdade e foram, enquanto encarnados na Terra, expoentes da Filosofia, da Ciência e da Religião.

Em princípio, o Espiritismo é filosofia, com raízes profundas na própria tradição filosófica (a partir das escolas gregas). Esta é a razão pela qual Sócrates e Platão figuram na Codificação como precursores do Cristianismo e, por conseguinte, do Espiritismo. 

O Livro dos Espíritos fora até mesmo escrito na forma dos diálogos de Platão: perguntas e respostas. E, ao final da obra, nas suas "Conclusões", Kardec analisa a doutrina e afirma: "Sua força está na sua filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom senso” (item VI). 

Na primeira parte de O Livro dos Espíritos, são abordadas as "Causas Primárias": Deus, Elementos Gerais do Universo, Criação e Princípio Vital. Contudo, o Espiritismo não é só filosofia.

No "Preâmbulo" do livro “O que é o Espiritismo”, Kardec afirma: "O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica”. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

E conclui, definindo com precisão: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”.

Surge então o segundo aspecto do Espiritismo, que é Ciência. Como tal, a Doutrina Espírita difere da ciência materialista, rompendo definitivamente com a barreira de pressupostos para firmar em bases lógicas e experimentais os princípios da Nova Ciência, que vinha revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis: a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo.

A Ciência Espírita, portanto, contém duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral; outra, filosófica, sobre as manifestações inteligentes (L.E., "Introdução", item XVII).

Ambos os casos apresentam como base do conhecimento a fenomenologia mediúnica, coroada pelo ensinamento dado pelos Espíritos, que nos revelaram as leis naturais.

Finalmente, como terceiro aspecto da Doutrina Espírita, fechando o Triângulo de Forças Espirituais a que se referiu Emmanuel em “O Consolador”, surge o aspecto religioso, que Kardec deixou para o final de sua missão. 

Neste aspecto, porém, o Espiritismo é muito diferente das religiões tradicionais, visto ser desprovido de rituais, sacramentos, idolatria, paramentos, mitos e quaisquer cultos exteriores.

A Doutrina Espírita, por isso, como religião que efetivamente é, surge do exercício da razão; daí a ideia de fé raciocinada, "que se apoia nos fatos e na lógica e não deixa nenhuma obscuridade: crê-se porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu". (E.S.E., Cap. XIX, item 7). 

Não se trata de uma religião, com uma série de rituais, mas de "Religião, propriamente considerada como sistema de crescimento da alma para celeste comunhão com o Espírito Divino", nas sábias palavras do Espírito Emmanuel.

Assim, o Espiritismo, como consciência teórica, está concentrado em O Livro dos Espíritos; como consciência prática, está exposto em O Livro dos Médiuns; e, como consciência moral, religiosa, ética e estética, desdobra-se em O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Questionário

1) Onde encontrar as raízes da Filosofia Espírita?

2) Quais são as partes da Ciência Espírita?

3) Como se caracteriza a fé na Religião Espírita?
 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

2ª AULA PARTE A - CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

As 5 Alternativas da Humanidade

As alternativas da humanidade em relação ao mundo espiritual resultam das seguintes doutrinas: materialismo, panteísmo, deísmo, dogmatismo e Espiritismo.

Doutrina Materialista:

A inteligência do homem é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem nada é antes, nem depois da vida corporal.

Consequências. 

Tendo o homem apenas matéria, os gozos materiais são as únicas coisas reais e desejáveis; as afeições morais carecem de futuro; a morte quebra os laços morais sem remissão e para as misérias da vida não há compensação; o suicídio vem a ser o fim racional e
lógico da existência, quando não se pode esperar atenuação para os sofrimentos; o bem e o mal, meras convenções; por freio social, unicamente a força material da lei civil.

Doutrina Panteísta:

O princípio inteligente, ou alma, independente da matéria, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum, como as gotas de chuva ao oceano.

Consequências. 

Sem individualidade e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não existisse. As consequências morais desta doutrina são exatamente as mesmas que as da doutrina materialista.

Doutrina Deísta:

Deísmo compreende duas categorias de crentes: os deístas crentes e os deístas providencialistas. Deus, dizem os dependentes, estabeleceu as leis gerais que regem o universo; mas, uma vez estabelecidas, estas leis funcionam por si só e aquele que as
promulgou de mais nada se ocupa. O deísta providencialista crê não só na existência e do poder criador de Deus na origem das coisas, como também crê na sua intervenção incessante na criação e a ele ora, mas não admite o culto exterior e o dogmatismo atual.

Doutrina Dogmática:

A alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte; desde esse momento, tem irrevogavelmente determinada a sua sorte; nulos lhe serão quaisquer progressos ulteriores; ela será, pois, por toda a eternidade, intelectual e moralmente, o que era durante a vida.

Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e irremissíveis no inferno, completamente inútil lhes resulta todo arrependimento. Os casos que possam merecer o céu ou o inferno, por toda a eternidade,
são deixados à decisão e ao juízo de homens falíveis, aos quais é dada a faculdade de absolver ou condenar.

Consequências. 

Esta doutrina deixa sem solução os graves problemas seguintes:

- De onde vêm as disposições morais e intelectuais, inatas aos homens.

- Qual a sorte das crianças que morrem em tenra idade?

- Qual a sorte dos idiotas que não têm consciência dos seus atos?

- Onde está a justiça das enfermidades de nascença, uma vez que não resultam de nenhum ato da vida presente?

- Qual a sorte dos selvagens e de todos os que forçosamente morrem no estado de inferioridade moral em que foram colocados pela natureza, se não lhes é dado progredirem ulteriormente.

- Por que cria Deus umas almas mais favorecidas do que as outras?

- Por que criou Deus anjos em estado de perfeição sem trabalho, ao passo que outras criaturas são submetidas às mais rudes provações em que têm maior probabilidade de sucumbir, do que de sair vitoriosas?

Doutrina Espírita:

O princípio inteligente independe da matéria.
 
A alma individual preexiste e sobrevive ao corpo.

O ponto de partida ou de origem é o mesmo para todas as almas, sem exceção; todas são criadas simples e ignorantes e sujeitas ao progresso indefinido. 

Nada de criaturas privilegiadas e mais favorecidas do que outras.
 
Os chamados anjos são seres que chegaram à perfeição, depois de haverem passado, como todas as criaturas, por todos os graus de inferioridade.
 
As almas ou Espíritos progridem mais ou menos rapidamente, pelo uso do livre-arbítrio, pelo trabalho e pela boa vontade.

A vida espiritual é vida normal.
 
O Espírito progride no estado corporal e no estado espiritual.

As crianças que morrem em tenra idade podem ser Espíritos mais ou menos adiantados, porquanto já tiveram outras existências em que praticaram o bem ou cometeram ações más.

A alma dos idiotas é da mesma natureza que a de qualquer outro encarnado; possuem muitas vezes grande inteligência, da qual abusaram em existências pretéritas e aceitaram voluntariamente a situação de impotência para usá-la, a fim de expiarem o mal que praticaram.

Princípios Básicos

A doutrina espírita tem por princípios básicos:

- A preexistência da alma ao nascimento e sua sobrevivência após a morte do corpo físico, com um corpo espiritual ou perispírito.

- Pluralidade das existências e justiça das aflições.

- Progressão dos Espíritos.

- Comunicação com os Espíritos desencarnados e a intervenção destes no mundo corpóreo.

Alternativas

Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro além-túmulo:

1°) o nada, segundo a doutrina materialista;

2°) a absorção no todo universal, segundo a doutrina panteísta;

3°) a conservação da individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina dogmática;

4°) a conservação da individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita.

De acordo com as duas primeiras, os laços de família são rompidos pela morte e não há nenhuma esperança de se reencontrarem; com a terceira, há possibilidade de se reverem, desde que estejam no mesmo meio, podendo ser esse meio o inferno ou o paraíso; com a
pluralidade das existências, que é inseparável do progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relações entre os que se amam, e é isso o que constitui a verdadeira família.

Espiritismo e Espiritualismo

Espiritualista é aquele que segue uma doutrina oposta ao materialismo. Quem crê haver em nós outra coisa além da matéria é espiritualista, o que não implica na crença nos Espíritos e nas suas manifestações.

Espiritismo é a doutrina revelada por Espíritos Superiores, por meio de médiuns, e organizada por Allan Kardec, que diz na "Introdução" ao Livro dos Espíritos: portanto se adotei as palavras Espiritismo e Espiritualismo, é porque elas exprimem sem equívoco, as ideias
relativas aos Espíritos. 

Todo espírita é, necessariamente espiritualista sem que todos os
espiritualistas sejam espíritas. 

Podem ser chamados de Espíritas aqueles que professam a Doutrina Espírita, que é Filosofia, Ciência e Religião.

Codificação Espírita

A Doutrina Espírita está contida nas obras básicas: O Livro dos Espíritos (Paris, 18 de abril de 1857); O Livro dos Médiuns (Paris, 15 de janeiro de 1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo (Paris, abril de 1864); O Céu e o Inferno ou a Justiça de Deus Segundo o Espiritismo (Paris, 1°de agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (Paris, 6 de janeiro de 1868); Obras Póstumas (Paris, 1890).

QUESTIONÁRIO:

1 - Quais as alternativas da humanidade em relação ao mundo espiritual, segundo Allan Kardec?

2 - Cite as consequências da doutrina dogmática?

3 - Quais os princípios básicos da Doutrina Espírita?