CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

7ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL

“Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais - o corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque ele já existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas, o pai deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir.

“Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são o mais frequentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas, pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na terra, a fim de lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornar-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver; pela pluralidade das existências.”

“Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender dizendo aos discípulos:

‘Eis minha mãe e meus irmãos’, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois ‘quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe’.

“A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se d’Ele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo o sentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual: ‘Eis os meus verdadeiros irmãos’. Sua mãe os acompanhava, e Jesus generalizou o ensino, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe, segundo o sangue, nada lhe fosse segundo o Espírito, só merecendo a sua indiferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário.” (ESE, Cap. XIV Item 8)

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Quais são os verdadeiros laços de família?

2) Por que os laços materiais são frágeis?

3) Por que, numa mesma família, encontramos seres tão diversos uns dos Outros?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP
- Xavier, Francisco Cândido - Vida e Sexo - Ed FEB

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

7ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


COMPROMISSO AFETIVO - CASAMENTO E DIVÓRCIO

Espíritos imortais, já tendo passado por inúmeras encarnações e adquirido compromissos perante outras criaturas, é mister analisarmos, em primeiro lugar, o dever quando falamos em compromisso afetivo.

Diz-nos o Espírito Lazaro que “o dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos”.

De acordo com o preceito de Jesus que nos recomenda amar ao nosso próximo, certamente, toda vez que infligimos a Lei de Amor, sentimos a repercussão do abuso em nossa consciência. Respeitar o sentimento do outro, portanto, é fundamental para o nosso próprio equilíbrio emocional.

E o mais importante compromisso afetivo que experimentamos é o casamento.

O casamento é uma instituição Divina, inserida na Lei de Reprodução e fundada na união conjugal, para que se opere a renovação e a espiritualização dos seres. Implica no “regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no Campo da assistência mútua", como bem define o Espírito Emmanuel.

Segundo Kardec, na questão 696 do L.E, “o casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições”.

A despeito da chamada “crise do casamento” moderna, abolir o casamento significaria um retrocesso, pois até mesmo entre os animais encontramos uniões que são duradouras e estáveis. A união sexual livre e casual reflete o estado primitivo da natureza e, quando a praticamos, é como se vivêssemos ainda no estado de barbárie.

O aspecto da lei

A união pelo casamento pertence às Leis Divinas, imutáveis e perfeitas, que estabelecem a perpetuação da espécie pela reprodução e evolução dos seres. No verdadeiro casamento predomina a Lei do Amor, exclusivamente de caráter moral, que paira acima das condições eminentemente físicas do casamento.

Em relação à lei humana, ou civil, “não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois países em que elas sejam absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas não tenham sofrido modificações através dos tempos. Resulta desse fato que, perante a lei civil o que é legítimo num país em certa época, torna-se adultério noutro pais e noutro tempo.”

Pela Lei Divina, as criaturas não se unem apenas pelos laços materiais, mas também pelos da alma, a fim de que essa afeição facilite a missão de educar os filhos, fazendo-os progredir. “Imperioso, porém”, diz Emmanuel, “que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si”.

Laço importante que nos impulsiona para a evolução, o casamento, quando mal direcionado, pode realizar-se por conta de interesses materiais; mas também, quando feliz, pode ser por afinidade, seja ela de natureza espiritual, intelectual ou cultural. Na maioria dos casamentos terrenos, porém, ainda predominam as uniões de resgates e de oportunidades de evolução, precedidos de cuidadosa programação para que a união seja bem sucedida, seja em relação aos cônjuges, aos filhos ou a parentela.

Entre os aspectos fundamentais do casamento, há que se considerar:

a) a família, em que cada individualidade devera exercitar com dedicação a paternidade e a maternidade;

b) o namoro, época do “suave encantamento” a que refere-se Emmanuel, em que tudo é tolerado;

c) o ambiente doméstico, escola viva da alma, onde as criaturas matriculam-se para o aprendizado comum, para os reajustes e o crescimento;

d) a energia sexual, que se apresenta como recurso da lei de atração, para unir os Espíritos em torno da oportunidade de autodescobrimento e de reajuste;

e) a necessidade do reencontro, para o acerto perante as Leis Divinas, devido às responsabilidades esposadas em comum.

Por tudo isso, observa-se que os cultos religiosos não são senão exterioridades, elementos transitórios da vida em comum, compreensíveis em épocas mais recuadas, porém sem nenhuma utilidade prática para a vida espiritual.

Na doutrina espírita não se realizam casamentos, da mesma forma que não se ministram batismos ou quaisquer sacramentos, pois no Espiritismo não há ritual de nenhuma espécie.

Divórcio

Quando Kardec perguntou aos Espíritos acerca da indissolubilidade absoluta do casamento, eles responderam que segundo o ponto de vista material, “é uma lei humana muito contraria a lei natural” (LE Questão 697). Em outra questão, complementando tal entendimento, sentenciaram: “em primeiro lugar as vossas leis são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam?” (LE questão 940).

Jesus também não condenava objetivamente o divórcio, mas enfatizava que muitas coisas ocorriam devido à dureza dos nossos corações. Embora não seja contrário as Leis de Deus, o divórcio não deve ser estimulado – ele interrompe o processo de harmonização entre as criaturas, transferindo o compromisso e a solução dos problemas comuns para reencarnações posteriores. Trata-se de uma dolorosa cirurgia psíquica, somente admissível em casos extremos, quando se constituir em um mal menor.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Qual a importância do compromisso afetivo Segundo o Espiritismo?

2) Por que o casamento se insere na Lei Divina?

3) Como entender o divórcio?

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

6ª Aula Parte Única - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Primeiro livro da codificação, publicado em sua primeira edição em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos é fruto de um trabalho monumental, pois “foi escrito por ordem e sob ditado dos Espíritos Superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, livre dos prejuízos do espírito de sistema”. Ainda sobre o trabalho desempenhado por Allan Kardec, o seu discípulo Léon Denis, assim comenta: “Esse livro é o resultado de um trabalho imenso de classificação, coordenação e eliminação, que teve por base milhões de comunicações, de mensagens, provenientes de origens diversas, desconhecidas umas das outras, mensagens obtidas em todos os pontos do mundo e que o eminente compilador reuniu depois de se ter certificado da sua autenticidade.

Tendo o cuidado de pôr à parte as opiniões isoladas, os testemunhos suspeitos, conservou somente os pontos em que as afirmações eram concordes”.

Com O Livro dos Espíritos, nova luz surge para a humanidade, pois ele esclarece os pontos obscuros que os homens de ciência não podiam descrever. Surge uma nova doutrina, o Espiritismo, que tem como base o Espiritualismo, doutrina oposta ao Materialismo. Na sua parte “Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”, Allan Kardec comenta que para diferenciar o Espiritismo do Espiritualismo nova palavra deve ser criada, pois a partir deste momento todo aquele que se disser adepto da doutrina espírita será designado Espírita. Nesse sentido, como especialidade O Livro dos Espíritos contém a doutrina espírita, e como generalidade, vincula-se ao Espiritualismo.

A Divisão

Dividido em quatro Livros, O Livro dos Espíritos assim encontra-se estruturado:

Livro Primeiro: As Causas Primárias

Livro Segundo: Mundo Espírita ou dos Espíritos

Livro Terceiro: As Leis Morais

Livro Quarto: Esperanças e Consolações

Segundo J. Herculano Pires, a Codificação Espírita tem sua fundamentação em o Livro dos Espíritos, pois a partir dele é que as demais obras, que compõem os cinco livros da Codificação Espírita foram desdobradas. Ele é o núcleo central da Doutrina Espírita. Neste sentido, Herculano Pires coloca de forma estruturada e lógica toda à sequência da obra kardequiana, conforme esquema:

O LIVRO DOS ESPÍRITOS “Podemos encontrar uma parte que se refere a ele mesmo, ao seu próprio conteúdo: é o constante dos Livros I e II até o capítulo quinto.”

O LIVRO DOS MÉDIUNS “Sequência natural deste livro que trata especialmente da parte experimental da Doutrina, tem a sua fonte no Livro II, a partir do capitulo sexto até o final. Toda a matéria contida nessa parte é reorganizada e ampliada daquele livro”.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

“É uma decorrência natural do Livro III, em que são estudadas as leis morais, tratando-se especialmente da aplicação dos princípios da moral evangélica, bem como dos problemas religiosos da adoração, da prece e da prática da caridade.”

O CÉU E O INFERNO “Decorre do Livro IV “Esperanças e Consolações” em que são estudados os problemas referentes às penas e aos gozos terrenos e futuros, inclusive com a discussão do dogma das penas eternas e a análise de outros dogmas, como o da ressurreição da carne, e os do paraíso, inferno e purgatório.”

A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO

“Relaciona-se aos capítulos II, III e IV do Livro I, e capitulo IX, X e XI do Livro II, assim como a parte dos capítulos do Livro III que tratam dos problemas genésicos e da evolução física da Terra.” (Fonte: O Livro dos Espíritos, Introdução a “O Livro dos Espíritos", Ed. Lake)

Tendo como início a observação dos fenômenos das mesas girantes e o estudo profundo com auxílio dos médiuns, que foram os intermediários da espiritualidade superior que presidiu a elaboração desta obra, Allan Kardec nos esclarece a respeito do verdadeiro fundamento do livro: “Seria fazer uma ideia bem falsa do Espiritismo acreditar que a sua força decorre da prática das manifestações materiais e que, portanto, entravando-se essas manifestações, pode-se minar-lhes as bases. Sua força está na sua filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom senso”.

Diante dessas palavras, pode-se entender claramente o processo ideológico pelo qual surgiu a doutrina espírita, tendo como pedra filosofal O Livro dos Espíritos. Foi a partir das observações dos fatos que se buscou compreender a sua causa real.

Causa essa que originou-se no que Kardec explica no item 17 da Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita: “A verdadeira Doutrina Espírita está no ensinamento dado pelos Espíritos”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Qual foi o método empregado por Kardec na compilação de O Livro dos Espíritos?

2) Em quantas partes está dividido O Livro dos Espíritos? De que modo elas se relacionam com as demais obras da codificação?

3) Onde está a verdadeira força do Espiritismo, Segundo Allan Kardec?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

5ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

“O Reino dos Céus é semelhante a um homem pai de família, que ao romper da manhã saiu a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E feito com os trabalhadores o ajuste de um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. E tendo saído junto da terceira hora (nove horas), viu estarem outros na praça, ociosos. E disse-lhes:

Ide vós também para a minha vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saiu, porém, outra vez, junto da hora sexta (meio dia), e junto da hora nona (quinze horas), e fez o mesmo. E junto da undécima hora (dezessete horas) tornou a sair e, achou outros que lá estavam, e disse: por que estais vós aqui todo o dia, ociosos?

Responderam-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Ele disse: Ide vós também para a minha vinha. Porém no fim da tarde, disse o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores e paga-lhes o jornal, começando pelos últimos e acabando nos primeiros. Tendo chegado, pois os que foram juntos da hora undécima, recebeu cada um seu dinheiro. E chegando também os que tinham ido primeiro, julgaram que haviam de receber mais; porém, também estes não receberam mais do que um dinheiro cada um. E ao recebê-lo, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes que vieram por último não trabalharam senão uma hora, e tu os igualaste conosco, que aturamos o peso do dia e da calma. Porém ele, respondendo a um deles, lhe disse: Amigo, eu não te faço agravo; não convieste tu comigo num dinheiro? Toma o que te pertence, e vai-te, que eu de mim quero dar também, a este último, tanto quanto a ti. Visto isso, não me é licito fazer o que quero? Acaso teu olho é mau, porque eu sou bom? Assim serão últimos os primeiros e primeiros os últimos, porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos.” (Mateus, 20: 1-16)

Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo.” (Jo 18-36). Por isso, os ensinamentos de Jesus partiam sempre de algo concreto, do dia-a-dia vivenciado pelos ouvintes, para que através do raciocínio, eles pudessem compreender a abrangência do conceito abstrato do reino de Deus. Assim, utilizou-se de muitas parábolas para ensinar. E a parábola nada mais é do que uma narrativa alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior. Pode ser considerada uma narração alegórica que encerra uma doutrina moral.

Todos fomos chamados para uma nova encarnação, objetivando a perfeição relativa.

Qual o ensinamento da Parábola dos Trabalhadores da Última Hora? No primeiro chamado, fomos convidados a desenvolver os germens das virtudes com a primeira revelação de Moises, com os Dez Mandamentos. Porém nessa época ainda enxergávamos Deus com características humanas, poderoso e guerreiro.

No segundo chamado, com Jesus, o convite era para que ampliássemos a compreensão do Decálogo, deixando de praticar a lei do “olho por olho e dente por dente” e aprendermos o amor universal através do “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

No terceiro chamado, somos convidados a estabelecer os alicerces da prática do amor, quando começamos a compreender que existem condições para que o trabalho seja bem realizado, como: a assiduidade, o desprendimento, a boa vontade e esforço com que o realizamos; condições essas essenciais para que o salário faça jus ao esforço de cada um.

Quando o senhor da vinha diz: "Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos”, enfatiza as oportunidades que temos para o aprimoramento; porém poucos são os que se dispõem a aceitar o convite.

A misericórdia Divina remunera todos os trabalhadores. O salário irá depender da maneira como cada um desempenha suas funções. Jesus nos ensina que sempre é tempo para cuidarmos de nosso aperfeiçoamento; não importa a idade, desde que aceitemos com boa vontade o convite para o trabalho.

Deus não espera que todos trabalhem da mesma forma. A meta é colaborarmos cada vez mais em sua obra. Por isso, estejamos sempre dispostos para o trabalho e confiantes no Senhor, ajudando e compreendendo, perdoando e servindo, porque o verdadeiro cristão será reconhecido pelas suas obras e não por suas palavras.

Já estamos na última hora: empreguemos bem este tempo que nos resta para recebermos o salário, pois, por mais longa que nos pareça a presente encarnação, ela não passa de um breve momento em relação a imortalidade do Espírito.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Quais são os trabalhadores da última hora?

2) O salário é o mesmo para todos os trabalhadores?

3) Como será reconhecido o trabalhador da última hora?

BIBLIOGRAFIA
- Calligaris, Rodolfo - Parábolas Evangélicas- Ed.FEB.
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Que é o Espiritismo - Ed. FEB.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP
- Schutel, Caibar - Parábolas e Ensinos de Jesus - Ed. O Clarim

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

5ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O ESPIRITISMO EM SEU TRÍPLICE ASPECTO

O Espiritismo surgiu oficialmente em 18 de abril de 1857, com a primeira edição de O Livro dos Espíritos, que viria a alterar muitos dos conceitos até então vigentes, com relação a Deus, a imortalidade da alma; a reencarnação, a comunicação com os mortos e, principalmente, ao mundo dos Espíritos.

“Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo em novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética e, estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação”, escreveu José Herculano Pires, o mais celebrado dos seus tradutores.

Como síntese de todo o conhecimento humano, a Doutrina dos Espíritos é estruturada em O Livro dos Espíritos para a análise da razão sob a forma de ciência, filosofia e religião. Esses três aspectos foram convenientemente distribuídos no conjunto de perguntas e respostas do notável Livro. Ademais, no encerramento dos “Prolegômenos” podemos ver o nome de Espíritos Veneráveis que ditaram as respostas e comandaram a realização do livro e, enquanto encamados na Terra, foram expoentes da filosofia, da ciência e da religião.

Em seus princípios, o Espiritismo é filosofia, com raízes na própria tradição filosófica (a partir das escolas gregas).

Essa é a razão pela qual Sócrates e Platão figuram na Codificação como precursores do Cristianismo e, por conseguinte, do Espiritismo. O Livro dos Espíritos fora até mesmo escrito na forma dos diálogos de Platão: perguntas e respostas. E, ao final da obra, nas suas “Conclusões”, Kardec analisa a doutrina e afirma: “Sua força está na sua filosofia, no apelo que faz a razão e ao bom senso.” (Item VI). Contudo, o Espiritismo não é só filosofia.

No “Preâmbulo” do livro “O que é o Espiritismo”, Kardec afirma: “O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.” E conclui, definindo com precisão: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”

Devemos recordar que o Espiritismo surgiu primeiro como ciência, que é o seu outro aspecto. Contudo, a ciência espírita difere da ciência materialista, rompendo definitivamente com a barreira de pressupostos para firmar em bases lógicas e experimentais seus princípios.

Princípios esses revelados aos homens por meio de provas irrecusáveis: a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo.

A ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral; outra, filosófica, sobre as manifestações inteligentes (LE, “Introdução”, item XVII). Ambos os casos apresentam como base do conhecimento a fenomenologia mediúnica, coroada pelo ensinamento dado pelos Espíritos, que nos revelam as leis naturais. É representada, no Espiritismo, por O Livro dos Médiuns e A Gênese.

Finalmente, como terceiro aspecto da Doutrina, fechando o Triangulo de Forças Espirituais a que se referiu Emmanuel em O Consolador (Definição), surge o aspecto religioso que Kardec deixou para o final de sua missão.

E representado no Espiritismo por O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Nesse aspecto, porém, o Espiritismo é muito diferente das religiões tradicionais, visto ser desprovido de rituais, sacramentos, idolatria, paramentos, mitos e quaisquer cultos exteriores. A doutrina espírita, por isso, como religião que efetivamente é, surge do exercício da razão; daí a ideia da fé raciocinada, “que se apoia nos fatos e na lógica e não deixa nenhuma obscuridade: crê-se porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu.” Não se trata de uma religião, com uma série de rituais, mas que “repousa a sua grandeza divina por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza de seu imenso futuro espiritual”, nas sábias palavras do Espírito Emmanuel.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Onde encontrar as raízes da Filosofia Espírita?

2) Quais são as partes da Ciência Espírita?

3) Como se caracteriza a fé na Religião Espírita?

Fonte da imagem: Internet Google.