CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 26 de junho de 2018

13a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


RESPONSABILIDADE E DESTINO - MENTE SÃ EM CORPO SÃO

“Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas sábios” (Efésios 5:15 - S. Paulo).

“Bem-aventurado o Homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. (Salmos 111)

“Energia viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forcas sutis, construindo a paisagem ou formas criando centros magnéticos ou ondas, com as quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros”. “Desequilíbrio gera desequilíbrio, mente enfermiça busca mente enfermiça; assim vicio busca vicio, isso nos faz pelo pensamento co-criadores a qualquer tempo e lugar”.

A associação mora entre todas as coisas, preside a todos os acontecimentos e comanda a existência de todos os seres; é que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias de todas as pessoas, encamadas ou desencarnadas da nossa faixa de simpatia”. “Os médiuns, em qualquer região da vida, filtros que são de rogativas e respostas, precisam, pois, acordar para a realidade de que viveremos sempre em companhia daqueles que buscamos, de vez que, por toda a parte, respiramos ajustados ao nosso Campo de atração”, assinala o Espírito Emmanuel.

Paulo conhecia os efeitos que o pensamento mórbido produz, antecipando de muito que a Psicologia e a Psicoterapia dos séculos 19 e 20 vieram comprovar. Paulo sabia também que a mente insana escraviza, e, por isso, ensinava o equilíbrio mental a seus discípulos.

Hoje se sabe qual o papel da mente desequilibrada, nos processos de instauração e desenvolvimento da obsessão. A mediunidade é um fato da mente, e o processo de imantação mental é o caminho mais lógico e direto para o estabelecimento da sintonia com o plano espiritual, seja ele de que categoria for. Anteriormente a Doutrina Espírita, os fenômenos mediúnicos, que levaram a fogueira tantos médiuns acusados de “feiticeiros”, não eram conhecidos, nem estudados, e considerados até por diabólicos. Após Kardec, sabe-se perfeitamente qual o papel desempenhado pela mente na mediunidade.

Guardar a saúde mental, perante os conflitos que em todos os momentos o cristão é chamado a enfrentar, é o dever do espírita consciente de suas possibilidades e responsabilidades. É a luta constante consigo mesmo, na certeza de que Jesus segura o leme, sempre que a tempestade vier. É a certeza de que o destino da Humanidade esta nas mãos do Pai Celestial, mesmo quando tudo parecer comprovar o contrário: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo. Eu venci o mundo”. Foi o que o Mestre nos ensinou. (Evangelho segundo João, 16:33)

Enfim, considerar o velho ditado: “Mente sã em corpo são”.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Religião dos Espíritos
KARDEC, Allan - Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. V- itens 14, 15,16 e l7- Cap. XIFI, itens 7 e 8
Novo Testamento - Epístolas de Paulo
Novo Testamento - Evangelho de João

Questões para reflexão:

1) Fale sobre transtorno mental e suas causas.

2) Analise o pensamento de Joanna de Angelis da aula anterior.

3) Explique o significado da citação “mente sã, corpo são”.

4) Descreva como podemos guardar a saúde mental.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 19 de junho de 2018

13a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


TRANSTORNOS MENTAIS - DOENÇAS PSÍQUICAS - INFLUENCIAÇÕES

“O ser humano é essencialmente resultado da educação, carregando os fatores genéticos que o compõem como consequência das experiências anteriores em reencarnações transatas”. Joanna de Angelis

O homem traz em si experiências e tendências positivas e negativas, que se exteriorizam em determinado período de vida. Por isso o espírito busca com a reencarnação, elaborar seus conflitos de identidade comportamento, forma de pensar, de sentir e de agir diante das situações de cada dia.

Sendo assim imprescindível o equilíbrio de pensamentos, pois será através deste que, atrairemos Espíritos sintonizados no mesmo padrão mental.

André Luiz afirma “onde há pensamentos, há correntes mentais e onde há correntes mentais existem associações e toda associação é interdependência e influenciação recíproca”. Nossos pensamentos geram nossos atos e nossos atos geram pensamentos nos outros.

Emmanuel diz “A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os. E são esses raios ou radiações mentais a fonte de treva ou luz, felicidade ou desventura céu ou inferno, onde quer que o Espírito esteja”.

Os fluidos são o veículo do pensamento; Kardec afirma: “O pensamento pode modificar as propriedade dos fluídos que ficam impregnados de qualidades boas ou más”.

“Os maus Espíritos pululam ao redor da terra, consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A obsessão é um dos efeitos dessa ação, como a moléstia e todas as tribulações da vida, devem ser consideradas como prova ou uma expiação e aceitar como tais”.

A ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um individuo pode ser desde a simples influência moral em sinais exteriores sensíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Assim como as moléstias são resultado das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre a decorrência de uma imperfeição moral.

A obsessão - a ação de uma vontade mais forte sobre outra mais fraca - é quase sempre, o fato de uma vingança exercida por um Espírito, e tem sua origem nas relações que o obsedado teve com ele em uma existência anterior.

O ser humano destina-se a patamares mais elevados do que aqueles que norteiam o pensamento materialista.

Portanto, o propósito da vida deve centrar na busca do conhecimento, na vigência das disciplinas morais, a fim de preparar-se para os embates do processo evolutivo.

Transtornos mentais como: conflitos fóbicos, transtornos neuróticos e psicóticos, insegurança, insônia, instabilidade sexual, além das causas genéticas, psicológicas, psicossociais, também podem ter sua origem nas obsessões que são as interferências de Espíritos, cobrando dívidas passadas.

Sabemos que a prece, os passes espirituais, as reuniões praticas de desobsessão, são meios importantes no combate à obsessão, mas a renovação moral, que inclui estudo, reforma íntima e o exercício da caridade pode produzir resultados efetivos no campo da cura espiritual.

A prece, enfatiza Kardec, é o mais poderoso auxiliar contra o Espírito obsessor.

Esclarece Emmanuel “O passe é uma transfusão de energias psíquicas, onde os elementos psíquicos são retirados do reservatório ilimitado das forças espirituais”.

Jesus impunha as mãos sobre os enfermos e sofredores, inclusive endemoniados, curando-os de seus males.

Os apóstolos adotaram também essa pratica.

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra” Jesus (Mateus, V:5.) A delicadeza e a civilidade são filhas diletas da mansidão. Pela mansidão o homem conquista amizades na Terra e bem-aventurança no céu.

Inimiga da irritabilidade que gera a cólera, a mansidão sempre triunfa nas lutas, vence as dificuldades, enfrenta os sacrifícios. Os mansos e os humildes de coração possuirão a Terra, porque se elevam na hierarquia espiritual e se constituem outros tantos propugnadores invisíveis do progresso de seus irmãos, guiando-lhes os passos nas Veredas do Amor e da Ciência - nobres ideais que nos conduzem a Deus! “Aprendei de mim, disse Jesus, que sou humilde e manso de coração”. (“Parábolas e Ensinos de Jesus” - Cairbar Schutel).

Em a Gênese, Allan Kardec nos diz que: “os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que cercam ou que projetam dos maus Espíritos são, pois, viciados, ao passo que aqueles que recebem a influência dos bons Espíritos são puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. A Gênese: Cap.XIV itens 16, 45 e 46
FRANCO, Divaldo Pereira (Joanna de Angelis). Adolescência e vida: Cap. XIV
X AVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. XV
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pensamento e Vida
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). O Consolador: questão 98
KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos: cap. 5, itens 3 a 10; Cap. 19, itens 2 a 7; e, cap. 27, itens 1 a 15.
SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus.

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

12a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO - VIAGEM DA VIDA

A volta do Espírito ao mundo corpóreo é conhecida desde os tempos remotos. Egípcios, os Hindus e os Gregos sabiam que a alma poderia voltar a Terra, usando um novo corpo.

O Espírito não se purifica senão com vagar e as diversas encarnações são os alambiques em cujo fundo ele deixa, de cada vez, suas impurezas.

A reencarnação é a mais excelente demonstração da Justiça Divina, em relação aos infratores das Leis, na trajetória humana, facultando lhes a oportunidade de ressarcirem numa nova vida as falhas cometidas em existências anteriores. A evolução é impositiva da Lei de Deus, incessante, inquestionável. Nessa Lei não existe o repouso, o desinteresse, a inércia. Por toda a parte e sempre o impositivo da evolução, o imperativo do progresso. Ela enseja, mediante processo racional, a depuração do Espírito que evolve, contribuindo simultaneamente para o aperfeiçoamento e a sutilidade da própria organização física, nos milênios contínuos da evolução.

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, defende com argumentação irretorquível, o imperativo da reencarnação sob a ótica da justiça e da misericórdia de Deus. (L.E. item 222). Mas foi Jesus, indubitavelmente, quem melhor afirmou a necessidade da reencarnação, a fim de que o homem possa atingir o Reino de Deus. Em seu diálogo com Nicodemos (João, III 1-12) asseverou que o retorno a organização física para reparar e aprender, nascendo “do corpo e do Espírito” ,repetindo as experiências que a necessidade impõe para a própria redenção. Não obstante Nicodemos interrogar: como tal seria possível, retomar ao ventre materno?, o Senhor assegurou-o, interrogando-o, a seu turno: como seria crível que ele doutor em Jerusalém, ignorasse aquilo, que era conhecido pelos estudiosos e pelos profetas?!

Posteriormente, respondendo as perguntas dos discípulos (Mateus, 17:10-13), ao descer do Tabor, após a transfiguração reiterou que o Elias esperado, “aquele que havia de vir, já viera”, facultando aos discípulos que entenderam ser de “João Batista que Ele falara”. Somente pela reencarnação e não através da ressurreição, João Batista poderia ser Elias, o Profeta querido de Israel.

Jesus não modificou nem o ensino dos profetas nem o estabelecido pela Lei Antiga. Os adotou, acrescentando a sublime Lei do Amor, como sendo a única que poderia facultar ao homem a paz e a felicidade almejadas, propiciando-lhes desde a Terra, o sonhado Reino de Deus.

“Quando Jesus nos convocou a perfeição, conhecia claramente a carga de falhas e deficiências de que estamos ainda debitados perante a Contabilidade da vida. Somos criaturas humanas, a caminho da sublimação necessária e, nessa condição, errar e corrigir-nos para acertar sempre mais, são impositivos de nosso roteiro”. (Emmanuel - “Alma e Coração”, lição 54)

Bibliografia:

KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos: item 222
KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. IV “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.
KARDEC, Allan. GE: Cap. 11, item 35
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 54
PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM

Questões para reflexão:

1) Explique o mecanismo da fixação mental.

2) Faça o seu comentário sobre o mecanismo da mente humana.

3) Descreva o que você entendeu sobre a necessidade da reencarnação.

4) Descreva sobre o efeito da Lei de Amor na evolução das almas.

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terça-feira, 12 de junho de 2018

12a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


FIXAÇÃO MENTAL

Mecanismo da Fixação Mental

Dramas do Espírito - Mecanismo da Mente Humana

O homem é responsável pelo seu pensamento perante Deus, e somente Deus podendo conhecê-lo, aplica-lhe a pena ou absolve-o, segundo a sua justiça. (LE-834).

“Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no Campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo intimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção”. (“Pão Nosso” - Emmanuel, lição 15).

A fixação mental é o estado em que se encontra o Espírito, encarnado ou desencarnado em decorrência de um acontecimento, e cujo organismo psíquico se acha dominado por uma ideia da qual não consegue se desvencilhar. A criatura afetada pela fixação, “não se interessa por outro assunto a não ser o da própria dor. Isola-se do mundo externo, vibrando tão somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma”.

O mecanismo da fixação mental

“Os sofrimentos são o resultado dos laços que ainda existem entre o Espírito e a matéria. Quanto mais ele estiver desligado da influência da matéria, quanto mais desmaterializado, menos sensação penosa sofrerá. Que dome as suas paixões animais: que não tenha ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não se deixe dominar pelo egoísmo; que purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que pratique o bem; que não dê as coisas deste mundo senão a importância que elas merecem; e, então, mesmo sob o seu envoltório corpóreo, já se terá purificado, desprendido da matéria, e quando o deixar, não sofrerá mais a sua influência” (L.E., 257).

“Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser ressarcida; se não o forem em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si”. A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão por si mesmo preparada na vida corpórea. (A.Kardec - O Céu e o Inferno, Cap. VII, 1a Parte - Código penal da vida futura, itens 9o e 28°).

Quando o Espírito que reconhece sua culpa se fixa mentalmente no ato que cometeu, passa a emitir pensamentos de remorso que é um sentimento destruidor. A ideia fixa pode durar séculos e até milênios, estagnando a vida mental no tempo.

Hilário, companheiro do Espírito André Luiz, com dificuldade para penetrar os enigmas da cristalização da alma em torno de certas situações e sentimentos, faz as seguintes perguntas ao Assistente Aulus:

- Como pode a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse?

- E o problema da imobilização da alma?

O interpelado ouviu com atenção e prosseguiu explicando conforme se observa no Capitulo 25 do livro: “Nos Domínios da Mediunidade”

Encontramos no livro O Céu e o Inferno 2ª Parte (Exemplos), depoimentos de Espíritos como o do avarento identificado por François Riquier que se fixou na busca de seu dinheiro - (Cap. IV “Espíritos Sofredores”) ou o do Espírito Castelnaudary, condenado a morar na casa onde cometeu seus crimes (Cap. VI - “Criminosos Arrependidos”).

Dramas do Espírito

Na erraticidade, “numerosos Espíritos ai flutuam indecisos entre o justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre a procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar”.

O Espírito sofre as consequências naturais de seus atos, que recaindo sobre ele próprio, o glorificam ou acabrunham. O ser padece na vida de além-túmulo não só pelo mal que fez, mas também por sua inação e fraqueza. (Léon Denis - Depois da Morte, Caps. XXXIV e XXXVI)

André Luiz em Obreiros da Vida Eterna, Cap. VIII (Treva e sofrimento) comenta a pregação de Hipólito no momento que ele diz: “O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propicio aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas. De um lado, a falência gritante; do Outro, o desafio da vida eterna”.

Mecanismo da mente humana

“A mente é a casa do Espírito. Como acontece a vivenda, ela possui muitos compartimentos com serventia para atividades diversas. Às vezes, sobrecarregarmos as dependências de nosso lar interior com ideias positivamente inadequadas as nossas necessidades”. (“Alma e Coração” - Emmanuel/F.C.Xavier).

“Cada mente é como se fora um mundo por si, respirando nas ondas criativas que despede - ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme os próprios desejos sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria”. O pensamento age e reage carreando para o emissor todas as fecundações, felizes ou infelizes que arremessa de si próprio, a determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe. Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros. (Mecanismos da Mediunidade - A. Luiz, Caps. XVII e XXIV).

Nos Domínios da Mediunidade diz Aulus: Quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angustia, a ideia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos a fixação.

André Luiz, no cap. XVI de Evolução em Dois Mundos, falando do mecanismo da mente explica: Alma e corpo assemelham-se ao musicista e seu instrumento. Conjugam-se um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. A alma é direção e o corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou, e de seu próprio comportamento retira o bem ou o mal que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo.

O Espírito não pode esquecer a sublimação de si mesmo, que é a mais alta vitória no processo de regeneração.

Não deve também cultivar os sentimentos negativos de culpa e remorso que poderia levá-lo a um estado de fixação mental. Arrepender-se da prática danosa e perseguir a reparação é o remédio. Por estas razões é que o apóstolo Paulo adverte aos cristãos de Filipos: “uma coisa faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que está adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do alto, que vem de Deus em Cristo Jesus” (Epístola aos Filipenses, 3:13).

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: pergs. 229, 257, 834, 965 a 972-a
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade; Cap.25
XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Caps. XVII e XXIV
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVI
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV item 16
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno: Caps. IV (Espíritos Sofredores) e VI (Criminosos Arrependidos)
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Lição 15
DENIS, Leon. Depois da Morte: Caps. XXXIV e XXXVI
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Obreiros da Vida Eterna
A Bíblia de Jerusalém. Epístola aos Filipenses: cap. 3, versículo 13
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 11 (Tua Mente)

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

11a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA

Registra o Evangelho de Lucas (Cap. 15:3 a 7) que, o objetivo de Jesus foi colocar em evidência que a revelação das grandes verdades, provindas de Deus, não guarda relação com as posições de maior ou menor destaque exercidas pelos homens.

Os ensinamentos religiosos pertinentes ao povo hebreu estavam guardados nos templos, e apenas os escribas podiam dar-lhes a interpretação que melhor conviesse aos interesses da religião predominante, entretanto, Jesus utilizou, muitas vezes, das parábolas para falar ao povo e aos discípulos.

Numa certa época quando ensinava o Mestre aproveitando-se da presença dos fariseus e escribas que viviam a persegui-lo e, também, de um recurso cultural porque era sabedor que o povo hebreu tinha um grande apreço aos animais, contou a Parábola da Ovelha Perdida afim de tocar a sensibilidade e levar a esperança ao ser humano, possibilitando o conhecimento de um Deus que abre seus braços a seus filhos, norteando um rumo para humanidade em direção as coisas do Espírito.

Da mesma forma que o Mestre, em Espírito, surgiu na estrada de Damasco aos olhos atônitos de Paulo de Tarso, sugerindo-lhe o abandono do ódio e do fanatismo; o Cristo não deixou de exemplificar a tolerância ao seu perseguidor, como contou na Parábola da Ovelha Perdida que as noventa e nove ovelhas, ou seus discípulos, estavam guardados em seu manto de luz, o Bom Pastor foi buscar a ovelha que estava perdida.

Percebemos, assim, que os arautos do Céu continuam a produzir aos olhos dos homens novas estradas de Damasco, com vistas a orientá-los no roteiro certo que conduz a criatura ao Criador.

A Doutrina Espírita propõe uma revisão de Valores, lembrando que o corpo serve, apenas, de morada para o Espírito, para o desempenho de aprendizado na Terra. Oferece, no entanto, resistências ponderáveis as inspirações transmitidas pelos mentores espirituais. Entretanto, os mensageiros do bem jamais deixam de nos inspirar bons pensamentos e de nos alertar no tocante aos nossos desvios, os quais poderão representar tenebrosos sofrimentos nesta e na outra existência.

No laborioso processo de reforma intima da humanidade, existe uma dependência lógica e preponderante entre Jesus e nós, decorrência da revelação que o Mestre preceituou ser o caminho, a verdade e a vida, deixou bem claro que é por meio dele, dos ensinos dele emanados e contidos no Evangelho que se processara o nosso aprendizado, o qual nos dará condições de sermos considerados, de fato, herdeiros do Reino de Deus.

A Parábola da Ovelha Perdida é, pois um atestado eloquente do amor de Deus pelas suas criaturas. Demonstra que o Pai, generoso e bom, jamais condena seus filhos, proporcionando a todos a oportunidade de encontrarem em si Valores superiores.

Observamos que para haver alegria no Reino do nosso Pai por um filho que se regenera, é imperioso que a sua reforma interior seja consciente, devendo a criatura tomar por lema a advertência de Jesus Cristo: “Quem tomar do arado não deve mais olhar para trás”.

Bibliografia:

Bíblia de Jerusalém: Novo Testamento, Evangelho de Lucas, Cap. 15:3 a 7
GODOI Paulo Alves de. Crônicas Evangélicas
PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM

Questões para Reflexão

1) Descreva o que você entendeu por animismo.

2) No dizer de Emmanuel a mistificação tem uma finalidade útil; Comente esta afirmação.

3) Correlacione a parábola da ovelha perdida com aqueles que se perdem pelos caminhos da própria evolução.

4) Analise a advertência de Jesus: “Quem tomar do arado não deve mais olhar para trás.

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terça-feira, 5 de junho de 2018

11a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO

Animismo: sistema fisiológico que considera a alma como causa primaria de todos os fatos intelectuais e vitais (do latim: anima = alma +ismo + doutrina).

George Ernst Sthal (1660-1734) médico e químico alemão refutou o estudo, em medicina, da anatomia, da filosofia e da química, por entender que a cura de um doente estava baseada na alma. Assim, estabeleceu o sistema que se tornou célebre pelo nome de animismo.

O Espiritismo, desde o inicio, expõe o fenômeno anímico como a manifestação da alma do médium, portanto, em conceituação diferente daquela fixada por Stahl. A alma do médium pode manifestar-se como qualquer outro Espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de Espírito e fala como tal e não como encarnado.

Devemos lembrar que, o perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos. Pelos órgãos do corpo, a visão, a audição e as diversas sensações são localizadas e limitadas às percepção das coisas materiais, pelo sentido espiritual, ou psíquico, elas se generalizam: o Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispirítico. (GE. Cap. XIV item 22)

Kardec conta-nos um fato anímico: Um senhor, habitante da província, nunca quis casar-se, malgrado as instancias de sua família. Um dia, estando em seu quarto, ficou admiradíssimo de se ver em presença de uma jovem, vestida de branco, e a cabeça ornada com uma coroa de flores. Surpreso com essa aparição, e estando seguro de que estava acordado, informou-se se alguém tinha vindo nesse dia; mas lhe disseram que pessoa alguma fora vista. Um ano depois cedendo às novas solicitações de uma parenta, decidiu ir ver a jovem que lhes propunham. Chegou no dia de Corpus Christi, e, quando voltava da procissão, uma das primeiras pessoas que vê (entrando na casa é uma jovem que reconhece como sendo a que lhe tinha aparecido; estava vestida do mesmo modo). Ele ficou desorientado e, de sua parte, a jovem soltou um grito de surpresa e sentiu-se mal.

Voltando a si, disse: eu já tinha visto esse senhor em igual dia do ano precedente. Isso foi em 1835. (LM, Cap. VII, item 117).

Ernesto Bozano em seu livro - “Animismo ou Espiritismo‘?” Cap. III esclarece que, as comunicações mediúnicas entre vivos (fenômenos anímicos) provam a realidade das comunicações mediúnicas com os desencarnados (fenômenos espíritas).

Os Espíritos Erasto e Timóteo, explicam: “O médium, no momento em que exerce sua faculdade, o seu estado não difere sensivelmente do estado normal, sobretudo nos médiuns escreventes. Acrescenta que, a alma do médium pode se comunicar como a de qualquer outro” (LM. Cap. XIX, item 223). Cada médium revestirá o pensamento recebido com suas próprias palavras, e Kardec ressalta que “a expressão desse pensamento pode e deve mesmo mais frequentemente, ressentir-se da imperfeição desses meios” (LM, Cap. XIX, item 224).

“Como um médium cuja inteligência atual ou anterior esteja desenvolvida, nosso pensamento se comunica instantaneamente, de Espírito a Espírito, graças a uma faculdade peculiar a essência mesma do Espírito. Nesse caso encontramos no cérebro do médium os elementos apropriados a roupagem das palavras correspondentes a esse pensamento. É por isso que apesar de diversos Espíritos se comunicarem através do médium , os ditados por ele recebidos trazem sempre o cunho pessoal do médium, quanto à forma e estilo.

Porque embora o pensamento não seja absolutamente dele, o assunto não se enquadre em suas preocupações habituais, o que desejamos dizer não provenha dele de maneira alguma, ele não deixa de exercer sua influência na forma, dando-lhe as qualidades e propriedades características de sua individualidade” (LM , cap.XIX item 225)

Para que se possa distinguir se o Espírito do médium ou outro Espírito que se comunica, é necessário observar a natureza das comunicações, através das circunstâncias e da linguagem. Quanto à diferenciação entre o pensamento do médium e do Espírito comunicante no médium intuitivo, Kardec diz que: “A distinção, de fato, e às vezes bastante difícil de se fazer. Pode-se, entretanto, conhecer o pensamento sugerido pela razão de não ser jamais preconcebido, surgindo na proporção em que escreve...”

André Luiz conceitua animismo como o “conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação” (“Mecanismos da Mediunidade”, Cap.23). Em outro livro, o mesmo autor conceitua o fenômeno anímico como uma forma de desdobramento da alma, que se vê possuída. Há uma espécie de manifestação anímica descrita por André Luiz mostrando que, muitas vezes, o que se assemelha a um transe mediúnico, nada mais é do que o médium desajustado, revivendo cenas e acontecimentos no seu mundo subconsciente, fenômenos esse motivado pelo contato magnético, pela aproximação de entidades que partilharam as remotas experiências. (“Nos Domínios da Mediunidade”, Cap. 22)

Nessa hora, o médium se comporta e se expressa como se ali estivesse realmente um Espírito a se comunicar.

Nessas condições, diz André Luiz, “a ideia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas condições, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vitima na sua própria defesa.” (“Nos Domínios da Mediunidade”, Cap. 22)

Mistificar: enganar, burlar, trapacear, tapear, iludir. O primeiro sentido foi o de iniciar alguém nos mistérios de um culto, tomá-lo iniciado. Deriva do grego “mysthés”, donde procede “mysthérion“ mistério. As mistificações são o escolho mais desagradável da prática mediúnica, mas, para evitá-la, há um meio muito simples, que é o de não pedir ao Espiritismo nada mais do que ele não pode e deve dar-vos: seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da humanidade.

Desde que não vos afasteis disto, jamais sereis mistificados, pois não há duas maneiras de se compreender a verdadeira moral, mas somente aquela que todo homem de bom senso pode admitir...

Se nada pedem, aceitam o que dizem, o que dá na mesma. “Se recebessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não os enganariam tão facilmente”. (LM, 2ª parte, Cap. XXVII, item 303). Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece.

Perguntou-se ao Espírito Emmanuel se a mistificação não demonstra desamparo dos mentores da esfera espiritual. Ele respondeu “A mistificação experimentada por um médium traz, sempre, uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo. Os fatos de mistificações não ocorrem à revelia de seus mentores mais elevados, que somente assim, o conduzem a vigilância precisa e as realizações da humildade e a prudência no seu mundo subjetivo” (“O Consolador”, perg. 401).

O charlatão mais hábil geralmente é aquele seguido por maior contingente de pessoas. Assim, é conveniente lembrar que, no intercâmbio com o mundo invisível, os novos discípulos devem precaver-se contra os perigos representados por criaturas desse gênero. O orgulho e a ostentação é o que impulsionam essas pessoas a agirem assim. A técnica de o homem se apresentar como o melhor, o mais bem aquinhoado, de salientar-se a frente dos outros, de ter a presunção de converter consciências alheias, são atributos divorciados da verdade.

Abusa-se de tudo, mesmo das coisas mais sagradas; por que não se abusa da Doutrina espírita? Mas o mau uso que se faz de uma ideia não pode prejudicar a própria ideia.

Onde não há especulação, o charlatanismo nada tem a fazer.

O objetivo da Doutrina Espírita é a Reforma Intima do ser humano, tendo como foco principal a revisão de Valores onde o senso de justiça se faz, urgentemente, necessário. Devemos ter como parâmetro o exemplo de Jesus.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV item 22
KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: cap. VII, item 117; cap. XIX, item 224 e225 – 2a Parte - Cap. XXVIII, item 303
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Mecanismo da Mediunidade: Cap. 23
XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 22
XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador: perg. 401

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