VIDA E OBRA
DE ALLAN KARDEC
Hippolyte
Leon Denizard Rivail nasceu em Lyon, França, às 19 horas do dia 3 de outubro de
1804 de família católica; mãe, prendada e afável e o pai juiz.
Realizou
seus primeiros estudos em Lyon e, aos dez anos é enviado a Yverdun na Suíça
para uma escola modelo na Europa: o Instituto de Educação Pestalozzi fundado em
1805 pelo grande educador Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1827)
A dimensão
da grandeza de Pestalozzi fora estabelecida em seu epitáfio: “O Educador da
Humanidade”. Pelo seu educandário passaram inúmeras personalidades que aprendiam
e ensinavam que “o amor é o eterno fundamento da educação”.
As portas do
Castelo de Yverdun onde funcionava o Instituto, eram totalmente abertas durante
o dia. Ele tinha por princípio ser “a intuição a fonte de todos os
conhecimentos”. E, convivendo com professores calvinistas e luteranos, Rivail
aprendia que a verdadeira religião não é outra coisa senão “a moralidade”.
Assim, Rivail iniciava a concepção da firme idealização de uma reforma
religiosa com o propósito de unificar crenças e sanar as dissidências.
Denizard
Rivail retoma a Paris, em 1822. Em 1823, inicia seus conhecimentos nas teorias
de Franz Anton Mesmer, doutor da Universidade de Viena. Em 6 de fevereiro de
1832 casa-se com Amelie Gablielle Boudet, grande companheira de vida.
Aos cinquenta
anos de idade Rivail já era escritor de livros didáticos (22 obras), membro de
instituições científicas, da Academia de Ciências de Arras, professor de cursos
técnicos. Poliglota, conhecia bem o alemão, inglês, holandês, tinha sólidos
conhecimentos do latim, grego, gaulês e algumas línguas neolatinas.
Em 1854
encontra-se com o amigo magnetista Foitier, que o convida a verificar o
fenômeno das “mesas girantes”. Como homem de ciências foi disposto a observar e
analisar tais acontecimentos. Escreveu em suas anotações tratar-se de uma
realidade e não havia possibilidade de anulá-lo e nem de descrer dos fatos.
Havia ali uma força desconhecida e inteligente, que movia aquelas mesas.
Entreviu nas “mesas girantes” as leis que regem as relações entre o mundo
visível e o mundo invisível.
Em maio de
1855 conheceu as filhas do Sr. Baudin, Julie e Caroline, médiuns que tinham 14
e 16 anos respectivamente, desprovidas de preconceitos e vaidades. O professor Rivail,
então, teve contato com os Espíritos que se comunicavam; de início, com Zéfiro,
Espírito familiar dos Baudin.
Certo dia,
constatou a presença do Espírito da Verdade, dirigente de uma falange de
Espíritos que vinham cumprir a promessa de Jesus: a vinda do Consolador
Prometido, e que o guiaram na construção das obras da codificação.
As
comunicações recebidas foram escritas, analisadas e codificadas por Rivail. Em
18 de abril de 1857, sob o pseudônimo de Allan Kardec (nome que teve em uma
encarnação como sacerdote druida), publica a primeira e fundamental obra da
Doutrina Espírita, O Livro dos Espíritos.
Inicia, em
1° de janeiro de 1858, a publicação da Revista Espírita e outras obras logo
vieram em seguida.
Em janeiro
de 1861, publica “O Livro dos Médiuns”; em abril de 1864, surge “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”; em 1° de agosto de 1865, é publicado “O Céu e o
Inferno” ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Em 6 de janeiro 1868, “A
Gênese”
A revelação
espírita mostra o destino do homem após a morte; esclarece aos homens questões
como a utilização do livre-arbítrio e suas consequências. Daí a autoridade da
doutrina espírita pelo seu conjunto de princípios fundamentados na tríade
ciência, filosofia e religião.
Sofrendo há
alguns anos de uma enfermidade no coração, Allan Kardec desencarnou
repentinamente em 31 de março de 1869, vítima do rompimento de um aneurisma.
Estava na iminência de uma mudança de endereço, imposta pela extensão de suas
múltiplas ocupações, e para finalizar diversas obras espíritas. Kardec
desencarnou conforme vivera: trabalhando.
Camille
Flammarion, em discurso pronunciado por ocasião do seu funeral, no Cemitério de
Montmartre, traça um esboço de sua carreira literária, sua atuação na Revista
Espírita e perpetuou: “Kardec era o que eu denominarei simplesmente de o bom
senso encarnado”.
No ano
seguinte, seu corpo foi transferido para o Cemitério de Pére Lachaise, Paris,
onde se encontra até hoje.
No seu
dólmen está escrito: “Nascer, morrer; renascer sempre, e progredir sem cessar,
tal é a lei”.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Onde e
quando nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail? Qual a contribuição de Pestalozzi
para a formação de seu caráter?
2) Sintetize
a atuação de Rivail na área educacional.
3) Como
Allan Kardec codificou a doutrina espírita?
BIBLIOGRAFIA
- Kardec,
Allan - Obras Póstumas - Ed. Lake.
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