CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

24ª Aula Parte ÚNICA - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC

Hippolyte Leon Denizard Rivail nasceu em Lyon, França, às 19 horas do dia 3 de outubro de 1804 de família católica; mãe, prendada e afável e o pai juiz.

Realizou seus primeiros estudos em Lyon e, aos dez anos é enviado a Yverdun na Suíça para uma escola modelo na Europa: o Instituto de Educação Pestalozzi fundado em 1805 pelo grande educador Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1827)

A dimensão da grandeza de Pestalozzi fora estabelecida em seu epitáfio: “O Educador da Humanidade”. Pelo seu educandário passaram inúmeras personalidades que aprendiam e ensinavam que “o amor é o eterno fundamento da educação”.

As portas do Castelo de Yverdun onde funcionava o Instituto, eram totalmente abertas durante o dia. Ele tinha por princípio ser “a intuição a fonte de todos os conhecimentos”. E, convivendo com professores calvinistas e luteranos, Rivail aprendia que a verdadeira religião não é outra coisa senão “a moralidade”. Assim, Rivail iniciava a concepção da firme idealização de uma reforma religiosa com o propósito de unificar crenças e sanar as dissidências.

Denizard Rivail retoma a Paris, em 1822. Em 1823, inicia seus conhecimentos nas teorias de Franz Anton Mesmer, doutor da Universidade de Viena. Em 6 de fevereiro de 1832 casa-se com Amelie Gablielle Boudet, grande companheira de vida.

Aos cinquenta anos de idade Rivail já era escritor de livros didáticos (22 obras), membro de instituições científicas, da Academia de Ciências de Arras, professor de cursos técnicos. Poliglota, conhecia bem o alemão, inglês, holandês, tinha sólidos conhecimentos do latim, grego, gaulês e algumas línguas neolatinas.

Em 1854 encontra-se com o amigo magnetista Foitier, que o convida a verificar o fenômeno das “mesas girantes”. Como homem de ciências foi disposto a observar e analisar tais acontecimentos. Escreveu em suas anotações tratar-se de uma realidade e não havia possibilidade de anulá-lo e nem de descrer dos fatos. Havia ali uma força desconhecida e inteligente, que movia aquelas mesas. Entreviu nas “mesas girantes” as leis que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível.

Em maio de 1855 conheceu as filhas do Sr. Baudin, Julie e Caroline, médiuns que tinham 14 e 16 anos respectivamente, desprovidas de preconceitos e vaidades. O professor Rivail, então, teve contato com os Espíritos que se comunicavam; de início, com Zéfiro, Espírito familiar dos Baudin.

Certo dia, constatou a presença do Espírito da Verdade, dirigente de uma falange de Espíritos que vinham cumprir a promessa de Jesus: a vinda do Consolador Prometido, e que o guiaram na construção das obras da codificação.

As comunicações recebidas foram escritas, analisadas e codificadas por Rivail. Em 18 de abril de 1857, sob o pseudônimo de Allan Kardec (nome que teve em uma encarnação como sacerdote druida), publica a primeira e fundamental obra da Doutrina Espírita, O Livro dos Espíritos.

Inicia, em 1° de janeiro de 1858, a publicação da Revista Espírita e outras obras logo vieram em seguida.

Em janeiro de 1861, publica “O Livro dos Médiuns”; em abril de 1864, surge “O Evangelho Segundo o Espiritismo”; em 1° de agosto de 1865, é publicado “O Céu e o Inferno” ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Em 6 de janeiro 1868, “A Gênese”

A revelação espírita mostra o destino do homem após a morte; esclarece aos homens questões como a utilização do livre-arbítrio e suas consequências. Daí a autoridade da doutrina espírita pelo seu conjunto de princípios fundamentados na tríade ciência, filosofia e religião.

Sofrendo há alguns anos de uma enfermidade no coração, Allan Kardec desencarnou repentinamente em 31 de março de 1869, vítima do rompimento de um aneurisma. Estava na iminência de uma mudança de endereço, imposta pela extensão de suas múltiplas ocupações, e para finalizar diversas obras espíritas. Kardec desencarnou conforme vivera: trabalhando.

Camille Flammarion, em discurso pronunciado por ocasião do seu funeral, no Cemitério de Montmartre, traça um esboço de sua carreira literária, sua atuação na Revista Espírita e perpetuou: “Kardec era o que eu denominarei simplesmente de o bom senso encarnado”.

No ano seguinte, seu corpo foi transferido para o Cemitério de Pére Lachaise, Paris, onde se encontra até hoje.

No seu dólmen está escrito: “Nascer, morrer; renascer sempre, e progredir sem cessar, tal é a lei”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Onde e quando nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail? Qual a contribuição de Pestalozzi para a formação de seu caráter?

2) Sintetize a atuação de Rivail na área educacional.

3) Como Allan Kardec codificou a doutrina espírita?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - Obras Póstumas - Ed. Lake.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

23ª Aula Parte ÚNICA - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no atual município de Jaguaretama, Ceará, antiga Freguesia de Riacho de Sangue, em 29 de agosto de 1831. Era filho de Antônio Bezerra Cavalcanti, tenente-coronel da Guarda Nacional e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra.

Em 1838, frequentou por dez meses a Escola Pública da Vila do Frade, onde aprendeu a ler e escrever.

Em 1842, quando sua família transferiu-se para o Rio Grande do Norte, foi matriculado na Escola Pública da Serra dos Martins, na Vila da Maioridade (hoje cidade de Imperatriz). Dois anos depois, já substituía o professor de Latim, quando esse estava impedido de comparecer.

Em 1846, quando a família retomou ao Ceara, passou a frequentar o Liceu da localidade, sob a direção de seu irmão Manoel Soares da Silva Bezerra, completando os estudos preparatórios para a faculdade.

Seu pai, nessa época, atravessava dificuldades financeiras por haver dado aceite em duplicatas de terceiros. Por isso, perdeu suas propriedades, mas cumprindo sua palavra, passou a ser o administrador de seus antigos bens.

Assim, ao seguir uma vida honrada, serviu de exemplo ao então adolescente Bezerra de Menezes.

Desejando ser médico, Bezerra decide mudar-se para o Rio de Janeiro, onde ficaria mais tarde conhecido como o Médico dos Pobres.

Em 5 de fevereiro partiu para o Rio, com 400 mil réis que seus parentes lhe haviam dado para custear a viagem, chegando com 18 mil réis no bolso e sonhos no coração.

Ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em novembro de 1852. Estudava nas bibliotecas públicas e dava aulas para manter-se.

Doutorou-se em Medicina aos 25 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi eleito membro da Academia Imperial de Medicina e nomeado cirurgião-tenente do Corpo de Saúde do Exército em 1858, quando passou a assinar o seu nome sem o Cavalcanti. Na Academia Nacional de Medicina foi, durante quatro anos, o redator dos Anais da Entidade.

Casou-se, pela primeira vez, em 6 de novembro de 1861, com Maria Cândida de Lacerda, com quem teve um casal de filhos. Dois anos depois do desencarne de sua esposa, com 34 anos de idade, casou-se com Cândida Augusta de Lacerda, irmã materna de sua mulher. Tiveram cinco filhos.

Indicado por moradores da Freguesia de São Cristóvão a vereador da Câmara Municipal, elegeu-se em 1861 pelo Partido Liberal e exonerou-se do cargo de assistente de cirurgião do Exército. Reeleito vereador em 1864, foi eleito deputado federal em 1867 e membro da Comissão de Obras Públicas, figurando em lista tríplice para uma cadeira no Senado.

Dissolvida a Câmara dos Deputados em 1868, assumiu a criação da Companhia Estrada de Ferro Macaé a Campos, concluída em 1873. Foi diretor da Companhia Arquitetônica em 1872, a mesma que abriu o Boulevard 28 de setembro na Vila Isabel. Em 1875, foi presidente da Companhia Carril de São Cristóvão e membro de diversas entidades e sociedades beneficentes.

De novo vereador da cidade do Rio de Janeiro (período de 1879 a 1880), foi presidente da Câmara Municipal, cargo equivalente ao de prefeito e deputado federal.

Trabalhos Publicados:

O escritor J. F. Velho Sobrinho, no seu Dicionário Biobibliográfico Brasileiro, relata a existência de mais de quarenta livros e outras publicações do Dr. Bezerra de Menezes.

Foi autor de bibliografia extensa, que inclui desde biografias de homens célebres a trabalhos sobre a escravidão no Brasil e a seca no nordeste brasileiro. Na lista também há romances como A Pérola Negra, História de um Sonho, Lázaro o Leproso, O Bandido, Viagem Através dos Séculos, A Casa Assombrada, Os Carneiros de Panúrgio, Casamento e Mortalha (inacabado), além da importante obra A Loucura Sob Novo Prisma.

Ao desencarnar, continua sua obra, por intermédio do médium Francisco Candido Xavier, com os livros Apelos Cristãos e Bezerra, Chico e Você.

Com Yvonne do Amaral Pereira, compõe os romances Tragédia de Santa Maria e Nas Telas do Infinito. Pela médium Ayesha Spitzer, é de sua autoria Os Comentários Evangélicos, publicados por Edgard Armond em 1968.

Consolidador:

Em sua época, os espíritas brasileiros encontravam-se dispersos.

Quando ainda católico, recebeu um dia O Livro dos Espíritos como presente do amigo, e também médico, Dr. Joaquim Carlos Travassos, que havia traduzido a obra para o português.

Dez anos depois deste episódio, proclamava sua adesão solene ao Espiritismo, perante 2.000 pessoas, no Solar da Guarda Velha, em 16 de agosto de 1886.

No início de 1895, Bezerra de Menezes dirigia o Grupo Ismael e, numa noite de junho do mesmo ano, é convidado a presidir a Federação Espírita Brasileira de 1895 a 1900 e sempre lutou pela união dos espíritas brasileiros.

Foi profundo conhecedor do Evangelho de Jesus que leu, interpretou e praticou. Antigo redator de A Reforma, de Sentinelas da Liberdade, escreveu também, sob o pseudônimo de Max, uma coluna no jornal O Paiz, entre 1886 e 1890, colunas essas que foram organizadas e originaram o livro Estudos Filosóficos.

Servir era o seu lema. Médico, amou a profissão. Doou até o anel de formatura a uma paciente, além de dinheiro aos que não tinham condições de comprar remédio e seguirem suas indicações. Em seu consultório médico, nos altos da Farmácia Homeopática Cordeiro, receitava para os pobres. A ninguém recusava atendimento, que era, na grande maioria das vezes, gratuito, pois só cobrava daqueles que podiam pagar.

Lindos são os casos a respeito de sua conduta como médico, como os relatados por Ramiro Gama, em uma bela obra literária.

Não esquecia de tratar os pobres do corpo e do Espírito nas reuniões de desobsessão, na Federação Espírita Brasileira.

Desencarna em 11 de abril de 1900, às 11 horas e 30 minutos, depois de período em que passou imobilizado na cama.

Minutos antes, elevava seu pensamento a Maria de Nazaré, pedindo por aqueles que ficavam e que, incansavelmente, iam visitá-lo todos os dias, quando já estava doente.

Fica-nos o exemplo desse grande discípulo de Jesus que, como diz o seu necrológio publicado no jornal cearense A Republica, de 13 de abril de 1900: “O amor; não possuía ele platonicamente, nem o ensinava apenas pelos lábios: subia-lhe do coração e o praticava indistintamente, no exercício constante dessa caridade ativa e diligente que não raciocina, não reflete, porque é instintiva e se multiplica sob milhares formas - na tolerância, na indulgência com que antes dissimula do que repara nas alheias fraquezas".

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) Descreva resumidamente as atividades do Dr. Bezerra antes de tomar-se espírita

2) Descreva a atividade do Dr. Bezerra como espírita

3) Por que ficou conhecido como “Médico dos Pobres”?

BIBLIOGRAFIA
- ABREU, Canuto - Bezerra de Menezes – Ed. FEESP
- GAMA, Ramiro - Lindos Casos de Bezerra de Menezes – Ed. Lake
- SOARES, Sylvio Brito - Vida e Obra de Bezerra de Menezes – Ed. FEB
KLEIN Filho, L. Bezerra de Menezes Fatos e Documentos. 2.ed., Niterói: Publicações Lachâtre Ed.,2001, Cap. X, p.203.

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

22ª Aula Parte ÚNICA - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A VIDA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium mais importante do século XX e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no dia 02 de abril de 1910.

Foi o oitavo filho de João Cândido Xavier, operário, e de Maria João de Deus, lavadeira, que faleceu quando Chico tinha apenas cinco anos de idade. Todos os nove filhos do casal foram distribuídos para vários familiares e amigos, como era o costume.

Chico, órfão de mãe em tenra idade, sofreu na casa de pessoas de precária sensibilidade, sobretudo com sua madrinha, que o maltratava frequentemente por qualquer razão.

Nos momentos mais penosos de angustia era assistido por Maria João de Deus, que fora sua mãe na Terra e que lhe rogava paciência. O menino, então, aprendeu a sofrer com resignação.

Com sete anos o seu martírio terminou; seu pai casou novamente e sua madrasta, boa e caridosa, recolheu todos os irmãos.

Aos nove anos começou a trabalhar. Pela manhã frequentava a escola primária pública, depois ia para a fábrica onde trabalhava e lá permanecia até as 2h da madrugada. Mal pode aprender a ler e escrever.

Em 1927, uma de suas irmãs adoeceu e um casal de espíritas vizinhos reunia-se com seus familiares. Com eles teve o primeiro contato com o Espiritismo.

Atividades mediúnicas em Pedro Leopoldo:

Em maio de 1927, foi realizada a primeira sessão espírita na casa de Chico, em Pedro Leopoldo e, em julho, Chico realizou a sua primeira atuação publica no serviço mediúnico. No fim do mesmo ano, nascia o Centro Espírita Luiz Gonzaga. O Centro era bem frequentado, com reuniões as 2ªs e 6ªs feiras. Depois a sede passou para a antiga casa da mãe de Chico.

A mediunidade de Chico manifestou-se de maneira extraordinária. Ele era clarividente, clariaudiente e psicógrafo mecânico. Via e ouvia os Espíritos como se fossem homens normais do plano físico. Também apresentava outras formas de mediunidade, porém, dedicou-se mais a psicografia como missão.

Seu primeiro livro psicografado foi “Parnaso de Além Tumulo”, lançado em julho de 1932.

Em 1950, Chico Xavier havia recebido mais de 50 obras e já era conhecido no Brasil e no mundo inteiro.

Psicografias mais conhecidas:

Chico Xavier psicografou 412 livros e jamais admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras; reproduzia mecanicamente, sem conhecer o conteúdo, o que os vários Espíritos lhe ditavam. Não aceitou qualquer verba arrecadada com a venda dessas obras.

Os direitos autorais dos mais de 20 milhões de exemplares dos livros por ele psicografados, foram cedidos para organizações espíritas e instituições de caridade.

O livro “Nosso Lar”, pelo Espírito André Luiz, é o de maior tiragem, ultrapassando 1.500.000 cópias vendidas.

Os Espíritos Emmanuel e André Luiz:

Falar de Chico é falar de Emmanuel. Esse venerando Espírito foi o seu protetor espiritual e manifestou-se pela primeira vez, de forma ostensiva, em 1931. Desde então acompanhou-o sempre.

Emmanuel propôs ao jovem Chico, então com 21 anos, três condições obrigatórias para com ele trabalhar: disciplina, disciplina e disciplina.

Dentre as obras de autoria de Emmanuel, destacam-se cinco de teor histórico do Cristianismo. São eles os romances mediúnicos baseados em fatos reais: “Ha 2000 Anos”, autobiografia de Emmanuel, na época encamado como o senador romano Publio Lentulus; “50 Anos Depois”; “Ave Cristo”; “Renúncia” e “Paulo e Estevão”, a história de Paulo de Tarso.

André Luiz apresentou-se a Chico em 1943. Autor da série “Nosso Lar”, foi médico em sua última encarnação no Rio de Janeiro, no início da década de 1930.

Movimento Espírita:

O mais conhecido e famoso dos espíritas brasileiros contribuiu para expandir o movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem a sua adesão ao Espiritismo.

Chico destacou-se também nos trabalhos de assistência espiritual. Consolou incontáveis mães e pais de filhos que haviam desencarnado, além de pessoas que sofriam pelo desencarne de entes queridos, através de mensagens espirituais psicografadas recebidas no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba.

Além do intenso trabalho mediúnico, promoveu intensamente obras sociais, auxiliando pessoas carentes com a verba de seus livros psicografados.

Desencarne:

Chico Xavier desencarnou no dia 30 de junho de 2002, com 92 anos de idade, vítima de parada cardíaca.

Conforme relato de parentes próximos, Chico teria solicitado aos benfeitores espirituais para deixar este plano num dia em que os brasileiros estivessem felizes, para que ninguém ficasse triste com o seu desencarne. E assim aconteceu: nesse dia o Brasil festejava a conquista de seu quinto título da Copa Mundial de Futebol.

Foi eleito o Mineiro do Século XX, seguido por Santos Dumont e Juscelino Kubitscheck.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Quem foi Francisco Cândido Xavier?

2) O que significou o trabalho de Chico Xavier para a doutrina espírita?

3) Por que Chico é um exemplo de dedicação e amor ao próximo?

BIBLIOGRAFIA
- Barbosa, Elias - No Mundo de Chico Xavier - Ed. Ide
- Souto Maior, Marcel - As Vidas de Chico Xavier - Ed. Planeta do Brasil
- Tavares, Clovis - Trinta Anos com Chico Xavier - Ed. Ide
- XAVIER, F.C. Fonte Viva. 19.ed., Brasília - FEB, 1994, Cap. 81, p. 190.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

21ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

“Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma vasilha, ou põe-na debaixo da cama; põe-na sim, sobre um Candeeiro, para que vejam à luz os que entram. Porque não há coisa encoberta, que não haja de saber-se e fazer-se pública.” (Lucas, VIII: 16-17).

Causa estranheza ouvir Jesus dizer que não se deve pôr a luz debaixo do alqueire, ao mesmo tempo que esconde o sentido das suas palavras sob o véu da alegoria, o que nem todos podem compreender. Ele se explica, entretanto, dizendo aos apóstolos: “Eu lhes falo em parábolas, porque eles não estão em condições de compreender certas coisas; eles veem, olham, ouvem e não compreendem certas coisas; assim dizer-lhes tudo, ao menos agora, seria inútil; mas a vós o digo, porque já vos é dado compreender esses mistérios”.

E procedia com o povo como se faz com as crianças, cujas ideias ainda não se encontram desenvolvidas. Dessa maneira, indica-nos o verdadeiro sentido da máxima: Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, afim de que todos os que entram possam vê-la. Ele não diz que tenhamos de revelar inconsideradamente todas as coisas, pois todo o ensinamento deve ser proporcional a inteligência de quem o recebe, e porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer.

Pergunta-se que proveito o povo poderia tirar dessa infinidade de parábolas, cujo sentido estava oculto para ele.

Deve-se notar que Jesus só se exprimiu em parábolas sobre as questões de alguma maneira abstratas da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade e da humildade a condição expressa da salvação, tudo o que disse a esse respeito é perfeitamente claro, explicito e sem nenhuma ambiguidade. Assim devia ser porque se tratava de regra de conduta, regra que todos deviam compreender, para poderem observar. Era isso o essencial para a multidão ignorante, a qual se limitava a dizer: Eis o que é necessário para ganhar o Reino dos Céus.

Sobre outras questões, só desenvolvia os seus pensamentos para os discípulos. Estando eles mais adiantados intelectual e moralmente, Jesus podia iniciá-los nos princípios mais abstratos. Foi por isso que disse: “Porque ao que já tem, dar-se-lhe-á, e ao que não tem, ainda o que tem se lhe tirará”. (Marcos, 4:24-25).

Não obstante, mesmo com os apóstolos, tratou de modo vago sobre muitos pontos, cujo entendimento completo estava reservado aos tempos futuros. Foram esses pontos que deram lugar a diversas interpretações, até que a ciência de um lado, e o Espiritismo de outro, vieram revelar as novas leis da natureza que tornaram compreensíveis o seu verdadeiro sentido.

“Ninguém acende a candeia e a coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa." (Mateus 5:15).

Muitos aprendizes interpretaram semelhantes palavras do Mestre como apelo a pregação sistemática e desvelaram-se através de veementes discursos em toda parte. Outros admitiram que o Senhor lhes impunha a obrigação de violentar os vizinhos, através de propaganda compulsória da crença, segundo o ponto de vista que lhes é particular.

Na verdade, o sermão edificante e o auxílio fraterno são indispensáveis na extensão dos benefícios divinos da fé.

Nossa existência é a candeia viva.

É um erro lamentável despender nossas forças sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal.

Como nos diz o Espírito Emmanuel: “Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; insta com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo".

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) O que significa colocar a candeia debaixo do alqueire?

2) Por que devemos procurar ser criaturas que buscam o aperfeiçoamento para se tomar mais uma luz no mundo?

3) Na sua opinião, como devemos proceder para fazer “brilhar a nossa luz”?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP

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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

21ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O ESPIRITISMO COMO CONSOLADOR PROMETIDO

Próximo de partir para a espiritualidade, Jesus promete a seus discípulos que lhes enviaria um outro Consolador, o Espírito da Verdade, o Paráclito, que haveria de ensinar todas as coisas e lembrar o que ele dissera. (Jo, 14:15-17 e 26; 16:7-14)

No tempo determinado, o Espiritismo veio cumprir a promessa do Divino Mestre, revelando ao homem as leis que regem os fenômenos antes tidos como sobrenaturais ou milagrosos.

O Espiritismo, ou o Consolador Prometido, surge no horizonte terrestre em meados do sec. XIX como a Terceira Revelação. No século 12 a.C. Moises trouxe para a Humanidade a Primeira Revelação, materializando a ideia do Deus único; após Moisés veio o Cristo, encarnando a Segunda Revelação.

A Doutrina dos Espíritos, como a Terceira Revelação, é o Cristianismo Redivivo.

Em comunicação em O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Espírito da Verdade, que apresentou-se a Kardec como seu guia espiritual e que o orientou na confecção das obras da codificação (Obras Póstumas, 2ª parte, Meu guia espiritual), diz: “O Espiritismo deve lembrar aos incrédulos que acima deles reina a verdade imutável o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas”.

A revelação espírita possui um duplo caráter, visto que participa, ao mesmo tempo, da revelação divina e da revelação cientifica, as duas vias que levam o homem ao verdadeiro conhecimento. Nas palavras de Allan Kardec, “o que caracteriza a revelação espírita é que a fonte dela é divina, a iniciativa pertence aos Espíritos, e a sua elaboração é a ação do trabalho do homem”.

O Espiritismo, então, parte das próprias palavras do Cristo (da mesma forma que o Mestre muitas vezes remeteu seus discípulos as palavras de Moisés), sendo uma consequência direta da doutrina cristã. A ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos cerca e que povoa o espaço infinito.

Define os laços que unem o Espírito ao corpo. Fundamenta-se no princípio da reencarnação. Estabelece as consequências morais da conduta humana frente às Leis Divinas.

Como uma doutrina de conhecimento, o Espiritismo chega no momento em que a humanidade está melhor preparada e a ciência encontra-se organizada, pronta para dar sustentação ao fenômeno espírita pois, sem ela, a doutrina espírita ficaria sem apoio e exame. Se tivesse surgido antes das descobertas cientificas dos séculos XVII e XVIII, a ação da espiritualidade fatalmente estaria condenada ao fracasso.

A doutrina consoladora mostra ao homem que a causa dos seus sofrimentos, muitas vezes, está em existências anteriores; que a Terra, no seu atual estágio, é um mundo de expiação e provas; que Deus, soberanamente Justo e Bom, a ninguém castiga, de sorte que as aflições vividas pela criatura humana conduzem a cura dos seus males, assegurando-lhe a felicidade nas existências futuras.

Por essa razão o Espiritismo, em seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia e Religião, responde aos mais diversos questionamentos humanos, fazendo o homem compreender de onde vem, para onde vai e o que está fazendo na Terra. Enfim, revela a sua natureza, a sua origem e a sua destinação, preparando-o para viver melhor.

Finalmente, tira de sob o véu o conceito mais avançado de Deus: Inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. Esclarece que não podemos conhecer a natureza intima de Deus, mas aponta alguns de seus principais atributos que nos mostram sua justiça e sua bondade presentes em toda a Criação.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que o Espiritismo é o Consolador Prometido?

2) O que caracteriza a revelação espírita?

3) O Espiritismo surgiu na época certa? Por que?

BIBLIOGRAFIA
- KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 9. ed., São Paulo: FEESP. 1993. Cap. XIX, Item 7, p.242.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

20ª Aula Parte ÚNICA - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A GÊNESE

“A Gênese”, quinta obra da codificação, foi colocada à venda a partir de 06/01/1868 em Paris, França, pela Librarie Nationale.

Na obra Allan Kardec, fundamentado em informações dos Espíritos superiores e com base nos conhecimentos científicos da época, faz um estudo de pontos diversamente interpretados e comentados, como o processo da Criação e os milagres e as predições do Evangelho, relacionando-os às novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas.

“Esta obra vem a ponto, no sentido que a Doutrina está hoje bem estabelecida do ponto de vista moral e religioso. O que importava antes de tudo, eram as aspirações da alma. O Espiritismo entra numa nova fase." - São Luiz.

Assim, os ensinamentos de Jesus ganham um complemento, entretanto, Kardec nos adverte na obra: “Não rejeitemos a Gênese bíblica; estudemo-la, ao contrário, como se estuda a história da infância dos povos com a ajuda das luzes da razão e da Ciência”. (Cap. XII, item 12).

Os seus 18 capítulos tratam de temas doutrinários da maior importância, como: caracteres da revelação espírita, Deus e a sua natureza Divina, a origem do bem e do mal, a diferença entre instinto e inteligência, a criação do Universo e da Terra, os milagres do Evangelho, etc.

Allan Kardec disserta sobre o papel da ciência, auxiliando o entendimento dos fenômenos espirituais e da criação Divina, tema que ainda é hoje é alvo de muita discussão, entre religiosos e cientistas.

“O Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a Ciência sem o Espiritismo se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos apenas pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a Ciência, teria falta de apoio e de controle.” (Cap. I, item 16).

E, sobre o papel da ciência na Gênese, esclarece-nos: “a ciência é chamada a constituir a verdadeira Gênese, segundo as leis da Natureza.” (Cap. IV, item 3).

Outro importante estudo que A Gênese expõe é a noção científica sobre tempo, espaço, leis e forças, abordando assuntos relativos ao Universo e a diversidade dos mundos. Kardec complementa essa parte com a teoria sobre a formação dos seres vivos, o principio vital, a escala dos seres orgânicos e o homem, mostrando que, sem a união de um princípio inteligente e perfectível agindo recíproca e ininterruptamente sobre a matéria, não se pode explicar a evolução moral e intelectual do princípio espiritual, assim como o papel da própria matéria.

Os milagres do Evangelho são analisados no sentido teológico e a sua interpretação espírita, mostrando-nos que os considerados milagres encaixam-se perfeitamente dentro das leis naturais.

Sobre o fato de Jesus ter realizado tantas curas consideradas milagrosas e sobre sua superioridade, diz Kardec: “A superioridade de Jesus sobre os homens não se prendia às qualidades particulares de seu corpo, mas as de seu Espírito, que dominava a matéria de maneira absoluta, e as de seu perispírito tirado da parte mais quintessênciada dos fluidos terrestres.” (Cap. XV item 2).

A obra aborda ainda o conhecimento do futuro que, por vezes, nos é facultado. A respeito disso, Allan Kardec esclarece que a percepção das realidades que escapam ao controle dos sentidos materiais é uma faculdade inerente do Espírito e que “Deus permite, às vezes, que uma ponta do véu seja levantada; mas é sempre com um fim útil, e nunca para satisfazer uma vã curiosidade.” (Cap. XVI, item 4).

“A faculdade de pressentir as coisas futuras é um dos atributos da alma.” (Cap. XVII - Item 20).

No capítulo final, denominado Sinais dos Tempos - A Nova Geração, Kardec fala-nos sobre a marcha progressiva da Terra no plano físico e moral, impulsionada pela Lei do Progresso e estudada em O Livro dos Espíritos: “Este duplo progresso se realiza de duas maneiras: uma, lenta, gradual e insensível; outra, por mudanças mais bruscas”. (Cap. XVIII, item 2).

Allan Kardec fechava assim o Pentateuco Espírita, o que representaria para o gênero humano, no correr dos tempos, a fé inabalável, aquela que segundo suas próprias palavras era a única capaz de “enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade."

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) O que é “A Gênese”?

2) De que forma Allan Kardec relaciona na obra a ciência e o Espiritismo?

3) Como “A Gênese” explica a superioridade de Jesus?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 9.ed., São Paulo - FEESP, 1993, Cap. V, Item 23, p.83.
- KARDEC, A. Revista Espírita. São Paulo: Ed., 1966, Fevereiro/1868, p.54.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

19ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


PROVAS E TORMENTOS VOLUNTÁRIOS

Uma das maiores conquistas do Espírito, em sua trajetória rumo a perfeição relativa, é a liberdade de escolher e de decidir seus próprios caminhos. Muitas vezes, entretanto, em virtude da nossa imprudência, intemperança, ganância, orgulho, vaidade, valorização e apego excessivo aos bens materiais, impomos a nós mesmos sofrimentos pelos quais, na grande maioria das vezes, não teríamos que passar: os chamados tormentos voluntários.

Quando sofremos as graves e funestas consequências de nossas escolhas, colocamos a culpa em Deus, no próximo, na incompreensão do mundo e, se cremos na reencarnação, debitamos nossos infortúnios a possíveis resgates de um passado delituoso. Se nos dispuséssemos a analisar friamente os fatos, veríamos que grande porcentagem dos males que nos afligem, verdadeiros tormentos, decorre de atos do presente, pela inversão de Valores que vivenciamos.

Pela busca de uma felicidade equivocadamente centrada na aquisição de bens materiais, assim como a de sensações ligadas aos prazeres que o mundo tem a nos oferecer, cometemos excessos de toda natureza.

Somos, sem que percebamos, vítimas de nós mesmos a partir do instante em que decidimos utilizar o nosso livre-arbítrio indo de encontro às Leis Naturais, criadas por Deus com a finalidade de manter o nosso equilíbrio físico, mental e espiritual, tornando-nos criaturas infelizes. Entretanto “O homem é insaciável. A natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais." (L.E, questão 716).

A grande finalidade da criação do Universo e de todos os seres que dele fazem parte é a evolução, que deverá nos conduzir a conquista da felicidade. Porém, esse é um estado que se alcança com a conquista das virtudes. É condição natural, decorrente do despeitar da responsabilidade em relação às escolhas efetuadas, aos valores que abrigamos em nossos corações, assim como do conhecimento das consequências que teremos forçosamente que enfrentar em futuro próximo ou mais distante, se agimos mal.

Diz-nos o Espírito Fénelon que poderíamos gozar de uma felicidade relativa, porém a procuramos “nas coisas perecíveis, sujeitas as mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes”.

Devemos buscar a vivência fundamentada na moral do Cristo, para que não soframos desnecessariamente por nossas escolhas insensatas.

O único mérito em agravarmos nossas provas, buscando sofrimentos voluntários, é quando o fazemos com o objetivo de beneficiar o nosso próximo, através do exercício sincero da caridade. Temos o direito e o dever de tentarmos amenizar as nossas provas, buscando sempre uma solução favorável aos problemas ou suportando com resignação as consequências dos males que não podemos evitar. (E.S.E, cap. V item 26).

Fomos criados para sermos felizes e não há nenhum demérito em usufruirmos as coisas materiais, desde que o façamos sem excessos e apego excessivo.

Como alcançarmos, então, a felicidade relativa? Allan Kardec, na questão 922 do L.E., pergunta aos Espíritos: “Há, entretanto uma medida comum de felicidade para todos os homens?” E eles lhes respondem: “Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral a consciência pura e a fé no futuro.”

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) O que podemos entender por tormentos voluntários?

2) Como podemos evitá-los?

3) E possível sermos felizes no mundo em que vivemos? Comente.

BIBILIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- XAVIER, F.C/VIEIRA, W. Evolução em dois mundos. 12.ed., Brasília - FEB, 1991, Cap. XX, p.217.
- FRANCO, D.P. Vitória sobre a depressão. 1.ed., Salvador - Livr. Espírita Alvorada Editora, 2010, Cap.30, p.158-159.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

19ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A TERAPÊUTICA ESPÍRITA

Pergunta Allan Kardec aos Espíritos se o homem pode gozar na Terra de uma felicidade completa e eles respondem: “Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto se pode ser na Terra” (L.E, questão 920). Podemos concluir assim, que a reencarnação funciona como meio de cura de nossos males e reparação de danos passados, além de nos dar condições para o fortalecimento moral, necessário para o enfrentamento das inevitáveis provas que temos de sofrer.

A doutrina espírita explica-nos que todas as infrações que cometemos contra as Leis Divinas são a causa de muitas doenças, desequilíbrios e sofrimentos: crimes, vícios, uso de tóxicos, tabagismo, alcoolismo, sexo desvirtuado, além da fixação em pensamentos, sentimentos e imagens mentais inferiores e negativos, geradores de danos em nosso perispírito.

Quando o corpo adoece é sinal de que o Espírito já estava doente. A cura para tantos males depende do bom uso do livre arbítrio e da consciência de que antes de termos um corpo, somos Espíritos imortais e que, portanto, continuaremos vivendo após a morte física.

Dentre as tantas doenças que a humanidade enfrenta atualmente, podemos destacar, além das viciações pelos tóxicos, a AIDS. Doença moderna, causada pela contaminação pelo vírus HIV, é consequência dos desequilíbrios do pensamento, que causam sérios prejuízos à saúde. “As depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças plasmam, nos tecidos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular”.

Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual “praça desguarnecida”, explica-nos o Espírito André Luiz.

Outro grave problema atual é a depressão. Apesar de ser tão antiga quanto o homem, ganhou hoje panorama de epidemia mundial, atingindo todas as faixas etárias e classes sociais. Caracterizada por uma tristeza profunda e prolongada, desde os primórdios é conhecida como melancolia. “Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira a felicidade e a liberdade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo”, diz-nos o Espírito François de Genève, em comunicação no E.S.E.

Como vencermos tais mazelas? Desde que sabemos distinguir o bem do mal e temos a Lei de Deus escrita em nossa consciência (L.E, questão 621), devemos assumir o controle de nossas vidas.

Analisando a causa de todos os nossos vícios e defeitos, os Espíritos disseram que encontramos no egoísmo a fonte de nossos males: “Dele se deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe egoísmo.” (L.E questão 913).

Jesus, explicando a lei de causa e efeito, ensinou-nos: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

Contrariando a Lei de Amor, continuaremos a sofrer por tantas causas que nós mesmos geramos.

O caminho para a cura passa pela força de vontade, pela paciência, pela resignação e pela confiança no Amor e Justiça Divinos, pela maneira como enfrentamos as nossas dificuldades, provas e expiações.

O Espírito Joanna de Angelis nos aconselha: “Se pretendes bem estar, saúde e alegria, envolve-te na luz do amor edificando-te através do cultivo dos pensamentos superiores, não te permitindo angústias desnecessárias, ansiedades injustificáveis, medos sem lógica, solidão egoísta... Entrega-te a Deus, e n’Ele confia integralmente, certo de que nunca estarás a sós, nem mesmo quando dele te apartes.”

Certifiquemo-nos: “Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos, 8:31).

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que o corpo adoece quando o Espírito está doente?

2) Qual a contribuição do Espiritismo para a cura dos vícios e doenças?

3) Por que o egoísmo causa nossos maiores sofrimentos?

BIBLIOGRAFIA
- XAVIER, F.C. Vida e Sexo. 16.ed., Brasília - FEB,1996, Cap. 26,p.110.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

18ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


NÃO JULGUE, COMPREENDA

Dizia o filosofo grego Protágoras que “o homem é a medida de todas as coisas”. Pode sê-lo, de fato, do ponto de vista filosófico e científico, porém, quando a questão é analisar o comportamento alheio, recomenda-se, em primeiro lugar, cautela, bom senso, prudência, já que como ensinava o Mestre Jesus: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra.” (Jo, 8:1-11). E qual de nós pode, realmente, sequer pensar em atirar a primeira pedra?

Além, disso, o Excelso Amigo nos alerta, no Sermão do Monte, para a responsabilidade de julgar o próximo: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mt, 7:1-2)

Na verdade, nenhum de nós gosta de ser julgado pelo outro; essa é mais uma razão para que não nos disponhamos a julgar ninguém, nem mesmo em pensamento.

O Espírito Emmanuel também nos orienta para a necessidade de benevolência nos julgamentos, principalmente quando se trata de assuntos do coração, em que ainda somos extremamente deficientes.

Diz o notável mentor espiritual: “Se alguém vos parece cair sob enganos do sentimento, silenciai e esperai! Se alguém se vos afigura tombar em delinquência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!”

“Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã.”

“Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros."

Em tudo devemos nos inspirar em Jesus que, como diz Allan Kardec na questão 625 de O Livro dos Espíritos, é “para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra”, e que nos apontava sempre para a necessidade da humildade, paciência, perdão, compreensão, benevolência e indulgência. Ele tinha a fórmula exata para a solução de todas as modalidades de problemas derivados das relações humanas que sintetiza num pensamento profundo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

O Mestre falava do amor incondicional, do amor sublime, irrestrito, perene, que deveria estender-se ao parente difícil, ao companheiro rebelde, ao ofensor, ao adversário, ao inimigo... Nada pode substituir esse sentimento, nada é capaz de fazer cicatrizar uma ferida com tanta eficácia, nada pode opor-se a ele com o fim de neutralizá-lo. O amor, enfim, cobre a multidão dos pecados, como enfatiza o evangelista, e tudo devemos fazer para agir em seu nome com pureza de alma.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Por que não devemos julgar os outros?

2) O que diz Emmanuel a respeito da compreensão dos sentimentos alheios?

3) Por que o amor “cobre a multidão de pecados"?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Xavier, Francisco Candido - Vida e Sexo – FEB
- XAVIER, F.C. Evolução em dois mundos. 12.ed. Brasília - FEB, 1991, 1ª parte, Cap. XVIII, p.146.
- XAVIER, F.C. Vida e Sexo. 16.ed., Brasília:FEB,1996 16.ed. Brasília - FEB, 1996, Cap. l, p.10
- FRANCO, D.P. Amor Imbatível Amor. 1.ed. Salvador - Liv. Espírita Alvorada Nova, Cap. l, p.17.

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