CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

21ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

“Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma vasilha, ou põe-na debaixo da cama; põe-na sim, sobre um Candeeiro, para que vejam à luz os que entram. Porque não há coisa encoberta, que não haja de saber-se e fazer-se pública.” (Lucas, VIII: 16-17).

Causa estranheza ouvir Jesus dizer que não se deve pôr a luz debaixo do alqueire, ao mesmo tempo que esconde o sentido das suas palavras sob o véu da alegoria, o que nem todos podem compreender. Ele se explica, entretanto, dizendo aos apóstolos: “Eu lhes falo em parábolas, porque eles não estão em condições de compreender certas coisas; eles veem, olham, ouvem e não compreendem certas coisas; assim dizer-lhes tudo, ao menos agora, seria inútil; mas a vós o digo, porque já vos é dado compreender esses mistérios”.

E procedia com o povo como se faz com as crianças, cujas ideias ainda não se encontram desenvolvidas. Dessa maneira, indica-nos o verdadeiro sentido da máxima: Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, afim de que todos os que entram possam vê-la. Ele não diz que tenhamos de revelar inconsideradamente todas as coisas, pois todo o ensinamento deve ser proporcional a inteligência de quem o recebe, e porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer.

Pergunta-se que proveito o povo poderia tirar dessa infinidade de parábolas, cujo sentido estava oculto para ele.

Deve-se notar que Jesus só se exprimiu em parábolas sobre as questões de alguma maneira abstratas da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade e da humildade a condição expressa da salvação, tudo o que disse a esse respeito é perfeitamente claro, explicito e sem nenhuma ambiguidade. Assim devia ser porque se tratava de regra de conduta, regra que todos deviam compreender, para poderem observar. Era isso o essencial para a multidão ignorante, a qual se limitava a dizer: Eis o que é necessário para ganhar o Reino dos Céus.

Sobre outras questões, só desenvolvia os seus pensamentos para os discípulos. Estando eles mais adiantados intelectual e moralmente, Jesus podia iniciá-los nos princípios mais abstratos. Foi por isso que disse: “Porque ao que já tem, dar-se-lhe-á, e ao que não tem, ainda o que tem se lhe tirará”. (Marcos, 4:24-25).

Não obstante, mesmo com os apóstolos, tratou de modo vago sobre muitos pontos, cujo entendimento completo estava reservado aos tempos futuros. Foram esses pontos que deram lugar a diversas interpretações, até que a ciência de um lado, e o Espiritismo de outro, vieram revelar as novas leis da natureza que tornaram compreensíveis o seu verdadeiro sentido.

“Ninguém acende a candeia e a coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa." (Mateus 5:15).

Muitos aprendizes interpretaram semelhantes palavras do Mestre como apelo a pregação sistemática e desvelaram-se através de veementes discursos em toda parte. Outros admitiram que o Senhor lhes impunha a obrigação de violentar os vizinhos, através de propaganda compulsória da crença, segundo o ponto de vista que lhes é particular.

Na verdade, o sermão edificante e o auxílio fraterno são indispensáveis na extensão dos benefícios divinos da fé.

Nossa existência é a candeia viva.

É um erro lamentável despender nossas forças sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal.

Como nos diz o Espírito Emmanuel: “Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; insta com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo".

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) O que significa colocar a candeia debaixo do alqueire?

2) Por que devemos procurar ser criaturas que buscam o aperfeiçoamento para se tomar mais uma luz no mundo?

3) Na sua opinião, como devemos proceder para fazer “brilhar a nossa luz”?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP

Fonte da imagem: Internet Google.

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