CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

19ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


PROVAS E TORMENTOS VOLUNTÁRIOS

Uma das maiores conquistas do Espírito, em sua trajetória rumo a perfeição relativa, é a liberdade de escolher e de decidir seus próprios caminhos. Muitas vezes, entretanto, em virtude da nossa imprudência, intemperança, ganância, orgulho, vaidade, valorização e apego excessivo aos bens materiais, impomos a nós mesmos sofrimentos pelos quais, na grande maioria das vezes, não teríamos que passar: os chamados tormentos voluntários.

Quando sofremos as graves e funestas consequências de nossas escolhas, colocamos a culpa em Deus, no próximo, na incompreensão do mundo e, se cremos na reencarnação, debitamos nossos infortúnios a possíveis resgates de um passado delituoso. Se nos dispuséssemos a analisar friamente os fatos, veríamos que grande porcentagem dos males que nos afligem, verdadeiros tormentos, decorre de atos do presente, pela inversão de Valores que vivenciamos.

Pela busca de uma felicidade equivocadamente centrada na aquisição de bens materiais, assim como a de sensações ligadas aos prazeres que o mundo tem a nos oferecer, cometemos excessos de toda natureza.

Somos, sem que percebamos, vítimas de nós mesmos a partir do instante em que decidimos utilizar o nosso livre-arbítrio indo de encontro às Leis Naturais, criadas por Deus com a finalidade de manter o nosso equilíbrio físico, mental e espiritual, tornando-nos criaturas infelizes. Entretanto “O homem é insaciável. A natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais." (L.E, questão 716).

A grande finalidade da criação do Universo e de todos os seres que dele fazem parte é a evolução, que deverá nos conduzir a conquista da felicidade. Porém, esse é um estado que se alcança com a conquista das virtudes. É condição natural, decorrente do despeitar da responsabilidade em relação às escolhas efetuadas, aos valores que abrigamos em nossos corações, assim como do conhecimento das consequências que teremos forçosamente que enfrentar em futuro próximo ou mais distante, se agimos mal.

Diz-nos o Espírito Fénelon que poderíamos gozar de uma felicidade relativa, porém a procuramos “nas coisas perecíveis, sujeitas as mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes”.

Devemos buscar a vivência fundamentada na moral do Cristo, para que não soframos desnecessariamente por nossas escolhas insensatas.

O único mérito em agravarmos nossas provas, buscando sofrimentos voluntários, é quando o fazemos com o objetivo de beneficiar o nosso próximo, através do exercício sincero da caridade. Temos o direito e o dever de tentarmos amenizar as nossas provas, buscando sempre uma solução favorável aos problemas ou suportando com resignação as consequências dos males que não podemos evitar. (E.S.E, cap. V item 26).

Fomos criados para sermos felizes e não há nenhum demérito em usufruirmos as coisas materiais, desde que o façamos sem excessos e apego excessivo.

Como alcançarmos, então, a felicidade relativa? Allan Kardec, na questão 922 do L.E., pergunta aos Espíritos: “Há, entretanto uma medida comum de felicidade para todos os homens?” E eles lhes respondem: “Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral a consciência pura e a fé no futuro.”

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) O que podemos entender por tormentos voluntários?

2) Como podemos evitá-los?

3) E possível sermos felizes no mundo em que vivemos? Comente.

BIBILIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- XAVIER, F.C/VIEIRA, W. Evolução em dois mundos. 12.ed., Brasília - FEB, 1991, Cap. XX, p.217.
- FRANCO, D.P. Vitória sobre a depressão. 1.ed., Salvador - Livr. Espírita Alvorada Editora, 2010, Cap.30, p.158-159.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

19ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A TERAPÊUTICA ESPÍRITA

Pergunta Allan Kardec aos Espíritos se o homem pode gozar na Terra de uma felicidade completa e eles respondem: “Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto se pode ser na Terra” (L.E, questão 920). Podemos concluir assim, que a reencarnação funciona como meio de cura de nossos males e reparação de danos passados, além de nos dar condições para o fortalecimento moral, necessário para o enfrentamento das inevitáveis provas que temos de sofrer.

A doutrina espírita explica-nos que todas as infrações que cometemos contra as Leis Divinas são a causa de muitas doenças, desequilíbrios e sofrimentos: crimes, vícios, uso de tóxicos, tabagismo, alcoolismo, sexo desvirtuado, além da fixação em pensamentos, sentimentos e imagens mentais inferiores e negativos, geradores de danos em nosso perispírito.

Quando o corpo adoece é sinal de que o Espírito já estava doente. A cura para tantos males depende do bom uso do livre arbítrio e da consciência de que antes de termos um corpo, somos Espíritos imortais e que, portanto, continuaremos vivendo após a morte física.

Dentre as tantas doenças que a humanidade enfrenta atualmente, podemos destacar, além das viciações pelos tóxicos, a AIDS. Doença moderna, causada pela contaminação pelo vírus HIV, é consequência dos desequilíbrios do pensamento, que causam sérios prejuízos à saúde. “As depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças plasmam, nos tecidos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular”.

Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual “praça desguarnecida”, explica-nos o Espírito André Luiz.

Outro grave problema atual é a depressão. Apesar de ser tão antiga quanto o homem, ganhou hoje panorama de epidemia mundial, atingindo todas as faixas etárias e classes sociais. Caracterizada por uma tristeza profunda e prolongada, desde os primórdios é conhecida como melancolia. “Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira a felicidade e a liberdade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo”, diz-nos o Espírito François de Genève, em comunicação no E.S.E.

Como vencermos tais mazelas? Desde que sabemos distinguir o bem do mal e temos a Lei de Deus escrita em nossa consciência (L.E, questão 621), devemos assumir o controle de nossas vidas.

Analisando a causa de todos os nossos vícios e defeitos, os Espíritos disseram que encontramos no egoísmo a fonte de nossos males: “Dele se deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe egoísmo.” (L.E questão 913).

Jesus, explicando a lei de causa e efeito, ensinou-nos: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

Contrariando a Lei de Amor, continuaremos a sofrer por tantas causas que nós mesmos geramos.

O caminho para a cura passa pela força de vontade, pela paciência, pela resignação e pela confiança no Amor e Justiça Divinos, pela maneira como enfrentamos as nossas dificuldades, provas e expiações.

O Espírito Joanna de Angelis nos aconselha: “Se pretendes bem estar, saúde e alegria, envolve-te na luz do amor edificando-te através do cultivo dos pensamentos superiores, não te permitindo angústias desnecessárias, ansiedades injustificáveis, medos sem lógica, solidão egoísta... Entrega-te a Deus, e n’Ele confia integralmente, certo de que nunca estarás a sós, nem mesmo quando dele te apartes.”

Certifiquemo-nos: “Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos, 8:31).

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que o corpo adoece quando o Espírito está doente?

2) Qual a contribuição do Espiritismo para a cura dos vícios e doenças?

3) Por que o egoísmo causa nossos maiores sofrimentos?

BIBLIOGRAFIA
- XAVIER, F.C. Vida e Sexo. 16.ed., Brasília - FEB,1996, Cap. 26,p.110.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

18ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


NÃO JULGUE, COMPREENDA

Dizia o filosofo grego Protágoras que “o homem é a medida de todas as coisas”. Pode sê-lo, de fato, do ponto de vista filosófico e científico, porém, quando a questão é analisar o comportamento alheio, recomenda-se, em primeiro lugar, cautela, bom senso, prudência, já que como ensinava o Mestre Jesus: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra.” (Jo, 8:1-11). E qual de nós pode, realmente, sequer pensar em atirar a primeira pedra?

Além, disso, o Excelso Amigo nos alerta, no Sermão do Monte, para a responsabilidade de julgar o próximo: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mt, 7:1-2)

Na verdade, nenhum de nós gosta de ser julgado pelo outro; essa é mais uma razão para que não nos disponhamos a julgar ninguém, nem mesmo em pensamento.

O Espírito Emmanuel também nos orienta para a necessidade de benevolência nos julgamentos, principalmente quando se trata de assuntos do coração, em que ainda somos extremamente deficientes.

Diz o notável mentor espiritual: “Se alguém vos parece cair sob enganos do sentimento, silenciai e esperai! Se alguém se vos afigura tombar em delinquência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!”

“Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã.”

“Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros."

Em tudo devemos nos inspirar em Jesus que, como diz Allan Kardec na questão 625 de O Livro dos Espíritos, é “para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra”, e que nos apontava sempre para a necessidade da humildade, paciência, perdão, compreensão, benevolência e indulgência. Ele tinha a fórmula exata para a solução de todas as modalidades de problemas derivados das relações humanas que sintetiza num pensamento profundo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

O Mestre falava do amor incondicional, do amor sublime, irrestrito, perene, que deveria estender-se ao parente difícil, ao companheiro rebelde, ao ofensor, ao adversário, ao inimigo... Nada pode substituir esse sentimento, nada é capaz de fazer cicatrizar uma ferida com tanta eficácia, nada pode opor-se a ele com o fim de neutralizá-lo. O amor, enfim, cobre a multidão dos pecados, como enfatiza o evangelista, e tudo devemos fazer para agir em seu nome com pureza de alma.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Por que não devemos julgar os outros?

2) O que diz Emmanuel a respeito da compreensão dos sentimentos alheios?

3) Por que o amor “cobre a multidão de pecados"?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Xavier, Francisco Candido - Vida e Sexo – FEB
- XAVIER, F.C. Evolução em dois mundos. 12.ed. Brasília - FEB, 1991, 1ª parte, Cap. XVIII, p.146.
- XAVIER, F.C. Vida e Sexo. 16.ed., Brasília:FEB,1996 16.ed. Brasília - FEB, 1996, Cap. l, p.10
- FRANCO, D.P. Amor Imbatível Amor. 1.ed. Salvador - Liv. Espírita Alvorada Nova, Cap. l, p.17.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

18ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


ESPIRITISMO E SEXUALIDADE

O Espírito é criado simples e ignorante para evoluir através do próprio esforço e precisa renascer para aprimorar-se e despertar para as emoções superiores, buscando a liberação de suas tendências mais nobres. Assim modifica gradativamente a cultura e as civilizações, num processo ainda penoso que se prolonga através dos milênios e que culmina na conquista do amor em sua plenitude.

E para que sintamos esse amor pleno, primeiro temos que saber exercer bem a nossa sexualidade, o que tem sido, para muitos, verdadeiro entrave ao progresso espiritual. Para uma melhor compreensão do assunto, faz-se necessária a conceituação dos termos amor, sexo e sexualidade. O amor é o ponto de partida de todas as aspirações humanas e seu ponto alto é o amor que Jesus ofereceu a humanidade; o sexo, não sendo patrimônio da humanidade é benção Divina decorrente do instinto sexual como força poderosa na busca dos valores íntimos e que, muitas vezes, é erroneamente confundido com amor; a sexualidade é definida pelas preferências e predisposições ou experiências sexuais de um ser, que definem sua identidade e que determinam cada período de encarnação.

Em algumas partes do mundo, a sexualidade ainda é considerada uma ameaça aos valores morais e religiosos.

Quando vivenciada de maneira exacerbada, aproxima mais intensamente o homem de sua natureza animal, por ele valorizar mais as sensações do que o afeto verdadeiro.

Em O Livro dos Espíritos, questão n° 100, que trata sobre a escala espírita, observa-se que a terceira ordem, ou dos Espíritos imperfeitos, é caracterizada pela natureza corrompida do ser; na segunda ordem ou dos Espíritos bons, há a predominância da natureza espiritual sobre a material; e na primeira ordem, a dos Espíritos puros, podemos dizer que o ser não busca mais a satisfação de seus instintos sexuais, nem a banalização da necessidade fisiológica, mas sim a exteriorização de sentimentos elevados e que o conduzem a felicidade.

O sexo, na Criação Divina, é força atrativa e criadora, presente em todo o Universo e, como tal, encontra-se em todos os estágios de evolução dos seres - é muito mais que sensação, é energia que deve ser direcionada para o bem.

O Espírito André Luiz nos diz: “o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e consequentemente, no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando lhe as forças sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.”

Com isso compreendemos que, enquanto não aprendermos a cultivar valores, emoções e sentimentos elevados, acarretaremos desvios em nosso psiquismo, o que se traduz, muitas vezes, em desequilíbrios geradores de muito sofrimento.

Geralmente, a sociedade denomina o que é “normal” e “anormal”, e o ser é classificado segundo a sua orientação sexual: heterossexual ou homossexual. A primeira palavra, vem do vocábulo grego heteros, que significa “diferente” e refere-se à atração sexual entre indivíduos de sexos opostos; a segunda, do termo grego homos, = mesmo e sexus = sexo, e define-se por atração física, emocional e estética entre seres do mesmo sexo.

No século XIX, a homossexualidade foi definida como desvio sexual, tomando-se assim, dentro da sexologia, uma forma degenerada de relacionamento. Em meados do século XX a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais do Código Internacional de Doenças (CID). O fato indica-nos que, ao longo da história, a sexualidade humana foi classificada segundo os padrões culturais e sociais de cada época, em períodos que intercalam a liberalidade ao recato e privações sexuais.

O Espírito constrói sua identidade sexual de acordo com suas tendências e vivências, já o sexo biológico é escolhido segundo sua necessidade de evolução. Na questão n° 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos Espíritos: “Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num corpo de homem ou de mulher?” E a resposta é bem direta: “Isso pouco importa ao Espírito; depende das provas que ele tiver de sofrer”.

O Espiritismo derruba a antiga ideia de que os instintos e sensações do físico é que geram o uso abusivo do sexo, quando esclarece que pertencem ao Espírito imortal os vícios e tendências difíceis de vencer. “Há tendências viciosas que são evidentemente inerentes ao Espírito, pois que se ligam mais ao moral do que ao físico” (O Céu e o Inferno, Parte I, Cap. VII, A carne é fraca). Ou seja, o Espírito é que é fraco e não é a carne, ou corpo físico, a responsável pelo mau uso do sexo. “O Espírito é assim o artífice do seu próprio corpo que ele modela, apropriando-o as suas necessidades e a manifestação das suas tendências”.

A questão do sexo deve ser trabalhada pelos pais na educação de seus filhos, formando indivíduos responsáveis, responsabilidade essa que lhes evitará muitos dissabores futuros, principalmente na adolescência, evitando uma gravidez precoce.

Como diz-nos o Espírito Emmanuel: “Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo.

Conseguintemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse."

E complementa o Espírito Joanna de Angelis: “O amor se expressa como sentimento que se expande, irradiando harmonia e paz, terminando por gerar plenitude e renovação íntima. Igualmente se manifesta através das necessidades de intercambio afetivo, no qual os indivíduos se completam, permutando hormônios que relaxam o corpo e dinamizam as fontes de inspiração da alma, impulsionando-a para o progresso”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) O que é o sexo para o Espírito?

2) Por que a escolha do sexo biológico é importante para as provas que o Espírito deve passar?

3) Como devemos exercer nossa sexualidade? Como a energia criadora do sexo auxilia em nossa evolução?

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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

17ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A LEI DE AMOR

O Espírito Lázaro diz-nos em comunicação em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “O amor resume toda a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento.” (Cap. XI, item 8)

Mais adiante, na mesma mensagem, Lázaro esclarece que esse amor não é aquele que conhecemos na nossa atual fase de evolução, mas sim aquele “sol interior que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas revelações sobre-humanas”. Ou seja, não é o amor apego, que muitas vezes vem em forma de egoísmo e que, equivocado, cega-nos e nos dirige mal.

Dizem os Espíritos a Allan Kardec em O Livro dos Espíritos: “As paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa. Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro.” (Questão 908).

Para que possamos ter uma ideia de como o amor é representado em sua maior expressão é só observarmos a Criação Divina, que abrange todos os seres.

Os germens desse amor Divino encontram-se dentro de todos nós, como filhos que somos de Deus, mesmo que ainda distanciados desse amor verdadeiro, ainda repletos de sensações.

O Espírito Emmanuel elucida que o nosso trabalho de iluminação interior “deve começar com o autodomínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões”.

Jesus, há tanto tempo, ensinando-nos a regra mestra do amor, aconselhou: “E assim, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles. Porque esta é a lei e os profetas.” (Mateus, 7:12) (E.S.E, Cap. XI, Item 2)

Vencendo a nossa própria inferioridade, no auxílio ao próximo, no estudo edificante, no dever bem cumprido, certamente, estaremos caminhando em direção ao amor a que Lázaro se refere.

Certamente que muitos pessimistas não acreditam na verdadeira destinação do homem rumo à perfeição.

Contra esse pensamento, esclarece-nos o Espírito Fénelon em um hino à esperança: “Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá resistir e o seu contato vivifica e fecunda os germens dessa virtude, que estão latentes em vossos corações.” (E.S.E, Cap. XI, Item 9)

Caminhando em busca da transformação do nosso eu interior, encontramos dificuldades, mas que, com boa vontade, serão vencidas.

E somente amando é que conseguiremos superar os nossos erros. Lembremos da bela passagem do Evangelho em que Jesus, estando na casa do fariseu Simão, teve seus pés lavados pelas lágrimas e enxugados pelos cabelos de Maria de Magdala, mulher considerada pecadora. Ao ver a devoção dela, que beijava-lhe ainda os pés, o Mestre disse: “Perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou.” (Lucas, 7:47)

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) O que é o verdadeiro amor?

2) Como superarmos as paixões e sensações que ainda carregamos?

3) Como poderemos sentir esse amor verdadeiro a que a lição se refere?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - A Gênese – Ed. F EESP.
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos – Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo – Ed. FEESP.
- LISSO, Wlademir - Doação de Órgãos e Transplantes – Ed. FEESP.
- XAVIER, F.C. O Consolador. 15.ed. Brasília - FEB, 1991, Questão 230, p. 138.

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