NÃO JULGUE, COMPREENDA
Dizia o
filosofo grego Protágoras que “o homem é a medida de todas as coisas”. Pode
sê-lo, de fato, do ponto de vista filosófico e científico, porém, quando a questão
é analisar o comportamento alheio, recomenda-se, em primeiro lugar, cautela,
bom senso, prudência, já que como ensinava o Mestre Jesus: “Aquele dentre vós
que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra.” (Jo, 8:1-11). E qual de
nós pode, realmente, sequer pensar em atirar a primeira pedra?
Além, disso,
o Excelso Amigo nos alerta, no Sermão do Monte, para a responsabilidade de
julgar o próximo: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o
juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido
vos hão de medir a vós.” (Mt, 7:1-2)
Na verdade,
nenhum de nós gosta de ser julgado pelo outro; essa é mais uma razão para que
não nos disponhamos a julgar ninguém, nem mesmo em pensamento.
O Espírito
Emmanuel também nos orienta para a necessidade de benevolência nos julgamentos,
principalmente quando se trata de assuntos do coração, em que ainda somos
extremamente deficientes.
Diz o
notável mentor espiritual: “Se alguém vos parece cair sob enganos do sentimento,
silenciai e esperai! Se alguém se vos afigura tombar em delinquência, por
desvarios do coração, esperai e silenciai!”
“Sobretudo,
compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue
conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência
afetiva que nos aguarda amanhã.”
“Calai os
vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de
nós, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas
irreflexões e desequilíbrios dos outros."
Em tudo
devemos nos inspirar em Jesus que, como diz Allan Kardec na questão 625 de O
Livro dos Espíritos, é “para o homem o tipo de perfeição moral a que pode
aspirar a Humanidade na Terra”, e que nos apontava sempre para a necessidade da
humildade, paciência, perdão, compreensão, benevolência e indulgência. Ele tinha
a fórmula exata para a solução de todas as modalidades de problemas derivados
das relações humanas que sintetiza num pensamento profundo: “Amai-vos uns aos
outros, como eu vos amei”.
O Mestre
falava do amor incondicional, do amor sublime, irrestrito, perene, que deveria
estender-se ao parente difícil, ao companheiro rebelde, ao ofensor, ao
adversário, ao inimigo... Nada pode substituir esse sentimento, nada é capaz de
fazer cicatrizar uma ferida com tanta eficácia, nada pode opor-se a ele com o
fim de neutralizá-lo. O amor, enfim, cobre a multidão dos pecados, como
enfatiza o evangelista, e tudo devemos fazer para agir em seu nome com pureza
de alma.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
l) Por que
não devemos julgar os outros?
2) O que diz
Emmanuel a respeito da compreensão dos sentimentos alheios?
3) Por que o
amor “cobre a multidão de pecados"?
BIBLIOGRAFIA
- Kardec,
Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Xavier,
Francisco Candido - Vida e Sexo – FEB
- XAVIER,
F.C. Evolução em dois mundos. 12.ed. Brasília - FEB, 1991, 1ª parte, Cap.
XVIII, p.146.
- XAVIER,
F.C. Vida e Sexo. 16.ed., Brasília:FEB,1996 16.ed. Brasília - FEB, 1996, Cap.
l, p.10
- FRANCO,
D.P. Amor Imbatível Amor. 1.ed. Salvador - Liv. Espírita Alvorada Nova, Cap. l,
p.17.
Fonte da imagem: Internet Google.
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