CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

18ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


ESPIRITISMO E SEXUALIDADE

O Espírito é criado simples e ignorante para evoluir através do próprio esforço e precisa renascer para aprimorar-se e despertar para as emoções superiores, buscando a liberação de suas tendências mais nobres. Assim modifica gradativamente a cultura e as civilizações, num processo ainda penoso que se prolonga através dos milênios e que culmina na conquista do amor em sua plenitude.

E para que sintamos esse amor pleno, primeiro temos que saber exercer bem a nossa sexualidade, o que tem sido, para muitos, verdadeiro entrave ao progresso espiritual. Para uma melhor compreensão do assunto, faz-se necessária a conceituação dos termos amor, sexo e sexualidade. O amor é o ponto de partida de todas as aspirações humanas e seu ponto alto é o amor que Jesus ofereceu a humanidade; o sexo, não sendo patrimônio da humanidade é benção Divina decorrente do instinto sexual como força poderosa na busca dos valores íntimos e que, muitas vezes, é erroneamente confundido com amor; a sexualidade é definida pelas preferências e predisposições ou experiências sexuais de um ser, que definem sua identidade e que determinam cada período de encarnação.

Em algumas partes do mundo, a sexualidade ainda é considerada uma ameaça aos valores morais e religiosos.

Quando vivenciada de maneira exacerbada, aproxima mais intensamente o homem de sua natureza animal, por ele valorizar mais as sensações do que o afeto verdadeiro.

Em O Livro dos Espíritos, questão n° 100, que trata sobre a escala espírita, observa-se que a terceira ordem, ou dos Espíritos imperfeitos, é caracterizada pela natureza corrompida do ser; na segunda ordem ou dos Espíritos bons, há a predominância da natureza espiritual sobre a material; e na primeira ordem, a dos Espíritos puros, podemos dizer que o ser não busca mais a satisfação de seus instintos sexuais, nem a banalização da necessidade fisiológica, mas sim a exteriorização de sentimentos elevados e que o conduzem a felicidade.

O sexo, na Criação Divina, é força atrativa e criadora, presente em todo o Universo e, como tal, encontra-se em todos os estágios de evolução dos seres - é muito mais que sensação, é energia que deve ser direcionada para o bem.

O Espírito André Luiz nos diz: “o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e consequentemente, no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando lhe as forças sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.”

Com isso compreendemos que, enquanto não aprendermos a cultivar valores, emoções e sentimentos elevados, acarretaremos desvios em nosso psiquismo, o que se traduz, muitas vezes, em desequilíbrios geradores de muito sofrimento.

Geralmente, a sociedade denomina o que é “normal” e “anormal”, e o ser é classificado segundo a sua orientação sexual: heterossexual ou homossexual. A primeira palavra, vem do vocábulo grego heteros, que significa “diferente” e refere-se à atração sexual entre indivíduos de sexos opostos; a segunda, do termo grego homos, = mesmo e sexus = sexo, e define-se por atração física, emocional e estética entre seres do mesmo sexo.

No século XIX, a homossexualidade foi definida como desvio sexual, tomando-se assim, dentro da sexologia, uma forma degenerada de relacionamento. Em meados do século XX a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais do Código Internacional de Doenças (CID). O fato indica-nos que, ao longo da história, a sexualidade humana foi classificada segundo os padrões culturais e sociais de cada época, em períodos que intercalam a liberalidade ao recato e privações sexuais.

O Espírito constrói sua identidade sexual de acordo com suas tendências e vivências, já o sexo biológico é escolhido segundo sua necessidade de evolução. Na questão n° 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos Espíritos: “Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num corpo de homem ou de mulher?” E a resposta é bem direta: “Isso pouco importa ao Espírito; depende das provas que ele tiver de sofrer”.

O Espiritismo derruba a antiga ideia de que os instintos e sensações do físico é que geram o uso abusivo do sexo, quando esclarece que pertencem ao Espírito imortal os vícios e tendências difíceis de vencer. “Há tendências viciosas que são evidentemente inerentes ao Espírito, pois que se ligam mais ao moral do que ao físico” (O Céu e o Inferno, Parte I, Cap. VII, A carne é fraca). Ou seja, o Espírito é que é fraco e não é a carne, ou corpo físico, a responsável pelo mau uso do sexo. “O Espírito é assim o artífice do seu próprio corpo que ele modela, apropriando-o as suas necessidades e a manifestação das suas tendências”.

A questão do sexo deve ser trabalhada pelos pais na educação de seus filhos, formando indivíduos responsáveis, responsabilidade essa que lhes evitará muitos dissabores futuros, principalmente na adolescência, evitando uma gravidez precoce.

Como diz-nos o Espírito Emmanuel: “Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo.

Conseguintemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse."

E complementa o Espírito Joanna de Angelis: “O amor se expressa como sentimento que se expande, irradiando harmonia e paz, terminando por gerar plenitude e renovação íntima. Igualmente se manifesta através das necessidades de intercambio afetivo, no qual os indivíduos se completam, permutando hormônios que relaxam o corpo e dinamizam as fontes de inspiração da alma, impulsionando-a para o progresso”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) O que é o sexo para o Espírito?

2) Por que a escolha do sexo biológico é importante para as provas que o Espírito deve passar?

3) Como devemos exercer nossa sexualidade? Como a energia criadora do sexo auxilia em nossa evolução?

Fonte da imagem: Internet Google.

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