CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

17ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

SUICÍDIO E LOUCURA

E ele (Judas), atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se (Mt, 27:5).

O suicídio e a loucura representam dois graves problemas que assolam a Humanidade. O suicídio é um atentado contra as leis divinas, pois significa a fuga das responsabilidades e dos encargos da vida; é uma forma de deserção dos compromissos assumidos antes da encarnação, tendo como consequência a anulação de uma existência, fato que, inapelavelmente, demandará um novo recomeço no futuro.

De nada adianta pôr um fim à vida, uma vez que a pessoa que assim procede, além de ter que expiar de maneira bastante penosa a transgressão cometida, terá de reencarnar, por vezes com deformidades físicas, para tentar novamente vencer as provas que a misericórdia divina lhe concedeu. A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: eles produzem, a frouxidão moral (ESE, cap. V, ítem 16).

Ao acreditar que tudo termina com a morte do corpo, o indivíduo não hesita em premeditar a fuga da vida, por julgar que isto não acarretará consequências mais graves, uma vez que tudo se dilui no nada. A loucura, por sua vez, representa, em muitos casos, a consequência de erros humanos, principalmente quanto tem por origem os vícios degradantes que afetam os sentidos, atingindo a mente, anulando a vontade, abalando a fé, solapando as convicções mais íntimas.

Em outros casos, a loucura pode ser provocada por influência de Espíritos vingativos que pretendem um ajuste de contas de vidas pretéritas. Muitos desses casos devem-se à atuação de Espíritos desencarnados que não sabem perdoar. O suicídio, assim como a loucura, pode ter como causa ainda o uso desenfreado do álcool, o que conduz à insensatez e inconsciência das atitudes.

No entanto, o indivíduo é sempre responsável pelas consequências nefastas de seus atos. O álcool não resolve as vicissitudes humanas; enganam-se aqueles que, em vez de robustecerem na fé em Deus e em si mesmos; na religiosidade, preferem refugiar-se no mundo tenebroso do alcoolismo e das drogas. A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preventivo da loucura e do suicídio (ESE, cap. V, ítem 14).

A Doutrina Espírita, em sua mensagem consoladora, ensina a enfrentar com altivez os reveses da vida, ao revestir o homem com a couraça da fé raciocinada, com a qual poderá enfrentar com galhardia as adversidades da vida. Ela mostra ainda, pelo intercâmbio com o mundo invisível, os próprios Espíritos de suicidas que revelam a situação aflitiva em que se encontram no plano espiritual, provando assim que não se viola as leis de Deus impunemente.

Numerosos argumentos tem o espírita para se opor à ideia de suicídio: a certeza de que, abreviando a sua vida, chega a um resultado completamente diferente do que esperava; que foge de um mal para cair em outro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar.

Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência (ESE, cap. V, ítem 17).

QUESTIONÁRIO:

C - SUICÍDIO E LOUCURA

1 - Quais as principais causas do suicídio e da loucura?

2 - Qual a situação dos suicidas no plano espiritual?

3 - Compare os pontos de vista do materialista e do espírita, com relação à ideia de suicídio?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 27 de setembro de 2022

17ª AULA PARTE B - CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

IDIOTISMO E LOUCURA

Há casos de Espíritos dotados de qualidades intelectuais, mas que renascem em corpos, cujos órgãos, pouco desenvolvidos ou atrofiados, limitam as suas faculdades: é o caso da idiotia e da loucura. Se uma parte ou conjunto desses órgãos forem alterados, sua ação ou suas impressões ficam interrompidas. Se ele (o Espírito) perde os olhos, fica cego; sem os ouvidos, fica surdo etc... Imagina agora se o órgão que preside aos efeitos da inteligência e da vontade for parcial ou inteiramente atacado ou modificado... O Espírito, só tendo então a seu serviço órgãos incompletos ou alterados, deve entrar numa perturbação de que, por si mesmo e no seu foro íntimo, tem perfeita consciência, mas cujo curso já não pode deter (LE, perg. 375).

São esses os casos, tanto de idiotia como de loucura, classificados pela medicina como anomalias patogênicas do cérebro, podendo ter como causa orgânica o traumatismo craniano, meningite, entre outros. No caso de idiotia, existe uma inibição do cérebro, causada por lesões ou estímulos acima de sua capacidade de absorção. 

Porém, de acordo com a Doutrina Espírita, deve-se esclarecer que as causas, tanto da idiotia quanto da loucura, vão além de questões meramente físicas patológicas. São, por princípio, o reflexo da Lei de Causa e Efeito.

Portadores de tais anomalias, esses Espíritos são aqueles que se comprometeram moralmente em vidas pretéritas e que agora sofrem as consequências de seus desvios, por absoluta impossibilidade de se manifestarem através de seus órgãos mal formados. No entanto, esses Espíritos são frequentemente mais inteligentes do que podemos imaginar. A superioridade moral não está sempre na razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito a expiar; daí resulta frequentemente para eles uma existência inferior às que já tenham vivido; que é uma causa de sofrimento (LE, perg. 373a).

Importa considerar ainda que segundo o Dr. Bezerra de Menezes, no livro "A Loucura sob novo Prisma", existem casos de desequilíbrio, sem que haja necessariamente causas materiais, ou seja, lesões nos órgãos ou no cérebro. Aqui, somente a Doutrina Espírita pode explicar, pois trata-se de atuação fluídica de Espíritos desencarnados sobre a mente do Espírito encarnado.

Esses casos caracterizam-se por uma das formas de obsessão.

QUESTIONÁRIO:

B - IDIOTISMO E LOUCURA

1 - Qual a causa espiritual da loucura?

2 - Quais as causas materiais da loucura e da idiotia?

3 - Pode haver casos de loucura sem que haja necessariamente lesões cerebrais?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

17ª AULA PARTE A - CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

INFLUÊNCIA DO ORGANISMO

RETORNO À VIDA CORPORAL

A matéria não é mais que o envoltório do Espírito, como a roupa é o envoltório do corpo. O Espírito, ao unir-se ao corpo, conserva os atributos da natureza espiritual (LE, perg. 367).

Contudo, se por um lado o exercício das faculdades depende dos órgãos que lhe servem de instrumentos, por outro lado, essas faculdades são enfraquecidas pela densidade da matéria, qual um vidro opaco que limita a irradiação da luz.

Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma. Essa manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos respectivos órgãos, como a excelência de um trabalho à excelência da ferramenta. (LE, perg. 369). 

Deste modo, para o Espírito encarnado torna-se um dever zelar pela boa preservação do corpo físico, mantendo-o a salvo de vícios ou excessos de qualquer natureza que possam restringir a liberdade de expressão do Espírito.

Por outro lado, importa considerar que não há necessariamente uma relação entre o desenvolvimento dos órgãos cerebrais e o das faculdades morais e intelectuais, pois não são os órgãos que lhe dão as faculdades, mas as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos (LE, perg. 370). 

Se as faculdades tivessem os seus princípios nos órgãos, o homem seria uma máquina, sem livre-arbítrio e sem a responsabilidade dos seus atos (LE, perg. 370a).

Efetivamente, a diversidade de aptidões entre os homens decorre das qualidades do Espírito; é assim que os gênios, sábios e artistas não o são porque o acaso lhes deu órgãos especiais, mas devido às conquistas do Espírito. Não se pode, porém, deixar de levar em conta a influência do organismo que pode entravar mais ou menos o exercício das faculdades do Espírito.

QUESTIONÁRIO:

A - INFLUÊNCIA DO ORGANISMO

1 - Qual a influência do organismo na vida do Espírito?

2 - A manifestação das faculdades do Espírito está condicionada aos órgãos físicos. Comente

3 - Existe uma relação entre o desenvolvimento do cérebro e as faculdades morais e intelectuais?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

16ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

PECADO POR PENSAMENTO E ADULTÉRIO

"Ouviste o que foi dito aos antigos: não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher cobiçando-a, já no seu coração cometeu adultério com ela" (Matheus, 5:27-28).

Esta passagem evangélica lembra o drama de uma mulher adúltera que foi salva por Jesus de um iminente apedrejamento. Ela corria descontrolada pelas ruas de Jerusalém, perseguida por homens fanáticos que desejavam cumprir uma prescrição da lei de Moisés. Ela havia sido apanhada em flagrante adultério, e a lei era sumamente severa na punição de atos desta natureza. A lei mosaica prescrevia punição rigorosa para a mulher e o homem adúlteros, muito embora, na grande maioria dos casos, somente a mulher fosse penalizada.

Os escribas e fariseus a trouxeram à presença de Jesus e disseram-lhe: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Moisés ordenou que pecados desse gênero seja punidos com o apedrejamento. Que dizeis vós?” (João, 8:3-11). Era uma situação verdadeiramente embaraçosa, pois, se Jesus dissesse: "Podem lapidá-la", estaria negando toda a finalidade de seu advento entre os homens. Por outro lado, se dissesse que ela não deveria ser apedrejada, seria acusado perante as autoridades religiosas de estar contrariando a lei mosaica, o que constituía uma grave heresia.

Em face da indagação por parte dos acusadores, Jesus respondeu:

"Aquele que se julgar sem pecados, atire a primeira pedra." Esta sentença esfriou o ânimo dos acusadores, que abandonaram o local, e a decisão final do Mestre foi uma recomendação à mulher: "Nem eu te acuso, vai e não peques mais" (ESE, cap. X, ítens 12 e 13). 

Jesus despediu a mulher sem condená-la, embora soubesse das imperfeições que dominavam os corações daqueles homens; prova disso está na atitude por eles demonstrada, quando o Mestre deu a sua resposta; sentindo seus corações cheios de sentimentos negativos, jogaram fora as pedras que estavam em suas mãos e se retiraram.

Eles eram adúlteros porque alimentavam o ódio, o rancor, a vingança e o falso zelo religioso; preocupavam-se muito em cumprir uma lei de caráter transitório, implantada por Moisés, mas deixavam de lado a prática das leis eternas e imutáveis, contidas no Decálogo. Deste modo, o adultério, nos moldes como foi exposto por Jesus Cristo, não deve ser compreendido apenas no sentido restrito da palavra ou da forma como é entendida pelos homens. Deve ser encarado com um sentido mais amplo, pois a verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, porque aquele que tem o coração livre de sentimentos escusos, nem sequer pensa no mal.

ADÚLTEROS, portanto, são todos aqueles que se entregam aos maus pensamentos em relação ao seu semelhante, não importando se conseguiram ou não realizá-los. O homem evangelizado, que jamais concebe maus pensamentos em seu íntimo, já conquistou uma posição moral mais elevada; aquele que ainda não consegue libertar-se de tais pensamentos, mas consegue repeli-los, está a caminho de alcançar uma elevação espiritual. Mas, todo aquele que se compraz em pensamentos inferiores, alimentando-os em seu coração, ainda está sob jugo de influências negativas, e são adúlteros na também acepção da palavra.

Quando Jesus asseverou que quem olhar para uma mulher, alimentando um mau pensamento em relação a ela, já cometeu adultério (ESE, cap. VIII, ítem 5), referia-se naturalmente, àqueles que se enquadram na última categoria: são todos aqueles que se comprazem com os pensamentos inferiores que aninharam em seus corações; e se não chegaram a concretizar seus propósitos, é porque certamente ainda não se lhes deparou a oportunidade desejada.

QUESTIONÁRIO:

C - PECADO POR PENSAMENTO E ADULTÉRIO

1 - O adultério, nos moldes como foi expiado por Jesus Cristo, deve ser entendido no sentido exclusivo dessa palavra, ou tem um sentido mais amplo?

2 - A quem se estende o conceito de adúltero?

3 - É condenável um mau pensamento, mesmo que não concretizado? Comente

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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

16ª AULA PARTE B - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS

As faculdades morais e intelectuais do homem são atributos do Espírito que nele está encarnado, e não do corpo físico, que apenas é o seu veículo de expressão.

Consequentemente, o homem de bem é a encarnação de um Espírito elevado enquanto que aquele que se submete às viciações próprias da matéria é porque nele habita um Espírito ainda imperfeito.

Os Espíritos não têm paixões que não sejam compartilhadas pelos encarnados, se por ventura as tivessem, certamente seriam transmitidas aos homens pelos Espíritos que aqui reencarnaram. É comum observar-se certo antagonismo entre as faculdades morais e intelectuais de um mesmo homem, criando a falsa ideia de haver mais de um Espírito nele encarnado. Esta suposição, no entanto é absurda, pois o homem não pode ter em si dois Espíritos (LE, perg. 364).

Muitos embora existam pessoas inteligentes, mas profundamente viciosas tal explicação deve-se ao fato de que o Espírito encarnado não é bastante puro, e o homem cede à influência de outros Espíritos ainda piores. (LE, perg. 365). 

O Espírito caminha sempre numa marcha ascendente; contudo, seu processo evolutivo não ocorre simultaneamente em todos os sentidos. Em determinadas etapas reencarnatórias, ele se adianta no conhecimento científico e/ou intelectual, e em outras suas qualidades morais afloram de maneira mais acentuada, até que ambos os atributos o elevem.

Assim, não tem qualquer fundamento a teoria de que as diferenças entre as faculdades morais e intelectuais venham a ser a consequência de vários Espíritos encarnados em um só corpo. 

O homem não poderia ser uma combinação de vários Espíritos, pois então perderia a sua individualidade e não haveria uma única vontade. 

Cada indivíduo somente tem nele encarnado um só Espírito; ele é o único responsável por seus atos e o único a colher os resultados bons ou maus no seu processo evolutivo, apressando-o ou dilatando-o, pois ele é senhor do seu livre-arbítrio.

QUESTIONÁRIO:

B - FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS

1 - As faculdades morais e intelectuais são atributos do Espírito ou do homem?

2 - Muitas pessoas acreditam que as faculdades morais e intelectuais são resultantes da encarnação em seu corpo de vários Espíritos. Explique

3 - Espíritos inteligentes, quando encarnados, são necessariamente mais evoluídos e, portanto, propensos à prática do bem?

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terça-feira, 13 de setembro de 2022

16ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

PRELÚDIO DO RETORNO - UNIÃO DA ALMA AO CORPO

RETORNO À VIDA CORPORAL

PRELÚDIO DO RETORNO: A uma pergunta se os Espíritos sabem em que época reencarnarão, os benfeitores espirituais esclareceram que assim como um cego pressente quando se aproxima o fogo, os Espíritos desencarnados sabem que terão que retomar um corpo, do mesmo modo que um encarnado sabe que um dia vai morrer, ignorando, no entanto, quando isso se dará.

Portanto, a reencarnação é uma necessidade imperiosa para a evolução do Espírito, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal. Não obstante, muitos Espíritos não compreendem tal necessidade, em razão do seu estado ainda inferior; neste caso, a incerteza em que se acham do futuro que os aguarda, constitui motivo de sofrimento.

Os Espíritos podem apressar o momento da reencarnação, se assim o desejarem. Do mesmo modo, podem dilatar esse tempo, recuando diante da prova que os aguarda, pois entre eles há os que são indecisos e indiferentes. Aqui cumpre esclarecer que aquele que deliberadamente prolonga seu tempo na erraticidade, será responsabilizado por isso, visto que procede como o doente que recusa o medicamento que poderá curá-lo.

Contudo, o Espírito não pode permanecer indefinidamente no estado de erraticidade; cedo ou tarde sentirá a necessidade de progredir, pois todos têm que se elevar, obedecendo aos desígnios de Deus. Ele pode escolher também o corpo, porque as imperfeições do corpo são provas que o ajudam no seu adiantamento, se ele vencer os obstáculos encontrados; mas a escolha nem sempre depende dele, que pode pedi-la (LE, per. 335).

A união do Espírito com um determinado corpo pode ser imposta, da mesma maneira que as diferentes provas, sobretudo quando o Espírito ainda não está apto a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Como expiação, o Espírito pode ser constrangido a se unir ao corpo de uma criança que, por seu nascimento e pela posição que terá no mundo, poderá tornar-se para ele um meio de castigo (LE, perg. 337).

UNIÃO DA ALMA AO CORPO: Segundo a orientação dos Espíritos, a união da alma ao corpo começa na concepção, mas não se completa senão no instante do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz. (LE, perg. 344).

O Espírito pode, via de regra, escolher o corpo no qual irá reencarnar, para que as imperfeições que este apresentar possam servir de provas que o auxiliarão no seu progresso.

Mas os laços são frágeis, porque podem ser rompidos pela vontade do Espírito, que recua ante as perspectivas da prova pela qual tem que passar. O Espírito, uma vez unido ao corpo, e não podendo mais retroceder, pode lamentar a escolha feita, mas não pode mais desistir, pois, em muitos casos, ele desconhece as provas pelas quais tem que passar.

Isto tem sido a causa de muitos Espíritos, quando encarnados, acharem que as provas escolhidas foram superiores às suas forças e recorrerem ao suicídio. No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito desfruta ainda de algumas de suas faculdades, pois a contar do instante da concepção ele começa a entrar num estado de perturbação, que se intensificará até o nascimento. Neste estado, ele experimenta uma fase quase idêntica ao sono de um Espírito encarnado.

O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção, porque representa uma transgressão à lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento (LE, perg. 358).

QUESTIONÁRIO:

A - PRELÚDIO DO RETORNO - UNIÃO DA ALMA AO CORPO

1 - Os Espíritos sabem em que momento se dará o retorno ao plano material?

2 - O Espírito pode escolher o gênero de prova pela qual terá que passar?

3 - Quando começa e quando se completa a união da alma com o corpo?

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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

15ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

PERDA DE PESSOAS AMADAS - MORTES PREMATURAS

Desde épocas imemoriais, a morte vem sendo revestida de lúgubre aspecto e entendida como um infausto acontecimento que espalha a dor e a desolação, atingindo indiscriminadamente todas as idades. 

Daí a revolta das criaturas questionando a justiça divina, por sacrificar jovens fortes, com todo um futuro de realizações pela frente.

Como explicar e compreender um Deus bom, que priva um coração amoroso da alegria de conviver ao lado de quem ama? 

Todos lamentam profundamente a partida de um ente querido, principalmente quando se trata de mortes prematuras, muitas vezes arrimo de família. No entanto, importa ao homem elevar-se para compreender que o bem está muitas vezes onde aparentemente ele só vê fatalidade; a justiça divina não pode ser dimensionada pela justiça dos homens.

Há lógica em se imaginar que Deus inflija penas cruéis por mero capricho? Se as penas surgem e são interpretadas como cruéis, é porque o entendimento restringe-se ao saber mundano. No entanto, no mundo espiritual o conceito de morte é bem diverso. Os Espíritos desencarnados encaram-na como um processo de libertação, dando a ela uma configuração diametralmente oposto àquela que lhe é dada no mundo carnal. Eles consideram a morte como um grande benefício que Deus concede ao que se vai, por evitar ocorrências muitas vezes graves e danosas, que poderiam atrasar o processo evolutivo daquele Espírito.

O Espiritismo propicia um quadro bastante diverso sobre a morte dando a ela um aspecto mais consolador. Uma das causas das angústias que se seguem, após a morte de um familiar, é a dúvida no tocante ao futuro. Entretanto, diante do princípio da reencarnação, o reencontro dos Espíritos se torna uma questão de tempo. Os Espíritos benfeitores recomendam que os homens devem sempre situar-se acima das coisas irrisórias do mundo, para compreenderem que, muitas vezes, o bem está onde se supõe existir o mal. Pois tudo o que acontece tem uma razão de ser.

Cabe ao Espírito emancipado compreender, ao invés de chorar, quando um ente amado é beneficiado pela própria providência, ao ser libertado da vida material. Não é puro egoísmo desejar que ele fique para sofrer junto dos que choram sua partida? Esta é uma concepção ególatra, típica dos que não têm fé e que veem na morte uma separação eterna.

O espírita sabe que a alma vive melhor quando liberta do corpo material, que esta separação é temporária e que ambos prosseguem enlaçados pelos mútuos pensamentos de amparo, proteção e contentamento. Sabe ainda que a revolta afeta os que se foram, porque ela de alguma forma revela não aceitação da vontade divina. 

Importa assim compreender essa realidade espiritual e cultivar harmoniosa permuta de fluidos revigorantes, através de vibrações de carinho, pedindo a Deus que abençoe os que se anteciparam na grande passagem, de modo que as lágrimas cedam lugar às aspirações de um futuro pleno de felicidade, conforme prometido pelo Senhor.

QUESTIONÁRIO:

C - PERDAS DE PESSOAS AMADAS - MORTES PREMATURAS

1 - Pode-se considerar a morte prematura como injustiça de Deus?

2 - Qual o conceito sobre a morte no mundo espiritual?

3 - Como deve o espírita comportar-se perante a desencarnação de um ente querido?

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terça-feira, 6 de setembro de 2022

15ª AULA PARTE B - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

COMEMORAÇÃO DOS MORTOS – FUNERAIS

COMEMORAÇÃO DO MORTOS. Os Espíritos ensinam que os desencarnados se sensibilizam, muito mais do que se pensa, com a lembrança dos que aqui ficaram. Essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes e se são infelizes, serve-lhes de alívio. (LE, perg. 320). 

A uma pergunta formulada aos Espíritos: se achavam mais solene ou de maior interesse a comemoração no chamado "Dia de Finados"? A resposta foi que os Espíritos atendem ao chamado do pensamento, neste dia como nos outros. Reúnem-se em maior número nesse dia, porque maior é o número de pessoas que os chamam. Mas cada um só comparece em atenção aos seus amigos, e não pela multidão dos indiferentes. (LE, perg. 321 e perg. 321a).

Se eles pudessem ser vistos, sê-lo-iam no seu aspecto natural, apresentando-se da mesma forma e com o mesmo visual pelo qual eram conhecidos em vida. As visitas feitas aos túmulos apenas manifestam o apreço pelo Espírito que está ausente; no entanto, a prece é que santifica o ato da rememoração, pois, aos Espíritos desencarnados o que alegra mais são às preces, quando são erguidas a Deus de forma fervorosa, em favor dos que partiram.

O mesmo ocorre nas inaugurações de estátuas e monumentos erigidos festivamente para homenagear grandes vultos da humanidade: há mais satisfação da parte deles pela lembrança e pelo reconhecimento das suas realizações em benefício da coletividade, do que às honras que lhes sejam tributadas, as quais não raro assistem com indiferença.

O formalismo do uso do luto não é uma forma de demonstrar lembrança, respeito ou sentimento por uma separação que muitos julgam ser definitiva, mas que o Espiritismo prova e comprova ser apenas transitória. Tudo isto é manifestado somente pela recordação que se guarda no recesso dos corações, aliás, a única forma de realmente agradar os Espíritos que nos antecederam na transição para o mundo espiritual.

FUNERAIS: Dependendo dos sentimentos emanados, os Espíritos sentem-se lisonjeados com o grande fluxo de acompanhantes ao seu enterro. Contudo, quando atingem um certo grau de evolução, despem-se de tais vaidades terrestres por compreenderem a sua futilidade. Não são raros os casos em que o Espírito assiste ao seu próprio funeral. Alguns fazem-no com plena consciência, não só pelo seu grau evolutivo, como também por já terem tomado contato com o assunto previamente, qual ocorre com os espíritas. Outros, por desconhecimento, e por alimentarem ainda sérios interesses e preocupações materiais, pouco ou nada entendem do que se passa.

Apesar da preferência manifesta por certas pessoas de serem enterradas em determinado local ao invés de outro, os Espíritos mais elevados reconhecem não ser um local mais valioso do que outro. Sabe ele que sua alma sempre estará unida aos que ama, mesmo que suas vestes materiais estejam distantes. O respeito pelos mortos não é apenas um costume, como se vê; é um dever de fraternidade, que a consciência conserva e para o qual nos alerta. Por pior que tenha sido o morto, não temos o direito de aumentar-lhe o suplício com as nossas vibrações agressivas.

A caridade nos manda esquecer o mal e lembrar o bem, pois só assim ajudaremos o Espírito desencarnado a superar as suas falhas e esforçar-se para evoluir. Pensando e falando mal dele, só podemos prejudicá-lo e até mesmo voltá-lo contra nós.

QUESTIONÁRIO:

B - COMEMORAÇÃO DOS MORTOS - FUNERAIS

1 - Os Espíritos desencarnados dão muito apreço ao chamado Dia dos Finados ou Dia dos Mortos?

2 - É necessário ir aos cemitérios a fim de demonstrar consideração e estima pelos desencarnados?

3 - Os Espíritos que foram esquecidos, cujos túmulos ninguém visita, sentem-se desprezados por isso?

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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

15ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

LEMBRANÇA DA EXISTÊNCIA CORPÓREA

VIDA ESPÍRITA

As condições dos Espíritos e as maneiras como veem as coisas variam sensivelmente, tudo guardando relação com os graus de elevação que tenham atingido, tanto no sentido moral como no intelectual. Os Espíritos de ordem elevada só por um tempo relativamente curto se aproximam do plano material. Tudo aquilo que observam, inclusive as coisas às quais os homens dão tamanha importância, é mesquinho aos seus olhos, face às grandezas do infinito.

Desta forma, eles não sentem qualquer atrativo para com as coisas da matéria, a não ser em casos que tenham por objetivo ajudar o progresso da humanidade.

Os Espíritos de elevação mediana são os que mais frequentemente vêm ao plano material; porém, consideram as coisas de um ponto de vista diferente do que quando encarnados, uma vez que veem por um ângulo de maior elevação.

Os Espíritos vulgares são os que mais se comprazem com as coisas triviais do mundo material e constituem o aglomerado de Espíritos que formam a população invisível do planeta, uma vez que conservam os mesmos gostos e tendências que tinham quando no corpo carnal. Eles também tomam parte nas atividades mais comuns, inclusive nos divertimentos e nas práticas que fazem a alegria dos homens. Dentre estes se contam os que se comprazem com as paixões, vícios e más tendências humanas, embora entre eles também estejam muitos Espíritos de maior seriedade, cujo objetivo é se instruírem e se aperfeiçoarem, procurando dar um passo maior na senda do progresso.

Os Espíritos lembram-se das existências vividas no mundo corpóreo, e muitas vezes ao fazerem a avaliação dos erros cometidos, lamentam-se amargamente dos deslizes, assim como o homem que, atingindo a idade da razão, ri das suas loucuras da juventude, ou das puerilidades da sua infância (LE, perg. 304). 

A lembrança da existência corporal apresenta-se ao Espírito desencarnado de forma paulatina, assim como se fosse uma imagem que emerge gradualmente de uma névoa, à medida que nela fixa sua atenção. 

Não se importa em relembrar detalhes e circunstâncias de menor importância.

A lembrança das vidas pregressas surge dependendo de ser ela útil ou não ao seu esclarecimento e à sua libertação, ou seja: ocorre na razão da influência que tenha sobre o estado presente. A vida passada surge no âmago do Espírito desencarnado como consequência de um esforço de imaginação, ou como um quadro que indelevelmente se apresenta à vista. Os atos que mais interessa lembrar permanecem mais vivos em sua tela mental, o que não ocorre com acontecimentos irrisórios que permanecem vagos e esquecidos.

A despreocupação das coisas materiais está na razão direta da elevação espiritual do desencarnado. Por essa razão é muito frequente, ao interrogar-se um Espírito desencarnado, observar-se nele uma certa dificuldade de lembrar-se de nomes e de outros fatores menos relevantes; recorda-se com mais facilidade, isto sim, dos fatos que contribuíram para a sua evolução.

Todo o seu passado se desenrola diante dele, como as etapas de um caminho que o viajante percorreu. Mas, como já dissemos, ele não se lembra, de maneira absoluta, de todos os atos, recordando-os apenas na razão da influência que tenham sobre o seu estado presente. 

Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como a infância do Espírito, perdem-se no vazio e desaparecem na noite do esquecimento (LE, perg. 308).

O Espírito considera o corpo que deixou no plano material como uma veste imprópria que o embaraçava em suas manifestações. O que agora mais o sensibiliza é a lembrança que dele tenham aqueles que ficaram no mundo físico, enquanto que as questões materiais que lhe tenham pertencido pouco apreço merecem. Lembra-se dos sofrimentos que experimentara na vida corporal e isto o faz compreender a felicidade de que pode desfrutar quando alcançar mundos mais elevados.

Aquele que tenha início a um trabalho sem conseguir terminá-lo, trata de influenciar outros Espíritos encarnados a que o finalizem. Se tinha, quando encarnado, o objetivo de propiciar um bem-estar à humanidade, ele continua a ser animado do mesmo propósito, procurando um continuador que possa dar prosseguimento a esse algo que tenha iniciado.

As ideias dos Espíritos muito se modificam na vida espiritual; sofrem modificações muito grandes, à medida que o Espírito se desmaterializa. Ele pode, às vezes, permanecer muito tempo com as mesmas ideais, mas pouco a pouco a influência da matéria diminui e ele vê as coisas mais claramente. É então que procura os meios de se melhorar. (LE, perg. 318).

QUESTIONÁRIO:

A - LEMBRANÇA DA EXISTÊNCIA CORPÓREA

1 - Qual a relação dos Espíritos das várias hierarquias, com relação ao mundo material?

2 - Os Espíritos lembram-se das existências vividas no mundo material?

3 - Qual o comportamento do Espírito que vê interrompida sua tarefa quando encarnado?

Fonte da imagem: Internet Google.