A REFORMA ÍNTIMA
Deus criou
todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada
um deles uma missão, com o fim de esclarecê-los e progressivamente conduzi-los
à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para que se aproximassem Dele.
Chegando à perfeição, encontram a felicidade suprema.
Kardec
pergunta aos Espíritos na questão 967 de O Livro dos Espíritos, no que consiste
a felicidade dos bons Espíritos e a resposta é objetiva: “Em conhecer todas as
coisas; não ter ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das
paixões que fazem a infelicidade dos homens”. Pelo livre-arbítrio, cada um de
nós segue o caminho do bem ou do mal, instruindo-nos através das lutas e tribulações
da vida corporal. Em nossas muitas encarnações temos a oportunidade de melhoria
progressiva.
Seguindo a
lei natural - a lei de Deus - o homem torna-se feliz. Quando desejamos saber
qual é a verdadeira Lei de Deus, os Espíritos dizem-nos que ela está escrita em
nossa consciência (L.E, questão 621). E, quando queremos acertar, Deus
ofereceu-nos o modelo mais perfeito para nos servir de guia: Jesus.
Jesus
ensinou-nos pelo seu exemplo e pelas suas máximas; os Espíritos, por sua vez,
vieram esclarecer os ensinamentos de Jesus necessários para o nosso
aprimoramento.
O Espírito
da Verdade diz-nos: “Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento; instrui-vos,
eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo”.
Para que
possamos atingir tal objetivo, é preciso educar o Espírito a luz dos
ensinamentos do Cristo - transformarmo-nos no “homem novo” em substituição ao
“homem velho” do passado. Conseguimos isso vencendo nossos defeitos e vícios, e
ganhando qualidades e virtudes. Aos poucos, sentiremos os efeitos dessa transformação
em nossos sentimentos, pensamentos e atos.
Jesus
ofereceu-nos inúmeras lições. No Sermão do Monte dá-nos uma lição de amor por
meio das bem-aventuranças, para que nos aproximemos de Deus e sejamos
consolados. Aprendemos que necessitamos conquistar virtudes, como a mansuetude,
a caridade, a benevolência e o pacifismo; e que devemos buscar a paz interior,
conquista do Espírito, através da oração e da vigilância dos nossos
pensamentos.
Em virtude
de nosso atraso moral afastamo-nos gradativamente das Leis Divinas, que
deveriam nortear as nossas vidas. É importante sabermos, a partir do momento em
que iniciamos a nossa Reforma Íntima, que a nossa felicidade de hoje será
sempre proporcional ao nosso esforço de renovação - e pelo bem que semearmos como
consequência das virtudes adquiridas.
Não se pode
entender o termo Reforma Íntima separado de sua verdadeira significação, da
qual não podemos fugir: a da transformação moral. Como nos disse Jesus:
"Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo tira
parte do vestido e fica maior a rotura.” (Mateus, 9:16). Não remendamos o que
está velho; buscamos o tecido novo, mais resistente e duradouro.
Devemos
buscar os valores espirituais, a progressão espiritual, única finalidade dos
seres em todos os níveis e em todos os mundos.
Espiritualização
é a exteriorização, o vir a tona da centelha Divina, do nosso Eu interior no
esforço de sintonizarmo-nos com a vibração Divina universal, que é a harmonia,
luz, amor, equilíbrio; é sobrepormo-nos ao homem material e aos valores
materiais.
Diz-nos o
Espírito Emmanuel: “Todos somos doentes pedindo alta”; a caminhada é longa,
muitas vezes encontraremos obstáculos, porém, Jesus é claro quanto ao convite
para a renovação: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é
apto para o reino de Deus.” (Lucas, 9:62)
É um esforço
de milênios, foram inúmeras as encarnações em que não atingimos tal objetivo;
mas o Evangelho sempre nos oferece um poderoso auxilio para a espiritualização,
desde que seja compreendido, interpretado e vivido na essência de sua
significação e do seu poder redentor.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Que é
Reforma Íntima?
2) O que
significa a transformação moral? Quais virtudes devemos conquistar?
3) Qual a
contribuição do Evangelho de Jesus para que vençamos os nossos defeitos morais?
BIBLIOGRAFIA
- Kardec,
Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
Fonte da imagem: Internet Google.