DEUS E AS TRÊS REVELAÇÕES
A primeira
questão de “O Livro dos Espíritos” expressa um dos grandes questionamentos da
humanidade: o que é Deus?
Desde sua
criação o homem sente, dentro de si mesmo, que há um Criador. A frase de Léon
Denis explica bem tal sentimento ao afirmar que: “Há coisas, que de tão
profundas, só se sentem, não se descrevem".
Os Espíritos
nos revelam que encontraremos Deus onde a ciência dos homens ainda não alcança.
“Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo aquilo que não é obra do
homem e a vossa razão vos responderá”.
Ao
observarmos a criação Divina, verificamos a grande harmonia do Universo, numa
interação pensada e dirigida, produto de uma Inteligência sábia, onde tudo é
elaborado de maneira minuciosa e perfeita. Kardec explica: “As obras ditas da
natureza são produto de forças materiais que agem mecanicamente, como
consequência das leis de atração e de repulsão, mas são empregadas, distribuídas,
apropriadas para as necessidades de cada coisa, por uma inteligência que não é
dos homens”.
Deus sempre
será Deus, pois é Eterno. Suas leis também sempre são as mesmas, pois são
naturais; o que muda, através dos tempos, é a maneira como o homem consegue
concebê-Lo.
Sempre
trouxemos dentro de nós o sentimento de adoração, pois trazemos a marca do
Criador. Essa marca está gravada em nossa consciência o que nos traz a intuição
de um Ser Superior - é uma consciência universal, pois encontramos tal crença
em todos os povos.
No caminho
percorrido pela humanidade na busca por essa força ou Ser Superior, vemos que a
concepção de Deus muda conforme a nossa evolução. Enquanto primitivos, alguns
povos entendiam que as forças da natureza eram governadas por vários deuses.
Quanto a isso, explicam-nos os Espíritos: “A palavra deus tinha, entre os antigos,
acepção muito ampla. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser
existente fora das condições da Humanidade.”
Mais tarde,
incapazes ainda de compreender a essência Divina, personificamos Deus a nossa
imagem e semelhança. Dessa maneira, Deus ganhou características humanas e
imperfeitas, como a crueldade, vingança, ira etc.
Nesta
trajetória, temos a primeira revelação com Moisés, o que representou um grande
avanço para os homens da época. O Deus de Moisés é forte e poderoso e Lhe
revelou os Dez Mandamentos, um código de conduta moral para um povo turbulento
e indisciplinado. Contudo, o Deus revelado por Moisés ainda é duro e parcial.
Tal
concepção muda com Jesus, que mostra-nos Deus não mais como o Ser vingativo,
mas o Pai, o Criador que auxilia a Sua criação emanando amor, base de suas leis
universais que regem a tudo.
A terceira
revelação, trazida pelo Espiritismo, resgata os ensinamentos de Cristo e
explicando-nos de onde viemos, para onde vamos e por que estamos na Terra.
Ao contrário
das duas primeiras revelações, centralizadas em duas figuras - Moisés e Jesus -
a Doutrina Espírita é fruto da comunicação de vários Espíritos, universalizando
o seu ensino. “Deus quis que a nova revelação chegasse aos homens por um meio
mais rápido e mais autêntico. Eis porque encarregou os Espíritos de a levarem
de um polo a outro, manifestando-se por toda a parte, sem dar a ninguém o privilégio
exclusivo de ouvir a sua palavra”, esclarece-nos Kardec.
Os Espíritos
nos revelam que Deus é “a inteligência suprema, causa primária de todas as
coisas" e os seus atributos são: eterno, único, imutável, imaterial e
soberanamente justo e bom. Deus, dentro de Sua misericórdia e amor, nos assiste
sempre. E quanto mais desenvolvemos conquistas espirituais e libertamo-nos da
matéria, mais nos aproximamos de Deus. O que nos resta, por hora, é a urgência
de fazer com que Deus exista dentro de nossos corações, que se reflita em
nossas atitudes, pensamentos e palavras.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO
1) Onde
podemos encontrar Deus?
2) No que
Jesus se diferencia de Moisés na apresentação de Deus?
3) Qual a
definição de Deus na Doutrina Espírita?
Fonte da imagem: Internet Google.
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