A LEI DE AMOR
O Espírito
Lázaro diz-nos em comunicação em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “O amor
resume toda a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os
sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu
ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem
sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte
do sentimento.” (Cap. XI, item 8)
Mais
adiante, na mesma mensagem, Lázaro esclarece que esse amor não é aquele que
conhecemos na nossa atual fase de evolução, mas sim aquele “sol interior que
reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas revelações
sobre-humanas”. Ou seja, não é o amor apego, que muitas vezes vem em forma de
egoísmo e que, equivocado, cega-nos e nos dirige mal.
Dizem os
Espíritos a Allan Kardec em O Livro dos Espíritos: “As paixões são como um
cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa. Reconhecei, pois,
que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e
quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro.” (Questão 908).
Para que
possamos ter uma ideia de como o amor é representado em sua maior expressão é
só observarmos a Criação Divina, que abrange todos os seres.
Os germens
desse amor Divino encontram-se dentro de todos nós, como filhos que somos de
Deus, mesmo que ainda distanciados desse amor verdadeiro, ainda repletos de
sensações.
O Espírito
Emmanuel elucida que o nosso trabalho de iluminação interior “deve começar com
o autodomínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o
trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões”.
Jesus, há
tanto tempo, ensinando-nos a regra mestra do amor, aconselhou: “E assim, tudo o
que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles. Porque esta é a
lei e os profetas.” (Mateus, 7:12) (E.S.E, Cap. XI, Item 2)
Vencendo a
nossa própria inferioridade, no auxílio ao próximo, no estudo edificante, no
dever bem cumprido, certamente, estaremos caminhando em direção ao amor a que
Lázaro se refere.
Certamente
que muitos pessimistas não acreditam na verdadeira destinação do homem rumo à
perfeição.
Contra esse
pensamento, esclarece-nos o Espírito Fénelon em um hino à esperança: “Não acrediteis
na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado,
ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá resistir e o seu contato
vivifica e fecunda os germens dessa virtude, que estão latentes em vossos
corações.” (E.S.E, Cap. XI, Item 9)
Caminhando
em busca da transformação do nosso eu interior, encontramos dificuldades, mas
que, com boa vontade, serão vencidas.
E somente
amando é que conseguiremos superar os nossos erros. Lembremos da bela passagem
do Evangelho em que Jesus, estando na casa do fariseu Simão, teve seus pés
lavados pelas lágrimas e enxugados pelos cabelos de Maria de Magdala, mulher
considerada pecadora. Ao ver a devoção dela, que beijava-lhe ainda os pés, o Mestre
disse: “Perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou.”
(Lucas, 7:47)
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO
1) O que é o
verdadeiro amor?
2) Como
superarmos as paixões e sensações que ainda carregamos?
3) Como
poderemos sentir esse amor verdadeiro a que a lição se refere?
BIBLIOGRAFIA
- Kardec,
Allan - A Gênese – Ed. F EESP.
- Kardec,
Allan - O Livro dos Espíritos – Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo – Ed. FEESP.
- LISSO,
Wlademir - Doação de Órgãos e Transplantes – Ed. FEESP.
- XAVIER,
F.C. O Consolador. 15.ed. Brasília - FEB, 1991, Questão 230, p. 138.
Fonte da imagem: Internet Google.
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