O ESPIRITISMO COMO CONSOLADOR PROMETIDO
Próximo de
partir para a espiritualidade, Jesus promete a seus discípulos que lhes
enviaria um outro Consolador, o Espírito da Verdade, o Paráclito, que haveria
de ensinar todas as coisas e lembrar o que ele dissera. (Jo, 14:15-17 e 26;
16:7-14)
No tempo
determinado, o Espiritismo veio cumprir a promessa do Divino Mestre, revelando
ao homem as leis que regem os fenômenos antes tidos como sobrenaturais ou
milagrosos.
O
Espiritismo, ou o Consolador Prometido, surge no horizonte terrestre em meados
do sec. XIX como a Terceira Revelação. No século 12 a.C. Moises trouxe para a
Humanidade a Primeira Revelação, materializando a ideia do Deus único; após
Moisés veio o Cristo, encarnando a Segunda Revelação.
A Doutrina
dos Espíritos, como a Terceira Revelação, é o Cristianismo Redivivo.
Em
comunicação em O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Espírito da Verdade, que
apresentou-se a Kardec como seu guia espiritual e que o orientou na confecção
das obras da codificação (Obras Póstumas, 2ª parte, Meu guia espiritual), diz:
“O Espiritismo deve lembrar aos incrédulos que acima deles reina a verdade
imutável o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as
ondas”.
A revelação
espírita possui um duplo caráter, visto que participa, ao mesmo tempo, da
revelação divina e da revelação cientifica, as duas vias que levam o homem ao
verdadeiro conhecimento. Nas palavras de Allan Kardec, “o que caracteriza a
revelação espírita é que a fonte dela é divina, a iniciativa pertence aos Espíritos,
e a sua elaboração é a ação do trabalho do homem”.
O
Espiritismo, então, parte das próprias palavras do Cristo (da mesma forma que o
Mestre muitas vezes remeteu seus discípulos as palavras de Moisés), sendo uma consequência
direta da doutrina cristã. A ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação
da existência do mundo invisível que nos cerca e que povoa o espaço infinito.
Define os
laços que unem o Espírito ao corpo. Fundamenta-se no princípio da reencarnação.
Estabelece as consequências morais da conduta humana frente às Leis Divinas.
Como uma
doutrina de conhecimento, o Espiritismo chega no momento em que a humanidade
está melhor preparada e a ciência encontra-se organizada, pronta para dar
sustentação ao fenômeno espírita pois, sem ela, a doutrina espírita ficaria sem
apoio e exame. Se tivesse surgido antes das descobertas cientificas dos séculos
XVII e XVIII, a ação da espiritualidade fatalmente estaria condenada ao fracasso.
A doutrina
consoladora mostra ao homem que a causa dos seus sofrimentos, muitas vezes, está
em existências anteriores; que a Terra, no seu atual estágio, é um mundo de
expiação e provas; que Deus, soberanamente Justo e Bom, a ninguém castiga, de sorte
que as aflições vividas pela criatura humana conduzem a cura dos seus males,
assegurando-lhe a felicidade nas existências futuras.
Por essa
razão o Espiritismo, em seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia e Religião,
responde aos mais diversos questionamentos humanos, fazendo o homem compreender
de onde vem, para onde vai e o que está fazendo na Terra. Enfim, revela a sua
natureza, a sua origem e a sua destinação, preparando-o para viver melhor.
Finalmente,
tira de sob o véu o conceito mais avançado de Deus: Inteligência suprema e
causa primária de todas as coisas. Esclarece que não podemos conhecer a
natureza intima de Deus, mas aponta alguns de seus principais atributos que nos
mostram sua justiça e sua bondade presentes em toda a Criação.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Por que o
Espiritismo é o Consolador Prometido?
2) O que
caracteriza a revelação espírita?
3) O
Espiritismo surgiu na época certa? Por que?
BIBLIOGRAFIA
- KARDEC, A.
O Evangelho Segundo o Espiritismo. 9. ed., São Paulo: FEESP. 1993. Cap. XIX, Item
7, p.242.
Fonte da imagem: Internet Google.
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