FIXAÇÃO MENTAL
Mecanismo
da Fixação Mental
Dramas do Espírito - Mecanismo da Mente
Humana
O homem é
responsável pelo seu pensamento perante Deus, e somente Deus podendo
conhecê-lo, aplica-lhe a pena ou absolve-o, segundo a sua justiça. (LE-834).
“Pensar é
criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no Campo
dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo
intimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou
extinção”. (“Pão Nosso” - Emmanuel, lição 15).
A fixação
mental é o estado em que se encontra o Espírito, encarnado ou desencarnado em
decorrência de um acontecimento, e cujo organismo psíquico se acha dominado por
uma ideia da qual não consegue se desvencilhar. A criatura afetada pela
fixação, “não se interessa por outro assunto a não ser o da própria dor. Isola-se
do mundo externo, vibrando tão somente ao redor do desequilíbrio oculto em que
se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera
desvairada de si mesma”.
O mecanismo da fixação mental
“Os
sofrimentos são o resultado dos laços que ainda existem entre o Espírito e a
matéria. Quanto mais ele estiver desligado da influência da matéria, quanto
mais desmaterializado, menos sensação penosa sofrerá. Que dome as suas paixões
animais: que não tenha ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não se
deixe dominar pelo egoísmo; que purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que
pratique o bem; que não dê as coisas deste mundo senão a importância que elas
merecem; e, então, mesmo sob o seu envoltório corpóreo, já se terá purificado,
desprendido da matéria, e quando o deixar, não sofrerá mais a sua influência”
(L.E., 257).
“Toda falta
cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser ressarcida;
se não o forem em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque
todas as existências são solidárias entre si”. A situação do Espírito, no mundo
espiritual, não é outra senão por si mesmo preparada na vida corpórea. (A.Kardec
- O Céu e o Inferno, Cap. VII, 1a Parte - Código penal da vida futura, itens 9o
e 28°).
Quando o
Espírito que reconhece sua culpa se fixa mentalmente no ato que cometeu, passa
a emitir pensamentos de remorso que é um sentimento destruidor. A ideia fixa
pode durar séculos e até milênios, estagnando a vida mental no tempo.
Hilário,
companheiro do Espírito André Luiz, com dificuldade para penetrar os enigmas da
cristalização da alma em torno de certas situações e sentimentos, faz as
seguintes perguntas ao Assistente Aulus:
- Como pode
a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o
tempo para ela não caminhasse?
- E o
problema da imobilização da alma?
O interpelado
ouviu com atenção e prosseguiu explicando conforme se observa no Capitulo 25 do
livro: “Nos Domínios da Mediunidade”
Encontramos
no livro O Céu e o Inferno 2ª Parte (Exemplos), depoimentos de Espíritos como o
do avarento identificado por François Riquier que se fixou na busca de seu
dinheiro - (Cap. IV “Espíritos Sofredores”) ou o do Espírito Castelnaudary,
condenado a morar na casa onde cometeu seus crimes (Cap. VI - “Criminosos Arrependidos”).
Dramas do Espírito
Na
erraticidade, “numerosos Espíritos ai flutuam indecisos entre o justo e o
injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão
sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre a procura de uma
benevolência, de uma simpatia que podem encontrar”.
O Espírito
sofre as consequências naturais de seus atos, que recaindo sobre ele próprio, o
glorificam ou acabrunham. O ser padece na vida de além-túmulo não só pelo mal
que fez, mas também por sua inação e fraqueza. (Léon Denis - Depois da Morte,
Caps. XXXIV e XXXVI)
André Luiz
em Obreiros da Vida Eterna, Cap. VIII (Treva e sofrimento) comenta a pregação
de Hipólito no momento que ele diz: “O estacionamento, após esforço destrutivo,
estabelece clima propicio aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a
mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de
padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias
íntimas. De um lado, a falência gritante; do Outro, o desafio da vida eterna”.
Mecanismo da mente humana
“A mente é a
casa do Espírito. Como acontece a vivenda, ela possui muitos compartimentos com
serventia para atividades diversas. Às vezes, sobrecarregarmos as dependências
de nosso lar interior com ideias positivamente inadequadas as nossas
necessidades”. (“Alma e Coração” - Emmanuel/F.C.Xavier).
“Cada mente
é como se fora um mundo por si, respirando nas ondas criativas que despede - ou
na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme
os próprios desejos sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria”. O
pensamento age e reage carreando para o emissor todas as fecundações, felizes
ou infelizes que arremessa de si próprio, a determinar para cada criatura os
estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se
afeiçoe. Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu
instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros. (Mecanismos da
Mediunidade - A. Luiz, Caps. XVII e XXIV).
Nos Domínios
da Mediunidade diz Aulus: Quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta
da angustia, a ideia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental,
levando-nos a fixação.
André Luiz,
no cap. XVI de Evolução em Dois Mundos, falando do mecanismo da mente explica:
Alma e corpo assemelham-se ao musicista e seu instrumento. Conjugam-se um com o
outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. A alma é direção e o
corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da
plantação que realizou, e de seu próprio comportamento retira o bem ou o mal
que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo.
O Espírito
não pode esquecer a sublimação de si mesmo, que é a mais alta vitória no
processo de regeneração.
Não deve
também cultivar os sentimentos negativos de culpa e remorso que poderia levá-lo
a um estado de fixação mental. Arrepender-se da prática danosa e perseguir a
reparação é o remédio. Por estas razões é que o apóstolo Paulo adverte aos
cristãos de Filipos: “uma coisa faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando
para o que está adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do
alto, que vem de Deus em Cristo Jesus” (Epístola aos Filipenses, 3:13).
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos: pergs. 229, 257, 834, 965 a 972-a
XAVIER, Francisco
Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade; Cap.25
XAVIER,
Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Mecanismos da
Mediunidade: Caps. XVII e XXIV
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVI
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV
item 16
KARDEC, Allan. O Céu e o
Inferno: Caps. IV (Espíritos Sofredores) e VI (Criminosos Arrependidos)
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Lição 15
DENIS, Leon.
Depois da Morte: Caps. XXXIV e XXXVI
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Obreiros da Vida Eterna
A Bíblia de
Jerusalém. Epístola aos Filipenses: cap. 3, versículo 13
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 11 (Tua Mente)
Fonte da
imagem: Internet Google.
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