CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

5ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O ESPIRITISMO EM SEU TRÍPLICE ASPECTO

O Espiritismo surgiu oficialmente em 18 de abril de 1857, com a primeira edição de O Livro dos Espíritos, que viria a alterar muitos dos conceitos até então vigentes, com relação a Deus, a imortalidade da alma; a reencarnação, a comunicação com os mortos e, principalmente, ao mundo dos Espíritos.

“Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo em novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética e, estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação”, escreveu José Herculano Pires, o mais celebrado dos seus tradutores.

Como síntese de todo o conhecimento humano, a Doutrina dos Espíritos é estruturada em O Livro dos Espíritos para a análise da razão sob a forma de ciência, filosofia e religião. Esses três aspectos foram convenientemente distribuídos no conjunto de perguntas e respostas do notável Livro. Ademais, no encerramento dos “Prolegômenos” podemos ver o nome de Espíritos Veneráveis que ditaram as respostas e comandaram a realização do livro e, enquanto encamados na Terra, foram expoentes da filosofia, da ciência e da religião.

Em seus princípios, o Espiritismo é filosofia, com raízes na própria tradição filosófica (a partir das escolas gregas).

Essa é a razão pela qual Sócrates e Platão figuram na Codificação como precursores do Cristianismo e, por conseguinte, do Espiritismo. O Livro dos Espíritos fora até mesmo escrito na forma dos diálogos de Platão: perguntas e respostas. E, ao final da obra, nas suas “Conclusões”, Kardec analisa a doutrina e afirma: “Sua força está na sua filosofia, no apelo que faz a razão e ao bom senso.” (Item VI). Contudo, o Espiritismo não é só filosofia.

No “Preâmbulo” do livro “O que é o Espiritismo”, Kardec afirma: “O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.” E conclui, definindo com precisão: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”

Devemos recordar que o Espiritismo surgiu primeiro como ciência, que é o seu outro aspecto. Contudo, a ciência espírita difere da ciência materialista, rompendo definitivamente com a barreira de pressupostos para firmar em bases lógicas e experimentais seus princípios.

Princípios esses revelados aos homens por meio de provas irrecusáveis: a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo.

A ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral; outra, filosófica, sobre as manifestações inteligentes (LE, “Introdução”, item XVII). Ambos os casos apresentam como base do conhecimento a fenomenologia mediúnica, coroada pelo ensinamento dado pelos Espíritos, que nos revelam as leis naturais. É representada, no Espiritismo, por O Livro dos Médiuns e A Gênese.

Finalmente, como terceiro aspecto da Doutrina, fechando o Triangulo de Forças Espirituais a que se referiu Emmanuel em O Consolador (Definição), surge o aspecto religioso que Kardec deixou para o final de sua missão.

E representado no Espiritismo por O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Nesse aspecto, porém, o Espiritismo é muito diferente das religiões tradicionais, visto ser desprovido de rituais, sacramentos, idolatria, paramentos, mitos e quaisquer cultos exteriores. A doutrina espírita, por isso, como religião que efetivamente é, surge do exercício da razão; daí a ideia da fé raciocinada, “que se apoia nos fatos e na lógica e não deixa nenhuma obscuridade: crê-se porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu.” Não se trata de uma religião, com uma série de rituais, mas que “repousa a sua grandeza divina por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza de seu imenso futuro espiritual”, nas sábias palavras do Espírito Emmanuel.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Onde encontrar as raízes da Filosofia Espírita?

2) Quais são as partes da Ciência Espírita?

3) Como se caracteriza a fé na Religião Espírita?

Fonte da imagem: Internet Google.

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