COMPROMISSO AFETIVO - CASAMENTO E DIVÓRCIO
Espíritos
imortais, já tendo passado por inúmeras encarnações e adquirido compromissos
perante outras criaturas, é mister analisarmos, em primeiro lugar, o dever
quando falamos em compromisso afetivo.
Diz-nos o
Espírito Lazaro que “o dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a
felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não
desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos”.
De acordo
com o preceito de Jesus que nos recomenda amar ao nosso próximo, certamente,
toda vez que infligimos a Lei de Amor, sentimos a repercussão do abuso em nossa
consciência. Respeitar o sentimento do outro, portanto, é fundamental para o
nosso próprio equilíbrio emocional.
E o mais
importante compromisso afetivo que experimentamos é o casamento.
O casamento
é uma instituição Divina, inserida na Lei de Reprodução e fundada na união
conjugal, para que se opere a renovação e a espiritualização dos seres. Implica
no “regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no
Campo da assistência mútua", como bem define o Espírito Emmanuel.
Segundo
Kardec, na questão 696 do L.E, “o casamento é um dos primeiros atos de
progresso nas sociedades humanas porque estabelece a solidariedade fraterna e
se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições”.
A despeito
da chamada “crise do casamento” moderna, abolir o casamento significaria um
retrocesso, pois até mesmo entre os animais encontramos uniões que são
duradouras e estáveis. A união sexual livre e casual reflete o estado primitivo
da natureza e, quando a praticamos, é como se vivêssemos ainda no estado de
barbárie.
O aspecto da lei
A união pelo
casamento pertence às Leis Divinas, imutáveis e perfeitas, que estabelecem a
perpetuação da espécie pela reprodução e evolução dos seres. No verdadeiro
casamento predomina a Lei do Amor, exclusivamente de caráter moral, que paira
acima das condições eminentemente físicas do casamento.
Em relação à
lei humana, ou civil, “não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois
países em que elas sejam absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas
não tenham sofrido modificações através dos tempos. Resulta desse fato que,
perante a lei civil o que é legítimo num país em certa época, torna-se
adultério noutro pais e noutro tempo.”
Pela Lei
Divina, as criaturas não se unem apenas pelos laços materiais, mas também pelos
da alma, a fim de que essa afeição facilite a missão de educar os filhos,
fazendo-os progredir. “Imperioso, porém”, diz Emmanuel, “que a ligação se
baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser
humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer
desconsideração entre si”.
Laço
importante que nos impulsiona para a evolução, o casamento, quando mal
direcionado, pode realizar-se por conta de interesses materiais; mas também,
quando feliz, pode ser por afinidade, seja ela de natureza espiritual,
intelectual ou cultural. Na maioria dos casamentos terrenos, porém, ainda
predominam as uniões de resgates e de oportunidades de evolução, precedidos de
cuidadosa programação para que a união seja bem sucedida, seja em relação aos
cônjuges, aos filhos ou a parentela.
Entre os
aspectos fundamentais do casamento, há que se considerar:
a) a
família, em que cada individualidade devera exercitar com dedicação a
paternidade e a maternidade;
b) o namoro,
época do “suave encantamento” a que refere-se Emmanuel, em que tudo é tolerado;
c) o
ambiente doméstico, escola viva da alma, onde as criaturas matriculam-se para o
aprendizado comum, para os reajustes e o crescimento;
d) a energia
sexual, que se apresenta como recurso da lei de atração, para unir os Espíritos
em torno da oportunidade de autodescobrimento e de reajuste;
e) a
necessidade do reencontro, para o acerto perante as Leis Divinas, devido às
responsabilidades esposadas em comum.
Por tudo
isso, observa-se que os cultos religiosos não são senão exterioridades, elementos
transitórios da vida em comum, compreensíveis em épocas mais recuadas, porém
sem nenhuma utilidade prática para a vida espiritual.
Na doutrina
espírita não se realizam casamentos, da mesma forma que não se ministram
batismos ou quaisquer sacramentos, pois no Espiritismo não há ritual de nenhuma
espécie.
Divórcio
Quando
Kardec perguntou aos Espíritos acerca da indissolubilidade absoluta do
casamento, eles responderam que segundo o ponto de vista material, “é uma lei
humana muito contraria a lei natural” (LE Questão 697). Em outra questão,
complementando tal entendimento, sentenciaram: “em primeiro lugar as vossas
leis são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que
vos desagradam?” (LE questão 940).
Jesus também
não condenava objetivamente o divórcio, mas enfatizava que muitas coisas
ocorriam devido à dureza dos nossos corações. Embora não seja contrário as Leis
de Deus, o divórcio não deve ser estimulado – ele interrompe o processo de
harmonização entre as criaturas, transferindo o compromisso e a solução dos problemas
comuns para reencarnações posteriores. Trata-se de uma dolorosa cirurgia
psíquica, somente admissível em casos extremos, quando se constituir em um mal
menor.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Qual a
importância do compromisso afetivo Segundo o Espiritismo?
2) Por que o
casamento se insere na Lei Divina?
3) Como
entender o divórcio?
Fonte da imagem: Internet Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário