CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

7ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


COMPROMISSO AFETIVO - CASAMENTO E DIVÓRCIO

Espíritos imortais, já tendo passado por inúmeras encarnações e adquirido compromissos perante outras criaturas, é mister analisarmos, em primeiro lugar, o dever quando falamos em compromisso afetivo.

Diz-nos o Espírito Lazaro que “o dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos”.

De acordo com o preceito de Jesus que nos recomenda amar ao nosso próximo, certamente, toda vez que infligimos a Lei de Amor, sentimos a repercussão do abuso em nossa consciência. Respeitar o sentimento do outro, portanto, é fundamental para o nosso próprio equilíbrio emocional.

E o mais importante compromisso afetivo que experimentamos é o casamento.

O casamento é uma instituição Divina, inserida na Lei de Reprodução e fundada na união conjugal, para que se opere a renovação e a espiritualização dos seres. Implica no “regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no Campo da assistência mútua", como bem define o Espírito Emmanuel.

Segundo Kardec, na questão 696 do L.E, “o casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições”.

A despeito da chamada “crise do casamento” moderna, abolir o casamento significaria um retrocesso, pois até mesmo entre os animais encontramos uniões que são duradouras e estáveis. A união sexual livre e casual reflete o estado primitivo da natureza e, quando a praticamos, é como se vivêssemos ainda no estado de barbárie.

O aspecto da lei

A união pelo casamento pertence às Leis Divinas, imutáveis e perfeitas, que estabelecem a perpetuação da espécie pela reprodução e evolução dos seres. No verdadeiro casamento predomina a Lei do Amor, exclusivamente de caráter moral, que paira acima das condições eminentemente físicas do casamento.

Em relação à lei humana, ou civil, “não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois países em que elas sejam absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas não tenham sofrido modificações através dos tempos. Resulta desse fato que, perante a lei civil o que é legítimo num país em certa época, torna-se adultério noutro pais e noutro tempo.”

Pela Lei Divina, as criaturas não se unem apenas pelos laços materiais, mas também pelos da alma, a fim de que essa afeição facilite a missão de educar os filhos, fazendo-os progredir. “Imperioso, porém”, diz Emmanuel, “que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si”.

Laço importante que nos impulsiona para a evolução, o casamento, quando mal direcionado, pode realizar-se por conta de interesses materiais; mas também, quando feliz, pode ser por afinidade, seja ela de natureza espiritual, intelectual ou cultural. Na maioria dos casamentos terrenos, porém, ainda predominam as uniões de resgates e de oportunidades de evolução, precedidos de cuidadosa programação para que a união seja bem sucedida, seja em relação aos cônjuges, aos filhos ou a parentela.

Entre os aspectos fundamentais do casamento, há que se considerar:

a) a família, em que cada individualidade devera exercitar com dedicação a paternidade e a maternidade;

b) o namoro, época do “suave encantamento” a que refere-se Emmanuel, em que tudo é tolerado;

c) o ambiente doméstico, escola viva da alma, onde as criaturas matriculam-se para o aprendizado comum, para os reajustes e o crescimento;

d) a energia sexual, que se apresenta como recurso da lei de atração, para unir os Espíritos em torno da oportunidade de autodescobrimento e de reajuste;

e) a necessidade do reencontro, para o acerto perante as Leis Divinas, devido às responsabilidades esposadas em comum.

Por tudo isso, observa-se que os cultos religiosos não são senão exterioridades, elementos transitórios da vida em comum, compreensíveis em épocas mais recuadas, porém sem nenhuma utilidade prática para a vida espiritual.

Na doutrina espírita não se realizam casamentos, da mesma forma que não se ministram batismos ou quaisquer sacramentos, pois no Espiritismo não há ritual de nenhuma espécie.

Divórcio

Quando Kardec perguntou aos Espíritos acerca da indissolubilidade absoluta do casamento, eles responderam que segundo o ponto de vista material, “é uma lei humana muito contraria a lei natural” (LE Questão 697). Em outra questão, complementando tal entendimento, sentenciaram: “em primeiro lugar as vossas leis são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam?” (LE questão 940).

Jesus também não condenava objetivamente o divórcio, mas enfatizava que muitas coisas ocorriam devido à dureza dos nossos corações. Embora não seja contrário as Leis de Deus, o divórcio não deve ser estimulado – ele interrompe o processo de harmonização entre as criaturas, transferindo o compromisso e a solução dos problemas comuns para reencarnações posteriores. Trata-se de uma dolorosa cirurgia psíquica, somente admissível em casos extremos, quando se constituir em um mal menor.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Qual a importância do compromisso afetivo Segundo o Espiritismo?

2) Por que o casamento se insere na Lei Divina?

3) Como entender o divórcio?

Fonte da imagem: Internet Google.

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