CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

8ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES

“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes. (Mateus, 10:8)

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; porque devorais as casas das viúvas, com pretextos de longas orações; por isso sofrereis um juízo mais rigoroso.” (Mateus, 23:14)

“Dai de graça o que de graça recebestes”, disse Jesus aos discípulos, recomendando-lhes, dessa forma, que não aceitassem pagamentos pela dispensa dos bens, cuja obtenção nada lhes houvesse custado, ou seja, que nada cobrassem dos outros por aquilo que não pagaram. O que eles receberam, gratuitamente, foi à faculdade de curar doentes e expulsar os “demônios”, ou seja, os maus Espíritos. Essa capacidade lhes fora dada de graça, para que aliviassem os que sofriam e ajudassem a propagação da fé e, por isso, lhes prescrevera o Mestre que não a transformassem em artigo de comércio, ou de especulação e muito menos em meio de vida.

Também disse Jesus: “Não façais pagar as vossas preces; não façais como os escribas que, a pretexto de longas orações, devoram as casas das viúvas”. A prece é um ato de caridade, um impulso do coração. Quando fazemos alguém pagar por esse ato de intercessão junto a Deus, transformamo-nos em intermediários assalariados, tomando, assim, a prece uma simples fórmula.

Deus não vende os benefícios que concede. Seria um absurdo pensar que podemos subordinar um ato de clemência, de bondade e de justiça, solicitado a sua misericórdia, a uma quantia em dinheiro.

A razão, o bom censo e a lógica dizem que Deus, a Perfeição Absoluta, não pode delegar a criatura imperfeita o direito de fixar um preço para a sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol: nasce para todos, tanto para os pobres como para os ricos.

Os médiuns, intermediários entre a espiritualidade e o mundo material, verdadeiras pontes de ligação entre os dois planos da vida, são os intérpretes dos Espíritos para a instrução dos homens, mostrando-lhes o caminho do bem e para trazê-los a fé. Não devem nunca vender palavras que não lhes pertencem, de vez que não são produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal.

A mediunidade séria não pode ser, nem será jamais, uma profissão. No seu aspecto de concessão como prova, é uma faculdade essencialmente mutável e variável - não funciona como uma capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, da qual se tem o direito de dispor como se queira.

“Que aquele, pois, que não tem do que viver procure outros recursos que não os da mediunidade; e que não lhe consagre, se necessário, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e os seus sacrifícios, enquanto se afastarão dos que pretendem fazer da mediunidade um meio de subir na vida", orienta-nos Kardec. (E.S.E, Cap. XXVI, Item 10)

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Explique a frase de Jesus: “Dai de graça o que de graça recebeste”.

2) Por que não devemos comercializar a mediunidade?

3) Na sua opinião, o que é um bom médium?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Ed. FEESP
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP
- XAVIER, F.C. - O Consolador 15, Ed., Brasília: FEB, 1991; Questão 387, p.215

Fonte da imagem: Internet Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário