FRAUDES ESPÍRITAS E MISTIFICAÇÕES
FRAUDES ESPÍRITAS
As pessoas
que não conhecem o Espiritismo se deixam mais facilmente se iludir pelas
aparências, ao passo que um prévio e atento estudo, não só das causas e dos
efeitos dos fenômenos, mas também das condições normais em que elas podem ser
produzidas e das leis que os regem, as inicia no assunto e lhes fornece os meios
de reconhecer a fraude, se por ventura existir.
Quando
falamos de fraudes, estamos falando de efeitos, partindo desse princípio,
teremos que imaginar uma infinidade de efeitos para orientar o médium, Como não
há efeito sem causa, o melhor é oferecermos ao médium as leis que regem os
fenômenos, esclarecendo o porquê dos mesmos, para que o médium possa fazer
juízo de valor se os efeitos são verdadeiros ou não à luz do conhecimento
espírita. Diz Kardec em O Livro dos Médiuns 1ª Parte - Noções preliminares –
Cap. III - Método, itens 29 a 34, que o melhor método para uma compreensão dos
fenômenos ou uma identificação de fraude, é o conhecimento da Doutrina Espírita
e afirma que chegou a essa conclusão por experiência.
Nos
trabalhos fraudulentos, onde existem fenômenos que se dizem espíritas, médiuns
despreparados burlam a boa-fé de alguns crentes, usando falsidade.
Porque isso
ocorre? Como evitar ser explorado ou enganado? Kardec em O livro dos Médiuns 2ª
Parte - cap. XXVIII, item 314, comenta; “Os que não admitem a realidade das
manifestações físicas atribuem à fraude os efeitos produzidos”.
A conexão
entre Espiritismo e Mediunidade leva algumas pessoas a considerá-los a mesma
coisa.
A palavra
mediunismo, criada por Emmanuel, designa a mediunidade em sua expressão
natural, isto é, as práticas empíricas da mediunidade, que fundamentam as
crenças e religiões primitivas. Mediunidade positiva surge com o Espiritismo,
somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie
humana, recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser tratada de
maneira racional e científica. Fatos Espíritas, assim chamados os fenômenos ou
manifestações mediúnicas, são de todos os tempos, as práticas mágicas ou
religiosas, constituem o mediunismo, que são práticas mediúnicas. A Doutrina Espirita
é uma interpretação racional das manifestações mediúnicas no seu tríplice
aspecto: Científico, Filosófico e Religioso e mostra as leis que regem esses
fenômenos e manifestações. Os fatos mediúnicos são fatos espíritas, assim chamados
por Kardec, mas não é Espiritismo, porque o Espiritismo se serve dos fatos mediúnicos
como de uma matéria prima para a elaboração de seus princípios, ou como de uma
força natural, que se aproveita das quedas d’agua ou dos rios para a produção
de energia. Livro O Espírito e o Tempo - cap. I de Herculano Pires.
Há uma
conexão entre Espiritismo e Mediunidade e que leva a muitas pessoas a
considerá-los a mesma coisa, confundindo-os erroneamente.
O
Espiritismo, nas suas linhas doutrinárias, estabeleceu normas seguras para o
exercício da Mediunidade, classificando-a convenientemente. Livro Estudando a
Mediunidade. cap. XL. Martins Peralva.
Todos somos
médiuns, sendo espírita ou não.
As práticas
do sincretismo religioso Afro-Brasileiro, não são espíritas, é um fenômeno
sociológico natural.
Espiritismo
é um corpo de Doutrina de elevado teor espiritual consubstanciando normas e
diretrizes superiores que visam, primordialmente, a elevação do ser humano.
Quem é o
Espírita? O que estuda aceita e pratica com fidelidade os salutares princípios
doutrinários, com vistas a renovação do espírito humano.
Mediunidade,
é um dom que possibilita a criatura humana, de qualquer religião, veicular o
pensamento e as ideias dos espíritos.
Mediunidade
faz parte de um dos princípios do Espiritismo, portanto, Espiritismo não é
mediunidade nem mediunidade quer dizer espiritismo. Livro Estudando a
Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.
Podemos
distinguir a mediunidade da seguinte forma:
a)
Mediunidade exercida com objetivos superiores – Méd. com Jesus
b)
Mediunidade exercida com interesses inferiores – Méd. S/Jesus.
A
mediunidade que se orienta pelo espiritismo é simples, sem ritual de qualquer
espécie, sua finalidade: O bem e a elevação espiritual do homem.
Mediunidade
exercida em nome do espiritismo cristão será sempre um instrumento de
edificação para o seu possuidor, uma vez que por ela: Os aflitos serão
consolados. Os enfermos curados. Os ignorantes esclarecidos. Livro Estudando a
Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.
DAS MISTIFICAÇÕES
Se Enganar-se
é desagradável, pior ainda é ser mistificado. Aliás, é esse o inconveniente de
que mais facilmente podemos nos preservar.
Os meios de
desmanchar as armadilhas dos Espíritos mistificadores foram expostos nas
instruções precedentes e por isso diremos pouco a respeito. Eis as respostas
dadas pelos Espíritos sobre o assunto:
1. As
mistificações são um dos escolhos mais desagradáveis da prática espírita.
Haverá um meio de evitá-las?
- Parece-me
que podeis encontrar a resposta revendo o que já vos foi ensinado. Sim é claro,
há para isso um meio muito simples, que é o de não pedir ao Espiritismo nada
mais do que ele pode e deve dar-vos: seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da
Humanidade. Desde que não vos afasteis disso, jamais serei mistificado, pois
não há duas maneiras de se compreender a verdade moral, mas somente aquela que
todo homem de bom senso pode admitir.
Os Espíritos
vêm instruir-vos e guiar-vos na rota do bem e não na das honrarias e da fortuna
ou para atender as vossas pequeninas paixões. Se jamais lhe pedissem
futilidades ou o que seja além de suas atribuições, ninguém daria acesso aos
Espíritos mistificadores. Do que se conclui que só é mistificado aquele que
merece.
Os Espíritos
não estão incumbidos de vos instruir nas coisas deste mundo, mas de vos guiar com
segurança naquilo que vos possa ser útil para o outro. Quando vos falam das
coisas daqui é por considerarem isso necessário, mas não porque o pedis. Se
quiserdes ver nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros,
então sereis mistificados.
Se bastasse
aos homens dirigir-se aos Espíritos para tudo saberem, perderiam o livre
arbítrio e sairiam dos desígnios traçados por Deus para a Humanidade. O homem
deve agir por si mesmo. Deus não envia os Espíritos para lhe aplainarem a rota
da vida material, mas para lhe prepararem a do futuro.
- Mas há
pessoas que nada pedem e são indignamente logrados por Espíritos que se
manifestam espontaneamente, sem que os evoquem.
- Se nada
pedem, aceitam o que dizem, o que dá na mesma. Se recebessem com reserva e
desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os
Espíritos levianos não as enganariam tão facilmente.
2. Porque
Deus permite Que as pessoas sinceras, que aceitam de boa-fé o Espiritismo, sejam
mistificadas. Isso não poderia acarretar o inconveniente de lhes abalar a
crença?
- Se isso
lhes abalasse a crença, seria por não terem a fé bastante sólida. As pessoas
que abandonassem o Espiritismo por um simples desapontamento provariam não o
haver compreendido, não se terem apegado ao seu aspecto sério. Deus permite as
mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que
fazem do Espiritismo um simples meio de divertimento.” O ESPÍRITO DA VERDADE
(LM n° 303)
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Livro dos Médiuns: 1ª parte - Cap. III e 2ª parte – Cap. XXVII - n°
303 e Cap. XXVIII item 314
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). O Consolador: Perg. 401
LEX, Ary. Do
Sistema Nervoso à Mediunidade
PIRES,
Herculano. O Espírito e o Tempo: 1ª parte - Horizonte Tribal
PERALVA,
Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XL
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 27 -
Mediunidade Transviada.
Fonte da imagem: Internet Google.
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