BENFEITORES
São
considerados benfeitores espirituais os mensageiros de Deus, que executam a sua
vontade e ajudam os homens, no decurso de suas provações e expiações terrenas,
inspirando-lhes bons sentimentos e orientando-os, quando se deparam com o
sofrimento nas estradas da vida. A ação desses benfeitores se faz sentir,
quando os homens estão em estado de vigília, como durante o sono, quando os
Espíritos recobram uma parte de sua liberdade.
Esses amigos
do Mundo Maior acordam a esperança e restauram o bom ânimo nos que veem a
braços com assédios de ordem espiritual, sendo licito, no entanto, recordar em
nome da Boa Doutrina que a tarefa de sustentação pertence aos próprios homens.
No Antigo,
bem como no Novo Testamento, são pródigos na demonstração dos efeitos benéficos
da ação desses benfeitores espirituais sobre os encarnados. Um caso típico
ocorreu com o Centurião Cornélio, na cidade de Cesárea, o qual, sendo um homem
caridoso e dotado de elevados dotes morais e de bons sentimentos, recebeu em
sua casa a visita de um Espírito Benfeitor, que lhe recomendou enviar
mensageiros a cidade de Jope, a fim de convidar o apóstolo Simão Pedro a ir
esclarecê-lo sobre as verdades novas trazidas por Jesus Cristo.
Eles
permanecem em constante diálogo mental, sugerindo o melhor caminho. Não esperam
que o homem se transforme em anjo, para ajudá-lo, mas atuam de maneira direta
em seu favor até que possa abrir os olhos e enxergar os propósitos de Deus, no
seu destino.
Então, o
homem começará a elevar-se e a identificar-se com os benfeitores que lhe
ampararão os passos. Foi por isso que Kardec, na pergunta 464, de o Livro dos
Espíritos, ao indagar: “Como distinguir se um pensamento sugerido procede de um
bom Espírito ou de um Espírito mau?” Responderam os Espíritos: “Estudai o caso.
Os Bons Espíritos só para o Bem aconselham. Compete-vos discernir”.
Esta
distinção deverá ser feita com a mente e com o coração. A mensagem de um
benfeitor será sempre em termos claros e objetivos. Mesmo que o médium seja
pouco instruído, a mensagem do Espírito, dita com simplicidade, conterá
profundos recursos de moral e trará conhecimentos para os ouvintes.
Sua mensagem
é repleta de conceitos amorosos e fraternos. Mesmo que seja de ensinamentos
doutrinários, suas colocações são sempre adoçadas pelo sentido fraternal. Não
há nos benfeitores aspereza, azedume ou crítica mordaz, nem elogios,
enaltecimento da personalidade do médium ou de qualquer interessado. Até quando
não concordar com uma postura irascível e dura do médium comunicante, o
Espírito Benfeitor não o crítica, mas procura aconselhá-lo com termos sensatos.
A mensagem
de Espíritos menos esclarecidos, por outro lado, será fútil, sem nenhum
conteúdo moral. E sempre enganosa. Eles são de muita sutileza quando desejam,
realmente, enganar. Procuram enaltecer o médium e se colocam na posição de
grandes sábios, usando às vezes, nomes veneráveis.
Conhecem os
vícios e tendências do médium e sabem como ludibria-lo no dédalo de suas
ambições pessoais.
Por isso,
disse Kardec cabe ao homem, e, particularmente ao médium, discernir.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos: Perg. 464
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Caminho, Verdade e vida; Lição 105
Questões
para reflexão:
1) Comente
as condições que devem ser observadas para se obter boas comunicações.
2) Cite
alguns indicativos de reconhecimento da identidade dos Espíritos.
3) Explique
a diferença entre um pensamento nosso e um sugerido.
4) Explique
como se caracteriza a mensagem de um bom e de um mau Espírito.
Fonte da imagem: Internet Google.
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