A ESCOLHA DAS PROVAS
VIDA
ESPÍRITA
No estado
errante, antes da nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e
previsão do que lhe vai acontecer durante a vida. Ele mesmo escolhe o gênero de
provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio (LE, perg. 258).
Possuindo a liberdade de escolha, o Espírito é responsável pelos seus atos,
assim como das consequências que lhe advierem.
Nada lhe
estorva o futuro e mesmo que venha a sucumbir às provas escolhidas, ainda lhe
resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus na sua
bondade permite sempre recomeçar o que foi mal feito.
O Espírito
sabe que, escolhendo determinado caminho, terá de passar por determinado gênero
de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não
sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das
circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, que influem
no destino estão previstos (LE, perg. 259).
Nem sempre,
porém, o Espírito faz a sua escolha imediatamente após a morte, pois muitos, ainda
atrasados, julgam que suas penas têm um caráter eterno. Por outro lado, ele
pode ainda fazer sua escolha durante a vida corporal, pois um desejo intenso
pode influir no seu futuro.
Tudo depende
da sua intenção. Isso é possível, pois que o Espírito, embora encarnado, tem sempre
os momentos em que se liberta da matéria.
Geralmente o
Espírito escolhe as provas que lhe podem servir de expiação, segundo a natureza
de suas faltas, assim como aquelas que podem contribuir para o seu
adiantamento.
Uns podem
impor-se uma vida de misérias e privações, para tentar suportá-la com coragem; outros,
experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso
e o mau emprego que lhes pode dar e pelas más paixões que desenvolvem; outros,
enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o
vício (Le, perg. 264).
Pode
acontecer de, por vezes, o Espírito enganar-se quanto à eficácia da prova que
escolher.
Pode
escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também
escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ociosa e
inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada
ganhou e pede para recuperar o tempo perdido (LE, perg. 269).
Parece
evidente o fato de o Espírito geralmente escolher as provas mais fáceis de ser vencidas;
no entanto, isso não ocorre, pois na vida espiritual ele compara os prazeres
fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então que
lhe importam alguns sofrimentos passageiros? (LE, perg. 266). É assim que
quando desencarnado prefere provas mais rudes e suscetíveis de apressar o seu
progresso.
Um Espírito
inexperiente e ignorante, não pode escolher uma existência com pleno conhecimento
de causa e ser responsável por essa escolha. Entretanto, à medida que vai evoluindo
e que o seu livre-arbítrio se desenvolve, tornando-se senhor de si, passar a
tomar decisões por si mesmo; porém, se não aceitar os conselhos dos bons
Espíritos, poderá cair em deslizes, comprometendo o seu processo evolutivo.
Algumas
provas podem ser impostas, em vez de serem escolhidas espontaneamente; isto, porém,
acontece com Espíritos inferiores, que revelam-se refratários às orientações
dos bons Espíritos, assim como no caso de expiação de faltas, o que obviamente
auxiliará o seu progresso.
QUESTIONÁRIO:
A - A
ESCOLHA DAS PROVAS
1 - Pode o
Espírito escolher provas muito rudes e uma existência repleta de percalços, a
fim de apressar a sua evolução?
2 - O
Espírito pode enganar-se quanto à eficácia da prova escolhida?
3 - Todos os
Espíritos têm livre-arbítrio na escolha de suas provas?
Fonte da
imagem: Internet Google.
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