RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS
No mundo
espiritual, da mesma maneira que no plano material, os Espíritos se reúnem em associações,
classes, sociedades, conjugando interesses semelhantes entre os indivíduos.
Juntam-se no
espaço em aglomerados afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo
gênero de vida que procuravam quando encarnados.
Porém, nem
todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns junto aos outros. Os bons
vão por toda a parte e é necessário que assim seja, para que possam exercer a
sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são
interditadas aos imperfeitos, a fim de que não levem a elas o distúrbio das más
paixões (LE, perg. 279).
Os Espíritos
têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que
hajam alcançado. Porém, essa autoridade não se refere aos valores terrenos, mas
sim a uma ascendência moral irresistível. As posições de destaque ocupadas no
mundo material, o poder, a autoridade, não conferem nenhuma supremacia ao homem
no mundo dos Espíritos; o maior na Terra pode estar na última classe entre os
Espíritos; enquanto que seu servidor estará na primeira. - Jesus não disse:
Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será humilhado? (LE,
perg.275a). Aquele que foi grande entre os homens, e como Espírito vê-se junto
dos Espíritos inferiores, movido pelo seu orgulho e inveja sente-se muito
humilhado com esta situação.
Os Espíritos
comunicam-se entre si. Eles se veem e se compreendem; a palavra é material: é o
reflexo da faculdade espiritual. O fluido universal estabelece entre eles uma
comunicação constante; é o veículo de transmissão do pensamento, como o ar é o
veículo do som. Uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos,
permitindo aos Espíritos corresponderem-se de um mundo a outro (LE, perg. 282).
Não podem
dissimular reciprocamente seus pensamentos, nem esconder-se um dos outros, pois
para eles tudo permanece descoberto, principalmente quando são perfeitos. A
linguagem entre os Espíritos é, portanto a linguagem do pensamento, e não
necessariamente a linguagem material articulada.
Os Espíritos
reconhecem-se e constatam sua individualidade pelo perispírito, que os torna
seres distintos uns para os outros, como os corpos entre os homens (LE, perg.
284). Desta maneira reconhecem aqueles que foram seus filhos, pais, amigos ou inimigos
quando encarnados. Geralmente ao desencarnar a alma vê os parentes e amigos que
a precederem no mundo dos Espíritos, os quais felicitam-na como no regresso de
uma viagem.
A alma do
justo é recebida como um irmão bem-amado e longamente esperado; a do mau é recebida
com natural reserva.
Pode
continuar a existir no mundo dos Espíritos a afeição que dois seres se
consagravam no mundo material, desde que originada da verdadeira simpatia. Se,
no entanto, esta afeição nasceu principalmente de causa de ordem física, a
afeição desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas
e duráveis que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos
interesses materiais e do amor-próprio (LE, perg. 297).
A teoria das
metades eternas é uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não
deve ser tomada ao pé da letra. Não existe união predestinada desde a origem. A
simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita
concordância de suas tendências, de seus instintos; se um devesse completar o
outro, perderia a sua individualidade (LE, perg. 301).
QUESTIONÁRIO:
B - RELAÇÕES
DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS
1 - Como se
constituem os agrupamentos no plano espiritual?
2 - Há livre
acesso dos Espíritos a todos os lugares? Explicar
3 - Como os
Espíritos se reconhecem na Espiritualidade?
Fonte da
imagem: Internet Google.
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