A EPÍFISE
Desde a
Antiguidade existem relatos que demonstram o conhecimento da Epífise ou
Glândula Pineal. Entre os gregos na Escola de Alexandria, os estudos pineais
estavam relacionados às questões de ordem religiosa. Os gregos a denominavam
como conárium enquanto os latinos por glândula pinealis.
No século
XVIII, Descartes, um grande pensador, afirmou que a epífise era o centro da
alma. De acordo com a doutrina espírita, esse parecer não precede, basta para
tanto consultar as questões numero 146 e 146a do Livro dos Espíritos.
A alma
humana não possui uma sede, não esta determinada e circunscrita em certa Parte
do corpo. Entre as religiões de origem oriental, o conhecimento e a importância
deste órgão possuem posição de destaque. Os hindus, por exemplo, a conheciam
como a flor de mil pétalas. Para eles, a Glândula Pineal era possuidora de elementos
orgânicos que estabeleciam uma ponte de ligação com o centro coronário.
Podemos
destacar como principais características da Epífise:
a) a separação dos hormônios psíquicos,
que são os responsáveis pelas glândulas sexuais e por todo o sistema endócrino.
É função da epífise despertar no homem após os 14 anos a fonte criadora, a
válvula do escapamento, antes disso sua energia é freada. Por tudo isso,
pode-se afirmar que a Epífise tem um papel elementar, básico e absoluto;
b) Esta relacionada à Parte emocional;
c) Relaciona-se a vontade de cada um,
ao esforço de se melhorar. A epífise esta relacionada à vontade;
d) Constitui-se, por assim dizer, um
armazém energético, pois supre com energias de caráter psíquico, todo o corpo;
e) Glândula da vida mental. Representa
uma manifestação do centro coronário.
Apesar de
sua importância já ser conhecida por diversos povos, entre os espíritas os
estudos de relevância sobre o assunto ganharam destaque a partir de 1945 quando
por meio da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, André Luiz, um médico
desencarnado, relatou o seu espanto, ao perceber a função que a epífise desempenhava
no momento do transe mediúnico.
Segundo
André Luiz: “quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava
a luz crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula
transformara-se em um núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um
lótus de pétalas sublimes.” Logo em seguida, André Luiz afirma o seguinte: “Examinei
atentamente os demais encarnados. Em todos eles a glândula apresentava notas de
luminosidade, mas em nenhum brilhava como no intermediário em serviço”. (Missionários
da Luz). A descrição efetuada demonstra claramente que a Epífise coloca o ser
encarnado em contato com o mundo espiritual, de forma mais intensa.
Na década de
1940 e 1950, a medicina ainda havia avançado muito pouco em relação ao seu
conhecimento sobre o papel e o funcionamento da glândula pineal. Ela era vista
apenas como um órgão vestigial, o frenador da sexualidade infantil.
A partir de
1958, pesquisas desenvolvidas na Universidade de Yale, nos Estados Unidos,
identificaram que a glândula Pineal produz um hormônio próprio, a melatonina.
Tal descoberta permitiu um avanço nas pesquisas sobre este assunto.
A Glândula
Pineal faz Parte do epitálamo, um dos componentes do diencéfalo. Ela
corresponde a uma evaginação do teto diencefálico. A natureza fez um trabalho
bastante cuidadoso, pois localizou esta glândula no eixo mediano do encéfalo.
Com relação ao seu peso e tamanho, não existe um consenso propriamente dito sobre
o assunto. Afirma-se que a Glândula Pineal possui um formato de um cone, e pesa
aproximadamente 100 mg no homem. Por outro lado, Jorge Andréa, fornece
informações mais precisas: afirma que ela mede de 6 a 8 mm de comprimento por 4
a 5 mm de largura e 2 a 5 mm de espessura, sendo o peso médio de O,16 gr.
Possui a forma
de uma pinha (na criança), já no adulto possui um formato achatado, e forma
triangular ou ovular. Possui coloração rósea.
E preciso
ponderar que a Glândula Pineal não é uma exclusividade humana, esta localizada
também nos vertebrados inferiores. Neste caso, não só a localização, mas também
a função possui um caráter bastante diferenciado.
Nos
vertebrados de sangue frio ela tem como função ser um órgão fotorreceptor, por
isso muitos destes animais reage rapidamente à mudança de cor devido à
iluminação ambiental.
Em algumas
espécies a Glândula Pineal possui um caráter duplo. Um componente
intracraniano, o órgão pineal propriamente dito, o outro extracraniano, que se
manifesta na Parte exterior e frontal da cabeça. É o caso do lagarto, que
possui uma lente, o terceiro olho.
Nos
mamíferos, apesar da estrutura ser bem mais simples, a dupla origem permanece,
porém perdeu sua função fotorreceptora. Não recebe mais de forma direta a luz,
não envia impulsos nervosos ao cérebro. Pode ser considerado um órgão secretor.
Sua função muda, assim como sua relação com o organismo.
Segundo
Jorge Andrea, com relação ao olho pineal, pode-se pensar que em vez de ser
considerado uma característica de regressão, fadada ao desaparecimento, talvez
possa ser visto o inicio do processo de desenvolvimento.
“Desse modo,
o olho pineal pode ser visto como o ponto em que se iniciam os verdadeiros
alicerces da Glândula Pineal”, e como tal, da individualidade Espiritual - as
expressões de um Eu em formação não existente nos invertebrados, cuja zona
espiritual deve fazer Parte de um conjunto próprio da espécie, sem as nuanças
que caracterizam o indivíduo, o EU.
Na espécie
humana, a função da Glândula Pineal passa pelos mecanismos da meditação e do
discernimento, da reflexão e do pensamento e pela direção e orientação dos
fenômenos psíquicos mais variados. Perante essas informações, temos o dever de
efetuar um questionamento: Para que serve a Glândula Pineal? Sua ausência
causaria quais danos ao organismo?
A Glândula
Pineal apresenta ligações com a tireoide, a suprarrenal, o pâncreas e tímus. No
primeiro caso, a relação entre as duas Glândulas é evidente. A retirada
cirúrgica de uma interfere na outra, é um ponto de partida para um processo
violento, mais acentuado em direção a tireoide. No Segundo caso, a retirada da Pineal
altera os índices de colesterol e acido ascórbico. Com relação ao pâncreas,
órgão produtor da insulina, sabe-se que a Glândula Pineal exerce uma função
frenadora, e no caso do tímus, os tumores da Pineal impedem a regressão normal
da Glândula na idade oportuna.
Em suma,
podemos afirmar que a Glândula Pineal esta ligada a todo o setor glandular do
organismo. A Glândula Pineal esta comprometida com vários departamentos
orgânicos, inclusive aqueles que orientam a vida psíquica.
“Podemos
considerar a Pineal como sendo a Glândula da vida psíquica; a Glândula que
resplandece o organismo, acorda a puberdade e abre suas usinas energéticas para
que o psiquismo humano, em seus intricados problemas psicológicos, se expresse
em voos imensuráveis”
Os
pesquisadores já não perguntam mais para que serve a pineal, eles pesquisam
para saber de forma mais detalhada quais órgãos do corpo humano estão sob sua
interferência, ou melhor, sobre a interferência da melatonina, hormônio produzido
pela Glândula Pineal e seu grau de atuação sobre esses órgãos. Hoje em dia, sabe-se
que a Epífise é a reguladora da cronobiologia, dos ritmos biológicos, ela é que
determina se uma pessoa esta acordada ou dormindo, em outras palavras, se o
Espírito esta ligado ao corpo ou não, em períodos de vigília e sono.
Com relação
aos mecanismos da mediunidade, sabe-se que a Epífise é considerada a Glândula
da vida mental porque é por meio dela que todos os fenômenos anímicos e
espíritas se produzem.
É preciso destacar
que no Brasil, os estudos sobre a Glândula Pineal tem recebido a atenção de
médicos e cientistas.
Bibliografia:
ANDREA,
Jorge. Palingênese: A grande lei. (reencarnação).
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos.
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz
Fonte da
imagem: Internet Google.
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