LEI DE SOCIEDADE
NECESSIDADE
DA VIDA SOCIAL - VIDA DE ISOLAMENTO – VOTO DE SILÊNCIO – LAÇOS DE FAMÍLIA -
PARENTESCO E FILIAÇÃO - SEMELHANÇAS FÍSICAS E MORAIS
Necessidade da vida Social
Aristóteles,
filósofo grego, há milênios já apregoava que “O homem é um animal social”. O
homem foi feito para viver em sociedade, por isso, Deus lhe deu a palavra e
todas as outras faculdades necessárias à vida social. (LE 766)
O isolamento
absoluto é contrario a lei natural. O homem procura a vida em sociedade por
instinto, pois dentro do principio de conservação da espécie há necessidade de
suprir a alimentação, o abrigo, defesa da família, portanto, a sociabilidade é
instintiva obedecendo ao progresso da Humanidade.
Neste
convívio social há o desenvolvimento e burilamento de nossas faculdades
intelectuais e morais, bem como, a permuta constante de afeições, conhecimentos
e experiências, levando a regras de procedimento ditadas pela justiça e pela
moral, abstendo-se de tudo que possa destruir.
Vida De Isolamento - Voto De Silêncio
O estado de
uma pessoa que se abstêm; se priva ou se recusa a falar define-se como vida de
isolamento - voto de silêncio.
A vida
solitária por opção revela sempre uma fuga inconcebível, porque indica infração
as leis divinas do trabalho e do amor.
O isolamento
é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações
humanos. Não sendo o homem dotado, inicialmente, de autossuficiência, condição
conseguida pelo trabalho e progresso, ele é dependente do seu semelhante.
Os cultores
da vida reclusa se estiolam pela improdutividade, pela estagnação quanto as
aquisições dos tesouros da sabedoria e da experiência. Segundo os ensinamentos
espíritas, isto revela egoísmo e só merece reprovação.
A reclusão
absoluta para fugir ao contato do mundo simboliza duplo egoísmo, pois se isolar
a pretexto de não fazer o mal, simboliza a perda da oportunidade de fazer o
bem.
A fuga do
mundo para se devotar ao alivio dos sofredores, eleva o homem, quando este se
rebaixa, trazendo um duplo mérito, pois se colocam acima dos prazeres
materiais, fazendo o bem em cumprimento da lei do trabalho.
Buscar no
retiro a tranquilidade para realizar outros trabalhos, não é o retiro absoluto
do egoísta, pois buscam se isolar para recarregar as energias para trabalhar
por esta sociedade.
Deus condena
o abuso e não o uso das faculdades, portanto o silêncio não é útil para a
concentração – espírito toma-se mais livre - entra- se em comunicação com a
vida espiritual.
O homem,
inquestionavelmente, é um ser gregário, organizado pela emoção para a vida em
sociedade. O seu insulamento, a pretexto de sentir a Deus, constitui uma
violência a Lei Natural, caracterizando-se por uma fuga injustificável as
responsabilidades do dia-a-dia.
Graças à
dinâmica da atualidade, diminuem as antigas incursões ao isolamento, seja nas
regiões desérticas para onde o homem fugia a buscar meditação, seja no silêncio
das clausuras e monastérios onde pensava poder perder-se em contemplação.
O
Cristianismo possui o extraordinário objetivo de criar uma sociedade
equilibrada, na qual todos os seus membros sejam solidários entre si.
As relações
sociais possibilitam ao homem a oportunidade de fazer o bem e cumprir a Lei de
Progresso.
Laços de Família
Augusto
Comte nasceu na França em 1798, sec. XVIII. Considerava a família como célula
básica da sociedade. Em todo o processo de evolução da humanidade, como dito
anteriormente percebe-se a veracidade desta sabia observação do filósofo
francês. É na família que inicia-se o desenvolvimento dos sensos morais e os
laços de amor que devem ser fortalecidos entre os homens, propiciando-lhes o
progresso moral.
É necessário
que se entenda que o homem (ser racional) tem a diferença dos animais (seres
irracionais) exatamente pela necessidade da vida moral. Enquanto que o animal
tem por principio o instinto de conservação, protegendo sua cria até sua
independência para cumprir seu papel na natureza; o homem deve manter o vinculo
familiar por toda a encarnação, tendo assim a oportunidade de reajustar-se com
seus semelhantes por débitos passados ou auxiliar-se mutuamente promovendo a
renovação moral de sua individualidade.
O
relaxamento dos laços familiares é uma exaltação ao egoísmo, ou seja, a perda
de oportunidades em uma existência.
Parentesco e Filiação
Os pais
geram a vida corporal aos seus filhos, dando-lhes a oportunidade da
reencarnação, tendo em vista que a alma é indivisível e criada por Deus.
Contudo, a convivência em família deve-se a ligações pré-existentes entre aqueles
Espíritos por necessidade de auxilio, aprendizado ou reparação.
O Espiritismo,
através da reencarnação, exclui a ideia de castas e raças, que são muitas vezes
exaltadas pelo homem, por sua vaidade e orgulho, tendo em vista que muitos
podem reencarnar em condição adversa da anterior, ou seja, um homem pode
pertencer a uma família abastada em uma encarnação e na outra poderá vir em uma
família destituída de posses, ou vice-versa, dependendo de sua necessidade de
evolução e aprendizado moral.
Semelhanças Físicas e Morais
As
semelhanças morais que em algumas famílias são percebidas, dão-se pela
afinidade de inclinações.
Os pais
exercem influência moral, através da educação aos filhos e isto é uma tarefa
assumida, sendo que a irresponsabilidade na sua execução gera compromissos
futuros. Espíritos menos virtuosos podem pedir pais com boas qualidades para
que possam ser direcionados a um caminho melhor, bem como, as vezes os pais necessitam
conviver com Espíritos desta natureza para seu aprendizado.
Um povo ou
uma nação é composto por famílias que são reunidas por Espíritos simpáticos. A
similitude de inclinações boas ou más irá determinar o caráter daquela sociedade.
O caráter moral da existência anterior pode ser conservado pelo Espírito,
contudo, se houve melhoria, ele se modifica. Às vezes demora em reconhecê-las dependendo
de sua condição socioeconômica reencarnante, que pode ser diferente da
encarnação anterior.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC,
Allan - O Livro dos Espíritos, Livro 2°, cap. IV, questão 2o5; Livro 3º, cap.
VII, questões 766 a 775 e 877;
KARDEC,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. IV, itens 18 a 2o; ap. XIV
itens 8 e; 9;
Bibliografia
Complementar:
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Estude e viva - n° 9;
CALLIGARIS,
Rodolfo - Leis Morais;
PIRES, José
Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier- Pensamento e vida - item 18;
EMMANUEL, O
Espírito da verdade - Diversos Espíritos - item 27;
Fonte da imagem: Internet Google.
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