O EGOÍSMO
“Pois qual é o maior: quem está à mesa ou
quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou aquele
que serve.” (Lucas 22:27).
“E então se aproximou dele a mãe dos filhos de
Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e fazendo-lhe um pedido. E Ele diz-lhe:
que queres? E ela respondeu: dize que estes meus dois filhos se assentem, um a
tua direita e outro a tua esquerda, no teu reino.” (Mateus, 20:20 e 21).
Diversos
ensinamentos pode-se extrair dos versículos que constam no Novo Testamento. No
primeiro deles, Jesus nos dá o exemplo da humildade. Sendo Ele o Espírito
escolhido pelo Pai para trazer revelações sobre o mundo espiritual, sobre o
reino de amor e bondade; tendo Ele a condição suprema de apresentar-se como o maior,
dá o exemplo da humildade.
Aquele que
está sentado à mesa e é servido por alguém, julga-se importante. Na visão de
Jesus não é assim. Já no outro, o desejo materno de proporcionar aos filhos o
melhor, a mãe dos filhos de Zebedeu, num ato que ela julgava de extremado amor,
pede que seus filhos sejam elevados a condição espiritual de Jesus, já que
pedia ao Rabi que seus filhos pudessem ser colocados numa posição de destaque
ao seu lado.
O pano de
fundo em ambos é o desejo do melhor para si. Que outro nome tem senão egoísmo?
É no egoísmo
que está à raiz de todos os males que assolam a humanidade desde os mais
remotos tempos. É nele que se encontra o motivo das guerras; das dissensões;
das fraudes; do roubo, do sequestro, e de tudo o que de pior existe no mundo.
O egoísmo é
o alvo para onde deve mirar a criatura que deseja a sua renovação interior; que
busca um sentido maior e profundo em sua vida; enfim, o verdadeiro cristão.
É um
sentimento que muito embora esteja presente nos primeiros anos da vida da
criança para a descoberta da sua identidade, no correr dos anos deve ser
orientado pelos pais a olhar além de si e ver o outro como igual, como um filho
de Deus que todos somos.
É no lar
cristão; na leitura semanal do Evangelho; na participação da comunidade
espírita que se sedimenta o aprendizado.
O egoísmo é
a negação da caridade. E preciso destruir a couraça que reveste o sentimento do
ser para que se sensibilize com a dor do outro.
O Mestre nos
diz que o primeiro mandamento é Amar a Deus de todo o coração de todo o
entendimento, e o segundo semelhante é Amar ao próximo como a si mesmo.
É na
solidariedade e na fraternidade que se encontra a verdadeira alegria da alma;
quando a criatura se abre ao amor, todo o universo conspira para a sua
felicidade.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. VII, itens 11e12, cap. XI,
itens 11e12, cap. XIII, itens 1 a 3, 11 a 17;
Bibliografia
complementar
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Estude e viva – nº 7;
CALLIGARIS,
Rodolfo - Leis Morais - Lei de Conservação;
PIRES, José
Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos - Cap. 19, 31, 37 e 63;
Fonte da imagem: Internet Google.
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