NÃO VIM TRAZER A PAZ
Jesus
desperta o sentimento ao ensinar a lei de amor, contendo todas as leis de Deus.
O uso de expressões fortes como “não vim trazer a paz, porém a divisão”, indica
o grau evolutivo do povo hebreu, monoteísta, mas preso as leis humanas
travestidas de divinas por Moisés, numa sociedade que iniciava o avanço da
razão, do raciocínio abstrato.
A aparente
destruição que uma divisão provocaria, seria justamente eliminar o orgulho do
fariseu, a incredulidade do saduceu, sacerdotes que disputavam o poder
religioso hebreu. A destruição do orgulho para a implantação do amor ao
próximo, e com a ideia mais revolucionaria “amar o inimigo” provocou forte
reação que culminou no drama do calvário e no circo dos romanos politeístas.
Toda ideia
nova causa uma revolução, e quando esta fundada na verdade, nada impedira sua
expansão, a morte de Jesus e seus seguidores não foram suficientes para impedir
a forca modificadora dessa verdade trazida pelo Mestre. Sua forca modificou
Roma, mas ao misturar poder político e religioso, novamente o homem volta a colocar
seus interesses acima da verdade evangélica. Começa a luta interna dos cristãos
pelo poder religioso.
Mesmo após a
Idade Média, quando o plano superior da espiritualidade envia Espíritos
missionários para promover a reforma do pensamento religioso e intelectual,
surge o jesuitismo com suas torturas e fogueiras tentando resistir a
implantação da lei de amor.
O avanço da
ciência, nos séculos seguintes, promove a destruição dos dogmas e do poder
absoluto da igreja e reinados. Na luta entre a verdade e o fanatismo, surge o
incrédulo e seu materialismo. O plano superior da espiritualidade programa a
vinda do consolador prometido por Jesus. A doutrina espírita retoma a lei de
amor e restaura a necessidade de uma mudança interior, (1) “evangelizado o
indivíduo, evangeliza-se a família; regenerada esta, a sociedade estará a
caminho de sua purificação, reabilitando-se simultaneamente a vida do mundo”.
A destruição
agora está concentrada no indivíduo, modificando seu modo de ver o mundo, tornando-se
fraterno, bondoso, solidário para com seus irmãos espirituais, compreendendo
que sua família é a humanidade, que as dificuldades de hoje mostram a necessidade
dessa renovação interior, semeando um futuro feliz.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XXIII, itens 9 a 18;
Espírito
EMMANUEL, “EMMANUEL” - psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Fonte da imagem: Internet Google.
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