LAÇOS DE FAMÍLIA E PIEDADE FILIAL
LAÇOS DE FAMÍLIA- ESE, Cap. IV, item 18
“... Os
liames sociais são necessários ao progresso e os laços de família resumem os
liames sociais; eis porque eles constituem uma Lei Natural. Deus quis que os homens,
assim, aprendessem a amar se como irmãos”. (LE. - pergunta 774)
O valor e a
importância da família crescem, de fato, quando são enfocados sob o ângulo da
Doutrina Espírita, pois se aprende na Codificação que o casamento, marco
inicial na constituição da família, representa um progresso conquistado pelo
homem em busca de sua perfectibilidade. Portanto, deve-se evitar o relaxamento dos
laços familiares, porque implicam, ao invés do amor, no desenvolvimento do
egoísmo, retardando, assim, o ciclo evolutivo da humanidade.
Ensinam os
Espíritos que é na família e através dela, que se dá o burilamento das almas,
segundo o princípio da reencarnação. Esta tarefa deve ser realizada com
seriedade e responsabilidade, pois não é por acaso que determinadas criaturas
são reunidas numa mesma família. O espírita não pode permitir que seu lar seja simplesmente
uma morada, mas um local acolhedor onde se encontram almas necessitadas de
desenvolver sentimentos de amor e de perdão, onde os Espíritos se refazem das
lutas de cada dia e se ajudam, fraternalmente, trabalhando por um futuro
melhor.
PIEDADE FILIAL- ESE, Cap. XIV item 3
“Honrarás
vosso pai e vossa mãe” (Marcos, 7:1o; MT 15:4; Lc 18:20)
Um dos
mandamentos contidos no Decálogo prescreve a necessidade de honrar pai e mãe, o
que implica em dar-lhes todo o afeto possível, em todas as fases de suas vidas,
e principalmente na velhice, retribuindo assim, em parte, os desvelos e as
preocupações que tiveram na infância dos filhos. É evidente que aquele que
assim não proceder estará amealhando pesados encargos para si na vida futura,
através de novas reencarnações.
A ingratidão
é um dos deslizes humanos que mantêm o mais intimo parentesco com o egoísmo,
tomando dimensão maior quando é cometida pelos filhos, em relação aos seus
pais. Muitos chegam ao ponto de colocarem seus pais idosos nos aposentos mais
obscuros da casa onde residem, não lhes dando nenhum tipo de conforto, quando
não os internam em casas de idosos ou asilos, para que eles não os incomodem em
seus lares.
Muitos
filhos dão aos pais o estritamente necessário para poderem sobreviver; ao passo
que eles próprios de nada se privam. Sobretudo, para os pais sem recursos é que
se demonstra a verdadeira piedade dos filhos.
O mandamento
“honrar vosso pai e vossa mãe” é uma consequência da lei geral da caridade e do
amor ao próximo, já que não pode amar o seu próximo aquele que não ama seus
pais. O vocábulo “honrai” encerra um dever a mais para com eles: o da piedade
filial. Deus quis mostrar com isso que, ao amor é preciso acrescentar o respeito,
as atenções, a submissão e a condescendência, o que implica a obrigação de
cumprir para com eles, de um modo mais rigoroso ainda, tudo o que a caridade
manda para com o próximo (ESE, Cap. XIV item 3).
Há, em
verdade, certos pais que se descuidam de seus deveres para com os filhos. A
estes, porém, não cabe censurá-los ou puni-los, pois talvez eles mesmos tenham
dado causa ao menosprezo dos pais.
Se a
caridade Cristã sublima a retribuição do mal com o bem, a indulgência com as
imperfeições alheias, o perdão das ofensas e o amor ao próximo até mesmo aos
inimigos, essa obrigação é ainda bem maior em relação aos pais.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC,
Allan - o Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XII (itens 1 a 3 e 9;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Vida e Sexo - itens 6 a 9, 11, 19, 20, 22 e 23;
PERALVA,
Martins - O Pensamento de Emmanuel- item 27;
CALLIGARIS,
Rodolfo - Leis Morais; 7
Fonte da imagem: Internet Google.
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