LEI DE REPRODUÇÃO
POPULAÇÃO DO GLOBO - SUCESSÃO,
APERFEIÇOAMENTO E DIVERSIDADE DAS RAÇAS - POVOAMENTO DA TERRA - OBSTÁCULO A
REPRODUÇÃO - CASAMENTO - CELIBATO - POLIGAMIA - UNIÃO ESTÁVEL.
POPULAÇÃO DO GLOBO - Questão 686 do LE.
Embora não
tenhamos conhecimento e nem mesmo a mínima ideia de quando fomos criados, a
Doutrina Espírita nos ensina que percorremos os reinos inferiores da natureza,
como Princípio Inteligente. Amealhando experiências em cada um dos reinos, nos
capacitamos a, quando prontos, adentrarmos no reino hominal. Desta forma, somos
criados simples e ignorantes, mas com capacidade de raciocinar e com a missão
de progredir em todos os aspectos, através das múltiplas reencarnações, até
alcançar a relativa perfeição.
A reprodução
dos seres vivos é, portanto, uma lei natural, pois, sem ela, o mundo corpóreo
desapareceria.
Contudo, não
se deve deduzir que, havendo uma progressão constante de corpos físicos (para
dar cumprimento ao princípio reencarnatório), o mundo material possa vir a ter
uma população excessiva, cuja saturação levaria à escassez de meios e recursos
de sobrevivência.
Deus a isso
provê, mantendo sempre o equilíbrio, pois, o Plano Espiritual Superior nos
assiste e nos fiscaliza permanentemente.
SUCESSÃO, APERFEIÇOAMENTO, DIVERSIDADE DAS
RAÇAS E POVOAMENTO DA TERRA
A história
nos conta a trajetória das raças humanas ao longo dos séculos e milênios. Como
tudo em nosso mundo, as raças humanas aparecem, se desenvolvem, atingem o ápice
da evolução e terão também o período de decrescimento e extinção. É a renovação
como lei.
Somos todos
da espécie humana e irmãos em Deus. O homem que surgiu em determinada região
geográfica, com um clima peculiar daquela região, estimulando vida e hábitos
diferentes de outros que surgiram em outras localidades, explicam as diferenças
físicas e morais que distinguem as variedades da raça humana.
Esta
diversidade proporciona ao Espírito em evolução oportunidades inúmeras de
aprendizado, evolução e progresso, não só do Espírito, como da sociedade da
qual ele pertence, ou poderá pertencer.
OBSTÁCULOS A REPRODUÇÃO
A reprodução
dos seres vivos é uma Lei Natural e corresponde a necessidade no mecanismo da
evolução.
O homem
usando sua inteligência e capacidade de discernimento pode adotar certas
precauções para regulá-la.
A reprodução
excessiva de determinadas plantas ou animais pode ser nociva e prejudicial ao
homem, nesse caso, pode-se perfeitamente impedir ou regular a reprodução.
Deus dotou o
homem de inteligência e raciocínio para que seja seu aliado no equilíbrio das
forças na natureza.
Os próprios
animais concorrem para a harmonia e o equilíbrio dos seres vivos, pois, ao se
nutrirem das espécies animais e vegetais segundo seus instintos de conservação
detêm o desenvolvimento excessivo de tais espécies.
No entanto,
em se tratando de seres humanos, deve o homem levar em conta sua
responsabilidade em adotar métodos para controlar sua reprodução.
Deus
permitiu ao homem descobrir os meios para esse controle, o que significa sua
aprovação, entretanto, importa saber as razões que levam o homem a assim agir.
Quando a não
observação da Lei de Reprodução se traduz por uma ação meramente sensual
mostrando a predominância da matéria sobre o Espírito, revela-se sua condição
de inferioridade e materialidade.
O homem, em
busca de sua relativa perfeição, deve aprender a direcionar seu impulso sexual
sublimando-o paulatinamente e de tal forma, que possa transformá-lo em novas
fontes de energia.
CASAMENTO E CELIBATO – POLIGAMIA - UNIÃO
ESTÁVEL
a) CASAMENTO E CELIBATO
“O casamento
ou a união permanente de dois seres, como é obvio, implica o regime de vivência
pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência
mútua.” (Vida e Sexo - cap. 7 – Emmanuel)
A Doutrina
Espírita veio nos ensinai; para grande surpresa nossa, que a verdadeira vida é
no Plano Espiritual.
Para as
nossas experiências, expiações, provas, oportunidades de trabalho, e estudo,
etc. e, sobretudo para o progresso e evolução em todos os aspectos, Deus nos
deu as reencarnações.
Por meio das
reencarnações, temos a única maneira de progredirmos ate alcançarmos a condição
de Espíritos Puros. Condição essa, que todos nos, sem exceção, alcançaremos um
dia, conforme promessa de nosso Mestre Jesus. “Sede vos logo perfeitos, como
também vosso Pai celestial é perfeito.” (Mt, V:44-48)
O tempo que
levaremos para atingir esse objetivo vai variar de Espírito para Espírito, pois
é uma tarefa individual.
A união
conjugal no Plano Espiritual se da através de almas afins, enquanto no Plano
físico essas relações se dão, muitas vezes para reajustar uma situação criada
em outras encarnações, onde esses Espíritos têm a oportunidade de se
encontrarem para “provarem ou expiarem” através do convívio e com isso
evoluírem Espiritualmente, se libertando daqueles laços que os prendiam.
Deus, com
sua paciência e misericórdia infinita, aguarda o resultado dos nossos esforços
sem nenhuma pressa ou pressão, leve o tempo que levar, mesmo porque, somos
imortais. Tivemos um começo, mas não teremos fim.
Antes de
retornarmos ao plano físico fazemos um planejamento reencarnatório onde nos
comprometemos em receber; acolher e conviver com companheiros de aventuras
infelizes com a promessa de socorro e oportunidade de reedificação, com a
esperança de elevação, resgate, burilamento e melhoria. O Casamento ou união
conjugal é uma dessas oportunidades onde se pode constituir uma família e
quitar os débitos obtidos.
Celibato (do
latim caelibatus) que significa “não casado” na sua definição literal é uma
pessoa que se mantêm solteira, podendo manter relações sexuais, logo não
precisa se manter casto. No entanto, o termo é popularmente usado para
descrever uma pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais. (Wikipédia - dicionário)
O celibato
quando decidido por motivos religiosos ou beneméritos, mediante juramento ou
voto sagrado, se o propósito é de se consagrar e servir a coletividade, sem
segunda intenção egoísta, esse sacrifício eleva o homem acima de sua condição
material e um ato meritório, perante as Leis Divinas.
Contudo,
quando o celibato é um ato voluntário, tendo como finalidade a fuga das
responsabilidades que a constituição familiar exige, não pode ser considerado
um estado ideal “... Os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam
a todos (LE - pergunta 698)
b) POLIGAMIA
“Poligamia,
do grego “muitos matrimônios”. No reino animal, a poligamia se refere à relação
onde os animais mantêm mais de um vínculo sexual no período de reprodução. Nos
humanos, a poligamia é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre mais de
duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida. É
permitida por algumas religiões e pela legislação de determinados países.”
A poligamia
para ser uma lei natural deveria ser universal, mas, no entanto é utilizada,
ainda, em alguns países pela legislação humana.
A abolição
da prática poligâmica marca o progresso social, pois a monogamia é a união onde
proporciona aos cônjuges a oportunidade de se conhecerem afetivamente e se
elevarem moralmente através dos princípios de amor e fraternidade, respeito,
constituindo a união ideal do raciocínio e do sentimento entre as almas
eleitas.
“... o
casamento segundo as vistas de Deus tem que se fundar na afeição dos seres que
se unem. Na poligamia, não há afeição real: há apenas sensualidade...” (LE
-pergunta 701)
c) UNIÃO ESTÁVEL
Nossa
legislação, bem como a maioria dos outros países, permite a separação dos
casais, através do desquite ou divórcio. As leis humanas vão se modificando,
procurando acompanhar o progresso da civilização. A Doutrina Espírita concorda
com essa posição, ponderando que é preferível a separação oficializada, mesmo
porque nesses casos, a separação já é um fato consumado.
Partindo-se
do princípio de que não há uniões ao acaso. O divórcio sendo uma lei humana,
vem para legalizar um mal maior, ou seja, para interromper compromissos que
poderiam causar danos maiores aos cônjuges, onde levaria muito mais tempo para
resgatar.
O fato de
uma separação em uma encarnação não quer dizer que os Espíritos deixarão de ter
aquele compromisso, pois em outra oportunidade virão juntos, para resgatar o
que sucumbiram nessa.
Espera-se
que haja equilíbrio nos compromissos afetivos entre casais, para que não percam
a oportunidade de construir a verdadeira libertação.
Os débitos
que contabilizamos ficam gravados dentro de nós, para que em algum momento
possamos quitar. O espírita, conhecedor das Leis de Deus, que são
misericordiosas, porém justas, deve esforçar ao máximo para manter a união
estável, evitando o rompimento.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC,
Allan - O Livro dos Espíritos, questões 50 a 54 e 686 a 701;
KARDEC, Allan -A Gênese - cap. I,
parágrafos 31 e 32; cap. VI, parágrafos 7, 24, 28, 32, 48 e 49; cap. VII,
parágrafos 7, 24, 28, 32, 48 e 49; cap. X, parágrafos 26 a 30; cap. XI,
parágrafos 15, 16, 23, 29, 32, 39, 41 e 42; cap. XII, parágrafos 25 e 26;
KARDEC,
Allan - O Que é Espiritismo - questão 142;
KARDEC,
Allan - Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVII, itens 7 e II; cap. XXII,
itens I a 5; cap. XVII, itens 3 e 10;
PIRES, José
Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires, pág. 137;
Fonte da imagem: Internet Google.
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