CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

10ª Aula Parte ÚNICA - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O LIVRO DOS MÉDIUNS

Segundo livro da codificação, O Livro dos Médiuns foi publicado em 15 de janeiro de 1861. Substitui o livro Instruções Práticas Sobre as Manifestações Espíritas que Allan Kardec lançou em 1858, como auxílio aos médiuns e doutrinadores, mas que tinha apenas 11 capítulos. Numa abordagem mais ampla da condução da mediunidade, Kardec explica o porquê da substituição por O Livro dos Médiuns: “Preferimos substituir por esta, em que reunimos todos os dados que uma longa experiência e de um estudo consciencioso. Esperamos que ela contribua para mostrar o caráter sério do Espiritismo, que é sua a essência, e para afastar a ideia de frivolidade e divertimento."

Composto por 4 capítulos em sua 1ª Parte e 32 na 2ª Parte, incluindo um capítulo sobre o Vocabulário Espírita, o L.M. baseia-se na 2ª parte de O Livro dos Espíritos. Seu objetivo, Segundo Kardec é “indicar os meios de desenvolvimento da mediunidade em quem a possui, segundo as possibilidades de cada um, e sobretudo orientar o seu emprego de maneira proveitosa.”

Se o L.E. constitui a parte filosófica da doutrina dos Espíritos, O Livro dos Médiuns é a sua parte prática ou experimental. Esclarece sobre a teoria dos gêneros de manifestações espirituais, os meios de comunicação com os Espíritos, além das dificuldades e tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

Apesar de aclarar o caminho de todos aqueles que querem realmente instruir-se pelo bom exercício da mediunidade e de como constituir uma reunião séria, o próprio Kardec alerta que na obra não se encontra uma fórmula universal e infalível da formação dos médiuns.

Kardec nos apresenta uma série de gêneros de manifestações e de mediunidades, porém, o bom proveito que se pode tirar da comunicação com os Espíritos sempre dependera de como a conduzirmos.

Divididas em duas categorias, as manifestações espíritas podem ser de efeitos físicos e de efeitos intelectuais.

Na parte dos efeitos físicos, Kardec explica, entre outros, o fenômeno das mesas girantes e os locais assombrados, acabando com as velhas concepções de magia e de fatos sobrenaturais, que nada tem a ver com a realidade.

Quanto ao desenvolvimento da mediunidade, que nada mais é do que educá-la para um bom aproveitamento, Kardec alerta sobre a influência do meio, da moral do médium e do papel que esse exerce sobre as comunicações. Sobre isso, os Espíritos Erasto e Timóteo dizem: “gostamos de achar médiuns bem adestrados, bem aparelhados, munidos de materiais prontos a serem utilizados, numa palavra: bons instrumentos”. (L.M, questão 225)

Por ser uma faculdade orgânica, os Espíritos esclarecem que a mediunidade independe da moral (L.M, questão 226) e, por isso mesmo, há a necessidade de se passar pelo crivo da razão, como sempre fez Kardec, todas as comunicações espirituais que recebemos. “O que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.”, alerta-nos Erasto, na questão 230.

Kardec ocupou-se ainda de esclarecer sobre como organizar reuniões e sociedades espíritas sérias, finalidade maior quando objetivamos manter contato com Espíritos superiores e que possam nos instruir realmente.

Assim, Kardec lista algumas condições básicas para uma boa reunião, dentre elas: “Pela comunhão de ideias e pensamentos, benevolência recíproca entre todos os membros, renúncia de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã.” (Questão 341)

Constituído de ensinamentos práticos, o LIVRO DOS MÉDIUNS é o verdadeiro roteiro para a formação de Espíritas, na verdadeira acepção do termo. Kardec alerta que, quando agimos visando apenas o interesse pessoal, fomentando o embate de ideias e de opiniões, criamos um ambiente propicio a manifestação de Espíritos grosseiros e perturbadores. Contra esse panorama, Kardec sentencia: “os membros de uma sociedade, que agissem da maneira como vimos de esboçar não seriam verdadeiros espíritas, pois que caridade e a tolerância são o dever primário que a Doutrina impõe a seus adeptos; os que procedem assim são espíritas mais de nome do que de fato.” (Questão 335).

Como disse Santo Agostinho: “Não basta crer, é preciso, sobretudo dar exemplos de bondade, de tolerância e de desinteresse, sem o que estéril será a vossa fé”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que O Livro dos Médiuns constitui a parte experimental do Espiritismo?

2) Do que depende uma boa comunicação com os Espíritos?

3) Como devemos conduzir uma reunião espírita séria?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Ed. FEESP

Fonte da imagem: Internet Google.

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