O MAL E O
REMÉDIO
O Espírito
Santo Agostinho, em comunicação em O Evangelho Segundo o Espiritismo, faz um
alerta a respeito da dor: “Vossa terra é por acaso um lugar de alegrias, um
paraíso de delícias? A voz do profeta não soa ainda aos vossos ouvidos? Não
clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste
vale de dores? Vós que nele viestes viver esperais portanto lágrimas ardentes e
penas amargas, e quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores, voltai
os olhos ao céu e bendizei ao Senhor por vos ter querido provar! Mas ainda que
tivésseis de sofrer uma vida inteira, que seria isso, ao lado da eternidade de
glória reservada à aquele que houver suportado a prova com fé, amor e
resignação?"
Quando vemos
tantos males no mundo, por vezes, o sofrimento nos causam revolta ou
incompreensão. Porém, como Deus é todo Amor, Justiça e Misericórdia,
certamente, o mal não pode originar-se Dele.
Compreendendo
a Sabedoria Divina, que nunca quer o mal de Seus filhos, podemos concluir que,
além do ressarcimento de antigas dívidas, a dor nos serve para que possamos,
além de desenvolvermos virtudes, como a paciência, a mansuetude e o perdão,
progredirmos também em inteligência.
“O homem
devendo progredir, os males aos quais ele está exposto são um estimulante para
o exercício de sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais,
incitando-o a busca dos meios de livrar-se deles. A dor é o estímulo que
impulsiona o homem para a frente na via do progresso”, diz Kardec em A Gênese
(Cap.III - Item 5). E completa mais adiante: “Mas Deus, pleno de bondade,
colocou o remédio ao lado do mal, isto é, do próprio mal faz sair o bem."
(Idem, item 7)
O Espírito
André Luiz, na obra “Ação e Reação”, relata a explicação do Instrutor Druso
sobre a dor-auxílio, a dor que acontece para que possamos aprender com ela. “O
enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade
prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem dores-auxílio, para
que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do
corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas
disciplinas, para o ingresso respeitável na Vida Espiritual.”
De qualquer
forma, quando somos visitados pela dor, devemos refletir sobre ela, procurando
meios de aliviá-la e de aceitá-la com resignação e coragem, quando ela
ultrapassa os limites da nossa ação. O que devemos compreender é que a dor não
é castigo, mas sim um processo de aprendizado, fruto da nossa imperfeição, porém
útil a nossa evolução.
E qual o
remédio para o mal? “A fé é o remédio certo para o sofrimento. Ela aponta
sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de
sombras do presente.”, ensina o Espírito Santo Agostinho.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Para que
servem os males pelos quais passamos?
2) Como
devemos encarar a dor que nos atinge?
3) Por que a
fé é o melhor remédio para nossos males?
Bibliografia
-
Cajazeiras, Francisco - Eutanásia - Enfoque Espírita - Ed. EME.
- Kardec,
Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Xavier,
Francisco Cândido - Religião dos Espíritos - Ed. FEB
- XAVIER,
F.C. Diálogo dos Vivos. São Bernardo do Campo: Grupo Espírita Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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