CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 9 de junho de 2020

11ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


VISÃO ESPÍRITA DA EUTANÁSIA

A eutanásia é o ato pelo qual subtrai-se a vida de alguém, com o pretexto de evitar-lhe sofrimentos, bem como aos seus familiares. É a conhecida “morte piedosa”.

Desde a época de Esparta, na antiga Grécia, pelo culto ao corpo, eram condenados os inaptos e enfermos.

Gladiadores da Roma Antiga ou guerreiros na Idade Média eram sacrificados sob o pretexto de poupá-los da agonia.

Séculos se passaram e, às vezes, o juramento de Hipócrates (460 - 377 a.C) é esquecido: “A ninguém darei, para agradar remédio mortal, nem conselho que conduza à destruição”.

A Medicina

A ciência médica tem a finalidade de curar, de sanar dores. Tem como dever a preservação da vida em todo e qualquer caso.

O Código de Ética Médica prescreve, como dever do médico, o cuidado de preservar a vida e proíbe ao mesmo a utilização de meios destinados a abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido desse ou de seu representante legal. (Cap. V - art.41/2009)

Alguns defensores da eutanásia argumentam quanto à inutilidade do enfermo e o custo de sua manutenção à sociedade e, atualmente, das Unidades de Terapias Intensivas. Ninguém é inútil. Todos temos responsabilidades quanto a preservação da vida dada por Deus.

Ainda há a desculpa de abreviar o sofrimento de doentes terminais. A morte como terapia destrói a razão de ser da Medicina, que deve lutar pela manutenção da vida.

Argumento terrível é aquele dos que defendem a morte dos idosos como uma “morte digna” - certamente seria mais digno defender a vida e respeitar aqueles que prestaram uma vida inteira de serviços a sociedade.

Devemos ainda considerar a distanásia, que é o prolongamento artificial do processo de morte, prolongando assim o sofrimento da pessoa. Pode também ser considerada como um tratamento inútil, que deve ser evitado.

Tem como objetivo recuperar o doente a qualquer custo - muitas vezes é desejo da família, ou do próprio paciente, que tenta agarrar-se a vida, muitas vezes, por temer a morte.

A morte

Como definir a morte? Segundo a doutrina espírita, ela ocorre pela exaustão dos órgãos. (L.E, questão 68)

Nas últimas décadas mudou-se a maneira de considerar a morte. Vários questionamentos de ordem médica, ética e jurídica foram levantados com o desenvolvimento das técnicas de transplantes, além da possibilidade da manutenção artificial das funções fisiológicas fundamentais.

Ela é hoje interpretada como a desintegração de um indivíduo, que se realiza em vários níveis e em várias etapas. Daí a dificuldade de encontrar sinais clínicos seguros do falecimento. A passagem da vida a morte envolve uma série de acontecimentos; não é uma mutação instantânea.

Após discussões éticas e estudos técnicos, concluiu-se que a morte encefálica é o critério para caracterização e constatação da morte do indivíduo.

Desencarnação

A desencarnação significa o desligamento do Espírito do corpo que está em processo mortal, podendo acontecer desde antes da consumação do óbito (L.E, questão 156) ou até tempos depois, como no suicídio.

Não é a partida do Espírito, mas sim o esgotamento dos órgãos físicos que provoca o seu desprendimento.

Em o Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec recebe do Espírito São Luís a resposta à pergunta: “Um homem agoniza, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é sem esperanças. É permitido poupar-lhe instantes de agonia, abreviando lhe o fim?”

“Mas quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir um homem até a beira da sepultura, para em seguida retira-lo, com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e modificar lhe os pensamentos? A ciência, por acaso, nunca se enganou nas suas previsões? Essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que seu Espírito poderia ter feito nos momentos de agonia, e quantos tormentos podem ser poupados por um súbito clarão de arrependimento."

Muitas vezes, suicidas e homicidas do passado enfrentam doenças graves para que possam reajustar-se perante as Leis Divinas. Como diz o Espírito Emmanuel: “ Diante das crianças em prova ou dos irmãos enfermos, imaginados irrecuperáveis, medita e auxilia-os. Ninguém, por agora, nas áreas do mundo físico, pode calcular a importância de alguns dias, para o Espírito temporariamente internado num corpo doente ou disforme."

A questão 944 do L.E. coloca: “O homem tem o direito de dispor da sua própria vida?” “Não, somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão da lei.”

E pode-se complementar: “O assassínio é um crime aos olhos de Deus?” “Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um semelhante interrompe uma vida em expiação ou de missão, e nisso está o mal.” (L.E, questão 746)

Citando mais uma vez Emmanuel, que faz consideração oportuna a respeito do tema, é lançada a reflexão: “Lembra te que valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo necessário a própria sublimação."

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) O que é eutanásia?

2) O homem tem o direito de determinar quando deve morrer ou de dispor da vida de seu semelhante?

3) Qual a utilidade do tempo que é dado a mais para quem se salva da morte?

Fonte da imagem: Internet Google.

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