AURA
Aura, do
latim: aura, ae = o ar em movimento, vento, sopro, eflúvio, exaltação, no
sentido figurado: brilho, cintilação. (Dicionário Aurélio).
“É
claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e
que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se
constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força” em tomo dos
corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, dos mais
rudimentares aos mais complexos se revestem de um “halo energético” que lhes
corresponde à natureza”. (A. Luiz,Evolução em dois Mundos, Capitulo XVII)
André Luiz
não classifica as emanações dos seres não humanos como (auras), porém, de “halo
energético”, constituído por “tecido de força”, sinalizando-nos sensível
diferença entre as irradiações humanas das dos demais reinos da Terra. “A alma
encarnada ou desencarnada esta envolvida na própria aura ou túnica de forças
eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são
peculiares. Essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado
de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos do
mundo intimo, em processo espontâneo de auto- exteriorização, ponto esse do
qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se
afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelem
simpáticos”. (“Mecanismos da Mediunidade”, Cap. X).
Cada ser tem
o fluido próprio, que o envolve e o acompanha em todos os seus movimentos, como
a atmosfera acompanha e envolve cada planeta. (O.P, Manifestações dos
Espíritos, item 1).
Em torno do
ano 1939, o casal russo Kirlian desenvolveu na Universidade de Kirov, antiga
União Soviética, uma câmera que consegue fotografar as emanações de um corpo
submetido a um Campo elétrico de alta voltagem e de baixa amperagem, e
fotografou o que seria a aura das plantas e dedos humanos.
Já em 1968
admitiu-se que a aura seria o Corpo Bioplasmático descoberto por cientistas
russos da Universidade de Kirov. Falou-se também que ocorreriam irradiações em
corpos materiais inorgânicos, como rochas, moedas; etc.
Nos corpos
inorgânicos há um campo magnético formado pelo magnetismo emanante do estado
vibratório dos átomos. O ímã e os astros-celestes são exemplos desse campo de
irradiações. No ser orgânico existe algo mais que no inorgânico, pois é um ser
dotado de vitalidade, fluido vital, o que enriquece a aura, fazendo-a mais
complexa e rica. No ser orgânico pensante, a complexidade energética da aura é
muito maior. O pensamento orientado pela vontade pode dar um maior significado
a aura, visto que sob seu controle ele pode expandir se ao infinito.
A Aura humana
Além do
corpo físico há uma camada leitosa, emanação do próprio corpo. E a aura
material, a qual se dá o nome de duplo etéreo, ou etérico, ou aura vital, comum
a todos os seres orgânicos, existindo, portanto, nos vegetais, nos animais e
nos homens. Esta aura material, emanação de nosso corpo físico, interpenetra-o,
ao mesmo tempo em que parece dele emergir, emitindo continuamente, uma emanação
energética que se apresenta em formas de raias ou estrias que partem de toda a
superfície. Na codificação encontramos na Gênese, Cap. 15: “os movimentos mais
secretos da alma repercutem no envoltório fluídico”. É assim que uma alma pode
ler outra alma como um livro, vendo o que não é perceptível aos olhos do corpo
A aura
humana constitui, portanto, a fotosfera psíquica do homem apresentando cores
variadas, Segundo a onda mental emitida, retratando lhe os pensamentos em cores
e imagens, conforme os objetivos escolhidos, nobres ou deprimentes.
Na obra “Nos
Domínios da Mediunidade”, no Cap. 2, André Luiz cita um aparelho do plano
espiritual, o “psicoscópio”, que se destina a auscultação da alma, com o poder
de definir lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações
em tomo da matéria. A moralidade, o sentimento, a educação e o caráter são
claramente perceptíveis, através de ligeira inspeção.
“A leitura
da aura é Uma técnica de avaliação das condições espirituais das pessoas
através da vidência. Mas é ponto pacífico no Espiritismo que a vidência não
oferece nenhuma condição de segurança para servir como instrumento de pesquisa”
(J.H.Pires - “Mediunidade”, capitulo 13).
A aura espiritual compõe-se de:
- um campo
estável, fundamental, indicativo do caráter das pessoas e de seu grau de
espiritualidade (Parte fixa);
- faixas
ondulantes que revelam as reações do Espírito encarnado às inúmeras circunstancias
da vida exterior (Parte variável).
- conjunto
de estrias que são cintilações, radiações que indicam impulsos momentâneos, de
caráter passageiro.
Nos
trabalhos de cura espiritual, os videntes chamados a proceder a exames
espirituais para determinação de perturbações físicas e psíquicas; isso impõe a
necessidade de conhecimentos sobre o corpo humano e do Perispírito, do qual a
aura é uma espécie de espelho exterior. Os médiuns, para fazerem exames
espirituais, devem apenas deter-se no campo físico, estável da aura. Ela
reflete saúde, doença, caráter, os pensamentos, sentimentos, virtudes e vícios.
Nas moléstias graves a aura se desvanece.
A aura
humana acrescida das vibrações dos pensamentos humanos forma a chamada aura
espiritual do homem.
Temos na
obra de Emmanuel, “Pensamento e Vida”, Cap. 8: “Na vida comum, a alma entra em
ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se
assemelham. Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos. É que
sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias
de todas as pessoas, encamadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.
Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam
aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que
escolhemos”.
Verificamos
assim que “a aura” é a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as
rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de
intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e
examinados pelas Inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos
afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham
em posição inferior a nossa. É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça
fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram
todos os serviços de mediunidade na Terra. (Andre Luiz, Evolução em Dois
Mundos, Cap. 17)
Quando
nossos pensamentos estiverem num padrão vibratório elevado, em prece ou estudos
edificantes, por exemplo, nossa aura apresenta-se, geralmente, ampliada e mais
iluminada.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVII
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Cap. X
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. XI
KARDEC,
Allan. A Gênese: Cap. XV
KARDEC,
Allan. Obras Póstumas: Manifestações dos Espíritos
PIRES, J.
Herculano. Mediunidade: Capitulo XIII
MELO, Jacob.
O Passe: cap. IV item 2
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pensamento e Vida: Cap.8
Fonte da
imagem: Internet Google.
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