“Na natureza parece
que se encontra uma substância sutilíssima, tenuíssima e volicísssima que,
depreendendo-se pelo universo, penetra por toda a parte sem oposição, aquece, vivifica
e torna fecunda todas as criaturas vivas”.
Esse é um trecho da
carta que Galileu Galilei (1564/1642) escreveu ao monsenhor Piero Dini em 23 de
março de 1615, referindo-se ao fluido universal.
Galileu, nome que
lembra Jesus, o sublime Galileu. O Galileu Galilei de que falamos, nasceu em
Pisa e foi um gênio que estudou leis físicas, construiu o termômetro e o
telescópio; astrônomo adotou a tese de Copérnico, do Heliocentrismo, o que lhe
valeu um processo inquisitório em Roma, e, para não ser condenado, renega sua
proposição. Após três séculos de equívocos, em 31 de outubro de 1992, o
Vaticano pretendendo reabilitar Galileu, reabilita-se.
Século depois, em 1862
e 1863, o Espírito Galileu Galilei comunica-se pela psicografia de Camile
Flammarion e temos o capítulo VI, de A Gênese, que trata da “Uranografia”
(descrição do céu), dando-nos a magnífica concepção da Gênese dos Mundos, com a
visão do Espírito, já liberto do corpo carnal.
Fluido
Universal
Sabemos hoje, existir
um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos – fluido gerador de
mundos e de seres, que é a matéria cósmica primitiva. O FLUIDO UNIVERSAL é uma
criação da divindade e o princípio elementar de todas as coisas.
O fluido cósmico (ou
fluido universal), sendo matéria elementar básica, primitiva, suas transformações
e modificações constituem a inumerável variedade de corpos da natureza.
Essas transformações e
modificações do princípio elementar do universo assumem estados que variam
desde o estado fluídico ou etéreo (no plano espiritual), até a condensação ou materialização
(no plano físico).
Princípio
Vital
Vimos, que “esse
fluido penetra os corpos, como um oceano imenso”. É nele que reside o princípio
vital que dá origem à vida dos seres e a perpetua em cada globo, conforme a condição
deste princípio que, em estado latente, se conserva adormecido, onde a voz de
um ser não o chama. (GE., Cap. VI, ítem 18).
Assim, é exato
dizer-se que, “Deus há criado sempre, cria
incessantemente e nunca deixará de criar”.
Ação
dos Espíritos sobre os fluidos
Os Espíritos, por meio
do pensamento e da vontade, agem sobre os fluidos determinando esta ou aquela
direção, combinação ou dispersão. Atuando sobre os fluidos, dão-lhe formas,
cores, mudam suas propriedades químicas, etc... Produzem, assim, aparências,
roupas, objetos que desejam.
Com a desencarnação, o
Espírito que continuar com o seu pensamento concentrado na vida material que
tivera, sente-se ainda “vivo”, criando para si um ambiente fluídico denso, fazendo-o
sofrer; daí a necessidade da renovação constante pelo estudo e prática do Bem.
Qualidade
dos Fluidos – Efeitos
Agindo os Espíritos
sobre os “fluidos espirituais” (matéria quintessenciada), suas consequências
sobre os encarnados são diversas, podendo estar impregnadas de qualidades boas
ou más, que podem ser modificadas em função da pureza ou impureza de seus sentimentos.
Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios
corrompem o ar respirável.
Se estivermos em uma
reunião onde as pessoas procuram emitir bons sentimentos, os seus pensamentos
purificados formam uma corrente fluídica benéfica. Se os pensamentos forem fúteis
ou vulgares do ponto de vista moral, as emanações fluídicas serão de baixo
teor.
Do ponto de vista
físico, esses fluídos podem ser, entre outros: excitantes ou calmantes, irritantes
ou dulcificantes, repulsivos ou reparadores, trazendo, do ponto de vista moral,
expressões de ódio, ciúme, orgulho, egoísmo; ou ainda, de bondade, caridade, benevolência,
amor.
Perispírito
– Ação dos Fluidos
O Perispírito é um dos
produtos mais importantes do Fluido Universal.
O Espírito extrai o
seu envoltório semi-material do fluido ambiente do planeta em que vai habitar.
Daí resulta que esses elementos devem variar segundo os mundos e o adiantamento
moral do Espírito reencarnante. (GE. Cap. XIV, itens 7 e 8).
Foi chamado corpo
fluídico ou corpo espiritual por Paulo de Tarso, de mediador plástico por Emmanuel,
e recebeu muitos outros nomes; Kardec o chamou de Perispírito.
Serve de ligação entre
a Alma e o corpo; é o intermediário, que transmite ao Espírito as sensações
recolhidas pelo corpo físico; e é por ele que o Espírito manifesta a sua
vontade ao exterior.
Atuando sobre os
órgãos da matéria, o Perispírito é o órgão sensitivo do Espírito. (GE. Cap. XIV,
item 22).
O Espírito nunca se
desliga do seu Perispírito, mas a natureza deste se eteriza, na razão de sua
elevação moral.
BIBLIOGRAFIA:
Kardec, Allan - A
Gênese
QUESTIONÁRIO:
1 - Que é fluído
universal?
2 - Que é princípio vital?
3 - Como agem os
Espíritos sobre os fluídos?
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