Jesus, quando aqui
esteve, trouxe-nos inúmeras lições. Lições de bondade, humildade, pacifismo,
abnegação, renúncia e amor.
Para que tivéssemos
gravados até hoje em nossa memória, Lucas e Mateus em seus Evangelhos
relatam-nos que Jesus, na cidade de Cafarnaum, no alto de um monte, deu-nos talvez,
a mais bela explanação sobre a forma de nos elevarmos até Deus nosso Pai.
É uma lição de Amor,
que nos traz sob a forma de um sermão.
Conhecido como Sermão
do Monte, dá-nos as bem-aventuranças necessárias para que possamos crescer para
Deus. Para melhor entendermos o seu significado, vamos encontrar no capítulo 5
do Evangelho segundo Mateus. “Vendo Jesus aquela multidão, subiu a um monte e
tendo-se sentado, aproximaram-se dele os seus discípulos”. E ele abrindo a sua
boca os ensinara dizendo:
Bem-aventurados os
pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os
mansos, porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que
choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os
limpos de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os
pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que
sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois,
quando vos injuriarem e vos perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra
vós, por causa de mim.
“Alegrai-vos e
exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os
profetas que existiram antes de vós”.
Bem-aventurados os
aflitos, por quê?
Quais as causas das
nossas aflições?
São atuais essas
aflições ou são anteriores a essa nossa passagem pelo planeta Terra como espíritos
encarnados?
Será que, no passado
longínquo ou num passado tão remoto assim, não afligimos a outros, em nossas
intemperanças?
Será que Deus é que
nos aflige?
Ora, hoje todos nós
sabemos que tivemos muitas existências aqui ou em outros orbes. Que causamos
males, até mesmo a nós. Daí o motivo por que, muitas vezes, sentimo-nos
solitários.
Nossos amigos
espirituais, nunca nos abandonam, entretanto, nós devemos passar por certas situações
e compreendendo o porquê delas, saberemos então, comportar-nos com mais humildade.
Humildade necessária,
para que possamos alcançar o Reino de Deus.
Bem-aventurados os
humildes. Bem-aventurados os mansos.
E o que é mansuetude?
Será que todos nós temos já em nossos corações implantado esse desejo de nos
modificarmos assim, ao passarmos por situações, por circunstâncias concretas, quando
achamos que fomos agredidos?
Mansuetude é
conquista. Nosso espírito, aos poucos, vai conquistando algumas virtudes. Não só
o ser manso, mas também ser caridoso. Ser amoroso, ser benevolente, ser
pacífico...
Bem-aventurados os
pacíficos. Por quê? Porque é um dos atributos que devemos buscar.
Em um planeta tão
conturbado com guerras, violências e vícios, devemos olhar os outros com olhos
de paz. Paz que é uma conquista íntima do Espírito. Paz que devemos buscar,
orando e vigiando nossos pensamentos. Paz que buscamos quando desejamos servir
a Jesus, nosso divino Mestre e Salvador.
Paz que temos quando
cumprimos as nossas tarefas do dia-a-dia, quando cumprimos nossas tarefas de
educadores dos nossos semelhantes, pelo exemplo que possamos e devemos dar em
todas as circunstâncias que nos envolvem. Paz de espírito é uma conquista que
devemos buscar. Aos poucos e sempre.
Ao nos perguntarmos:
“E quando nos ofendem no mais íntimo do nosso ser?” Devemos orar por aqueles que nos caluniam.
Devemos orar por aqueles que, com esses atos e gestos, só ofendem a si mesmos.
Devemos orar a Deus, nosso Pai, a oração que Jesus nos deixou, compreendendo
cada frase, cada palavra.
Deus concede-nos a
cada dia, a cada hora, a oportunidade de nos modificarmos para o bem, Concede-nos
a oportunidade de compreendermos as belíssimas lições que Jesus nos deixou.
E bem-aventurados
aqueles que desejam se modificar. Bem-aventurados os que desejam evoluir para
Deus. Bem-aventurados os mansos, os pacíficos, os pacificadores. E muito mais, ainda,
aqueles que são injuriados por servirem a Jesus.
Esses têm reservado
seu lugar ao lado do Mestre. São os seus discípulos. Discípulos são alunos
bem-amados, que desejam seguir, ouvir e praticar as lições do Mestre. E quando seguirem
sem queixas, quando sofrerem resignadamente terão o galardão do puro, do justo, do bom, do humilde, do
discípulo de Jesus.
Nós todos, hoje,
sabemos que os bem-aventurados puros de coração são aqueles que seguem a
vontade de Deus.
Deus deseja que
subamos para Ele, com o coração sem mácula, sem nódoa, sem manchas.
Manchas, marcas,
nódoas que adquirimos no passado, em que éramos ignorantes do conhecimento do
Evangelho de Jesus. Marcas ficam e manchas apagamos. Apagamos manchas e marcas
quando desejamos nos modificar para o bem. Apagamos manchas e nódoas quando
amamos a nós mesmos; quando passamos a compreender melhor o nosso próximo.
E se, por enquanto, só
sabemos ou só podemos amar aos nossos filhos, nossos familiares, nossos amigos
mais próximos, já teremos alcançado um progresso.
Quem sabe se, já nessa
encarnação, não ampliamos nosso círculo de amor?...
Tenhamos todos nós,
como um roteiro de vida, como uma página a ser lida e relida muitas vezes, o
Sermão da Montanha.
BIBLIOGRAFIA:
Almeida, João Ferreira
- Evangelho segundo Mateus
QUESTIONÁRIO:
1 - Como conquistar as
virtudes preconizadas por Jesus?
2 - Quem são os
bem-aventurados, a que Jesus se refere?
3 - Por que o Sermão
da Montanha dever ser entendido como um roteiro de vida?
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