CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

16ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


VALORIZAÇÃO DA VIDA – ABORTO E SUICÍDIO

Muitas vezes, quando somos abatidos pelo desespero ou o desalento, não sabemos agradecer a Deus pelo verdadeiro presente que nos foi ofertado: a vida.

O aborto e o suicídio são duas graves faltas que são cometidas pela não valorização da vida e, multas vezes, pela não aceitação das provas pelas quais se deve passar.

O aborto

O aborto ou a interrupção da gravidez, pode ser natural ou provocado, não dando ao feto condições de sobrevivência fora do útero. Explica Kardec em A Gênese: “Quando o Espírito deve encarnar num corpo humano em via de formação, um laço fluídico, que não é outra coisa senão uma expansão de seu perispírito, liga-o ao germe para o qual ele se encontra atraído, por uma força irresistível desde o momento da concepção.” (Cap. XI, item 18)

Desde o momento da fecundação do ovulo, o Espírito já começa a sua união ao corpo que se desenvolve - é o começo de uma nova encarnação e de uma nova oportunidade para o ser imortal, que já haviam sido planejadas, assim como a família onde renasce.

Como nos diz o Espírito Emmanuel: “Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando lhes a volta a nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria”.

Qualquer que seja a época da concepção, o aborto significa a interrupção de uma nova vida orgânica e, quando provocado, é um crime perante a justiça Divina.

“Há sempre crime, quando se transgride a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida a criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que seu corpo devia ser o instrumento.” (L.E questão 358).

Recordemos que a obra de Deus sempre deve ser respeitada, mesmo que ainda incompleta. “Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.” (L.E questão 360)

E toda oportunidade que desperdiçamos hoje, certamente, poderá retomar amanhã a custa de muitas lutas.

“Todo filho é empréstimo sagrado que deve ser valorizado e melhorado pelo cinzel do amor dos pais, para oportuna devolução ao Genitor Celeste. Não adies a tua elevação espiritual através da criminosa ação do aborto, mesmo que as dificuldades e aflições sejam o piso por onde seguem os teus pés. Toda ascensão impõe o encargo do sacrifício. O topo da subida, porém, responde com paz e beleza aos empecilhos que se sucedem na jornada”, completa o Espírito Joanna de Angelis.

Mas sempre há tempo de repararmos os males que causamos anteriormente. Lembremo-nos da assertiva de Pedro: “O amor cobre multidão de pecados”. (I Pedro, 4:8)

O Suicídio

O suicídio pode ser definido como a destruição direta da vida por impulso próprio. O suicídio voluntário é uma transgressão da Lei Divina (L.E, questão 944). Sua causa geral é o descontentamento. Muitos, porém, são os motivos que podem levar o indivíduo ao suicídio: a ociosidade, a falta de fé, a descrença na imortalidade, o pensamento de que tudo acaba com a vida ou a simples dúvida quanto ao futuro.

As ideias materialistas também tem grande contribuição, pois não oferecem ao homem nenhuma alternativa como solução para os seus problemas mais prementes. Segundo Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, elas são “os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral”. (Cap. V item 16)

São diversas as consequências do suicídio, porém, a mais comum, “a que o suicida não pode escapar é o desapontamento” (L.E., questão 957), ou seja, o indivíduo chega a um resultado muito diverso daquele que imaginava. Mas “a sorte não é a mesma para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros numa nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam”.

O efeito mais grave do suicídio é o lesionamento do perispírito, dificultando o desligamento do laço que liga o Espírito ao corpo. Esse fato prolonga também a perturbação espiritual, provocando no suicida a ilusão de que ainda se encontra no mundo dos “vivos”. Assim, alguns podem ressentir-se dos efeitos da decomposição de seu corpo devido a sua falta de coragem e pelo apego a matéria.

Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, explica porque o espírita tem razões para evitar este terrível escape à vida: “a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar; ira mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses." (Cap. V, item 17)

Há todavia, alguns antídotos para não se chegar ao suicídio. Em primeiro lugar, está a prece, que restaura o bom ânimo e a vontade de superação, e que devemos fazer também pelo Espírito suicida, para que ele se reerga e se prepare para encarnações regenerativas. O trabalho, em Segundo lugar, que ajuda a vida a escoar-se rapidamente, ajudando o homem a suportar suas vicissitudes com mais paciência e resignação, sem queixas.

Deve-se observar ainda os benefícios da consciência tranquila, através de uma vida honesta, justa e, acima de tudo evangelizada, pautada na luz dos ensinamentos de Jesus que é “o Caminho, a Verdade e a Vida “.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Por que o aborto constitui grave infração a Lei Divina?

2) Por que o suicida, pensando escapar de um mal, sofre mais ainda?

3) Por que a certeza da vida futura nos traz a valorização da vida?

BIBLIOGRAFIA
XAVIER, F.C. Vida e Sexo. 16.ed. Brasília: FEB, 1996, Cap. 17.
FRANCO, D.P. Após a tempestade. 8.ed. Salvador: Liv. Espírita Alvorada, 1985, Cap.12.

Fonte da imagem: Internet Google.

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