VALORIZAÇÃO DA VIDA – ABORTO E SUICÍDIO
Muitas
vezes, quando somos abatidos pelo desespero ou o desalento, não sabemos
agradecer a Deus pelo verdadeiro presente que nos foi ofertado: a vida.
O aborto e o
suicídio são duas graves faltas que são cometidas pela não valorização da vida
e, multas vezes, pela não aceitação das provas pelas quais se deve passar.
O aborto
O aborto ou
a interrupção da gravidez, pode ser natural ou provocado, não dando ao feto
condições de sobrevivência fora do útero. Explica Kardec em A Gênese: “Quando o
Espírito deve encarnar num corpo humano em via de formação, um laço fluídico,
que não é outra coisa senão uma expansão de seu perispírito, liga-o ao germe
para o qual ele se encontra atraído, por uma força irresistível desde o momento
da concepção.” (Cap. XI, item 18)
Desde o
momento da fecundação do ovulo, o Espírito já começa a sua união ao corpo que
se desenvolve - é o começo de uma nova encarnação e de uma nova oportunidade
para o ser imortal, que já haviam sido planejadas, assim como a família onde
renasce.
Como nos diz
o Espírito Emmanuel: “Comumente chamamos a nós antigos companheiros de
aventuras infelizes, programando lhes a volta a nosso convívio, a prometer-lhes
socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate,
burilamento e melhoria”.
Qualquer que
seja a época da concepção, o aborto significa a interrupção de uma nova vida
orgânica e, quando provocado, é um crime perante a justiça Divina.
“Há sempre
crime, quando se transgride a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá
sempre um crime ao tirar a vida a criança antes do seu nascimento, porque isso
é impedir a alma de passar pelas provas de que seu corpo devia ser o instrumento.”
(L.E questão 358).
Recordemos
que a obra de Deus sempre deve ser respeitada, mesmo que ainda incompleta.
“Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.” (L.E
questão 360)
E toda
oportunidade que desperdiçamos hoje, certamente, poderá retomar amanhã a custa
de muitas lutas.
“Todo filho
é empréstimo sagrado que deve ser valorizado e melhorado pelo cinzel do amor
dos pais, para oportuna devolução ao Genitor Celeste. Não adies a tua elevação
espiritual através da criminosa ação do aborto, mesmo que as dificuldades e
aflições sejam o piso por onde seguem os teus pés. Toda ascensão impõe o encargo
do sacrifício. O topo da subida, porém, responde com paz e beleza aos
empecilhos que se sucedem na jornada”, completa o Espírito Joanna de Angelis.
Mas sempre
há tempo de repararmos os males que causamos anteriormente. Lembremo-nos da
assertiva de Pedro: “O amor cobre multidão de pecados”. (I Pedro, 4:8)
O Suicídio
O suicídio
pode ser definido como a destruição direta da vida por impulso próprio. O
suicídio voluntário é uma transgressão da Lei Divina (L.E, questão 944). Sua
causa geral é o descontentamento. Muitos, porém, são os motivos que podem levar
o indivíduo ao suicídio: a ociosidade, a falta de fé, a descrença na
imortalidade, o pensamento de que tudo acaba com a vida ou a simples dúvida
quanto ao futuro.
As ideias
materialistas também tem grande contribuição, pois não oferecem ao homem
nenhuma alternativa como solução para os seus problemas mais prementes. Segundo
Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, elas são “os maiores
incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral”. (Cap. V item 16)
São diversas
as consequências do suicídio, porém, a mais comum, “a que o suicida não pode
escapar é o desapontamento” (L.E., questão 957), ou seja, o indivíduo chega a
um resultado muito diverso daquele que imaginava. Mas “a sorte não é a mesma
para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente,
outros numa nova existência, que será pior do que aquela cujo curso
interromperam”.
O efeito
mais grave do suicídio é o lesionamento do perispírito, dificultando o desligamento
do laço que liga o Espírito ao corpo. Esse fato prolonga também a perturbação
espiritual, provocando no suicida a ilusão de que ainda se encontra no mundo
dos “vivos”. Assim, alguns podem ressentir-se dos efeitos da decomposição de
seu corpo devido a sua falta de coragem e pelo apego a matéria.
Allan
Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, explica porque o espírita tem
razões para evitar este terrível escape à vida: “a certeza de uma vida futura,
na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado
tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um
resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair
noutro ainda pior mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que,
ao se matar; ira mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a reunião,
no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo
isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus
próprios interesses." (Cap. V, item 17)
Há todavia,
alguns antídotos para não se chegar ao suicídio. Em primeiro lugar, está a
prece, que restaura o bom ânimo e a vontade de superação, e que devemos fazer
também pelo Espírito suicida, para que ele se reerga e se prepare para
encarnações regenerativas. O trabalho, em Segundo lugar, que ajuda a vida a
escoar-se rapidamente, ajudando o homem a suportar suas vicissitudes com mais
paciência e resignação, sem queixas.
Deve-se
observar ainda os benefícios da consciência tranquila, através de uma vida
honesta, justa e, acima de tudo evangelizada, pautada na luz dos ensinamentos
de Jesus que é “o Caminho, a Verdade e a Vida “.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) Por que o
aborto constitui grave infração a Lei Divina?
2) Por que o
suicida, pensando escapar de um mal, sofre mais ainda?
3) Por que a
certeza da vida futura nos traz a valorização da vida?
BIBLIOGRAFIA
XAVIER, F.C.
Vida e Sexo. 16.ed. Brasília: FEB, 1996, Cap. 17.
FRANCO, D.P.
Após a tempestade. 8.ed. Salvador: Liv. Espírita Alvorada, 1985, Cap.12.
Fonte da imagem: Internet Google.
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