CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

16a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


MEDIUNIDADE E PSICOTERAPIA

“O homem através de suas realizações, construções mentais e atitudes, instala nos centros da vida pensante os distúrbios que produzem alienações das mais diversas que terminam por se manifestar através de psicoses e psicopatias.” (Joana de Angelis) Muitos problemas atuais tem sua origem no caminho percorrido em outras encarnações, outros são consequência de ideias e emoções cultivadas na vida presente. A psicoterapia é procurada para tratamento de tais distúrbios através de métodos como a persuasão, sugestão, hipnose, psicanálise e os processos que dela derivam, e sua finalidade é restabelecer o equilíbrio emocional perturbado.

As Casas Espíritas igualmente são procuradas por criaturas perturbadas e infelizes que buscam acolhimento junto a medianeiros benévolos, equilibrados, que as orientam nos princípios doutrinários do Espiritismo, verdadeira terapia da alma. Para que esse auxílio seja mais eficaz é importante que o médium ou atendente, ao realizar o atendimento, conheça alguns princípios de psicoterapia, de relacionamento interpessoal, bem como necessidades individuais que devem ser respeitadas tais como:

 Necessidade da criatura ser tratada como pessoa que tem valor absoluto, com dignidade inata e não ser classificada como um tipo ou categoria.

 Necessidade de exprimir os próprios sentimentos, que podem ser positivos, negativos, de medo, de insegurança. A discrição do médium é condição fundamental.

 Necessidade de compreensão, simpatia, bondade, para que a criatura sinta segurança quanto ao interesse afetivo na solução dos problemas apresentados.

 Necessidade de não ser julgado por causa de suas dificuldades: o orientador não deve mostrar estranheza ou perplexidade e tampouco levantar hipóteses precipitadas sobre os problemas, sem análise mais cuidadosa.

 Necessidade de ser tratado como pessoa livre, com direito as próprias escolhas. Não se deve forçar soluções e sim apontar caminhos, deixando as opções a cargo do arbítrio de cada um.

Podemos apontar ainda algumas atitudes que favorecem o auxílio aos necessitados:

 Argumentação sob o crivo do discernimento espírita, exaltando a responsabilidade pessoal de cada um diante dos obstáculos. Lembremo-nos de Jesus: “Tudo depende de ti e da tua fé”, convidando o entrevistado para uma vida autêntica, oferecendo apoio e incentivo para a construção da “casa sobre a pedra”. (Abandono das fantasias).

 Auxílio para que cada um evite a transferência psicológica que atribui aos outros os danos que foram causados por negligência própria. Estimular a criatura a mergulhar nos íntimos painéis de si mesmo, combatendo os inimigos “de dentro”.

 Ressaltar que o encorajamento e ajuda não exime a necessidade de reparação dos danos.

 No atendimento manter o equilíbrio: nem desmedido envolvimento, nem excesso de indiferença.

 O orientador espírita deve também considerar que “os sintomas resultantes das influências mediúnicas não são diferentes daqueles apresentados pelos processos psicológicos naturais. A definição exige conhecimento e observação, já que ambos os campos, via de regra, se interpenetram” (Adenauer Novaes).

“São inimagináveis as possibilidades de socorro de um encarnado confiante no Alto” (Emmanuel), mas é preciso que os orientadores se instruam constantemente para melhorar seus processos de análise das almas, suas técnicas de expor soluções estimulando a confiança necessária à renovação mental e moral do homem, reconduzindo-o ao equilíbrio, livrando-o das fixações e auxiliando a terapêutica convencional; tanto quanto é imperioso o esforço honesto e constante para melhoria por parte da criatura necessitada.

Bibliografia:

FRANCO, Divaldo Pereira (Espírito Joana de Angelis). Após a Tempestade: Lição 17

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Estude e Viva: Lição 31

NOYAES, Adenauer. Psicologia e Mediunidade: Pag. 37 a 41 e 87 a 90

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz: Cap. 4 (Vampirismo)

PIRES, José Herculano. Vampirismo

Questões para Reflexão:

1) Explique o processo da simbiose espiritual e quais as suas causas.

2) Explique a ação dos Espíritos vampirescos e como a criatura pode libertar-se dessas influências negativas.

3) Explique o porquê da Doutrina Espírita ser considerada como “terapia da alma”.

4) Relacione algumas atitudes que colaboram no auxílio a criatura necessitada.

Fonte da imagem: Internet Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário