CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

14a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE - MÉDIUNS IMPERFEITOS

A experiência demonstra que os médiuns podem perder a faculdade que possuem, o que, no entanto, não é tão frequente. O mais comum é apenas uma suspensão, uma interrupção passageira da mediunidade, quer nas manifestações físicas ou intelectuais, qualquer que seja o gênero da faculdade. A causa da perda da mediunidade não está no esgotamento do fluido, mas, porque os Espíritos se afastam do médium porque não querem mais servir-se dele. Os Espíritos disseram a Kardec que o dom da mediunidade, não é concedido ao médium para o seu deleite e, ainda menos, para a satisfação de suas ambições, mas com a finalidade da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde as suas visitas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um médium mais digno.

As principais causas que podem causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos são as seguintes:

1- Quando se usa para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos;

2- Quando se nega a transmitir as comunicações ou os fatos transmitidos pelos Espíritos;

3- Outras vezes, a suspensão ocorre para proporcionar repouso material ao médium que dele necessite caso em que não é permitido a outros Espíritos substituir o Protetor;

4- Noutras ocasiões, serve para lhe pôr a paciência a prova e para lhe experimentar a perseverança, dando-lhe tempo de meditar sobre as instruções recebidas.

A suspensão da mediunidade funciona mais como uma advertência ao médium. A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos que habitualmente se comunicam. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que perde temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora na impossibilidade de os ver. Por isso a interrupção da faculdade mediúnica nem sempre traduz uma censura por parte do Espírito, pois que pode ser uma prova de benevolência. Para saber se se trata de uma censura, aconselham os Espíritos, deve o médium interrogar a sua própria consciência e inquirir a si mesmo qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem recusado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se lhe tem dado e assim terá a resposta na própria consciência. Não se recomenda ao médium que ficou impossibilitado da faculdade mediúnica recorrer a outro médium, muitas das vezes nada de satisfatório se consegue, pois depende da vontade do Espírito, cumpre então abster-se de insistir e de impacientar-se, se não quiser ser vítima de Espíritos enganadores, que responderão, no caso de procurar-se uma resposta forçada. Os Bons Espíritos permitem que isso aconteça para punirem aqueles que insistem.

O meio de abreviar a prova da suspensão da mediunidade, segundo os ensinamentos dos Espíritos, consiste na resignação e na prece.

Devem os médiuns lembrar-se sempre de que o dom da mediunidade é uma missão e como tal deve-se usá-lo santamente, religiosamente. O desempenho eficaz das faculdades mediúnicas tornam os médiuns mais felizes, porque a mediunidade bem conduzida é um caminho para a felicidade. Porém, aqueles médiuns que rejeitam o dom concedido por Deus, ou ainda, desviam as suas faculdades para coisas inferiores, são médiuns imperfeitos; desconhecem o valor da graça que lhes é concedida. A faculdade lhes foi outorgada porque precisam dela para se melhorarem, para ficarem em condições de receber bons ensinamentos. Se não aproveitam da concessão, sofrerão as consequências. Jesus ensinou que os sãos não precisam de médicos e sim os doentes. Os médiuns imperfeitos são os doentes da alma, que por negligência ou outros interesses rejeitam o remédio divino. O doente que não aceita o remédio, é o primeiro a trabalhar contra sua própria segurança.

Aquele que não possua o dom da mediunidade, poderá aperfeiçoar-se recorrendo aos livros, ao estudo, ao Evangelho, porquanto para praticar a moral de Jesus, não é preciso que o cristão tenha ouvido as palavras ao lhe saírem da boca.

O Apóstolo Paulo, em I Coríntios: 12:4 diz que “há diversidades de dons, mas um mesmo é o Espírito; há diversidades de ministérios, e um mesmo é o Senhor.” Joanna D’Angelis através de Divaldo P. Franco, comenta que há médiuns e mediunidades. Mediunidades todos nós possuímos. Aprimorá-las ou descurá-las, relegando-as a plano secundário, é responsabilidade que cada um exerce mediante o próprio livre arbítrio. Todos estamos interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos. Vinculados Espírito a Espírito pelo impositivo da evolução, desde que constituímos famílias que formam a grande família universal, sintonizamo-nos reciprocamente pelas afinidades e aptidões, ideais e desejos num intercâmbio imenso de que somente o amor consegue os objetivos elevados, libertadores. Assim sendo, é preciso refletir nas possibilidades mediúnicas que se possui e elevar-se pelo exercício das ações nobilitantes, de modo a desenvolver os recursos positivos na realização do bem a que o Senhor a todos convoca. Necessário assim, acender a lâmpada do auxílio fraterno no coração, a fim de que a caridade possa inspirar os médiuns da esperança entre os que aspiram a um Mundo renovado e feliz para o futuro.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: Cap. XVI n° 196 e Cap. XVII - n°220

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 14 e 27

FRANCO, Divaldo Pereira (Espírito Joana de Angelis). Livro: Convites da Vida: item 30

Fonte da imagem: Internet Google.

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