CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

14a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


DEUS, JUSTIÇA E EVOLUÇÃO

A justiça de Deus tem por finalidade a evolução da criatura. É a expressão de sua misericórdia. Aquilo que vemos não começou a ser tal como se nos apresenta na atualidade. A ideia surge no cérebro de um e a obra perfeita é a resultante do concurso e da cooperação de muitos, através das gerações. A imprensa moderna, em nada se parece com a de Gutenberg. As ciências; as artes, em suas várias modalidades; a política; a religião e todas as demais manifestações da atividade do pensamento humano tem sofrido através de todos os tempos a influência benfazeja da evolução.

Se a imprensa de Gutenberg, em sua forma primitiva passou como passam as sombras e hoje vive em moldes mais aperfeiçoados, da mesma forma, o homem de outrora vive no homem de hoje; e como Espírito imortal atingira através da evolução a condição de Espírito Puro. Para frente e para o alto, tal é o dístico inscrito em cada átomo do Universo. O resultado de melhoramentos acumulados de geração em geração, como também o princípio imortal, que anima a matéria, transmigra, levando consigo, numa ascensão continua e plena pela senda da eternidade, os aperfeiçoamentos e progressos conquistados.

A evolução é um fato que se impõem, e em tudo se verifica. Os homens e os animais de hoje são bastante diferentes dos homens e animais de outrora. Muitas espécies de animais da antiguidade desapareceram do cenário terreno, existindo apenas alguns exemplares nos museus ou através de vestígios fósseis.

No passado longínquo, o Politeísmo grassava em quase todas as nações do mundo. Os deuses constituíam o centro de adoração de todos. Hoje, o Monoteísmo é consagrado em quase todas as nações da Terra. Deus é a imagem central de todas as religiões. Nas épocas imemoriais, faziam-se sacrifícios aos deuses, de crianças e animais.

Atualmente, essa prática é considerada abominável, horripilante. No passado ainda recente, o povo e até a religião majoritária acreditavam, através do sistema geocêntrico, que o mundo era imensa planície, e o Sol girava em torno da Terra. Após a descoberta de Galileu, foi universalmente aceito o sistema heliocêntrico, concebendo-se que a Terra e outros Planetas são imensos globos, girando em tomo do sol. Há alguns séculos, os chamados hereges eram queimados em praças públicas, e as religiões acreditavam que assim procedendo, prestavam um serviço a Deus. Na atualidade, a simples lembrança desses episódios é considerada aterrorizante, aos olhos de todos os homens, e um ultraje às sábias leis do Criador.

A criação é uma cadeia infinita, cujos elos se entrelaçam num perene movimento ascensional. Desde o átomo até ao Arcanjo tudo se encadeia. Não é dado ao homem ter uma visão mais ampla e palpável desse entrelaçamento gradual e progressivo dos Espíritos, porque o minúsculo Planeta onde habitamos não representa mais do que uma diminuta fração do Universo incomensurável. Para onde quer que voltemos nossos olhos, verificamos que tudo evoluiu e continua a evoluir na Terra; por isso, acreditando na evolução, acreditamos na justiça divina, e, acreditando na justiça divina, forçosamente acreditamos em Deus, Criador do Universo e da Vida, fonte geratriz de todas as coisas.

Sendo Deus a causa primaria de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, é a base sobre a qual repousa o edifício da Criação. Essa é a questão crucial que o homem deve considerar antes de tudo, principalmente quando pretende analisar as coisas pertinentes a constante evolução de tudo o que é criado por Deus. Seria um grande erro e um atentado contra a Justiça Divina, se os Espíritos criados por Deus tivessem que permanecer eternamente jungidos ao estado e as condições em que conhecemos no momento atual. Que significado teria a evolução, se os Espíritos inferiores não evoluíssem para as etapas superiores?

A escada que o patriarca Jacó viu em sonho, quando a caminho da Mesopotâmia, é a mais insofismável e fiel imagem da evolução. Por essa escada, cujas extremidades se apoiavam, respectivamente, uma na terra e outra no Céu, subiam e desciam os Espíritos. A escada, com seus numerosos, incontáveis degraus, representa a alegoria perfeita das várias etapas do progresso que os Espíritos vão galgando, a fim de atingirem os planos superiores.

Por isso, dois postulados refulgem na constelação da fé espírita: evolução e reencarnação. A Doutrina das existências sucessivas é um fato que se impõe. Sem ela, como explicar os fenômenos da evolução? A reencarnação, postulado espírita, é a palingenesia de Pitágoras: negá-la é negar a evolução, é negar o senso da vida.

Emmanuel, através da psicografia de Francisco Candido Xavier, esclarece-nos que em nome da Eterna Sabedoria, o homem é o Senhor da evolução na Terra. Todos os reinos do planeta rendem-lhe vassalagem.

Claramente, nós, os Espíritos em aperfeiçoamento, no aperfeiçoamento terrestre, conseguimos alterar ou manobrar as energias e os seres inferiores do orbe a que transitoriamente, nos ajustamos, e do qual nos é possível catalogar os impérios da luz infinita, estudantes no Universo. A face disso, não obstante sustentados pelo Apoio Divino, nas lides educativas que nos são necessárias, o aprimoramento moral corre por nossa conta. O professor ensina, mas o aluno deve realizar-se. Os Espíritos superiores nos amparam e esclarecem, no entanto, é disposição da Lei que cada consciência responda pelo próprio destino. Meditemos nisso, valorizando as oportunidade em nossas mãos. Por muito alta seja a quota de trabalho corretivo que trazemos dos compromissos assumidos em outras reencarnações, possuímos determinadas sobras de tempo e, com o tempo de que dispomos, basta que usemos sabiamente a vontade, que tantas vezes manejamos para agravar nossas dores, a fim de consagrarmos ao serviço do bem e ao estudo iluminativo.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: Pergs. - 667 a 673 e 776 a 802

VINICIUS. Em Torno do Mestre: Lição (Deus, Justiça e Evolução)

VINICIUS. Nas Pegadas do Mestre: Lição (Evolucionismo)

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel) - Livro da Esperança. item 06

Questões para reflexão:

1) Faça a diferença entre perda e suspensão da mediunidade e explique o porquê desses acontecimentos.

2) Explique os procedimentos que devem ser formados para com o médium que sofre a perda ou a suspensão da mediunidade.

3) Faça um breve relato sobre a diferença dos homens e animais de hoje com os homens e animais de outrora a Luz do Espiritismo.

4) De acordo com o conteúdo da Lição: Deus, Justiça e evolução, explique o significado da afirmação: Desde o átomo até o Arcanjo tudo se encadeia.

Fonte da imagem: Internet Google.

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