O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES
Os Médiuns
são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos
Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos
para se expressarem aos homens por maneira inteligível. (Allan Kardec - E.S.E.
Cap. 28 item 9).
“O papel dos
médiuns difere essencialmente conforme os casos. Eles passam por todos os graus
do transe, de acordo com as absorções que lhes devem ser feitas”. (No Invisível
- Leon Denis - Cap. XX)
O médium
desempenha um papel essencial no estudo dos fenômenos espíritas. Participa
através do seu invólucro fluídico, da vida do Espaço e, através do corpo físico
da vida terrestre, é ele o intermediário entre os dois mundos. (No invisível -
Leon Denis - Cap. IV)
A
comunicação entre os Espíritos se realiza unicamente pela irradiação do
pensamento. O pensamento não necessita de vestes ou palavras para ser
compreendido, pois são captados pelo direcionamento dos mesmos e entendimento
conforme o adiantamento de cada Espírito. Contudo, os seres encarnados, só
podem comunicar-se pelo pensamento traduzido em palavras, que se tomam
necessárias para as suas ideias, o Espírito necessita de um instrumento: esse
instrumento é o médium. Qualquer que seja a natureza dos médiuns, os processos
de comunicação não variam na essência, realizam-se unicamente pela irradiação
do pensamento. O Espírito do médium recebe a comunicação do Espírito e a
transmite por meio de seus órgãos corporais, servindo assim de interprete,
porque está ligado ao corpo que serve para comunicação.
Os Espíritos
não têm senão a linguagem do pensamento que é o idioma universal, compreendido
por todos, tanto pelos homens quanto pelos Espíritos. Assim, podemos deduzir
que as principais características relacionadas ao papel do médium nas
comunicações, são as seguintes:
- Ele é
sempre ativo, seja consciente ou inconsciente, intuitivo ou mecânico, dele
sempre depende a transmissão e a pureza das mensagens; e assim sendo, a
passividade do médium e uma concordância determinada por sua vontade.
- O Espírito
não se serve das ideias do médium, mas das referências existentes na sua mente
para exprimir os seus próprios pensamentos.
- O estudo
para o desenvolvimento intelectual e moral favorece a comunicação, pois nesse
caso o Espírito comunicante encontra na mente do médium os elementos
apropriados a roupagem de palavras correspondentes ao seu pensamento.. Assim
quando encontra num médium, a mente cheia de conhecimentos adquiridos na vida
atual e conhecimentos anteriores latentes, os pensamentos se comunicam instantaneamente.
- O médium
menos preparado torna o trabalho dos Espíritos mais demorado e penoso, pois há
necessidade de decompor os pensamentos e muitas vezes ditar palavra por
palavra. O médium mal aparelhado exige um trabalho semelhante à comunicação por
pancadas.
As
comunicações dos Espíritos trazem sempre, em maior ou menor grau, o cunho
pessoal do médium quanto à forma e estilo, embora o pensamento não seja
absolutamente dele, e não faça Parte de suas preocupações habituais, o médium
não deixa de exercer sua influência, dando-lhe as qualidades e propriedades características
a sua individualidade.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. 28, item 9
KARDEC,
Allan. Livro dos Médiuns. 2ª parte, cap. IV item 74, perg. 8, 19 e Cap. XIX
DENIS, Leon.
No invisível: Cap. IV e XX
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Irmão X). Lazaro Redivivo: Cap. 04
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). Caminho Verdade e Vida: Lição 69
XAVIER,
Francisco Cândido (André Luiz). Missionários da Luz: Cap. 3
Fonte da
imagem: Internet Google.
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