MEDIUNIDADE: FACULDADE HUMANA - PERCEPÇÃO
DOS ANIMAIS
Mediunidade:
Faculdade Humana
Mediunidade
é termo criado por Allan Kardec, para designar uma faculdade que todos os seres
humanos possuem e que lhes possibilita comunicar-se com os Espíritos. Sendo
inerente ao homem, há registros históricos sobre a Mediunidade em todos os
tempos e em todos os povos, apenas sob outras denominações se interpretações.
Foi por meio
dela que os Espíritos diretores puderam auxiliar na evolução espiritual do
homem orientando-o, assistindo-o, em todas as fases da sua peregrinação no
planeta terra. Vindo conviver com os homens ou dando-lhes, pela mediunidade as
inspirações e os ensinamentos necessários; foram sempre eles, esses mentores
devotados e solícitos, elementos decisivos dessa evolução. Através do tempo
essa faculdade quase não se modificou, desde milênios; manteve os mesmos
aspectos, variando os fenômenos e as manifestações conforme a necessidade
espiritual evolutiva do homem. (Mediunidade -Edgard Armond).
Todos os
homens têm o seu grau de mediunidade, nas mais variadas posições evolutivas, e
esse atributo do Espírito representa ainda, a alvorada de novas percepções para
o homem do futuro, quando, pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas
humanas verão alargar-se a janela acanhada dos seus cinco sentidos.
No L.M. Cap.
XIV - 159 os Espíritos afirmam que toda pessoa que sente, em um grau qualquer,
a influência dos Espíritos, por isso mesmo é médium. Não é privilégio
exclusivo; também são poucos nos quais não se encontrem alguns rudimentos dela.
Pode-se, pois, dizer que todo mundo é, mais ou menos, médium.
No Cap. XIX
- 223, 224 e 225, acrescenta: para uma comunicação inteligente há necessidade
de um intermediário inteligente, e esse intermediário é o médium, pois, os
Espíritos não possuem a linguagem articulada, encontram no cérebro do médium os
elementos próprios para darem ao seu pensamento a vestimenta da palavra
correspondente, embora seja o médium intuitivo, semi-mecânico ou mecânico puro.
Quando os
Espíritos encontram num médium o cérebro enriquecido de conhecimentos
adquiridos em sua vida atual, e seu Espírito rico de conhecimentos anteriores
latentes, a comunicação e facilitada e há preferência, o que não ocorre com um
médium de inteligência limitada e conhecimentos anteriores insuficientes.
Camille
Flammarion na sua obra “O desconhecido e os Problemas Psíquicos”, Cap. I,
explana com sabedoria sobre as faculdades humanas que são fatos inexplicados,
que pertencem ao domínio do desconhecido. São desta categoria os seguintes
fenômenos: a telepatia, ou sensação à distância, as aparições ou manifestações de
moribundos, a transmissão do pensamento, a visão em sonho, em estado
sonambúlico, sem o concurso dos olhos, a presciência ou premonição de certos
ruídos inexplicados, os levantamentos ou levitações contrarias às da gravidade,
os movimentos e transportes de objetos sem contato e muitos outros fenômenos
estranhos para muitos inexplicáveis. Tudo está na natureza, tanto o
desconhecido como o conhecido, e o sobrenatural não existe. Os eclipses, os
cometas, as estrelas eram vistos como sobrenaturais, como manifestações da
cólera divina, antes de se ter o conhecimento das leis que os regem. Todos os
nossos conhecimentos humanos poderiam ser representados por uma minúscula ilha
rodeada por um oceano sem limites.
No dia de
Pentecostes, vários fenômenos mediúnicos marcaram a tarefa dos apóstolos,
mesclando-se efeitos físicos e intelectuais. Neles mostram-se os Valores
mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, situando-se
desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso
ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras. (A. Luiz -
Nos Domínios da Mediunidade, Cap. XXVI)
Gabriel
Delanne, no livro “A Alma é Imortal” cita impressões produzidas pelas aparições
dos animais, a irrefutável percepção de espirilos que tem os animais, bem como,
o terror que eles manifestam quando os percebem e a atitude que assumem, tão
diferente da que guardam em presença dos fenômenos naturais.
Percepções
dos Animais
O
Espiritismo ensina que tudo se evolui no universo.
Darwin
abordou a evolução no plano da matéria, Kardec mais ousado enunciou a evolução
do Espírito. (O Espírito e o Tempo - J. Herculano Pires)
Tudo é
transição na natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante e que, todavia
tudo se liga. (L.E, Cap. XI, q. 589)
No L. E,
questão 588, encontramos os apontamentos seguintes a respeito das faculdades
perceptivas na fase rudimentar nos reinos inferiores da evolução da espécie: há
nas plantas, como nos animais uma espécie de instinto de conservação dependendo
da extensão que seda a esse termo.
Na maioria
dos animais há neles uma espécie de instinto de inteligência, cujo exercício é
mais exclusivamente concentrado sobre os meios de satisfazerem suas
necessidades físicas e proverem a sua conservação. L.E. Cap. XI-593
No livro “O
Consolador”, Emmanuel, pela psicografia de F. C. Xavier, vem de encontro a esse
apontamento:
“Os
irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. Contudo, têm
percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo”.
Erasto, no
L.M., Cap. XXII, item 236, afirma: “Há um princípio que, estou seguro, é
admitido por todos os espíritas: é que os semelhantes agem com seus semelhantes
e como seus semelhantes”. Ora quais são os semelhantes dos Espíritos senão os
Espíritos encarnados ou não?
Os animais
adestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los?
Conclui, pois, que os animais não podem servir de intérpretes.
No Gênesis
1: 24 (Bíblia de Jerusalém) referindo-se a Criação de Deus diz: “Que a terra
produza seres vivos segundo a sua espécie, animais domésticos, répteis e feras
segundo sua espécie e assim se fez”.
Continuando:
1:26 - “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e que eles dominem sobre
os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos
os répteis que rastejam sobre a terra.”
Em
Eclesiastes 3:21 afirma: “Não procures o que é muito difícil para ti, não
investigues o que Vai além de tuas forças”.
É possível
que Erasto tenha se mirado nesses ensinamentos e conhecendo a imperfeição da
humanidade falava de uma fase transitória do principio inteligente na sua
caminhada evolutiva, e que naquela condição, os animais não podiam ser
comparados ao ser humano.
André Luiz,
no livro “Mecanismo da Mediunidade”, cap. X, diz: “Nos reinos inferiores da
natureza, a Corrente mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de
constituição primaria, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e
avançando pelo domínio dos animais mais simples, para se evidenciar mais complexa
nos animais superiores que já conquistaram bases mais amplas à produção do
pensamento continuo”.
Emmanuel, em
“O Consolador” perg. 79, afirma: “A escala do progresso é sublime e infinita. O
mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem razão. O
anjo é Divindade. Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores
gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da
fraternidade universal”.
Fechando
Cap. XXII do “Livro dos Médiuns” diz Erasto, “Para resumir os fatos
medianímicos não podem se manifestar sem o concurso consciente ou inconsciente
de médiuns; e não é senão entre os encarnados, Espíritos como nós que podemos
encontrar aqueles que nos sirvam de médiuns”.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan - Livro dos Médiuns
KARDEC,
Allan - Livro dos Espíritos
ARMOND,
Edgard. Mediunidade
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador
XAVIER,
Francisco Cândido (André Luiz). Mecanismo da Mediunidade
FLAMMARION,
Camille. O Desconhecido e os Problemas Psíquicos
PRADA,
Irvênia. A Questão Espiritual dos Animais
Fonte da
imagem: Internet Google.
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