SERVIÇO MEDIÚNICO E A INFLUÊNCIA MORAL DO
MÉDIUM
O médium
como instrumento utilizado pelo Espírito para transmissão de suas ideias é
totalmente responsável pelo desempenho de sua tarefa. A responsabilidade pela
mesma deve permear seu trabalho através da dedicação com a qual se aplica a
ela, no dia a dia, desempenhando o seu trabalho mediúnico com o exato sentido
do dever a realizar. “O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a
felicidade ou o repouso do vosso próximo; termina no limite em que não
gostaríeis de vê-lo passar além de vós mesmos (E.S.E., Cap. XVII, item 7)
Embora a
presença da mediunidade não seja necessariamente indicio de elevação moral, o
mesmo ocorre com seu uso, que dependera do tipo de sintonia que o médium
estabelecera com os Espíritos, superiores ou inferiores. O trabalhador do bem é
reconhecido pela qualidade de seu caráter e pelo cultivo das virtudes.
A moral
cristã é seu guia diário de conduta, pois o Espiritismo não cria nenhuma nova
moral. Facilita aos homens a inteligência e a prática da moral do Cristo.
Reconhece-se
o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para
dominar suas más inclinações. (E.S.E. Cap. XVII, item 4). A maturidade do senso
moral, ainda que inerente no desenvolvimento do Espírito encarnado exige um
árduo trabalho para quebrar os laços da matéria, que em alguns são muito fones
para permitir ao Espírito desligar-se das coisas da Terra.
A reforma
íntima juntamente com o esclarecimento decorrente das leituras das obras da
codificação propicia a real consciência dos processos mediúnicos, de suas
modalidades, das particularidades de seu desenvolvimento, da responsabilidade
de sua prática que dá condições ao médium de conhecer sua própria sensibilidade
mediúnica.
O médium,
acima de tudo, deve estar convencido da necessidade de servir ao próximo,
levando esperança e consolo através do influxo da esfera superior e do correto
embasamento cristão, com humildade suficiente para colaborar sem impor-se e com
a determinação voltada à realização da tarefa.
“A
experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de
aprendiz e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de
aprender, facilitando o mesmo ensejo ao semelhante.” (CVV - n° 3)
“Haverá na
experiência de cada um de nós a ordenação do Criador e o serviço da criatura.
Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo tempo.
Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor cada dia, e
executá-la do melhor modo”. (Vinha de Luz -19).
“O
conhecimento doutrinário beneficia aqueles que, em sessões mediúnicas, operam
no intercâmbio, assim como aqueles que, sem se aperceberem, transmitem na
conversação inspirações da Esfera Espiritual” (Martins Peralva - Mediunidade e
Evolução, lição 7).
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. XVII, itens 4 e 7
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). Roteiro: Caminho Verdade e Vida: Lição 3
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). Vinha de Luz: Lição 19
PERALVA,
Martins. Mediunidade e Evolução: Lição 7
Novo
Testamento: I Epístola de João, 4:1
PUGLIA,
Silvia C. S. C. – CDM
Questões
para reflexão:
1) Explique
o que é ser médium e qual o seu papel nas tarefas mediúnicas.
2) Comente a
dificuldade dos Espíritos, quando nas suas comunicações, dependem de médiuns
despreparados.
3) Descreva
a importância da vigência mediúnica no aprendizado do médium.
4) Explique
o valor do cumprimento das atividades de cada um de nós nos serviços
mediúnicos, e o que pode ocorrer com aqueles que conscientes de suas tarefas,
desprezam as oportunidades de servir.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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