LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE
JUSTIÇA E
DIREITO NATURAL - DIREITO DA PROPRIEDADE. ROUBO. - CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO -
AMOR MATERNAL E FILIAL
JUSTIÇA E DIREITO NATURAL
Justiça,
Segundo o dicionário Houaiss é: “a conformidade com o direito; virtude de dar a
cada um o que é seu”.
Justiça no
Direito: “Conjunto de normas sociais obrigatórias para assegurar o equilíbrio
das funções do organismo social”.
Justiça
segundo o Livro dos Espíritos, questão 875, “consiste no respeito aos direitos
de cada um”.
A justiça é
um sentimento natural, nato, pois Deus quando criou o Ser, Ele implantou esse
sentimento em seu coração. E com o progresso moral o homem vai apurando esse
sentimento.
Mas até que
essa elevação moral se apure, ele acaba por confundir o sentimento real de
Justiça, com seus interesses, com suas paixões e tem uma falsa visão de
Justiça.
Os direitos
são determinados por lei humana e lei natural.
A lei humana
é apropriada e adequada aos costumes e as características, daquele momento,
para assegurar os direitos dos homens, logo ela é variável, mutável e
progressiva.
No Brasil
temos uma Constituição Federal que assegura o direito de cada um. Uma das mais
completas, quiçá, a mais, acompanhada de várias emendas e Leis complementares.
Essas são as
Leis Humanas que asseguram o Direito de cada cidadão dependendo do remendo que
ele se enquadre.
De contra
partida temos as Leis de Deus; justas, imutáveis e eternas.
Justiça Divina
- são as Leis de Deus - Leis Morais. Elas são singelas, generosas, abrangentes,
não necessitam de emendas e não tem rasuras.
“Fora do
direito consagrado pela Lei Humana, qual a base da Justiça fundada sobre a Lei
Natural”?
O Cristo vos
disse: “Querer para os outros o que quereis para vós mesmos”. (LE 876)
Com isso
Jesus faz aflorar o senso de Justiça que esta dentro de cada um.
Ao contrário
das Leis humanas as Leis Divinas não tem emendas e nem complementações.
Homem - Leis Divinas
Para viver em
harmonia é necessário estar em conformidade com as Leis de Deus.
Por ser a
Justiça uma lei natural, e o homem ter sido criado por Deus, com esse
sentimento, ele sempre deseja que seus direitos sejam respeitados. E com esse
ensinamento o homem passa a ser mais criterioso em seus julgamentos, desejando
o bem para o seu próximo.
Em um mundo
de expiação e provas, como o nosso, vemos muitos homens não utilizando a Lei
Natural.
Querendo
obter vantagens sobre os outros.
E temos uma
sociedade perturbada e confusa, pois a Vida social dá direitos e impõe deveres
recíprocos.
Mas a medida
que o homem vai progredindo moralmente, ele vai se aprimorando e as Leis de
Deus vão se fundindo no coração e na sua consciência e as Leis humanas vão
chegando cada vez mais próximas a de Deus.
E o segundo
maior mandamento se cumprirá: “amar a teu próximo como a ti mesmo”.
O verdadeiro
justo, a exemplo de Jesus, é aquele que pratica o amor ao próximo e a caridade
consolidando assim a Verdadeira justiça.
DIREITO DE PROPRIEDADE. ROUBO
O primeiro
direito natural do homem é o de viver. Portanto ninguém tem o direito de fazer
o contrário.
Durante a
trajetória de Vida do homem, até por uma questão de sobrevivência, ele amealha
bens: desde o mais miserável ao milionário, ou seja, aquele que nada tem e
aquele que tudo possui, para resguardar o seu bem estar atual e o futuro.
Juntar bens
para garantir uma Vida melhor é um direito natural.
Se esses
bens são conseguidos por meios lícitos e pelo trabalho honesto, ele se constitui
em propriedade legitima.
A
propriedade legitima esta pautada pelo não prejuízo ao próximo e é ilimitada.
Devemos
utilizar esses bens com sabedoria, e na medida do possível, em favor do
próximo.
Muitas
Vezes, vemos o direito de propriedade ser agredido pela lei humana, onde os
homens a manipulam em detrimento de padrões convencionais, porém a lei humana é
variável, modificando-se sempre.
Apossar-se
de algo que não lhe pertence, não é uma propriedade legítima e vai contra as
Leis Divinas e automaticamente você fica submetido à Lei de Ação e Reação, se
fez algo de mal ao outro, isso poderá acontecer em algum momento com você.
CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO
Caridade é
“benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias,
perdão das ofensas” LE 886.
Indulgência:
Devemos ser tolerantes e compreensivos com os defeitos do próximo.
Não devemos
humilhar ou constranger outrem, porque num mundo onde estamos encarnados, nos
mesmos vivemos deslizando e desejamos que os outros sejam, indulgentes conosco
e o contrário deve ser recíproco.
Benevolência:
É ter bom animo em ajudar sem interesse. Utilizando-se de carinho e altruísmo
para com o outro.
Perdão: Que
não é só esquecer o mal que foi feito, mas não desejar mal a quem pratica.
Perdoar é despojar-se
de qualquer sentimento ruim que possa existir no coração.
Perdoar os
inimigos não é amá-los com ternura, mas pagar o mal com o bem.
É colocar em
prática o que Jesus ensinou “Amai-Vos uns aos outros, como irmãos”.
A caridade
em sua mais ampla assepsia se reporta a todo ato de atenção e respeito com o
próximo, seja doando algo material e/ou moral.
Em uma
doação (caridade) material, se aquele objeto não for imantado de amor e
despojamento, passa a ser uma ostentação ao seu ego, exaltando o orgulho.
Doação
(caridade) moral, num abraço, um carinho, atenção ao ouvir, uma palavra
confortadora, se não for feita com amor, não é caridade.
A Caridade
moral consiste, ainda, em vibrar por todos necessitados, inclusive os que se
consideram nossos desafetos.
Ninguém é
tão miserável que não possa doar algo.
Qualquer
doação com prazer, sem esperar nada em troca, é um ato de caridade.
Numa visão
espírita, pode haver: “esmola sem caridade, esmola com caridade e... caridade
sem esmola, dependendo tudo dos sentimentos que acompanham ou inspirem o modo
de agir das criaturas”. (As Leis Morais - Rodolfo Calligaris)
O ato de dar
esmola deve ser realizado, discretamente... A caridade é paciente, é benigna; a
caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se
ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se
irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a Verdade.
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca, jamais há de
acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessam as línguas, ou seja
abolida a ciência. – “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade,
estas três virtudes: porém a maior delas é a Caridade.” (Paulo, I Coríntios,
XIII, 4-10 e 13)
AMOR MATERNAL E FILIAL
O amor
maternal é uma virtude, um sentimento instintivo comum aos homens e aos
animais.
A mãe ama
seu filho e o protege, de forma natural, por toda vida e os animais, são mais
limitados, cuidando de seus filhotes apenas pelo período em que ele precisa.
Apesar de o
lar ser a porta regeneradora onde Espíritos antagônicos reencarnam, amparados
pelo Amor Maternal e este sentimento ser inerente a Lei Natural, há mães que
aparentemente rejeitam seus filhos, nesses casos, normalmente, existe um reajuste
a ser cumprido, onde o Espírito filho será recompensado segundo a sua resignação
durante sua encarnação.
Como ha,
também, filhos que causam desgosto aos pais, que não deixam, também, de ser um
reajuste para os pais aprendendo com as dificuldades, ou até mesmo, atitudes
inadequadas dos pais, por falta de uma educação apropriada. Acabam por colher o
que semearam.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC,
Allan - O Livro dos Espíritos - questões 873 a 892;
Kardec,
Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. I e Cap. XV
Emmanuel
(Espírito). Fonte Viva, item 142
Emmanuel
(Espírito). Caminho, Verdade e Vida, item 149
Calligaris,
Rodolfo. As Leis Morais
Peralva,
Martins. O pensamento de Emmanuel
Fonte da imagem: Internet Google.
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