O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
“Esse livro
de doutrina terá considerável influência, pois que explana questões capitais, e
não só o mundo religioso encontrara nele as máximas que lhe são necessárias,
como também a vida pratica das nações haurirá dele instruções excelentes.
Fizeste bem enfrentando as questões de alta moral prática, do ponto de vista
dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos”.
“A dúvida
tem que ser destruída; a terra e suas populações civilizadas estão prontas. Já
de há muito os teus amigos de além-túmulo as arrotearam; lança, pois, a semente
que te confiamos, porque é tempo de que a Terra gravite na ordem irradiante das
esferas e que saia, afinal, da penumbra e dos nevoeiros intelectuais”.
Essa
explicação, em comunicação de um dos Espíritos que orientavam Kardec, responde
a sua pergunta: “Que pensas da nova obra que trabalho neste momento?” (Obras
Póstumas, 2ª parte, 9 de agosto de 1863).
Surge o
Evangelho Segundo o Espiritismo, inicialmente publicado com o nome de Imitação
do Evangelho, em abril de 1864. Logo em sua Introdução são explicitados os
objetivos e planos de elaboração.
“Podemos dividir
as matérias contidas nos Evangelhos em Cinco partes: 1) Os atos comuns da vida
do Cristo, 2) Os milagres, 3) As profecias; 4) As palavras que serviram para o
estabelecimento dos dogmas da Igreja, 5) O ensino moral. Se as quatro primeiras
partes tem sido objeto de discussões, a última permanece inatacável.
Diante desse
código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os
cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por
mais diferentes que sejam as suas crenças.
Porque nunca
foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda a parte provocada pelos
dogmas”.
E Kardec
prossegue: “reunimos nesta obra os trechos que podem constituir propriamente
falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas citações,
conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento,
suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto”.
“As máximas
foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira
a que umas se deduzem das outras, tanto quanto possível”.
O Evangelho
Segundo o Espiritismo constituiu-se de um prefácio, vinte e oito capítulos,
sendo o último o de uma coletânea de preces. Tem sete conexões com o Antigo
Testamento e cento e trinta e quatro com o Novo Testamento.
Segundo a
natureza dos assuntos, os três primeiros se encadeiam: “Não vim destruir a
lei”; “Meu reino não é deste mundo”; “Há muitas moradas na casa se meu Pai”.
A obra está
disposta numa ordem lógica, aborda aspectos filosóficos e científicos e trata
dos ensinamentos de Jesus, em seu aspecto moral.
Podem ser
citados os ensinamentos:
“O
Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens por meio de provas
irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com
o mundo material.”
“Reconhece-se
o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz
para domar suas más inclinações.” (Cap. XVII, item 4)
“Fé
inabalável é só a que pode enfrentar a razão face a face em todas as épocas da
humanidade” (Cap. XIX, item 7)
“Fora da
caridade não há salvação” (Cap. XV, item 10)
Edgard
Armond, em seu livro o Redentor, escreve no Prólogo: “O Espiritismo arrancou o
evangelho das sombras místicas das concepções dogmáticas e o apresentou ao
povo, indistintamente, aberto e refulgente, expressivo e edificante, como a
força que mais poderosamente realiza transformações morais, no mais íntimo das
almas e impulsiona os homens para a luz da redenção”.
FIXAÇÃO DO
APRENDIZADO:
1) O que é O
Evangelho Segundo o Espiritismo?
2) Por que
Kardec priorizou os ensinamentos morais de Jesus neste livro?
3) Na sua opinião,
qual a importância de O Evangelho Segundo o Espiritismo?
BIBLIOGRAFIA
- Armond,
Edgard - O Redentor - Ed. Aliança.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo -Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - Obras Póstumas - Ed. FEB.
Fonte da imagem: Internet Google.
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