INSUCESSOS MEDIÚNICOS - DESASTRE ESPIRITUAL
“Das
cidades, colônias e demais núcleos espirituais do Espaço, constantemente
partem, com destino a Terra, trabalhadores que pediram ou receberam, como
dádiva do Alto, tarefas de serviço ou de resgate, no Campo nobilitante da
mediunidade”. (“Mediunidade” - Edgar Armond).
Enquanto nos
encontramos na erraticidade a Espiritualidade nos auxilia a nos prepararmos
para que tenhamos condições de realizar as tarefas a que nos propomos ou que
nos são impostas de acordo as nossas necessidades de evolução.
Entretanto,
ao reencarnarmos partimos mentalizando as mais nobres intenções, amparados por
nossos mentores, convictos que vamos vencer a longa jornada que se inicia.
Infelizmente, na maioria das vezes, quando chega o momento de colocarmos em
prática aquilo que nos comprometemos ou nos foi designado, acabamos por nos
enredar pelas vicissitudes que nos desviam por completo de nossos compromissos.
Os
dirigentes das instituições do Espaço comentam que a maioria dos médiuns não
triunfa em suas tarefas e acaba por fracassar apesar de todo auxilio que
recebem dos planos invisíveis (“Mediunidade” Edgar Armond).
André Luiz
exemplifica vários casos de cooperadores de “Nosso Lar”, que faliram nas
missões da mediunidade e da doutrinação (Os Mensageiros). Esclarece ainda que
alguns alcançaram resultados parciais nas tarefas a desenvolver, mas a maioria
tem fracassado ruidosamente.
Vemos assim
que o comportamento de quem reencarna com obrigações definidas, no setor
mediúnico, é objeto de preocupação dos amigos da vida espiritual (“Mediunidade
e Evolução” – Martins Peralva). A causa geral dos insucessos mediúnicos é a
ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir (Edgar
Armond).
Esses
fatores, associados ao despreparo espiritual e doutrinário, evangélico e moral,
podem ocasionar consequências imprevisíveis.
Segundo
Martins Peralva diversos tipos de comportamento levam o médium ao fracasso:
- Fuga do
serviço, sob alegações pueris;
- Repúdio à
faculdade, temerosos do sofrimento;
- Negligência
às tarefas;
- Trabalhos
com má vontade;
- Cultivo de
dúvidas infundadas;
- Menosprezo
dos dons mediúnicos conferidos com vistas ao aperfeiçoamento;
- Valorização
de argumentos e opiniões de pessoas que não podem compreender a grandeza da
tarefa mediúnica;
- Insegurança
interior;
- Cultivo de
caprichos individuais;
- Importância
excessiva ao problema das considerações públicas;
- Abraçar as
tarefas sem identificar-lhes a grandeza e excelsitude;
- Deturpar a
função mediúnica;
- Praticar
atos estranhos ao pensamento doutrinário;
- Objetivos
inferiores, dissociando o serviço de intercâmbio do imperativo evangélico.
Os motivos
que levam o médium a deserção de seus trabalhos são vários. Martins Peralva os
resume:
- A
desconfiança dos encarnados pode, ferindo-lhe a suscetibilidade, fazê-lo
abandonar a tarefa;
- Pouca
importância aos avisos e advertências de irmãos desencarnados;
- A
autodesconfiança, com excessivo receio de mistificações ou animismo;
- Refratariedade
a conselhos ou criticas construtivas de companheiros mais prudentes e experimentados,
deixando-se levar pelo melindre.
Além desses
motivos, o engano por transitórias facilidades materiais faz com que médiuns
promissores acabem por abandonar os compromissos assumidos tomando-se
companheiros fracassados de ideais mais nobres. Há inúmeros médiuns que se
propõem a instruir e escrever, falar e materializar, aliviar e consolar, em nome
dos Mensageiros da Luz; entretanto, não passam da região do “muito desejo.”
(“Seara dos Médiuns” - Emmanuel).
Também o
desenvolvimento prematuro de faculdades mediúnicas, tentando forçar sua
floração espontânea, é desaconselhável por todos os títulos, podendo incorrer
em resultados imprevisíveis. Conforme comenta Emmanuel, a mediunidade é como um
botão de rosa, que não desabrocha, que não se converte em rosa antes do tempo.
Botão violentado, pétalas despedaçadas.
A simples
falta de dedicação aprofundando-se no estudo pode levar o médium a
desorientar-se e perder-se num manancial de ilusões e a se envolver num
sincretismo deturpador das orientações concentradas no Espiritismo, chegando a
casos mais graves como a comercialização da mediunidade ou práticas
desvirtuadas dos seus propósitos elevados.
Dentre os
fatores que acabam por destruir o trabalho que o médium se comprometeu a
realizar, destaca-se a obsessão. Infelizmente, a maioria dos tarefeiros da
mediunidade, dada a imperfeição moral, ainda não alcançou a faixa sublime aonde
operam os mensageiros do amor, motivo pelo qual verificamos frequentes casos de
obsessões dolorosas impedindo a realização de obras que seriam conduzidas pelos
médiuns.
Obsessões
tidas como simples, até são facilmente identificáveis pelo médium e,
mantendo-se vigilante, saberá lidar com essa possibilidade que, conforme
comenta Kardec (Livro dos Médiuns), terá o inconveniente de atrapalhar as
comunicações com os Espíritos. Entretanto, há os casos graves, como a
fascinação e a subjugação, explicados em detalhes no capitulo dedicado às
obsessões em “O Livro dos Médiuns”. Essas obsessões paralisam a capacidade do
médium de entendimento tomando-o joguete nas mãos de entidades perversas,
culminando em instruções infundadas e na falta de discernimento que não lhes
permite compreender as tolices de que são intérpretes e as publicações
inoportunas com graves falhas doutrinárias que realizam.
Kardec
comenta que a obsessão é um dos maiores obstáculos da mediunidade e recomenda
providências imediatas para combatê-la. É sabido que imperfeições morais dão
acesso aos Espíritos obsessores. O meio mais seguro para deles se livrar é
atrair os bons pela pratica do bem.
Médium
inconstante, volúvel, saltitante, ora aqui, ora acolá, semanas no trabalho,
meses na ociosidade, não inspira confiança nem aos mentores espirituais, nem
aos companheiros de tarefa. Os obreiros do Senhor necessitam de instrumentos
firmes, abnegados, valorosos na fé, perseverantes, sem embargo das limitações comuns
a todos nós, mas esforçados em sua remoção (Mar0tins Peralva).
Sabemos que
a Misericórdia Divina da a aquele que falhou incessantes e renovadas
oportunidades de redenção. Deus, Pai Amoroso e Justo, concede-nos os recursos
da reabilitação plena. Temos ao nosso dispor infinitas oportunidades de
trabalho, mas, para atingirmos os resultados precisos, é imprescindível que renunciemos
ao inferior e nos esforcemos constantemente para nos mantermos ligados ao Alto.
“Orai e
vigiai” é a recomendação de Jesus.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Os Mensageiros
ARMOND,
Edgard. Mediunidade
PERALVA,
Martins. Mediunidade e Evolução
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Seara dos Médiuns
Fonte da
imagem: Internet Google.
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