A CURA DE UM COXO E O DISCURSO DE PEDRO
Pela falta
de conhecimento, as curas realizadas por Jesus e pelos seus Apóstolos, bem como
as curas narradas no Antigo Testamento são entendidas como milagres, fenômenos
sobrenaturais. Na realidade, nada mais são do que a manipulação de fluidos, através
da ação psíquico-magnética, por terem o conhecimento de sua utilização, uma vez
que fazem Parte das Leis Divinas. Estas manipulações fluídicas são realizadas
em prol de auxiliar e socorrer os necessitados conforme os desígnios de Deus.
Podemos estudar e observar estes fatos, narrados tanto no Antigo como no Novo
Testamento, pelas elucidações neles contidas.
Quando o
Mestre disse: “Ide por toda a parte, curai os enfermos, expeli os demônios e
anunciai o Evangelho”, podemos compreender que através da força do nosso
pensamento (energia em movimento) aliada ao magnetismo que cada um é detentor,
somos capazes de irradiar, socorrer e auxiliar aos necessitados.
Durante o
tempo que seguiram Jesus, os apóstolos deram início ao seu aprendizado, se
alicerçaram para por em prática as suas atividades mediúnicas, após o regresso
do Mestre à verdadeira vida que é na pátria espiritual. Fortaleceram-se depois
de receber comunicações mediúnicas no Cenáculo, no dia de Pentecostes.
“Pedro e
João subiram ao templo, para a oração da hora nona. Fora levado um homem, coxo
de nascença, o qual punha cada dia à porta do templo, chamada Formosa, para
pedir esmola aos que entravam, e este vendo a Pedro e a João, que iam entrar no
templo, implorava-lhes que lhe dessem uma esmola. Pedro fitando os olhos nele,
juntamente com João, disse: Olha para nós. E ele, esperando receber deles
alguma coisa, olhava-os com atenção. Mas, Pedro disse: Não tenho prata nem
ouro, mas o que tenho isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o Nazareno: anda! E
tomando-o pela mão direita, o levantou; e logo seus pés e artelhos se firmaram
e, dando um salto, pôs-se de pé, e começou a andar; e entrou com eles no Templo,
andando, saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a
Deus, reconhecendo ser este o homem que se assentava a esmolar na Porta Formosa
do Templo; todos ticaram cheios de admiração e pasmo pelo que lhe acontecera” -
Atos - III – 1 a 10.
Nesta
passagem observamos:
Os Apóstolos
(eram destituídos de bens, eram na sua maioria pescadores); prata e ouro não
tinham, mas tinham o “dom de Deus” que superava e supera a tudo que é material.
Que a cura
do coxo foi feita por processo psíco-magnético (mente e fluido material), onde
eles empregaram a fixação dos olhos (“olha para nós” - Pedro), e também ter
estabelecido o contato com o doente (Pedro tomando-o pela mão direita, o
levanta). Os membros entorpecidos do coxo adquiriram vigor, ele firmou-se nos pés.
A cura fora rápida.
O povo
daquela época, como é muito natural, pasmo e cheio de admiração pelo fato
acontecido, ficou em torno de Pedro e João, com os olhos fixos, sem compreender
como tinha ocorrido aquela cura e como puderam eles operar.
Pedro ao
falar para o povo, exaltando o poder de Deus, de Abrahão, de Isaac e de Jacob,
que glorificou a Jesus, que pela fé do coxo, o auxiliou, pela mediunidade de
cura que ambos possuíam, aquele homem se restabelecera. Este acontecimento
deu-se no Pórtico de Salomão.
“Histeria e
Fenômenos Psíquicos - As Curas Espíritas”, obra de Cairbar Schutel, enriquece,
ainda mais, nosso conhecimento sobre as curas.
Vale
salientar apenas que, todos somos médiuns, cada um dentro do seu grau de
evolução e necessidade de burilamento em busca da perfeição. “Dai de graça o
que de graça recebeste” eis o que nos diz o Mestre. Que possamos doar o nosso
melhor em auxilio ao nosso próximo, pois o primeiro a ser beneficiado somos nós
próprios.
Aceitemos o
convite que o Mestre nos faz, quando diz: “Levanta-te, toma o teu leito e anda“
- João 5:8. A palavra do Senhor é sempre luz direta, nos impulsionando para
frente e para a evolução. Se ficarmos aprisionados no leito da ignorância e da
imperfeição, nunca nos libertaremos das correntes maléficas.
Emanuel nos
alerta que: “Se egoísmo e orgulho, inveja e ciúme, cobiça e vaidade ainda nos
prendem o coração ao catre do infortúnio, ouçamos o convite do mestre e
levantemos”. E ao erguer-nos pela fé, saberemos sofrer a consequência ainda
amarga de nossa própria sombra, caminhando, por fim, ao encontro da Luz. Para fortalecimento,
recorramos à oração, que nos entrosará as Leis Divinas.
Se a cura
demorar, jamais nos aflijamos e busquemos o socorro da oração. E que
lembremo-nos, no entanto, de que lesões e chagas, frustrações e defeitos, em
nossa forma externa, são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de
Deus.
Bibliografia:
SCHUTEL,
Cairbar. Vida e Atos dos Apóstolos: lição “A cura de um Coxo e o Discurso de
Pedro”.
SCHUTEL,
Cairbar. Histeria e Fenômenos Psíquicos: As Curas Espíritas
XAVIER,
Francisco Cândido (Espíritos Diversos). Ideal Espírita: lição 42
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). Seara dos Médiuns: lição Oração e Cura
Questões
para reflexão:
1) Comente a
libertação de Pedro.
2) Descreva
o que ocorreu com Saulo na Estrada de Damasco.
3) Comente a
importância da mediunidade nos trabalhos de cura.
4) No caso
específico da “cura do coxo” explique o processo utilizado.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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