LEI DE LIBERDADE
LIBERDADE
NATURAL – ESCRAVIDÃO - A LIBERDADE DE PENSAMENTO E DECONSCIÊNCIA - LIVRE
ARBÍTRIO E FATALIDADE CONHECIMENTO DO FUTURO
LIBERDADE NATURAL
Ao pensar em
liberdade, diversos aspectos afloram: de ser, agir, crer, fazer, e assim por
diante.
O filhote da
águia possui em si todo o potencial para voar bem alto, mas somente o fará
quando o seu corpo estiver apto.
O ser humano
possui em si toda a potencialidade que somente exercera com plenitude e
sabedoria na relação direta do seu aprimoramento moral e espiritual.
A
convivência em sociedade obriga o homem a respeitar os limites dos direitos do
seu semelhante e desde que haja dois seres juntos há direitos a respeitar e não
terão eles, portanto, liberdade absoluta.
Se tomarmos
como base o ensinamento de Jesus no qual nos orienta a “Não façais aos outros o
que não quereis que os outros vos façam”, o limite estará delineado. E, por
essa delimitação, nossos limites de liberdade estarão definidos.
ESCRAVIDÃO
A questão
829 de O Livro dos Espíritos esclarece que toda sujeição absoluta de um homem a
outro é contrária à lei de Deus.
Muito embora
a escravidão física tenha sido abolida legalmente no mundo, a escravidão moral
ainda faz um numero incalculável de vítimas.
Assim como a
escravidão física desapareceu, a sujeição moral terá igual destino quando o
homem compreender a sua condição de filho de Deus e reger a sua vida pelas leis
de amor trazidas por Jesus.
Aquele que
escraviza se opõe a lei da fraternidade e solidariedade.
Quando
determinada sociedade possuiu em suas leis o direito de subjugar o semelhante
pela forca bruta, ao trabalho; punindo-o severamente pela transgressão de leis
que a regiam a época, aquele homem se submeterá as consequências de seus atos
perante a justiça divina.
O fato de
vivermos em sociedade nos coloca, a todos, na dependência de nossos semelhantes
em virtude das diferenças de aptidões. Depender não é ser escravo de uma
relação social (LE 831).
LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE CONSCIÊNCIA
O Pensamento
continuo é atributo do Espírito e, enquanto encarnados não temos acesso ao
pensamento do outro.
O homem
possui plena liberdade de pensar e por meio do seu pensamento se desloca para o
futuro, para o passado, para enlevar-se recordando momentos felizes ou
deprimir-se em sentimentos menos felizes.
O que quer
que se lhe aflore a mente forjando pensamento, portanto, criando imagens
fluídicas, será, sob esse aspecto, responsável perante as leis de Deus.
A qualidade
da atmosfera psíquica do planeta é de responsabilidade de cada um de seus
moradores.
Diante disso
não se atreverá o homem a impor a outro, ou a violar a sua consciência - que é
o foro íntimo de cada um na sua capacidade de discernir entre o certo e o
errado; a sua voz interior que o aprova ou reprova (LE 835).
A liberdade
de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do
progresso (LE 837).
Ainda que a
crença do outro seja reprovável, o respeito à consciência e a liberdade de crer
é fundamental. O contrário é faltar com a caridade. A Doutrina Espírita é
doutrina de aperfeiçoamento moral.
O Mestre
ensinou pelo exemplo de doçura e mansidão, devemos seguir-lhe o exemplo.
LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE
O
livre-arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar a sua própria
conduta - autodeterminação; e crer na existência da fatalidade é negar a
existência do livre-arbítrio.
O Espírito
gozara sempre do direito de exercer o seu livre-arbítrio e, quanto mais
esclarecido, mais ampla a sua capacidade. Enquanto no mundo espiritual
escolhera livremente ou, se for o caso, orientado por Espíritos Superiores, as
provas e as experiências as quais se vê necessitado para o seu aprimoramento; e
encarnado, optando por tal ou qual caminho. E sempre será o responsável por
suas escolhas, não podendo atribuir a sua boa ou má estrela o resultado das
suas escolhas.
O discípulo
de Jesus, Paulo de Tarso, já alertava aos companheiros, através das epistolas,
que estávamos todos cercados por uma “nuvem de testemunhas”. Esta observação
vai ao encontro de Kardec quando esclarece sobre a interferência dos Espíritos
no Mundo Corpóreo.
Ainda que
exista a nuvem de testemunhas e a interferência dos Espíritos no mundo
corpóreo, o livre-arbítrio é pleno e a criatura pode acolher ou não as
sugestões desses Espíritos, assim como aceita ou rejeita as sugestões de seus
pares.
A fatalidade
não existe sendo para a escolha feita pelo Espírita, ao encarnar-se, de sofrer
esta ou aquela prova: ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de
destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra (L;E. 851).
Assim,
considerar a fatalidade como uma realidade é crer que o Homem possa ser uma
maquina programada para cumprir determinada trajetória. Isso seria negar a
misericórdia divina, e a reencarnação perderia o sentido e o objetivo como meta
de evolução, pois que o Homem não teria mérito ou demérito como resultado se
suas ações.
A fatalidade
existe considerando-se tão somente no que respeita ao resultado de suas
escolhas enquanto no mundo espiritual.
CONHECIMENTO DO FUTURO
Desde os
primórdios das civilizações que o Homem recorre aos mais variados meios na
tentativa de descobrir o que lhe reserva o futuro.
Os oráculos,
as pitonisas, sonhos de faraó e, porque não incluir Moisés com a advertência
para não consultar os mortos.
Dessa
maneira, alguns fatos marcantes da História da humanidade foram preditos. E é
somente visando o bem e o cumprimento das coisas é que Deus permite a sua
revelação (LE 870).
Ao homem
comum não é dado saber o seu futuro, pois este o negligenciaria, não iria
cumprir o que deve ser feito para o seu adiantamento moral.
Tanto o
passado como o futuro é da Lei de Deus que permaneça oculto. De outra forma o
homem veria tolhida a liberdade de ser ele mesmo.
Se o homem
conhecesse seu passado ver-se-ia tentado a ir procurar por aqueles que, de uma
forma ou outra, a ele se vincularam, seja por afeto ou desafeto. No caso das
provas ou expiações temeria a chegada do momento que pode ser crucial. Deste
modo, Deus que é pleno de sabedoria e amor, deseja que lhe fique oculto para
não haver embaraços no desenrolar das vidas por Ele criadas com capacidade de
livre-arbítrio.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC,
Allan - O Livro dos Espíritos, Livro 3°, cap. X, questões 825 a 871; item 8 -
Resumo Teórico do Móvel das Ações Humanas;
KARDEC,
Allan - Livro dos Médiuns - cap. XXVI, questão 289;
KARDEC,
Allan - A Gênese, cap. XVI, nº 3;
KARDEC,
Allan - Obras Póstumas;
KARDEC,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. VIII, item 18; cap. XXVIII,
item 51;
KARDEC,
Allan - O Que é Espiritismo - cap. I, pag. 123 questões 123, 124, 126 e 141;
cap. V item 21; cap. 27, item 6;
KARDEC,
Allan - O Céu e O Inferno – 2ª Parte, cap. 5;
Revista
Espírita, de janeiro;
Revista
Espírita, de marco de 1858;
Revista
Espírita, de fevereiro de 1862;
Revista
Espírita, de maio de 1866;
Revista
Espírita, de fevereiro de 1867;
Revista
Espírita, de julho de 1868;
Bibliografia
Complementar:
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Estude e Viva - nº 9 e 14;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos;
CALLIGARIS,
Rodolfo - Leis Morais;
PERALVA,
Martins - O Pensamento de Emmanuel- n° 31 e 32;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - Emmanuel - item 33;
EMMANUEL,
André Luiz - Opinião Espírita - nº7 e 27;
EMMANUEL,
Francisco Cândido Xavier - O Consolador- itens 132 a 139;
KARDEC, Allan - A Gênese - cap. XVI;
DENIS, Léon
- O Problema do Ser do Destino e da Dor – 3ª Parte - item 22;
Fonte da imagem: Internet Google.
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